Introdução: “Desde os níveis mais profundos da Terra, sob os nossos pés, até às mais longínquas estrelas, tudo o que existe faz parte do universo. O universo é tão grande que contém incontáveis biliões de estrelas, e continua a expandir-se a grande velocidade. No entanto, a maior parte do universo é composta apenas por espaço “vazio”. – Texto Editora, Enciclopédia, p. 14.
Segundo uma lenda grega, Orion foi um caçador que provocou a ira de Zeus. Zeus é o principal deus grego. Este, furioso, mandou-o para o universo formar parte das estrelas com os seus cães, que tinham por nome Ursa Maior e Ursa Menor. E ficou ali sempre com o propósito de iluminar a noite para os caçadores.
Orion é uma constelação magnífica; dela fazem parte duas estrelas de primeira grandeza: Beteljauza e Rígel. Muita gente pode encontrar a zona constelada do Caçador. (O Mundo do Homem, Ciência, p. 304).
A famosa nebulosa de Orion tem, no centro, uma estrela no meio da qual se encontra a famosa espada do Caçador. Aqui os astrónomos têm verificado uma actividade pouco vulgar. Um enorme volume de gases e energia radioactiva obrigam a nebulosa a expandir-se a uma velocidade de 21.600 km por hora. No centro da nebulosa vê-se um grupo de quatro estrelas chamado o “Trapézio”, que possui um incrível colorido.
Muitas pessoas crêem que em Orion há uma porta que nos liga ao mundo maravilhoso que está para além das estrelas, que é a passagem entre o Universo e o Céu de Deus. Há quem pense que, por esta porta, virá Jesus na Segunda Vinda à Terra, como Rei dos reis.
Não é recente a fama de Orion. Mais de mil anos antes de Cristo, já o livro de Job interrogava: “Podes atar as cadeias do Sete-estrelo? Podes soltar os laços do Orion?” Job 38:31
E o profeta Amós (785-740 a.C.), em exaltado discurso, exclama: “Procurai o que faz o Sete-Estrelo, e o Orion, e torna a sombra da noite em manhã, e escurece o dia como a noite; o que chama as águas do mar, e as derrama sobre a terra; o Senhor é o seu nome.” Amós 5:8
Um dos meus sonhos é possuir um telescópio. Sempre que passo diante de uma montra onde estão esses magníficos objectos, páro e imagino o que poderia ver para além daquilo que vejo a olho nu. É um espectáculo fantástico que se desfruta especialmente no Verão. Passo alguns dias de férias numa aldeia perto da Figueira da Foz. À noite, vou até ao quintal, olho o céu estrelado e imagino:
· A Cassiopeia: formada por cinco estrelas, com a forma de uma jovem com um véu que caminha de penas semi dobradas.
· O Leão: formado por nove estrelas.
· A Ursa Menor: seis estrelas com a forma de uma cadela.
· A Ursa Maior: com 15 estrelas, um enorme Urso.
E tantas outras formas que podemos imaginar em relação a Cisen, a Lira, os Gémeos, seria um nunca mais parar.
Contemplar o firmamento estrelado é, sem dúvida, uma das melhores terapias para a alma; um exercício no qual podemos colocar-nos na verdadeira perspectiva das coisas. Diminui os problemas meramente humanos e leva-nos a pensar num Ser Supremo e bom: porque Quem deu tanta beleza à noite, de uma forma tão generosa e espectacular, só pode ser bondoso e inefável.
O cantor de Israel olhou o céu, dedilhou as cordas da sua harpa e entoou um maravilhoso hino: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos.” Salmo 19:1
Noutro lugar diz: “Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste;, que é o homem mortal, para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?” Salmo 8:3, 4
Muitas pessoas fazem exactamente como David, ao olharem para o céu. Ficam encantados e cantam louvores a esse maravilhoso Criador. Ficam comovidos com a grandeza do espaço pontilhado de incontáveis biliões de estrelas e que continua a expandir-se a grande velocidade. E pensam: “Não estamos sós. Há Alguém, para além das estrelas. Uma delas é a porta por onde um dia virá – Orion.”
