O capítulo 13 de Apocalipse começa com o relato de uma besta
que sobe do mar.
A primeira coisa que notamos é que esta é uma besta com
vários elementos. É “semelhante ao leopardo, e os pés como os de urso, e a sua
boca como a de leão. O dragão deu-lhe o seu poder, o seu trono e grande
autoridade” (Apocalipse 13:2).
Segundo o relato, é uma besta com corpo de leopardo e é,
como já foi dito, uma representação do papado romano. As quatro bestas que
compõem esta besta híbrida e que representam a Babilónia, Medo-Pérsia, Grécia e
Roma são as que o profeta Daniel viu em visão segundo está registado em Daniel
7. É constatável que a Roma papal herdou alguns dos traços característicos de
cada uma dessas feras, evidentes todavia nas práticas do atual sistema de
religião falsa conhecido como a Igreja Católica Romana. De Babilónia, o papado
herdou o sacerdócio pagão; da Medo-Pérsia, a adoração do sol; da
Grécia, as filosofias humanas; do dragão ou da Roma pagã, o
seu poder, trono e autoridade [e ainda o título de Pontifex Maximus próprio do
sumo sacerdote e que os césares usufruíam, como também o latim, idioma comum de
Roma Pagã que até o dia de hoje é o idioma oficial da sede papal]. Portanto, é
acertada e muito apropriada a descrição do sistema papal como uma besta que
subia do mar, ou seja, dos lugares populosos (ver Apocalipse 17:15), e composta
de várias partes com os traços característicos de outras bestas ou reinos (ver
Daniel 7:23). Visto que é a primeira das duas bestas que aparecem neste
capítulo, referimo-nos ao papado como a primeira besta de Apocalipse 13.
Mas o profeta diz: “E vi subir da terra outra besta, e tinha
dois chifres semelhantes aos de um cordeiro…” (Apocalipse 13:11). Tanto a
aparência desta besta como a forma como sobe indicam-nos que a nação que ela
representa é diferente de todas as outras que foram apresentadas sob os
símbolos anteriores. Os grandes reinos que tem governado o mundo foram
apresentados a Daniel como animais carnívoros de aspecto monstruoso que subiam
enquanto “os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande” (Daniel 7:2).
Em Apocalipse 17, um anjo explica que as águas representam
“povos, multidões, nações e línguas” (Apocalipse 17:15). Os ventos são um
símbolo de luta ou guerra. Os quatro ventos do Céu que combatem o mar grande
representam as terríveis cenas de conquista e revolução por meio das quais os
reinos adquiriram o seu poder.
“Mas a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro foi
vista a “subir da terra”.
Em vez de subverter outras potências para estabelecer-se, a
nação assim representada deve surgir em território anteriormente desocupado,
crescendo gradual e pacificamente.
Não poderia, pois, surgir entre as nacões populosas
e agitadas do Velho Mundo - esse mar turbulento de “povos, e multidões, e
nações, e línguas”. Deve ser procurada no Ocidente.
Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao
poder, apresentando indícios de força e grandeza, e atraindo a atenção do
mundo? A aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma,
satisfaz às especificações desta profecia; esta aponta inquestionavelmente para
os Estados Unidos da América do Norte. Reiteradas vezes, ao descreverem a
origem e o crescimento desta nação, oradores e escritores têm emitido
inconscientemente o mesmo pensamento e quase que empregue as mesmas palavras do
escritor sagrado. A besta foi vista a “subir da terra”; e, segundo os
tradutores, a palavra aqui traduzida “subir” significa literalmente “crescer ou
brotar como uma planta”. E, como vimos, a
nação deveria surgir em território previamente desocupado. Escritor proeminente, descrevendo a origem dos Estados Unidos, fala do “mistério de sua procedência do nada” (G. A. Towsend, O Novo Mundo Comparado com o Velho p. 462), e diz: “Semelhando a semente silenciosa, desenvolvemo-nos num império.” Um jornal europeu, em 1850, referiu-se aos Estados Unidos como um império maravilhoso, que estava “emergindo” e “no silêncio da terra aumentando diariamente seu poder e orgulho”. — The Dublin Nation… “E tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro.” Os chifres semelhantes aos do cordeiro indicam juventude, inocência e brandura, o que apropriadamente representa o caráter dos Estados Unidos, quando apresentados ao profeta como estando a “subir” em 1798. Entre os exilados cristãos que primeiro fugiram para a América do Norte e buscaram asilo contra a opressão real e a intolerância dos sacerdotes, muitos havia que se decidiram a estabelecer um governo sobre o amplo fundamento da liberdade civil e religiosa. Suas ideias tiveram guarida na Declaração da Independência, que estabeleceu a grande verdade de que “todos os homens são criados iguais”, e dotados de inalienável direito à “vida, liberdade, e procura de felicidade”. E a Constituição garante ao povo o direito de governar-se a si próprio, estipulando que os representantes eleitos pelo voto do povo façam e administrem as leis. Foi também concedida liberdade de fé religiosa, sendo permitido a todo homem adorar a Deus segundo os ditames de sua consciência.
