“Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos.” Provérbios 23:26
Experiência: Num Sábado de manhã, uma monitora de uma classe infantil, contou a seguinte história às crianças, baseada no versículo que acabámos de le.
Uma das meninas não compreendeu o significado da história por isso quando chegou a casa perguntou ao pai:
– Paizinho, que quer dizer, dar o coração a Jesus?
– Um dia destes explico-te. Entretanto o pai pediu-lhe um pequeno porta-moedas onde ela guardava o dinheiro que o pai lhe dava todos os meses. A menina não tinha muito dinheiro, mesmo assim tinha umas dezenas de euros. Foi a correr buscar o seu tesouro, e entregou-o ao pai, pensando que este iria colocar algumas moedas mais. Mas, para sua surpresa, o pai colocou o porta-moedas no bolso.
O tempo passou, e ela começou a pensar: “Será que o meu pai está a passar por dificuldades e necessita do meu dinheiro.” A verdade, porém, é que em casa não faltava nada, não se podia dizer que o pai fosse um homem muito rico, mas nunca tinha faltado nada de essencial. Até que um dia o pai foi ter com ela e disse:
– Minha querida, porque pensas que pedi o teu velho porta-moedas com todo o teu dinheiro?
– Papá tenho pensado muito sobre esse assunt e cheguei à conclusão, que é para colocares qualquer coisa de valioso lá dentro.
– Tens razão, minha filha – respondeu o pai – aqui tens o teu novo porta-moedas. Não é o mesmo porque aquele já estava muito velho e estragado e não era muito bonito para uma menina como tu. Olha bem e vê o que lhe coloquei lá dentro.
A menina, comovida, abriu a linda carteirinha e, maravilhada, viu que o pai tinha colocado uma nota novinha de cem euros. O pai explicou:
– Perguntaste-me por que razão Jesus pedia o teu coração. E na verdade é a única coisa que nós Lhe podemos dar. É um coração já estragado e nada bonito, um coração que não vale muita coisa. Jesus pede o coração para o limpar e colocar lá dentro um tesouro celestial.
– Compreendeste, agora, minha querida, porque é que a tua monitora falou deste versículo?
– Compreendi, sim, papá, e desejo dar o meu coração a Jesus para que Ele o limpe e o encha da Sua graça.
Jesus falou do baptismo, e Ele próprio foi baptizado e ordenou que este evento fosse o inicio de uma experiência pessoal de aceitação de Jesus como Salvador e Senhor.
Todo o Novo Testamento apresenta o baptismo como uma adesão decidida e corajosa ao serviço do Rei Jesus. É como uma assinatura oficial de compromisso, de alistamento. Há quem diga que é um testemunho público. Um testemunho perante as pessoas e perante o Céu de que se jura ser fiel ao Salvador.
Eu, pessoalmente, gosto da palavra juramento. Ela representava para os cristãos primitivos e para mim hoje, o que faziam os soldados romanos, quando se alistavam ao serviço do Imperador Romano. Eles chamavam-lhe sacramentum.
Então o que significa o baptismo? É um juramento através do qual uma pessoa promete ligar-se a uma pessoa. Neste caso a Pessoa de Jesus. É tornar-se Seu discípulo ou colocar-se sob o Seu poder.
Não é um compromisso com uma igreja, ou uma tradição. Mas unir-se à Pessoa viva e eterna de Jesus. É uma união. Tem o mesmo significado da palavra casamento. O casamento é uma cerimónia entre um rapaz e uma rapariga que se amam, que se estimam e querem unir as suas vidas para sempre.
A doutrina bíblica do baptismo é uma das mais importantes e das mais realçadas pelo próprio Senhor Jesus Cristo. É tão importante que foi o primeiro acto público no Seu ministério e a última ordem dada aos Seus discípulos.
Fico impressionado quando imagino o baptismo de Jesus. Ele tinha 30 anos. Deixou a carpintaria do Seu pai José e aproximou-Se das margens do rio Jordão onde o Seu primo João pregava e baptizava. João era um homem veemente, de grandes apelos ao arrependimento e à mudança de vida. E essa mudança deveria ser selada com o baptismo. De repente entra na água alguém que ele conhece e que lhe pede o baptismo. Primeiro fica perplexo, perplexo porque ele sabe bem que quem está diante dele é “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Era um ser tão maravilhoso que nunca tinha pecado.