Recentemente a Visão trazia um grande titulo "O Melhor do Milénio", referindo-se à viragem do milénio. Apresentava esse número 100 factos e 100 personalidades que fizeram História nos últimos 1000 anos. Três personagens em destaque:
· Salazar: Ele foi o estadista que mais poder deteve, por mais tempo, ele foi a esperança ... ele foi o senhor do País imobilizado. A grande desilusão.
· Einstein: Num século dominado pela ciência, Albert Einstein (1879-1955) deixou a sua marca indelével nos grandes avanços conhecidos pelo mundo nos últimos 100 anos, desde a física quântica à electrónica, passando pela teoria do Big Bang e até à bomba atómica. A esperança adiada.
· Gutenberg: “Descobriu uma liga de chumbo, estanho e antimónio e um modo de precisão calibrado para receber a mistura. Preparou uma tinta a prova de borrões com negro-de-fumo, óleo de linhaça e terebintina. Cada página da sua Bíblia levou provavelmente um dia para ser montada, mas, uma vez os tipos no lugar, o resto foi relativamente fácil.”
O livro mais vendido de sempre: 2.500.000.000 é o número calculado de Bíblias vendidas ou distribuídas em todo o mundo desde 1815 e traduzida em mais de 2.197 línguas ou dialectos. Este Livro é o Livro da esperança, onde o ser humano pode depositar a confiança, tudo o resto é desilusão!
De facto do ponto de vista humano a nossa civilização não poderá sobreviver por muito mais tempo. Todos sabemos que quando um organismo começa a degradar-se pouco a pouco um cheiro desagradável começa a desprender-se desse mesmo organismo. A verdade é que esta terra adoeceu e infelizmente o ser humano não fez nada para a curar enquanto era tempo. Agora desprende-se um cheiro a morte na terra, no ar e no mar.
Mas ainda há uma esperança. Deus que conhece o fim desde o princípio, revela no Seu livro o que vai acontecer. Elevou um homem, em visão, para ver o que se iria passar nesta Terra até que Deus tenha que intervir de forma clara e irreversível para pôr cobro ao sofrimento. Foi Daniel.
Devo dizer que Daniel é uma daquelas pessoas que conhece bem Deus. Ele sabe que Deus conhece melhor o futuro do que qualquer ser humano conhece o passado. Daniel, de forma humilde, deseja testemunhar da grandeza do seu Deus. Está pronto a testemunhar fielmente mesmo que isso lhe possa custar a vida. Vejam só como ele, que é um prisioneiro de guerra, responde ao rei do maior Império que existia no tempo de Daniel: “Mas há um Deus nos céus, o qual revela os segredos; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há-de ser no fim dos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça na tua cama são estas: Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos ao que há-de ser depois disto. Aquele, pois, que revela os segredos, te fez saber o que há-de ser.” Daniel 2:28, 29
Depois de enumerar os conflitos mundiais que se sucederiam, o profeta faz uma declaração, inspirado por Deus: um reino de paz eterna seria estabelecido. Com o estabelecimento deste reino a guerra não teria mais lugar: “Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e será estabelecido para sempre.” Daniel 2:44
Não se trata de uma paz “idealista”. Não se trata de uma paz espiritual. Trata-se de uma paz real, autêntica, estabelecida para sempre e para todos.
Quem é que quer esta paz?
Então convém saber quem serão os reis governantes que serão destituídos para que um reino divino seja instaurado. Este capítulo começa com o sonho de um rei. Nesta época de Daniel, as pessoas acreditavam que os sonhos eram revelações de acontecimentos que estariam no futuro. Por esta razão empenhavam-se em conhecer e descodificar todos os sonhos.