nação deveria surgir em território previamente desocupado. Escritor proeminente, descrevendo a origem dos Estados Unidos, fala do “mistério de sua procedência do nada” (G. A. Towsend, O Novo Mundo Comparado com o Velho p. 462), e diz: “Semelhando a semente silenciosa, desenvolvemo-nos num império.” Um jornal europeu, em 1850, referiu-se aos Estados Unidos como um império maravilhoso, que estava “emergindo” e “no silêncio da terra aumentando diariamente seu poder e orgulho”. — The Dublin Nation… “E tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro.” Os chifres semelhantes aos do cordeiro indicam juventude, inocência e brandura, o que apropriadamente representa o caráter dos Estados Unidos, quando apresentados ao profeta como estando a “subir” em 1798. Entre os exilados cristãos que primeiro fugiram para a América do Norte e buscaram asilo contra a opressão real e a intolerância dos sacerdotes, muitos havia que se decidiram a estabelecer um governo sobre o amplo fundamento da liberdade civil e religiosa. Suas ideias tiveram guarida na Declaração da Independência, que estabeleceu a grande verdade de que “todos os homens são criados iguais”, e dotados de inalienável direito à “vida, liberdade, e procura de felicidade”. E a Constituição garante ao povo o direito de governar-se a si próprio, estipulando que os representantes eleitos pelo voto do povo façam e administrem as leis. Foi também concedida liberdade de fé religiosa, sendo permitido a todo homem adorar a Deus segundo os ditames de sua consciência.
Republicanismo e protestantismo tornaram-se os princípios
fundamentais da nação. Estes princípios são o segredo de seu poder e
prosperidade. Os oprimidos e desprezados de toda a cristandade têm-se volvido
para esta terra com interesse e esperança. Milhões têm aportado às suas praias,
e os Estados Unidos alcançaram lugar entre as mais poderosas nações da Terra.
Mas a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro “falava
como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz
que a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal
fora curada. E … dizendo aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta
que recebera a ferida da espada e vivia”. (Apocalipse. 13:11-14).
Os chifres semelhantes aos do cordeiro e a voz de dragão
deste símbolo indicam contradição flagrante entre o que professa e pratica a
nação assim representada. A “fala” da nação são os atos de suas autoridades
legislativas e judiciárias. Por esses atos desmentirá os princípios liberais e
pacíficos que estabeleceu como fundamento da sua política. A predição de falar
“como o dragão”, e exercer “todo o poder da primeira besta, claramente anuncia
o desenvolvimento do espírito de intolerância e perseguição que manifestaram as
nações representadas pelo dragão e pela besta semelhante ao leopardo.
E a declaração de que a besta de dois chifres faz com “que a
Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta”, indica que a autoridade
desta nação deve ser exercida impondo ela alguma observância que constituirá
ato de homenagem ao papado.
Semelhante a atitude seria abertamente contrária aos
princípios deste governo, ao espírito das suas instituições livres, às
afirmações insofismável e solene da Declaração da Independência, e a
Constituição. Os fundadores da nação procuraram sabiamente prevenir o emprego
do poder secular por parte da igreja, com seu inevitável resultado - intolerância
e perseguição. A Magna Carta estipula que “o Congresso não fará lei quanto a
oficializar alguma religião, ou proibir o seu livre exercício”, e que “nenhuma
prova de natureza religiosa será jamais exigida como requisito para qualquer
cargo de confiança pública nos Estados Unidos”. Somente em flagrante violação
destas garantias à liberdade da nação, poderá qualquer observância religiosa
ser imposta pela autoridade civil. Mas a incoerência de tal procedimento não é
maior do que o que se encontra representado no símbolo. É a besta de chifres
semelhantes aos do cordeiro — professando-se pura, suave e inofensiva que fala
como o dragão.
