A História repete-se e, quando isto acontece, os exemplos são verdadeiramente paradigmáticos.
a) I Reis 17.1 – O profeta Elias
Vejamos, por exemplo, a história do profeta Elias.91 Este profeta, a exemplo de tantos enviados de Deus tinha os seus inimigos. No caso específico deste profeta eram três, a saber: 1º- O próprio rei Acabe; 2º- A rainha Jezabel;92 3º- Os falsos profetas de Baal. O que encontramos de curioso e interessante é que, na Palavra de Deus os inimigos de Deus, no fim dos tempos, também serão três!
Elias era o profeta de Deus e quem teria todo o interesse em o silenciar? O rei? Não, directamente, mas a rainha Jezabel, esta personagem sinistra que a Bíblia menciona algumas vezes e sempre ligada à tentativa de desviar o povo de Deus. Mas, por si só, não poderia atingir os seus objectivos e, por esta razão irá manipular a seu contento não somente o rei mas também os falsos profetas, os sacerdotes. Para caracterizar uma maior e total dependência destes à rainha, o texto bíblico refere que estes “comem à mesa de Jezabel” – I Reis 18.19. Esta, portanto, sustenta os falsos profetas,93 símbolo de um falso sacerdócio que alargava a sua influência sobre o povo; esta rainha, a exemplo de tantos outros, procurava matar toda e qualquer voz incómoda, como a do profeta Elias.94 Estes sacerdotes eram um reflexo de Jezabel. Este é o Elias do Antigo Testamento. No entanto, no Novo Testamento iremos encontrar um outro Elias na pessoa de João Baptista – Lucas 1.17.
O profeta do Antigo Testamento preparou o caminho para aquele que viria a seguir – o profeta Eliseu. Da mesma forma, o do Novo Testamento, preparará o caminho daquele que era “o caminho, a verdade e a vida” – João 14.6 – o Senhor Jesus. Para que toda a história possa ser o mais semelhante possível, igualmente na vida deste profeta do Novo Testamento também nela encontramos três inimigos:95 1º- O rei Herodes Antipas;96 2º- Uma mulher chamada Herodias;97 3º- A filha desta – Salomé.98 Herodias era uma mulher adúltera, razão pela qual João Baptista denunciou a fornicação entre ela e o rei. Por esta razão é que Herodias, a todo o custo, queria silenciar esta voz incómoda – “Herodias o espiava, e queria matá-lo, mas não podia” – Marcos 6.19. Estas duas mulheres – Jezabel e Herodias – tinham algumas características comuns: 1ª- eram fornicárias; 2ª- queriam a morte do profeta; 3ª- nenhuma delas, só por si mesmas, não podiam. A filha de Herodias – Salomé – era, na verdade, a peça que faltava. Herodias, para o cabal cumprimento do seu plano diabólico, diz o texto bíblico que esperou: - “(…) uma ocasião favorável (…)” – Marcos 6.21. E esta ocasião, na verdade, chegou e esta mulher não faz mais do que utilizar a filha para atingir o seu propósito. Desta forma podemos ver a união entre mãe e filha para alcançarem o mesmo intento. A filha é, exactamente, a imagem da mãe. Tal mãe, tal filha.