Nabucodonosor era adepto da bruxaria, da astrologia. Hoje poderíamos chamar-lhe um ser extremamente esotérico. Assim que teve o sonho mandou chamar os mestres que tinham a chave para abrir a porta por detrás da qual estavam os acontecimentos vistos nos sonhos. E eles eram particularmente necessários porque o rei não se lembrava do sonho.
Os adivinhos, como todos os adivinhos, foram incapazes de dar uma resposta satisfatória ao rei. Tentaram ver se ele se lembrava de alguma coisa a partir da qual eles fariam uma interpretação. Mas nada. Percebendo que eles eram incapazes de o satisfazer, encheu-se de ira e ordenou que os matassem.
Tudo isto chega entretanto aos ouvidos de Daniel, que era muito jovem. O seu saber era de outra ordem, mas ele ousa no entanto pedir ao rei que se acalme e que lhe dê tempo para consultar Aquele que dá os sonhos e a interpretação dos mesmos. O que, de facto, acontece.
Já na presença do rei, Daniel começa por reconhecer a incapacidade humana:
“Mas há um Deus nos céus, o qual revela os segredos; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há-de ser no fim dos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça na tua cama são estas: Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos ao que há-de ser depois disto. Aquele, pois, que revela os segredos, te fez saber o que há-de ser.” Daniel 2:28, 29
Não há dúvida duma coisa, o rei andava preocupado com o futuro do seu reino. É normal que um homem que tem um reino e o destino da vida de tanta gente nas mãos, vá para a cama preocupado. E é maravilhoso que Deus olhe para aquele homem e responda á sua ansiedade, mesmo se ele é um pagão, um idólatra! Mas Nabucodonozor, viu algo de importancia, mas não se lembra do que viu, como recordar-se?
Deus que deu o sonho envia um mensageiro Seu, segundo o Seu coração para discernir e revelar o sonho do rei, esse é Daniel que se torna a boca de Deus e os acontecimentos que terão lugar durante décadas, séculos e milénios saem dos seus lábios como se ele os acompanhasse sucessivamente. Como se ele fosse a par com cada período da História. É formidável!
“Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos ao que há-de ser depois disto. Aquele que revela mistérios te fez saber o que há-de ser. Quanto a mim me foi revelado este mistério...”
As coisas começam a desfilar uma a uma. Correm como jorrando de uma fonte nascente de toda a sabedoria: “Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua: esta estátua, que era grande e cujo esplendor era excelente, estava em pé diante de ti; e a sua vista era terrível. A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre; as pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e em parte de barro. Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e a esmiuçou.” Daniel 2:31-34
O que representa esta estátua feita de diferentes materiais? E o que significa aquela pedra que foi cortada, sem auxílio de mãos, e que feriu a estátua?
Quantos de nos gostaríamos de começar a especular, a tentar adivinhar? Mas a Bíblia não nos dá esse tempo: “Este é o sonho; também a interpretação dele diremos na presença do rei.” Daniel 2:36
E o profeta começa pela cabeça de ouro: “Tu és a cabeça de ouro...” Daniel 2:38
A cabeça de ouro representava a Império Babilónico governado pelo próprio rei Nabucodonosor e representado pela cabeça de ouro da estátua. Mas este reino ainda que representado pelo metal mais nobre, não é eterno: “Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu.” (v. 39)
Isto deveria agradar ao rei, mas ao contrário. No capítulo 3 deste mesmo livro, Nabucodonosor lança um desafio ao Deus do Universo. Na planície de Dura, fará construir uma estátua em tudo semelhante à do sonho, com uma diferença, é toda em ouro, com um desafio. O sonho dado pelo teu Deus é que o meu reino não será eterno, mas passa a ser, porque eu o quero!
Deus queria simplesmente descrever a história de Babilónia e das nações que lhe sucederiam. Mas Nabucodosor disse: “O meu reino não terá fim. E serei eu próprio a demonstrá-lo. A estátua será toda em ouro.”
