Agostinho, bispo de Hipona e um dos maiores expoentes da fé católica de todos os tempos, fez alusão a essa impressionante profecia, declarando que “Daniel determinou até o número de anos que passariam antes do advento e paixão de Cristo. O cômputo seria longo reproduzi-lo aqui, além de que outros já o fizeram antes de mim” (SANTO AGOSTINHO, A Cidade de Deus, tomo 2, capítulo XXXIV, n.º 1). Realmente, antes dele, muitos eminentes escritores cristãos já tinham tratado do tema, dentre os quais podem ser citados Tertuliano (terceiro século), Clemente de Alexandria (terceiro século), Hipólito (terceiro século), Júlio Africano (terceiro século) e Eusébio de Cesaréia (quarto século), que, embora apresentem inúmeros equívocos de exegése nas suas obras, ao menos demonstraram interesse pelos comprimento profético.
É óbvio que o Senhor Jesus também tinha ciência dessa profecia, sendo, na realidade, Ele é o Seu legítimo Autor. Em Mateus 24:15, fazendo referência ao texto das 70 semanas e conectando-o ao evento da destruição de Jerusalém a concretizar-se no ano 70 da Era Cristã, advertiu Jesus: “Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda).” Ver Daniel 9:27. Depreende-se desse texto que Jesus não somente reconhecia a importância da profecia de Daniel, aplicando-a ao Seu tempo, mas ainda recomendava o seu estudo e correcta compreensão.
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