Até aqui pudemos ver o Elias do Antigo Testamento (I Reis 17.1) e o do Novo Testamento (Mateus 11.14) e o Elias do tempo do fim (Malaquias 4.5) – ou seja, a Igreja de Deus deste tempo do fim – a qual tem uma mensagem urgente para dar a conhecer ao mundo. Esta, a exemplo de outros tantos Elias que a precederam, quantos inimigos terá? Tal como já o referimos, também terá os mesmos três inimigos, a saber: 1º- O dragão; 2º- A besta; 3º A imagem da besta/falso profeta – Apocalipse 16.13. Assim, a Igreja Apostólica manifesta sob a forma de papado – é o poder representado no cap. 13 do Apocalipse, quando se fala da
sua história passada. Mas, no cap. 17, após a curada da “sua ferida mortal” – Apocalipse 13.3 – esta já não é apelidada de besta/fera, mas sim de “(…) mãe das abominações e fornicações da terra” - Apocalipse 17.5. Assim sendo, afinal, quem representa quem? Ora vejamos: 1º- Satanás é representado pelo dragão – Apocalipse 12.9; 2º- A besta/fera – a mãe – faz-se representar pela Igreja Apostólica Romana99 – poder perseguidor dos filhos de Deus – Apocalipse 13.7; 3º- A imagem da besta/fera/falso profeta faz-se representar pelo protestantismo apóstata que, afinal, nada protesta e o sinal claro que aceita tudo o que a mãe disser – é que guarda, a exemplo da mãe, o mesmo dia santificado – o Domingo100- e aceitando, por exemplo, algumas doutrinas da mesma, tais como: a) crença que os mortos tudo sabem – imortalidade da alma; b) crêem que o Inferno arde para todo o sempre. E, finalmente - a seu devido tempo - assim como a mãe, no passado, perseguiu toda e qualquer forma religiosa diferente da sua, nesse tempo futuro próximo ambas – mãe e filhas – perseguirão a Igreja remanescente – o verdadeiro povo de Deus.
Como vimos, o dragão representa Satanás numa primeira instância. Mas, nesta Terra esta personagem actua não directamente, mas por interposta pessoa ou entidades – os reis da Terra – os poderosos. Recorde-se que, ao rei do Egipto – o Faraó – a Palavra de Deus o apelida de – “(…), ó Faraó, rei do Egipto, grande dragão (…)” – Ezequiel 29.3. No texto do Apocalipse podemos ver como, aquele poder que mexe as suas marionetas, actua – “(…) e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando à luz, lhe tragasse o filho” – Apocalipse 12.4. A nível temporal e histórico, na verdade, quem foi o poder contemporâneo de Maria que aguardava o momento propício para aniquilar Aquele que tinha nascido? Claro que não foi o dragão em pessoa, mas sim um poder que actuava em nome da sua pessoa. E este poder foi Herodes, o Grande101 – Mateus 4.3-18 – satélite, em toda a Palestina, de um poder maior – Roma Imperial. Assim, o dragão representa Satanás que se manifesta através destes poderes políticos para desta forma alcançar melhor os seus propósitos.
Antes do Milénio acontecerá algo muito importante. Vejamos o que nos diz o texto do Apocalipse: - “(19)- E vi a besta, e os reis da terra e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército. (20)- E a besta foi presa e com ela o falso profeta que diante dela fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta, (os reis da Terra) e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre” – Apocalipse 19. Como podemos ver, quando Cristo voltar, aqueles que serão castigados, finalmente, serão: 1º- A besta/fera/a mãe; 2º- O falso profeta/protestantismo apostatado; 3º- Os reis da Terra. De igual modo, estes constituem as três partes de compõem Babilónia – “E a grande cidade fendeu-se em três partes (…)” – Apocalipse 16.19. Assim, antes do Milénio, o dragão é representado pelos reis e governantes, mas depois deste período esta personagem celeste apresenta-se com uma nova roupagem – na primeira pessoa – ele próprio. Antes do Milénio – os reis da Terra, a besta/fera/a mãe e o falso profeta/protestantismo apostatado – são lançados no lado de fogo e de enxofre. Mas, se repararmos bem o dragão, no texto, está ausente. Mas, na descrição que é feita dos acontecimentos após o Milénio, esta entidade será, finalmente, lançada no mesmo lugar em que os seus acólitos foram lançados: - “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta (…)” – Apocalipse 20.10.