É bem conhecido o dito: “A História repete-se”. Creio que não só os grandes deste mundo querem repetir a História através da construção de grandes impérios, mas até o ser mais comum tem o desejo de eternidade.
Não há muitos anos começou uma grande efervescência um pouco por todo o mundo por causa da Clonagem? A revista Visão trazia este título: “CLONES HUMANOS, Mais Cedo do que se Pensa”.
Randolfe Wicker, 63 anos, dirige uma loja de iluminação em Nova Iorque. É o porta-voz da Fundação para a Clonagem Humana. Wicker tenciona guardar algumas células da sua pele para futura clonagem. E diz ele: “Se não for clonado antes de morrer, os meus bens serão dispostos de modo a poder ser clonado depois.” A revista continua e diz: “Sendo homossexual, há muito que Wicker sente a frustração de não poder ter filhos e à medida que envelhece o seu desejo de descendência acentua-se.” E faz uma afirmação: “Posso encostar o nariz à Sra. Morte e dizer, ‘Podes levar-me, mas não vais levar todos os meus eus’. A fórmula especial, que sou eu, vai viver outra vida. É um triunfo sobre a morte. Deixarei a minha pegada não na areia mas no cimento.”
Deus disse: o teu reino terá um fim. Nabucodonosor diz: “Não terá fim.” Quem tem razão?
“Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra.” Daniel 2:39
Em 538 a.C., O Império Medo-Persa torna-se o segundo império mundial. Mas este também deveria desaparecer. Seguiu-se o Império da Grécia, no ano 331 a.C. Era o jovem rei Alexandre o Grande que, à frente do seu exército, conquistou o mundo em 10 anos. Infelizmente, Alexandre tornou-se mestre do mundo, mas foi incapaz de ser mestre de si próprio.
Morreu durante uma orgia, com a idade de 33 anos. Dizem alguns historiadores que depois de ter bebido dois vasos de vinho, chamados os vasos de Hércules, caiu em estado de coma. Levantou a cabeça para dizer a um dos seus generais que deixava o reino ao mais forte.
O seu império enfraqueceu quando foi dividido em quezílias por 4 generais, querendo cada um ser mais forte que o outro: “E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro esmiuça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará. E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo, haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo. E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim, por uma parte, o reino será forte, e por outra será frágil.” Daniel 2:40-42
O seu império foi substituído pelo império Romano, a monarquia de ferro.
Não nos detivemos em detalhes que enriqueceriam toda esta história, mas que por outro lado poderiam parecer cansativos ou retirar valor àquilo que realmente o tem. é que este excerto já tem muita coisa para nos ensinar.
O profeta, se tivesse unicamente a sabedoria humana, continuaria a dizer que depois do 4.º, viria um 5.º reino, etc. Por que razão ele não continuou a desfiar a história? Porque se limitou a ser a boca de Deus. De facto o Império Romano foi destruído no ano 476 d.C., e não houve quinto império.
Roma dividiu-se em dez partes, representadas pelos dez dedos dos pés da estátua. Deus tinha declarado que alguns destes reinos seriam fortes como o ferro, outros frágeis como o barro, porque estes reinos iriam manter um elemento do 4.º Império, o ferro.
Não é difícil, ainda hoje, reencontrar estas dez partes no mapa da Europa contemporânea. Estes dez reinos tentaram fazer alianças para voltarem a ser um Império mas não formariam mais um 5.º Império.
“Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e será estabelecido para sempre.” Daniel 2:44
Não pensem que não houve, através dos séculos, tentativas sérias envolvendo guerras e conquistas militares para o conseguir. É exemplo disso:
– Carlos Magno
– Luís XIV
– O Imperador Guilherme II
– Napoleão Bonaparte
– Adolfo Hitler
Todos fracassaram nas suas tentativas de reunificação da Europa incluindo tratados e alianças através de casamentos. Ainda hoje, quando um príncipe da Europa faz anos, toda a nobreza é convidada, porque fazem parte da família.