João resiste, mas perante a insistência obedece: “Mas João tentava dissuadi-lo, dizendo: Eu preciso ser baptizado por ti, e vens tu a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por agora, pois assim nos convém cumprir toda a justiça. Então João consentiu”. Mateus 3:14, 15.
É com o baptismo que se inicia oficialmente o ministério de Jesus como o Messias, O Enviado para proclamar as Boas Novas do reino de Deus.
A importância do baptismo é confirmada nas últimas palavras de Jesus dirigidas aos Seus discípulos antes de ascender ao Céu: “Portanto, ide e fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado. E certamente estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos.” Mateus 28:19, 20
Quando Pedro pregava no dia de Pentecostes, o Espírito de Deus agitava os corações dos ouvintes. E eles foram convencidos do pecado e perguntaram: “Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo.” Actos 2:37, 38
Numa outra ocasião, estavam Paulo e Silas na prisão, o carcereiro foi impelido a perguntar-lhes: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? Responderam eles: Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa.” Actos 16:30, 31
Logo de seguida foram instruídos em toda a doutrina cristã e o carcereiro e a família foram baptizados: “Então lhe pregaram a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa. Tomando-os o carcereiro consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; então logo foi baptizado, ele e todos os seus.” Actos 16:32, 33
Aceitar o baptismo é, segundo a declaração de Jesus em relação ao que fazia João Baptista, “justificar a justiça de Deus” e não o fazer é rejeitar o conselho de Deus: “Eu vos digo (palavras de Jesus) que, entre os nascidos de mulher, não há maior profeta do que João Baptista; mas o menor no reino de Deus é maior do que ele. Todo o povo que o ouviu, e até os cobradores de impostos, justificaram a Deus, tendo sido baptizados com o baptismo de João. Mas os fariseus e os doutores da lei rejeitaram o conselho de Deus quanto a si mesmos, não tendo sido baptizados por ele.” Lucas 7:28-30.
Nós que vivemos num mundo de pecado, que vivemos com a alma doente, temos todo o interesse em nos submetermos a uma instituição estabelecida para nosso bem, e da qual o Senhor Jesus disse a Nicodemos: “Jesus respondeu: Em verdade, em verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” João 3:5
Na epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo realça que o baptismo é um memorial da morte, entrada no túmulo e ressurreição de Jesus: “Ou não sabeis que todos quantos fomos baptizados em Cristo Jesus fomos baptizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo baptismo na morte, para que, como Cristo ressurgiu dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Romanos 6:3, 4
Aquele que é baptizado testemunha publicamente que morreu para uma vida de pecado, de egoísmo, de crítica, de auto-culpabilização, de remorso, mas aceitou ser lavado na água pelo Espírito Santo, para ser uma nova pessoa. Um novo caminhar, uma nova perspectiva de ver o futuro.
Morreu o velho homem, a velha natureza e saiu da água uma nova vida, um ser que deseja viver em harmonia com a vontade de Deus.
Tenho que reconhecer, publicamente, que há grandes divergências entre os cristãos no que concerne à forma de administrar o baptismo. Uns praticam-no por imersão, outros por aspersão.
Ou seja que o baptismo por aspersão se limita a espalhar algumas gotas de água sobre a cabeça de uma criança, enquanto que no baptismo por imersão a pessoa é mergulhada na água e completamente submersa.
O importante, digo, não será saber quem está certo ou errado! O importante é saber a qual dos dois tipos de baptismo é que Jesus Se submeteu e mandou que se realizasse!
A verdade é muito simples de saber. A própria palavra baptizar (em Grego baptizein) quer dizer exactamente mergulhar, imergir.
Não podemos descurar esta verdade, porque o apóstolo Paulo declara: “Um só Senhor, uma só fé, um só baptismo.” Efésios 4:5
A questão é sagrada. Faz parte do Credo dos apóstolos, da coluna da doutrina: Um só Senhor, uma só fé, e um só baptismo. Quer dizer que só há uma forma de baptizar, uma delas não é correcta, portanto, não aceite por Deus, porque Deus é de uma só palavra.