No final da História deste planeta, será que o dragão, a besta/fera/a mãe/o falso profeta serão pessoas ou sistemas que se encontrarão em Israel? Claro que não! Porquê? Pela simples razão de que representam sistemas mundiais, globais. O que era literal, pessoal, de carácter individual e local – sendo o tipo - no final dos tempos apontarão para o seu cabal cumprimento – o antitipo – ou seja, movimentos mundiais. O profeta Elias não virá nos últimos tempos, isto é, o mesmo do passado, do Antigo Testamento, como também não aconteceu no Novo Testamento, apesar de ter sido dito que o era, mas não a pessoa mas sim o que ele representa. O que importa aqui é o que caracterizou este profeta – a mensagem de Elias – a mensagem para o nosso tempo, que se chama – a mensagem dos 3 anjos. A mensagem de Elias foi – Deus vos abandonou porque vós, o povo, O abandonaste em primeiro lugar. O povo de Deus foi castigado porque abandonou a Lei de Deus, os Seus concertos, os Seus estatutos e começaram a adorar o deus Baal da rainha Jezabel, a fornicária, espiritualmente falando.
Comparativamente com os nossos dias, qual é a mensagem do Elias moderno? Qual é o seu teor? Ele é: - (v. 7)- “Temei a Deus e dai-lhe glória porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, a terra, e o mar e as fontes das águas. (12)- Aqui está a perseverança dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” – Apocalipse 14. Esta mensagem tem três partes bem definidas:
1ª parte - o que devemos fazer. Esta noção comporta dois aspectos: - a) Temer – é contemplar, reverenciar e respeitar Deus – “(…) teme ao Senhor e aparta-te do mal” - Provérbios 3.7- “(…). Teme a Deus e guarda os seus mandamentos porque este é o dever de todo o homem” - Eclesiastes 12.13; b) Dar glória - é honrá-Lo em tudo o que fazemos – “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo (…)” - I Coríntios 6.20 – “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” – I Coríntios 10.31.
2ª parte – o porquê de o fazer. O anjo diz-nos o porquê, a base de toda a obediência. A Bíblia apela a toda a criatura para adorar a Deus, pela simples razão que só Ele é o Criador. “Digno és, Senhor, de receber glória e honra e poder; porque tu criaste todas as coisas e por tua vontade são e foram criadas” – Apocalipse 4.11. O conflito final da Terra centrar-se-á no tema da adoração. Apocalipse 14.7 adverte-nos para que a criatura adore o Criador. O verso 9 admoesta-nos a evitar a marca da besta. Enquanto que o v.12 mostra-nos que este conflito cujo tema é a adoração, terá como ponto central – os mandamentos de Deus;
3ª parte – o quando o fazer. O anjo proclama que a hora do julgamento de Deus chegou. Cada opção humana tem um preço e como tal carece de ser julgada para ser tida por – boa ou má. O mesmo acontece a nível espiritual. Tudo isto foi anunciado, no passado pelo profeta Daniel – “(…) assentou-se o juízo e abriram-se os livros” – Daniel 7.10 – e reiterado no livro do Apocalipse: - “(…) e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” – Apocalipse 20.12.103
Deus passará em revista cada caso humano e o aqui e agora é o nosso tempo, não temos outro, para efectuar as nossas opções – a favor ou contra Deus. O julgamento serve exactamente para isto mesmo, para dar o galardão às nossas escolhas. Depois, servirá também para dar solução a um problema de amplitude cósmica – o pecado – de uma vez por todas. O pecado e o sofrimento não coexistirão para todo o sempre. Apocalipse 14.7, como vimos anuncia que “vinda é a hora do seu juízo”. Mas, um pouco mais à frente diz que: - “E olhei, e eis uma nuvem branca e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e na sua mão uma foice aguda” – Apocalipse 14.14. Isto mostra-nos que, depois do juízo, precederá a vinda do Senhor Jesus a esta Terra.