No palácio de Christianborg, em Copenhaga na Dinamarca, há um enorme quadro que cobre toda a parede. Esse quadro tem por debaixo uma parte do versículo bíblico: “Misturar-se-ão pelo casamento” (Daniel 2:43). No início da Primeira Guerra Mundial, o rei Christian IX e a sua esposa eram descendentes de todas as cabeças coroadas da Europa, como resultado dos casamentos entre os príncipes.
No entanto, apesar de todo o esforço para se unirem através de casamentos, as nações continuaram divididas. Porquê?
Depois sucedeu-se a Sociedade das Nações, que mais tarde deu lugar às Nações Unidas. Hoje fala-se dos Estados Unidos da Europa ou seja a U.E. Mas não passam de tratados económicos e pouco mais. A Europa nunca mais será uma Nação Política.
Mas, o que significa aquele versículo que diz: Uma pedra ... feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e a esmiuçou? ( Daniel 2:34)
Esta pergunta leva-nos à parte mais cativante desta profecia. A Bíblia diz que esta pedra representa a instauração do reino de Deus. O texto diz: “Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído. Este reino não passará a outro povo, mas esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e será estabelecido para sempre.” Daniel 2:44
Como substituirá este reino as nações que actualmente vivem em permanente conflito? Que acontecimento provocará o seu desaparecimento e o estabelecimento do reino eterno? Deve ser um evento que alterará completamente a ordem do nosso Mundo!
Uma coisa é certa, o estabelecimento deste reino é o ponto central de toda a Bíblia. É a história de um reino criado, perdido e reencontrado. No princípio Deus fez este Mundo pleno de harmonia e beleza.
Deu este reino ao homem para o dominar e governar. Em consequência da desobediência às ordens sublimes de Deus, este Mundo entrou numa espiral de perdição, caiu nas mãos do Demónio e as consequências fazem-se sentir nos nossos dias de forma bem dramática.
Pelos méritos de Jesus, o que estava perdido será restaurado. E para que seja restaurado, milhões e milhões de pessoas ao longo dos séculos têm elevado preces a Deus: “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” Mateus 6:9-13.
Está de acordo com esta oração de Jesus? Esta oração é a nossa fonte de esperança!
Meus amigos, nós vivemos nesta época. A cena que se segue, neste livro de Daniel, é a instauração do reino de Cristo, a esperança de todas as esperanças, o retorno em Glória do Príncipe Emanuel e a questão que me comove e desperta toda a minha curiosidade é a de querer saber quanto tempo falta para que, no relógio de Deus, chegue o minuto em que essa pedra será cortada do monte sem auxílio de mãos e virá para esmiuçar os reinos que não têm resposta para as ansiedades e expectativas do ser humano!
Eu penso muito neste assunto. E há um pormenor descrito nos Evangelhos que coloca a Vinda deste Reino eterno num momento preciso: à meia-noite. Creio que a meia-noite é o momento que separa um dia do outro. É o minuto da História do Mundo que separa um Mundo de lágrimas e dor dum começo glorioso em que Jesus “limpará toda a lágrima...” Apocalipse 21:4
Querem saber onde está esse pormenor? Claro que querem!
“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Aí vem o noivo, saí ao seu encontro.” Mateus 25:6
Parece que o Senhor Jesus estava sentado no Monte das Oliveiras enquanto contava esta parábola, conhecida como a das Dez Virgens. Vai levantar o véu do tempo e mostrar o relógio que marca o tempo que falta para a Sua vinda. Não mostrou o relógio, mas descreveu, com pormenores, o que aconteceria enquanto Orion se dilataria, para Ele vir, com miríades e miríades de anjos.