Que baptismo é este? Leiamos mais algumas palavras da Escritura. O assunto é tão importante que deve ser a Palavra de Deus a falar e não a palavra do homem.
Onde foi Jesus baptizado? “...saiu logo da água...” Mateus 3:16
Por que razão João baptizava em Enom?
“Ora, João também estava baptizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas, e para lá concorria o povo, para ser baptizado.” João 3:23
Tudo, no Novo Testamento, nos mostra que o “um só baptismo”, que representa a morte, a entrada no túmulo e a ressurreição de Cristo, só pode ser o baptismo por imersão.
Quando um sacerdote ou pastor lança algumas gotas de água na cabeça de uma criança, não tem nada a ver com o que se passou com a morte e ressurreição do Senhor. E portanto não é sancionado pelo Céu.
E eu vou dizer-vos uma coisa, tenho muito receio que aqui esteja uma das causas de tanto sofrimento, de tantas almas doentes. A pessoa não foi, como diz o Apóstolo, revestida de Cristo:
“Pois todos vós que fostes baptizados em Cristo, vos revestistes de Cristo.” Gálatas 3:27
Isto é muito mais sério do que muita gente pensa. Para seguir a Jesus através do baptismo, a pessoa deve ter idade que lhe permita responder às seguintes condições:
a) Ser ensinado: O Senhor Jesus disse que antes que uma pessoa seja baptizada, deve ser ensinada: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.” Mateus 28:19
Os apóstolos ensinaram o carcereiro. Foram instruídos na doutrina cristã antes de serem baptizados.
b) Crer em Jesus Cristo: “Quem crer e for baptizado será salvo.” Marcos 16:16
“Respondeu-lhe Filipe: É lícito, se crês de todo o coração: Disse ele: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Mandou parar o carro, e desceram ambos à água... e o baptizou.” Actos 8:37
Esta é a confissão/juramento cristão: Creio que Jesus é o Filho de Deus.
c) Sentir arrependimento: Sentir tristeza por todo o mal que fez aos outros e a si próprio, por ter magoado o coração maravilhoso de Deus. Arrependimento é sentir o amor de Deus, e perceber que Ele não suporta o mal. É sentir que Deus nos escolhe para sermos amados porque nos escolheu desde o princípio. É ver as coisas com os olhos de Deus. Foi o que Jesus disse a Nicodemos:
“Jesus respondeu: Em verdade, em verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” João 3:5
Assim que a pessoa é baptizada ela sente uma afeição terna e carinhosa pelas coisas do Céu. Não há remorso no coração de quem vai em direcção ao Céu, as lágrimas não são de pesar, porque ao lado vai quem consola, não há causas perdidas.
Quanto mais ansiamos pelo Céu, menos da Terra cobiçamos. Só Deus é quem faz o Céu ser Céu.
Apelo: Chegados a este ponto. Uma pergunta urge fazer: Que vai fazer agora? Qual vai ser a sua decisão? Agora que conhece esta Verdade instituída por Cristo. Agora que sabe que Jesus morreu, ressuscitou e intercede por si, será que pode ainda assim adiar a entrega do coração a Jesus, para que Ele o repare, ou melhor, para que lhe dê um coração novo cheio das riquezas do Céu?
A Bíblia contém este apelo: “Se hoje ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações.” Hebreus 3:7, 8.
Ilustração:
Conta-se a história de que na altura em que o Império Romano dominava, um rei da Síria, Antíquo IV, que fazia constantemente guerra ao Egipto. Um dia o Senado Romano enviou embaixadores com o propósito de exigir que o rei da Síria parasse com os ataques ao Egipto.
Antíquo estava muito indeciso, por isso pediu que se adiasse a reunião para ele pensar. Que no outro dia daria a resposta. Um dos embaixadores romanos, Papilus Linas, riscou um círculo no chão à volta do rei e gritou:
– Decide agora, antes de saíres desse círculo.
Esta decisão firme impressionou Antíquo, que decidiu não fazer mais guerra contra o Egipto.
A mensagem que nos é enviada do Céu, através do Evangelho, não é menos firme. Exige, de igual modo, uma resposta agora, imediata, não admite atrasos. Jesus está a dizer: “Se Me confessares diante dos homens, Eu te confessarei diante do Meu Pai que está no Céu.”