Esta vinda, como vimos servirá para dar o galardão aos Seus filhos e a condenação aos que O rejeitaram – “(…) para dar a cada um segundo a sua obra” – Apocalipse 22.12 - como também trazer consigo, finalmente, a irradicação do pecado e do sofrimento. A razão de ser da vinda do Senhor Jesus não é, de modo algum, destruir as suas criaturas, mas apagar, para todo o sempre, o pecado. Eis o quando - e este é agora – enquanto o juízo se processa; porque depois, no momento da Sua vinda, nada haverá mais a fazer – tudo estará resolvido. Por esta razão é que o autor da Carta aos Hebreus disse: - “(…). Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” – Hebreus 4.7. Eis o nosso tempo – o aqui e agora – pois o amanhã não existe. Pois uma coisa é sermos destruídos não porque somos pecadores, pois este o Senhor nosso Deus nos perdoou, mas pela triste razão que teimosamente não quisemos aceitar o Seu perdão!
Esta mensagem que encherá o mundo, no final da história desta Terra será proclamada por um Movimento de âmbito mundial e não por uma pessoa circunscrita a um local. Desta forma, o dragão o que o representa também é, igualmente, mundial; da mesma forma a besta/a mãe e o falso profeta o serão também. O mesmo acontecerá com a figura do rei do norte – Daniel 11 -, como veremos mais à frente, pois ali expressa-se de uma forma literal, circunscrita, mas ele simboliza um sistema mundial pois tem ramificações em toda a Terra.
b) Abraão e as 3 personagens celestes - Génesis 18-19.26
Recorde-se a história de Abraão quando este recebe, na sua tenda, a visita de três personagens celestes. O teor da história mostra um paralelo com a mensagem dos 3 anjos que se encontra no livro do Apocalipse 14.
Ao lermos este relato bíblico apercebemo-nos que estes três anjos, que visitam o patriarca Abraão, irão dar as mensagens na mesma ordem do Apocalipse 14. Abraão permanece diante da primeira entidade celeste – “Depois apareceu-lhe o Senhor (Iahweh) nos carvalhais de Manré, estando ele assentado à porta da tenda (…)” – Génesis 18.1,13,17,22b. Este ser celeste é o próprio Senhor Jesus. Perante este, o patriarca intercede nestes termos, pelo seu sobrinho Lot: - “(…): Destruirás também o justo com o ímpio?” – Génesis 18.23. Isto dito por outras palavras: - será que, ó Deus não procederás à separação entre juntos e injustos antes de destruíres a cidade? Recorde-se o que diz o 1º anjo de Apocalipse 14:7 - “(…): Temei a Deus e dai-lhe glória porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”. Aqui encontramos, efectivamente, o mesmo convite. A hora do juízo chegou onde se fará a triagem entre o genuíno e o falso.
De seguida, dois anjos vão à cidade de Sodoma. A certa altura, um dos anjos diz a Lot: - (v.12)- “(…): Tens alguém mais aqui? Teu genro e teus filhos e tuas filhas e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar. (…). (17)- (…): Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças” – Génesis 19. Quando, de novo comparamos com a maneira como se expressa o 2º anjo do Apocalipse 14.8, apercebemo-nos que a preocupação é precisamente a mesma – chegou o tempo de conhecer a real situação e, ao mesmo tempo iniciar a preparação para abandonar a cidade, tudo que é contrário a Deus - “(…): Caiu, caiu Babilónia, aquela grande cidade que a todas as nações deu a beber do vinho da sua prostituição”. Um pouco mais à frente diz: - “(…): Sai dela povo meu para que não sejas participante dos seus pecados, e para não incorras nas suas pragas” – Apocalipse 18.4.
No texto do Génesis é dito que: - “Então o Senhor fez chover enxofre e fogo do Senhor desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra” – 19.24. Quando comparamos este texto com o do Apocalipse, nomeadamente, com a mensagem particular do 3º anjo, o que é que ali encontramos? Este 3º anjo assim se expressa: - (v.9)- “(…): Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na sua testa ou na sua mão. (10)- Também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro” – Apocalipse 14. O convite foi feito anteriormente. O castigo ou recompensa paira sobre a criatura. Ambas são condicionais, pois a aplicação de uma ou outra situação depende da nossa atitude para com o chamado de Deus à criatura.