Ele afirmou, sem a mínima hesitação que esta esperança era o núcleo de todas as esperanças, a saber, a Sua Segunda Vinda: “Virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós, também.” João 14:3
A Segunda Vinda de Jesus ocupa um lugar proeminente nas Sagradas Escrituras como a Esperança de todas as esperanças. Ela é mencionada 318 vezes no Novo Testamento. Ou seja, em média, 1 versículo em cada 25 falam desta Esperança.
O Senhor falou desta esperança através de parábolas e de profecias. Dedicou a este tema um discurso que se encontra em dois capítulos seguidos: o capítulo 24 e o 25 de Mateus, e que está resumido em Marcos 12 e em Lucas 21.
O livro de Actos dos Apóstolos, que como o seu nome indica, é a história dos Apóstolos, ou também da Igreja Primitiva. Começa com a cena da Ascensão e a promessa da Vinda do Senhor Jesus.
O apóstolo Paulo falou desta esperança em praticamente todas as suas epístolas. Em Hebreus diz mesmo: “Pois ainda um pouco de tempo, e aquele que há-de vir virá, e não tardará.” Hebreus 10:37
Tiago animava os cristãos, seus contemporâneos, a terem paciência: “Sede vós, também, pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima.” Tiago 5:8
A instauração do reino de Cristo porá fim às guerras.
Durante os milhares de anos da História da humanidade, ou seja em cerca de 6.000 anos, a História contabiliza apenas 350 anos de paz. Só no século 20, milhões incontáveis foram mortos em guerras. Estou a falar unicamente de um século:
· 1914-1918 – I Guerra Mundial: Quase 9 milhões de soldados morreram. As metralhadoras matavam, em média, 5.600 jovens por dia. A Primeira Grande Guerra foi a primeira guerra moderna, a pioneira a usar amplamente algumas das terríveis armas de destruição que conhecemos hoje: “Vi árvores grossas como a coxa de um homem literalmente cortadas pela corrente de chumbo.” Disse uma testemunha arquejante, descrevendo o efeito de uma metralhadora que disparava 500 balas por minuto.
· 1939-1945 – II Guerra Mundial: Morreram 17 milhões de combatentes e 60 milhões de civis. Dentro desse horror, um outro aspecto do mal: 6 milhões de judeus e quase outro tanto de “indesejáveis”, ciganos, eslavos, foram sistematicamente trucidados.
· Genocídios do século XX:
– 1915-16: Um milhão de arménios massacrados pelos turcos.
– 1932-33: Cinco milhões de ucranianos morreram à fome durante a colectivização forçada de Estaline.
– 1975-78: Um milhão e meio de cambojanos foram mortos pelos Khmers Vermelhos.
– 1984: Um milhão de tutsis foram assassinados pelos hutus no Ruanda.
– 1975-99: Cerca de 200 mil timorenses foram mortos durante a ocupação indonésia.
Quem é que não deseja que se cumpra o que diz o Apocalipse 11:15?: “E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve, no céu, grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.”
Daniel, quando falava deste reino, dizia: “Não será nunca mais destruído...” (Daniel 2:44).
Quem é que não deseja este reino onde impera a paz? Anelo a paz, ela é uma jóia tão preciosa que eu daria qualquer coisa por ela, só a não trocaria pela verdade.
Quando Cristo vier não virá só instituir a paz, mas virá erradicar para sempre a fome.
Actualmente, metade do mundo sofre de fome. Os subalimentados e os que morrem de fome, se eles se dessem as mãos, formariam uma corrente que daria 26 vezes a volta à Terra. Esta situação é em muito provocada pelo próprio homem.
Foi em 1962 que Rachel Carson, bióloga marinha, escreveu um livro (Silent Spring, Primavera Silenciosa) em que chamou a atenção para o ambiente em consequência não só da poluição da atmosfera, mas especialmente como resultado do uso dos pesticidas.
O próprio Al Gore, vice-presidente e que se candidatou à presidência dos Estados Unidos, declarou: “mudou o curso da História”. O sucesso do uso do DDT na II Guerra Mundial provocara uma corrida a estes produtos nos Estados Unidos para matar os insectos que se alimentavam das searas.
