Existiam 2 métodos diferentes para o cálculo dos anos de reinado:
1) Com Ano de Ascensão. Quando um rei morria, o primeiro ano de seu sucessor não era contado a partir do dia imediatamente seguinte ao da morte do antigo rei, mas, sim, a partir do próximo Dia do Ano Novo. O período decorrido nesse intervalo era chamado “ano de ascensão”. Um nítido exemplo desse método pode ser encontrado em 2 Reis 18:1, 9 e 10. Depois de informar que Ezequias subiu ao trono no terceiro ano de Oséias, o autor do livro declara que o cerco de Samaria começou no quarto ano de Ezequias, o sétimo de Oséias, e findou 3 anos depois, no sexto ano de Ezequias, o nono de Oséias. A perfeita harmonia de todas essas informações só é possível mediante a aplicação do sistema do ano de ascensão, como pode ser demonstrado pelo esquema abaixo.
2) Sem Ano de Ascensão. Por esse sistema, empregado no Egipto e também indicado na Bíblia, o período imediatamente seguinte ao da ascensão do novo monarca já era considerado o primeiro ano de reinado. Assim, a primeira parte do ano era calculada em termos do reinado do antigo monarca, enquanto que a última parte era datada em termos do novo soberano. Um claro exemplo desse método é dado em 1 Reis 15:25 e 28. Nadabe de Israel subiu ao poder no segundo ano de Asa de Judá. Nadabe reinou por 2 anos e foi assassinado no terceiro ano de Asa. Obviamente, apenas o sistema que não utiliza o ano de ascensão permite a exacta combinação dessas informações, como pode ser demonstrado pelo esquema abaixo.
Quando um documento antigo estabelece a data de um evento em termos dos anos de reinado de um governante qualquer, torna-se indispensável identificar qual dos 2 sistemas foi utilizado para a exacta localização na escala A.C. – A.D. do ano em consideração.
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