Experiência: Num Sábado de manhã, uma monitora de uma classe infantil, contou a seguinte história às crianças, baseada no versículo que acabámos de le.
Uma das meninas não compreendeu o significado da história por isso quando chegou a casa perguntou ao pai:
– Paizinho, que quer dizer, dar o coração a Jesus?
– Um dia destes explico-te. Entretanto o pai pediu-lhe um pequeno porta-moedas onde ela guardava o dinheiro que o pai lhe dava todos os meses. A menina não tinha muito dinheiro, mesmo assim tinha umas dezenas de euros. Foi a correr buscar o seu tesouro, e entregou-o ao pai, pensando que este iria colocar algumas moedas mais. Mas, para sua surpresa, o pai colocou o porta-moedas no bolso.
O tempo passou, e ela começou a pensar: “Será que o meu pai está a passar por dificuldades e necessita do meu dinheiro.” A verdade, porém, é que em casa não faltava nada, não se podia dizer que o pai fosse um homem muito rico, mas nunca tinha faltado nada de essencial. Até que um dia o pai foi ter com ela e disse:
– Minha querida, porque pensas que pedi o teu velho porta-moedas com todo o teu dinheiro?
– Papá tenho pensado muito sobre esse assunt e cheguei à conclusão, que é para colocares qualquer coisa de valioso lá dentro.
– Tens razão, minha filha – respondeu o pai – aqui tens o teu novo porta-moedas. Não é o mesmo porque aquele já estava muito velho e estragado e não era muito bonito para uma menina como tu. Olha bem e vê o que lhe coloquei lá dentro.
A menina, comovida, abriu a linda carteirinha e, maravilhada, viu que o pai tinha colocado uma nota novinha de cem euros. O pai explicou:
– Perguntaste-me por que razão Jesus pedia o teu coração. E na verdade é a única coisa que nós Lhe podemos dar. É um coração já estragado e nada bonito, um coração que não vale muita coisa. Jesus pede o coração para o limpar e colocar lá dentro um tesouro celestial.
– Compreendeste, agora, minha querida, porque é que a tua monitora falou deste versículo?
– Compreendi, sim, papá, e desejo dar o meu coração a Jesus para que Ele o limpe e o encha da Sua graça.
Jesus falou do baptismo, e Ele próprio foi baptizado e ordenou que este evento fosse o inicio de uma experiência pessoal de aceitação de Jesus como Salvador e Senhor.
Todo o Novo Testamento apresenta o baptismo como uma adesão decidida e corajosa ao serviço do Rei Jesus. É como uma assinatura oficial de compromisso, de alistamento. Há quem diga que é um testemunho público. Um testemunho perante as pessoas e perante o Céu de que se jura ser fiel ao Salvador.
Eu, pessoalmente, gosto da palavra juramento. Ela representava para os cristãos primitivos e para mim hoje, o que faziam os soldados romanos, quando se alistavam ao serviço do Imperador Romano. Eles chamavam-lhe sacramentum.
Então o que significa o baptismo? É um juramento através do qual uma pessoa promete ligar-se a uma pessoa. Neste caso a Pessoa de Jesus. É tornar-se Seu discípulo ou colocar-se sob o Seu poder.
Não é um compromisso com uma igreja, ou uma tradição. Mas unir-se à Pessoa viva e eterna de Jesus. É uma união. Tem o mesmo significado da palavra casamento. O casamento é uma cerimónia entre um rapaz e uma rapariga que se amam, que se estimam e querem unir as suas vidas para sempre.
A doutrina bíblica do baptismo é uma das mais importantes e das mais realçadas pelo próprio Senhor Jesus Cristo. É tão importante que foi o primeiro acto público no Seu ministério e a última ordem dada aos Seus discípulos.
Fico impressionado quando imagino o baptismo de Jesus. Ele tinha 30 anos. Deixou a carpintaria do Seu pai José e aproximou-Se das margens do rio Jordão onde o Seu primo João pregava e baptizava. João era um homem veemente, de grandes apelos ao arrependimento e à mudança de vida. E essa mudança deveria ser selada com o baptismo. De repente entra na água alguém que ele conhece e que lhe pede o baptismo. Primeiro fica perplexo, perplexo porque ele sabe bem que quem está diante dele é “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Era um ser tão maravilhoso que nunca tinha pecado.
