Pastor adventista em Israel fala sobre lei do sábado
O Dr. Jacques Doukhan, director do Instituto de Estudos Judaico-Cristãos do Seminário Teológico Adventista da Universidade Andrews, em Berrien Springs, Michigan, perguntou ao presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Israel, pastor Richard Elofer (foto), sobre o assunto da suposta mudança do sábado para o domingo.
Eis aqui a resposta: Queridos amigos, tenho recebido e-mails de muitas pessoas sobre uma suposta mudança na legislação em Israel a respeito do sábado. A última foi de Jacques Doukhan a perguntar se essas notícias são verdadeiras.
O Dr. Jacques Doukhan, director do Instituto de Estudos Judaico-Cristãos do Seminário Teológico Adventista da Universidade Andrews, em Berrien Springs, Michigan, perguntou ao presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Israel, pastor Richard Elofer (foto), sobre o assunto da suposta mudança do sábado para o domingo.
Eis aqui a resposta: Queridos amigos, tenho recebido e-mails de muitas pessoas sobre uma suposta mudança na legislação em Israel a respeito do sábado. A última foi de Jacques Doukhan a perguntar se essas notícias são verdadeiras.
É importante difundir esse e-mail entre o nosso povo para que a verdade seja reposta. Pensar que o povo judeu seguirá o papado para mudar o sábado para o domingo. Os judeus fiéis, como os ortodoxos e os do movimento conservador, nunca desistirão do sábado em favor do domingo. Temos que dizer e pregar isso. Se há uma igreja remanescente, há um Israel fiel à lei de Deus. Aqui está minha resposta sobre essa legislação:
Prezado Dr. Doukhan, Obrigado por me enviar o seu e-mail e a pergunta sobre este assunto de “Israel mudar a legislação do sábado para domingo”. Estou a viver em Israel e fico feliz por você se ter dirigido a mim a fim de saber se essa proposta de “Leis Dominicais” é verdadeira ou não.
Antes de tudo, de acordo com as suas notícias, essa iniciativa viria do PNR, que significa Partido Nacional Religioso em Israel. As pessoas que pensam que essas notícias são verdadeiras realmente não conhecem os judeus religiosos de Israel, do Brooklin e de outras partes do mundo. Eles estão prontos para ser mártires antes de permitir uma mudança na lei do sábado. Há uma máxima em Israel que diz que “não foi Israel que guardou o sábado, mas o sábado guardou Israel”.
Os religiosos judeus sabem muito bem que se eles subsistiram até hoje é por teren sido fiéis a Deus e à Sua Lei, e não é hoje que eles desistirão da sua fidelidade ao sábado.
Na minha opinião e sendo judeu e conhecendo a mentalidade dos da minha nação, não acontecerá.
Eis o assunto exactamente: Israel é um país que quis, desde a sua criação, seguir a lei de Deus e essa lei especifica que temos que trabalhar seis dias e descansar um dia, no sábado. É por isso que a semana de cinco dias de trabalho e dois dias de folga não existe em Israel. Mas algumas pessoas religiosas reclamam que não têm tempo para visitar as suas famílias, nem de aproveitar alguns entretenimentos saudáveis, nem ir a certos lugares com os seus carros durante o dia de folga, porque o dia de folga em Israel é sómente o sábado e é proibido para os judeus quebrarem a lei do sábado com todas essas actividades. Acrescentando a isso, eles argumentam que se tivessem um segundo dia de folga, como nos países ocidentais, talvez mais judeus retornassem à observância do sábado e teriam outro dia para ir à praia, e se tornariam mais religiosos.
Mas o governo não está pronto para ir nessa direcção de dar um segundo dia de folga oficialmente.
A discussão é também para decidir se esse segundo dia de folga seria a sexta-feira ou o domingo. Aqueles que defendem sexta-feira, dizem que sexta-feira já é um “meio dia” de folga. Para algumas administrações e companhias, já é um dia de folga; e os Ministérios já estão fechados na sexta-feira. A consultoria jurídica da nossa organização fecha na sexta-feira e no sábado. Outros locais de trabalho, como Bancos, fecham na sexta-feira ao meio-dia para dar tempo aos seus empregados de se prepararem para o sábado. E todas as outras companhias como supermercados, empresas de construção etc., fecham por volta das 3h da tarde. Por isso, dizem que uma vez que muitas companhias e escritórios têm meio dia de folga, custaria menos decidir que sexta-feira seja o segundo dia de folga.
Aqueles que defendem o domingo são os banqueiros e pessoas que têm negócios fora do país. Porque na maioria dos países o domingo é um dia de folga, Wall Street e outros mercados de acções estão fechados e os bancos são limitados nas suas transações. Como pastores e ministros Adventistas do Sétimo Dia, temos que ter cuidado com o que pregamos. Lembro-me que estava numa convenção da ASI, em Agosto, e alguém disse-me que G. Edward Reid, director da Mordomia da NAD, fez uma pregação e falou sobre essa nova legislação. Ele perguntou-me se era verdadeiro ou não. Eu disse-lhe que não é verdadeiro. E mais tarde, em Setembro, eu estava num conselho pastoral na Holanda, onde conheci o irmão Reid, e disse-lhe que temos que ter cuidado com o que pregamos ou dizemos, porque temos responsabilidade, enquanto pastores e líderes, temos grande influência sobre o nosso povo e não podemos espalhar notícias falsas.
No entanto, de facto, a lei em Israel não mudou e dúvido que mudará algum dia (enquanto Israel for um país judeu). Mas, mesmo que uma nova legislação venha a dar um segundo dia de folga, nunca será no lugar do sábado que Deus santificou no sétimo dia da semana da Criação.
Espero que a minha resposta seja útil para elucidar a situação actual em Israel nas mentes de muitos membros e amigos.
Richard Elofer, presidente da IASD em Israel
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