Dizendo aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à
besta.” Aqui se representa claramente a forma de governo em que o poder
legislativo emana do povo; uma prova das mais convincentes de que os Estados
Unidos são a nação indicada na profecia.
Mas o que é a “imagem à besta?” e como será ela formada? A
imagem é feita pela besta de dois chifres, e é uma imagem à primeira besta. É
também chamada imagem da besta. Portanto, para sabermos o que é a imagem, e
como será formada, devemos estudar os característicos da própria besta — o
papado.
Quando se corrompeu a primitiva igreja, afastando-se da
simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagãos, perdeu o
Espírito e o poder de Deus; e, para que pudesse governar a consciência do povo,
procurou o apoio do poder secular.
Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do
Estado e o empregava para favorecer aos seus próprios fins, especialmente na
punição da “heresia”. A fim de formarem os Estados Unidos uma imagem da besta,
o poder religioso deve a tal ponto dirigir o governo civil que a autoridade do
Estado também seja empregada pela igreja para realizar os seus próprios fins.
Quando quer que a Igreja tenha obtido o poder secular,
empregou-o ela para punir a discordância às suas doutrinas. As igrejas
protestantes que seguiram os passos de Roma, formando aliança com os poderes do
mundo, têm manifestado desejo semelhante de restringir a liberdade de
consciência. Dá-se um exemplo disto na prolongada perseguição aos dissidentes,
feita pela Igreja Anglicana. Durante os séculos XVI e XVII, milhares de
ministros não-conformistas foram obrigados a deixar as igrejas, e muitos, tanto
pastores como do povo em geral, foram submetidos a multa, prisão, tortura e martírio.
Foi a apostasia que levou a igreja primitiva a procurar o
auxílio do governo civil, e isto preparou o caminho para o desenvolvimento do
papado — a besta. Disse Paulo que havia de vir “a apostasia”, e manifestar-se
“o homem do pecado”. (2 Tessalonicenses 2:3). Assim a apostasia na igreja preparará o caminho para a
imagem à besta.
A Escritura Sagrada declara que antes da vinda do Senhor
existirá um estado de decadência religiosa semelhante à dos primeiros séculos.
“Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes
de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais
e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores,
incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados,
orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de
Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia
dela.” (2 Timóteo 3:1-5).
“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos
apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas
de demónios.” (1 Timóteo 4:1). Satanás operará “com todo o poder, e sinais e prodígios
de mentira, e com todo o engano da injustiça”. E todos os que “não receberam o
amor da verdade para se salvarem”, serão abandonados à mercê da “operação do
erro, para que creiam a mentira”.
(2 Tessalonicenses 2:9-11). Quando for atingido tal estado
de impiedade, ver-se-ão os mesmos resultados que nos primeiros séculos.
A vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é
por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá fazer
esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória. Há anos, porém,
que nas igrejas protestantes se vem manifestando poderoso e crescente
sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de doutrinas. Para
conseguir tal união, deve-se necessariamente evitar toda discussão de assuntos
em que não estejam todos de acordo, independentemente de sua importância do
ponto de vista bíblico.
Carlos Beecher, em sermão pronunciado em 1846, declarou que
o ministério das denominações evangélicas protestantes “não somente é formado
sob terrível pressão do mero temor humano, mas também vive, move-se e respira
num meio totalmente corrupto, e que cada instante apela para todo o elemento
mais vil de sua natureza, a fim de ocultar a verdade e curvar os joelhos ao
poder da apostasia. Não foi desta maneira que as coisas se passaram com Roma?
Não estamos nós desandando pelo mesmo caminho? E que vemos precisamente diante
de nós? Outro concílio geral! Uma convenção mundial!
Aliança evangélica, e credo universal!” — Sermão sobre: A
Bíblia Como um Credo Suficiente, pronunciado em Fort Wayne, Indiana, a 22 de
fevereiro de 1846. Quando, pois, se conseguir isto nos esforços para se obter
completa uniformidade, apenas um passo haverá para que se recorra à força.
Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se
em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que
imponha os seus decretos e lhes apoie as instituições, a América do Norte protestante
(diga-se que hoje, a América do Norte já não é um país protestante, como o era
inicialmente, com as emigrações especialmente de populações de países de língua
hispânica e portuguesa. A maioria destes professando a fé romana) terá então
formado uma imagem da hierarquia romana, e a aplicação de penas civis aos
dissidentes será o resultado inevitável.
A besta de dois chifres “faz que a todos, pequenos e grandes,
ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita ou
nas suas testas; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que
tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:16
e 17). A advertência do terceiro anjo é:
“Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal
na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus.” “A
besta” mencionada nesta mensagem, cuja adoração é imposta pela besta de dois
chifres, é a primeira, ou a besta semelhante ao leopardo, do capítulo 13 do
Apocalipse — o papado. A “imagem da besta” representa a forma de protestantismo
apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio
do poder civil para imposição de seus dogmas. Resta definir ainda o “sinal da
besta”.
Depois da advertência contra o culto à besta e a sua imagem,
declara a profecia:
“Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus, e a fé de
Jesus.” Visto os que guardam os mandamentos de Deus serem assim colocados em
contraste com os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal, é
claro que a guarda da lei de Deus, por um lado, e a sua violação, por outro,
deverão assinalar a distinção entre os adoradores de Deus e os da besta.
O característico especial da besta, e, portanto, de sua
imagem, é a violação dos mandamentos de Deus. Diz Daniel a respeito da ponta
pequena, o papado: “Cuidará em mudar os tempos e a lei.” (Daniel 7:25). E Paulo
intitulou o mesmo poder “o homem do pecado”, que deveria exaltar-se acima de
Deus. Uma profecia é o complemento da outra.
Unicamente mudando a lei de Deus poderia o papado exaltar-se
acima de Deus; quem quer que conscientemente guarde a lei assim modificada,
estará a prestar suprema honra ao poder pelo qual se efetuou a mudança. Tal ato
de obediência às leis papais seria um sinal de vassalagem ao papa em lugar de
Deus.
O papado tentou mudar a lei de Deus. O segundo mandamento,
que proíbe o culto às imagens, foi omisso da lei, e o quarto foi mudado de
molde a autorizar a observância do primeiro dia em vez do sétimo, como sábado.
Mas os romanistas aduzem como razão para omitir o segundo mandamento ser ele
desnecessário, achando-se incluído no primeiro, e que estão a dar a lei
exatamente como era o desígnio de Deus fosse ela compreendida. Essa não pode
ser a mudança predita pelo profeta. É apresentada uma mudança intencional, com
deliberação. “Cuidará em mudar os tempos e a lei.” A mudança no quarto
mandamento cumpre exatamente a profecia. Para isto a única autoridade alegada é
a da Igreja. Aqui o poder papal se coloca abertamente acima de
Deus. [Recordemos que, de acordo com o ‘Papa II’, os papas
têm o direito de modificar as leis divinas, autoridade que lhes é dada por Deus
e não pelos homens. Pura blasfémia!]
Enquanto os adoradores de Deus se distinguirão especialmente
pelo respeito ao quarto mandamento - dado o fato de ser este o sinal de Seu
poder criador, e testemunha do Seu direito à reverência e homenagem do homem —
os adoradores da besta salientar-se-ão por seus esforços para derrubar o monumento
do Criador e exaltar a instituição de Roma. Foi por sua atitude a favor do
domingo que o papado começou a ostentar arrogantes pretensões; seu primeiro
recurso ao poder do Estado foi para impor a observância do domingo como “o dia
do Senhor”. A Escritura Sagrada, porém, indica o sétimo dia e não o primeiro,
como o dia do Senhor. Disse Cristo: “O Filho do homem é
Senhor até do sábado.” O quarto mandamento declara: “O
sétimo dia é o sábado do Senhor.” E pelo profeta Isaías o Senhor lhe chama:
“Meu santo dia.” (Marcos 2:28; Êxodo 20:10; Isaías 58:13).
A alegação tantas vezes feita, de que Cristo mudou o sábado,
é refutada por Suas próprias palavras. Em Seu sermão no monte, disse Ele: “Não
cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.
Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou
um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer pois que violar
um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o
menor no reino dos Céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado
grande no reino dos Céus.” (Mateus 5:17-19)…
Os católicos romanos reconhecem que a mudança do sábado foi
feita pela sua igreja, e declaram que os protestantes, observando o domingo,
estão reconhecendo o poder desta. No “Catecismo Católico da Religião Cristã”,
em resposta a uma pergunta sobre o dia a ser observado em obediência ao quarto
mandamento, faz-se esta declaração: “Enquanto vigorou a antiga lei, o sábado
era o dia santificado, mas a igreja, instruída por Jesus Cristo, e dirigida
pelo Espírito de Deus, substituiu o sábado pelo domingo; assim, santificamos
agora o primeiro dia, e não o sétimo dia. Domingo quer dizer, e agora é, dia do
Senhor.”
Como sinal da autoridade da Igreja Católica, os escritores
romanistas citam “o próprio ato da mudança do sábado para o domingo, que os
protestantes admitem; … porque, guardando o domingo, reconhecem o poder da
igreja para ordenar dias santos e impor sua observância sob pena de incorrer em
pecado”. — Resumo da Doutrina Cristã,
H. Tuberville p. 58. Que é, pois, a mudança do sábado senão
o sinal da autoridade da Igreja de Roma ou “o sinal da besta”? [Numa carta
dirigida ao Cardeal Gibbons a 11 de
novembro de 1895, um dignatário católico disse que havia
respondido da seguinte maneira ao perguntar-lhe alguém se a mudança do sábado
para o domingo havia sido
efetuada pela Igreja Católica: ‘Certamente que sim! E o dito
ato é uma marca do seu poder e autoridade no que se refere a questões
religiosas’].
A igreja de Roma não renunciou a suas pretensões à
supremacia; e, se o mundo e as igrejas protestantes aceitam um dia de repouso
de sua criação, ao mesmo tempo em que rejeitam o sábado bíblico, acatam
virtualmente estas pretensões. Podem alegar a autoridade da tradição e dos pais
da igreja para a mudança, mas, assim fazendo, ignoram o próprio princípio que
os separa de Roma, de que — “A Bíblia, e a Bíblia só, é a religião dos
protestantes”. Os romanistas podem ver que estão enganando a si mesmos, fechando
voluntariamente os olhos para os fatos em relação ao caso. À medida que ganha
terreno o movimento em favor do repouso dominical obrigatório, eles se regozijam,
na certeza de que, por fim, todo o mundo protestante será reunido sob a bandeira
de Roma.
Os romanistas declaram que “a observância do domingo pelos
protestantes é uma homenagem que prestam, malgrado seu, à autoridade da Igreja
[Católica]”. - Mgr.
Segur,
Plain Talks About Protestantismo of Today, p. 213. A imposição da guarda
do domingo por parte das igrejas protestantes é uma obrigatoriedade do culto ao
papado - à besta. Os que, compreendendo as exigências do quarto mandamento,
preferem observar o sábado espúrio em lugar do verdadeiro, estão desta maneira
a prestar homenagem ao poder pelo qual somente é ele ordenado. Mas, no próprio
ato de impor um dever religioso por meio do poder secular, formariam as igrejas
mesmas uma imagem à besta; daí a obrigatoriedade da guarda do domingo nos
Estados Unidos equivaler a impor a adoração à besta e à sua imagem.
Mas os cristãos das gerações passadas observaram o domingo,
supondo que em assim fazendo estavam a guardar o sábado bíblico; e hoje existem
verdadeiros cristãos em todas as igrejas, não exceptuando a comunhão católica
romana, que crêem sinceramente ser o domingo o dia de repouso divinamente
instituído. Deus aceita a sinceridade de propósito de tais pessoas e sua
integridade. Quando, porém, a observância do domingo for imposta por lei, e o
mundo for esclarecido relativamente à obrigação do verdadeiro sábado, quem
então transgredir o mandamento de Deus para obedecer a um preceito que não tem
maior autoridade que a de Roma, honrará desta maneira ao papado mais do que a
Deus. Prestará homenagem a Roma, e ao poder que impõe a instituição que Roma
ordenou. Adorará a besta e a sua imagem. Ao rejeitarem os homens a instituição
que Deus declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que
Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitarão, de fato, o sinal de fidelidade
para com Roma — “o sinal da besta”. E somente depois que esta situação esteja
assim plenamente exposta perante o povo, e este seja levado a optar entre os mandamentos
de Deus e os dos homens, é que, então, aqueles que continuam a transgredir hão-de
receber “o sinal da besta”.