João resiste, mas perante a insistência obedece: “Mas João tentava dissuadi-lo, dizendo: Eu preciso ser baptizado por ti, e vens tu a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por agora, pois assim nos convém cumprir toda a justiça. Então João consentiu”. Mateus 3:14, 15.
É com o baptismo que se inicia oficialmente o ministério de Jesus como o Messias, O Enviado para proclamar as Boas Novas do reino de Deus.
A importância do baptismo é confirmada nas últimas palavras de Jesus dirigidas aos Seus discípulos antes de ascender ao Céu: “Portanto, ide e fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado. E certamente estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos.” Mateus 28:19, 20
Quando Pedro pregava no dia de Pentecostes, o Espírito de Deus agitava os corações dos ouvintes. E eles foram convencidos do pecado e perguntaram: “Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo.” Actos 2:37, 38
Numa outra ocasião, estavam Paulo e Silas na prisão, o carcereiro foi impelido a perguntar-lhes: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? Responderam eles: Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa.” Actos 16:30, 31
Logo de seguida foram instruídos em toda a doutrina cristã e o carcereiro e a família foram baptizados: “Então lhe pregaram a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa. Tomando-os o carcereiro consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; então logo foi baptizado, ele e todos os seus.” Actos 16:32, 33
Aceitar o baptismo é, segundo a declaração de Jesus em relação ao que fazia João Baptista, “justificar a justiça de Deus” e não o fazer é rejeitar o conselho de Deus: “Eu vos digo (palavras de Jesus) que, entre os nascidos de mulher, não há maior profeta do que João Baptista; mas o menor no reino de Deus é maior do que ele. Todo o povo que o ouviu, e até os cobradores de impostos, justificaram a Deus, tendo sido baptizados com o baptismo de João. Mas os fariseus e os doutores da lei rejeitaram o conselho de Deus quanto a si mesmos, não tendo sido baptizados por ele.” Lucas 7:28-30.
Nós que vivemos num mundo de pecado, que vivemos com a alma doente, temos todo o interesse em nos submetermos a uma instituição estabelecida para nosso bem, e da qual o Senhor Jesus disse a Nicodemos: “Jesus respondeu: Em verdade, em verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” João 3:5
Na epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo realça que o baptismo é um memorial da morte, entrada no túmulo e ressurreição de Jesus: “Ou não sabeis que todos quantos fomos baptizados em Cristo Jesus fomos baptizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo baptismo na morte, para que, como Cristo ressurgiu dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Romanos 6:3, 4
Aquele que é baptizado testemunha publicamente que morreu para uma vida de pecado, de egoísmo, de crítica, de auto-culpabilização, de remorso, mas aceitou ser lavado na água pelo Espírito Santo, para ser uma nova pessoa. Um novo caminhar, uma nova perspectiva de ver o futuro.
Morreu o velho homem, a velha natureza e saiu da água uma nova vida, um ser que deseja viver em harmonia com a vontade de Deus.
Tenho que reconhecer, publicamente, que há grandes divergências entre os cristãos no que concerne à forma de administrar o baptismo. Uns praticam-no por imersão, outros por aspersão.
Ou seja que o baptismo por aspersão se limita a espalhar algumas gotas de água sobre a cabeça de uma criança, enquanto que no baptismo por imersão a pessoa é mergulhada na água e completamente submersa.
O importante, digo, não será saber quem está certo ou errado! O importante é saber a qual dos dois tipos de baptismo é que Jesus Se submeteu e mandou que se realizasse!
A verdade é muito simples de saber. A própria palavra baptizar (em Grego baptizein) quer dizer exactamente mergulhar, imergir.
Não podemos descurar esta verdade, porque o apóstolo Paulo declara: “Um só Senhor, uma só fé, um só baptismo.” Efésios 4:5
A questão é sagrada. Faz parte do Credo dos apóstolos, da coluna da doutrina: Um só Senhor, uma só fé, e um só baptismo. Quer dizer que só há uma forma de baptizar, uma delas não é correcta, portanto, não aceite por Deus, porque Deus é de uma só palavra.
Que baptismo é este? Leiamos mais algumas palavras da Escritura. O assunto é tão importante que deve ser a Palavra de Deus a falar e não a palavra do homem.