Os insecticidas não matavam só os insectos. Matavam, também, peixes e pássaros, e provocavam doenças nas pessoas. “Todo o ser humano está hoje exposto a produtos químicos perigosos, da concepção até à morte”, advertiu ela. O livro é uma defesa ardente e meticulosa do controlo dos pesticidas. Atingiu o público e derrubou a fé absoluta dos americanos na Ciência e na Indústria.
As mudanças vieram:
1970 – Foi criada a Agência de Protecção Ambiental, Dia da Terra, Lei do Ar Limpo.
1972 – Lei da Água Limpa, proibição do DDT.
1987 – Primeiro acordo ecológico global contra a produção de químicos destruidores da camada de Ozono.
1992 – Os Estados Unidos aderiram à aliança da ONU para travar o aquecimento da Terra, no seguimento da Cimeira do Rio. Não fosse a descrição dramática de Rachel Louise Carson das primaveras “sem cantos de pássaros”, continuaríamos alheios ao facto de que “somos parte do equilíbrio natural” do Planeta.
A Terra está doente. A terra já não produz a não ser alimentos e animais doentes. Sim, há milhões que morrem à fome. O problema é que a outra metade morre com excesso de gordura. Deixem-me ler um extracto da revista Visão de Dezembro de 1999: “É verdade, à medida que nos encaminhamos para o século XXI estamos a ficar cada vez mais anafados. A gordura, alguém teria que acreditar, é o quinto cavaleiro do Apocalipse, cavalgando a par da Guerra, da Fome, da Pestilência e da Morte. E é imensamente lucrativo.” Pág. 160.
Já não é só de gordura que se morre, nem do facto de comer a carne das vacas loucas. Morremos porque o homem continua a ameaçar o Planeta.
Desastres ambientais:
1953 – Quase 70 mortos e centenas de feridos devido à ingestão de peixe com mercúrio em Minamata, Japão.
1957 – Explosão nuclear em Chelyabinsk, Rússia, expõe 270 mil pessoas a elevadas doses de radiação.
1984 – Fuga de gás em Bophal, Índia, mata 10 mil pessoas.
1986 – Desastre na central nuclear de Chernobil, Ucrânia.
1989 – Desastre do Exxon Valdez no Alasca.
Quantos mais até aos dias actuais? A lista seria longa!
Será esta a solução?
Não! Uma tal situação só terminará quando Jesus vier: “Nunca mais terão fome; nunca mais terão sede. Nem sol nem calor algum cairá sobre eles. Pois o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda a lágrima.” Apocalipse 7:16, 17
Quando o Senhor Jesus vier é para pôr fim a todo o tipo de mal que nos aflige.
Hoje a doença é a rainha da nossa Terra. Os hospitais, clínicas são insuficientes não só em Angola, ou Moçambique, mas em Portugal, em França ou em qualquer outra parte do Mundo, por mais avançado que esteja esse canto do Planeta.
Consomem-se toneladas de calmantes, mas em breve a esperança dará lugar à paz. Terminará a artrite, o cancro, a Sida: “Nenhum morador de Sião dirá: Estou enfermo; e a iniquidade do povo que aí habitar será perdoada.” Isaías 33:24
“Então os olhos dos cegos se abrirão, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão. Então os coxos saltarão como o cervo, e a língua dos mudos cantará. Águas arrebentarão no deserto, e ribeiros no ermo.” Isaías 35: 5, 6
O apóstolo João descreve da seguinte maneira o Mundo restaurado: “E Deus limpará dos seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21:4
Quando Cristo voltar, a morte terminará para sempre.
Actualmente, milhares de crianças, jovens, homens e mulheres morrem em cada hora que passa. Se pudéssemos ver toda a Terra, veríamos milhares de cortejos a caminho dos cemitérios. Realmente o Mundo é um grande hospital e cada pessoa é um doente desenganado.