A mais terrível ameaça que já foi dirigida aos mortais,
acha-se contida na mensagem do terceiro anjo. Deverá ser um terrível pecado que
acarretará a ira de Deus, sem mistura de misericórdia. Os homens não devem ser
deixados em trevas quanto a este importante assunto; a advertência contra tal
pecado deve ser dada ao mundo antes da visitação dos juízos de Deus, a fim de
que todos possam saber por que esses juízos são infligidos, e tenham
oportunidade de escapar. A profecia declara que o primeiro anjo faria o anúncio
a “toda a nação, e tribo, e língua, e povo”. A advertência do terceiro anjo, que
faz parte da mesma tríplice mensagem, deve ser não menos difundida. É representada
na profecia como sendo proclamada com grande voz, por um anjo voando pelo meio
do céu; e se imporá à atenção do mundo.
No desfecho desta controvérsia, toda a cristandade estará
dividida em duas grandes classes — os que guardam os mandamentos de Deus e a fé
de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. Se bem
que a igreja e o Estado reúnam o seu poder a fim de obrigar “a todos, pequenos
e grandes, ricos e pobres, livres e servos”, a receberem “o sinal da besta”
(Apoc. 13:16), o povo de Deus, no entanto, não o receberá. O profeta de Patmos
contempla “os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal,
e do número de seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas
de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, … e o cântico do Cordeiro”.
(Apocalipse 15:2 e 3)”. (O Grande Conflito, cap. 25, p. 439-451).
Estejam alerta, prezados amigos. As profecias que acabam de
ler cumprir-se-ão muito em breve. A besta está fazendo os seus movimentos
estratégicos. A 7 de Julho de 1998 o Vaticano publicou a Carta Apostólica do
Papa João Paulo II intitulada Dies Domini - Como Santificar o Dia do Senhor, um
documento de 104 páginas. Esta carta constitui um ataque direto contra o Quarto
Mandamento da Lei de Deus que ordena a observância do sábado ou sétimo dia da
semana e mesmo contra o criador que o instituiu. No ponto 67 de Dies Domini diz
o seguinte: “Por isso, é natural que os cristãos se esforcem para que, também
nas circunstâncias específicas do nosso tempo, a legislação civil tenha em
conta o seu dever de santificar o domingo”. No mesmo dia o jornal The Denver
Post publicou esta citação do Vaticano: “Os que o violem devem ser castigados
como hereges”.
A agenda de Roma, tão notória na epístola Dies Domini,
mostra também no subtítulo da Exortação Apostólica dada por João Paulo II aos líderes
leigos católicos romanos na Assembléia Sinódica efetuada na Cidade do México a
22 de janeiro de 1999, o seguinte: “O Caminho Para a Conversão, Comunhão e
Solidariedade na América”. A Igreja Católica Romana insiste na solidariedade, a
qual se tem que conseguir na América no
terceiro milénio cristão (Exortação Apostólica, Ecclesia na América, Artigo 3).
A agenda de Roma é na realidade um novo estilo agressivo de evangelismo em solo
americano empreendido em nome da unidade. Desempenhará a falsa Virgem Maria um
papel essencial neste novo evangelismo? Certamente que sim! Á medida que o
tempo passa, os pastores e fieis de igual forma dão-se conta do papel que Maria
há-de desempenhar na evangelização da América. A Virgem de Guadalupe é venerada
como a “Rainha de toda a América… e a Estrela da primeira e da nova evangelização.
Eu [João Paulo II] aceitei com regozijo a proposta dos Padres do Sínodo que a
Festa da Nossa Senhora de Guadalupe, Mãe e Evangelizadora da América, se celebre
através de todo o continente a 12 de dezembro. É o meu sincero desejo que ela, cuja
intercessão foi responsável pelo fortalecimento da fé dos primeiros discípulos
(cf. João 2:11), mediante a sua maternal intercessão dirija agora a igreja na
América, favorecendo-a com o derramamento do Espírito Santo assim como o fez
uma vez para a igreja primitiva (cf. Atos 1:14), para que a nova evangelização
redunde num rico florescimento da vida cristã” (Id. Art. 11). Com estas
palavras o papa dedicou a América a Maria!
João Paulo II deixou o melhor para a ultima parte da sua
Exortação, Artigo 73, a qual se intitula O Desafio das Seitas: “As atividades
proselitistas das seitas e os novos agrupamentos religiosos da América são um
grave estorvo para a obra de evangelização”. Não tenhamos dúvidas de que nos
encontramos nos últimos dias!
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