Onde foi Jesus baptizado? “...saiu logo da água...” Mateus 3:16
Por que razão João baptizava em Enom?
“Ora, João também estava baptizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas, e para lá concorria o povo, para ser baptizado.” João 3:23
Tudo, no Novo Testamento, nos mostra que o “um só baptismo”, que representa a morte, a entrada no túmulo e a ressurreição de Cristo, só pode ser o baptismo por imersão.
Quando um sacerdote ou pastor lança algumas gotas de água na cabeça de uma criança, não tem nada a ver com o que se passou com a morte e ressurreição do Senhor. E portanto não é sancionado pelo Céu.
E eu vou dizer-vos uma coisa, tenho muito receio que aqui esteja uma das causas de tanto sofrimento, de tantas almas doentes. A pessoa não foi, como diz o Apóstolo, revestida de Cristo:
“Pois todos vós que fostes baptizados em Cristo, vos revestistes de Cristo.” Gálatas 3:27
Isto é muito mais sério do que muita gente pensa. Para seguir a Jesus através do baptismo, a pessoa deve ter idade que lhe permita responder às seguintes condições:
a) Ser ensinado: O Senhor Jesus disse que antes que uma pessoa seja baptizada, deve ser ensinada: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.” Mateus 28:19
Os apóstolos ensinaram o carcereiro. Foram instruídos na doutrina cristã antes de serem baptizados.
b) Crer em Jesus Cristo: “Quem crer e for baptizado será salvo.” Marcos 16:16
“Respondeu-lhe Filipe: É lícito, se crês de todo o coração: Disse ele: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Mandou parar o carro, e desceram ambos à água... e o baptizou.” Actos 8:37
Esta é a confissão/juramento cristão: Creio que Jesus é o Filho de Deus.
c) Sentir arrependimento: Sentir tristeza por todo o mal que fez aos outros e a si próprio, por ter magoado o coração maravilhoso de Deus. Arrependimento é sentir o amor de Deus, e perceber que Ele não suporta o mal. É sentir que Deus nos escolhe para sermos amados porque nos escolheu desde o princípio. É ver as coisas com os olhos de Deus. Foi o que Jesus disse a Nicodemos:
“Jesus respondeu: Em verdade, em verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” João 3:5
Assim que a pessoa é baptizada ela sente uma afeição terna e carinhosa pelas coisas do Céu. Não há remorso no coração de quem vai em direcção ao Céu, as lágrimas não são de pesar, porque ao lado vai quem consola, não há causas perdidas.
Quanto mais ansiamos pelo Céu, menos da Terra cobiçamos. Só Deus é quem faz o Céu ser Céu.
Apelo: Chegados a este ponto. Uma pergunta urge fazer: Que vai fazer agora? Qual vai ser a sua decisão? Agora que conhece esta Verdade instituída por Cristo. Agora que sabe que Jesus morreu, ressuscitou e intercede por si, será que pode ainda assim adiar a entrega do coração a Jesus, para que Ele o repare, ou melhor, para que lhe dê um coração novo cheio das riquezas do Céu?
A Bíblia contém este apelo: “Se hoje ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações.” Hebreus 3:7, 8.
Ilustração:
Conta-se a história de que na altura em que o Império Romano dominava, um rei da Síria, Antíquo IV, que fazia constantemente guerra ao Egipto. Um dia o Senado Romano enviou embaixadores com o propósito de exigir que o rei da Síria parasse com os ataques ao Egipto.
Antíquo estava muito indeciso, por isso pediu que se adiasse a reunião para ele pensar. Que no outro dia daria a resposta. Um dos embaixadores romanos, Papilus Linas, riscou um círculo no chão à volta do rei e gritou:
– Decide agora, antes de saíres desse círculo.
Esta decisão firme impressionou Antíquo, que decidiu não fazer mais guerra contra o Egipto.
A mensagem que nos é enviada do Céu, através do Evangelho, não é menos firme. Exige, de igual modo, uma resposta agora, imediata, não admite atrasos. Jesus está a dizer: “Se Me confessares diante dos homens, Eu te confessarei diante do Meu Pai que está no Céu.”
Pr. José Carlos Costa
Sem comentários:
Enviar um comentário