Será que podemos ver alguma relação entre estes dois episódios? Quanto a nós, pensamos que sim. Na 1ª ocorrência tudo é literal (seres celestes/Abraão/Sodoma e Gomorra), mas no final da História desta Terra tudo isto é representado a nível mundial. Esta é a mensagem a proclamar a todo o mundo – não só a Sodoma e Gomorra literais. As histórias do Antigo Testamento repetem-se à escala global; num primeiro tempo ou fase, tudo teve que ver com Israel literal; mas, no final dos tempos, ao contrário, tudo terá que ver com o Israel espiritual, ou seja, a Igreja mundial de Cristo. É desta forma que expressou o apóstolo S. Paulo a sua concepção de um verdadeiro judeu – “E se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” – Gálatas 3.29.
O que determina que eu sou judeu não é o sangue, ou o lugar geográfico onde vivo, mas sim o unir-me a Cristo. Assim sendo, onde estão os judeus e a Jerusalém do tempo do fim, tal como o aborda as Sagradas Escrituras? Claro, na Igreja, não a nível local mas, a nível global, pois o “Israel de Deus” está em todo o mundo. Terá que ser sob este contexto que teremos que abordar, mais à frente, a personagem aparentemente enigmática – rei do norte (Daniel 11.44,45) – assim como os seus intentos de destruição em grande escala. Se não procedermos assim, ficaremos ligados unicamente à literalidade do texto e não ao que este nos quer mostrar para lá do simples relato, algo mais abrangente de aplicação mundial, universal.
c) A fornalha ardente - Daniel 3.19-27
O rei de Babilónia Nabucodonosor levantou uma grande estátua à sua imagem e semelhança – Daniel 3. Deus para aplacar o orgulho desmedido deste rei o irá transformar num “animal do campo” e assim viverá nesta condição ao longo de 7 anos – Daniel 4.23. Este rei não só levantou esta imagem à sua pessoa como também obrigou a que esta fosse adorada e a quem desobedecesse decretou que morresse – Daniel 3.5,6. Também aquele que ousasse desobedecer passaria por um tempo de angústia. Mas, de todas estas dificuldades Deus protegeu e livrou o seu povo.
De novo passamos do que é local e literal para o que é de cariz mundial, global, ou seja, no que se refere a este mesmo decreto inerente à – adoração – visto ser este o tema do conflito final entre o verdadeiro Deus e o falso. Deus, convida a que o Seu povo o possa adorar; a criatura continua a ser livre de aceitar ou não este convite. No entanto, a criatura que deseja ser adorada como se fosse Deus, esta, segundo o relato do Apocalipse, a exemplo do rei Nabucodonosor, no passado, não convida, manda, ordena e usará de meios coercivos para se fazer obedecer: - “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse; e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta” – Apocalipse 13.15. É aqui, sem sombra de dúvida, que reside toda a diferença – no convite.
O forno ardente mencionado no livro d profeta Daniel é um símbolo do Tempo de Angústia105 que ainda está no futuro próximo. Este forno foi, segundo o texto bíblico, aquecido sete vezes mais do que o costume – Daniel 3.19. Pensamos que aqui faz alusão às sete últimas pragas – Apocalipse 15.1 – que caracterização esse tempo de privações, de lutas e de angústia a todos os níveis, que caracterizará o tempo que precederá a gloriosa vinda de Cristo. Todos os livros encontram eco e explicação no livro do Apocalipse, visto que aqui, porque é um livro eminentemente escatológico, nesta qualidade revela, tal como o seu nome o indica, o que acontecerá no fim dos tempos – “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo” – Apocalipse 1.1.
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