Quando Jesus vier é para matar a morte. Se não fosse por causa do pecado, a morte nunca teria tido um princípio; se não fosse por causa da morte, o pecado nunca teria fim.
A morte é, como já dissemos, a rainha do medo, mas Jesus é o Rei dos reis: “Porque convém que isto, que é corruptível, se revista da incorruptibilidade, e que isto, que é mortal, se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.” I Coríntios 15:53, 54
Quando Cristo voltar a separação terá fim.
As pessoas que se amam, não gostam de se separar. As pessoas que se amam não têm prazer que a morte ameace a cada instante separá-los e levar um para debaixo da terra. Parece que nesta Terra temos que estar sempre com as malas prontas, porque em qualquer momento temos de partir.
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu, com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” I Tessalonicenses 4:16, 17
Experiência: Fui pastor em Cascais. Enquanto viver, nunca esquecerei aquele dia. Não foi uma despedida comum. Não! A pessoa de quem nos despedíamos tinha só 35 anos. Era uma pessoa amável, um bom cristão, foi das pessoas que mais colaborou para a construção do Templo Adventista desta vila. Tínhamos um encontro, justamente por causa das obras. Nesse dia, o João disse-me:
– Pastor Costa sinto-me fraco. Ando a perder sangue e não tenho apetite.
Não fazia a mínima ideia do seu problema, e argumentei que ele deveria imediatamente começar uma alimentação racional e inclusive a tomar alguns suplementos alimentares.
– Não saio daqui sem irmos os dois a uma ervanária. Fomos, de facto. Pelo caminho fui sabendo um pouco mais do seu problema e tomei consciência de que era necessário ir urgentemente ao médico. O João foi. Infelizmente, a doença de que era prisioneiro era a própria morte, um cancro terrível. Recordo o dia do seu funeral que se realizou, infelizmente, poucos meses mais tarde. Eu tinha uma pequena parte na cerimónia fúnebre.
Naquele dia e antes de me dirigir para Cascais, (vivia então em Lisboa), telefonei para um amigo comum, o Engenheiro Carlos Alberto Lopes, e pedi-lhe para levar para a igreja a Bíblia do João.
Confesso que não sabia a razão de tal pedido. A minha ideia era ler uma ou duas passagens da sua Bíblia e falar do homem, pai e cristão que tinha sido aquele de quem nos separávamos. Abro a Bíblia, e fico surpreendido porque era uma Bíblia nova. Ele tinha nascido num lar Adventista, portanto teria uma Bíblia bem usada. Mas a que eu tinha ali e era do João, era nova.
Levantei-me e aproximei-me do Caixão onde estava aquele amigo do coração. Abri a Bíblia e leio um texto sublinhado. Falava da vinda de Jesus. E pensei ler as passagens que ele tinha sublinhadas. Todas tinham a ver com a Vinda do amado Senhor e com o Seu reino sem dor, sem sofrimento e morte. Certamente quis, durante a doença, deixar uma mensagem da sua fé pessoal. E que mensagem mais poderosa!
Em relação ao ser humano, qualquer ser humano pode ter, sobre o futuro, uma das duas visões:
– Uma, de um Mundo frio, sem esperança, eu diria brutal. Cheio de angústias e medos. Ruínas e desolação.
– Outra, a de um futuro descrito por Deus, que parece aos meus olhos, maravilhosa. A vida eterna num Mundo cheio de beleza onde reinará o Senhor Jesus Cristo.
Qual das duas visões quer ter?
Eu já decidi esperar, como o meu amigo João. Quero morrer como ele, a esperar sem querer fugir por nenhum atalho. Há um pensamento que diz: “Aquele cujo o pensamento está no céu, não precisa de ter medo de colocar os pés no túmulo.”
Podemos, neste momento, decidir não só esperar Jesus como Rei que vem, mas podemos decidir que hoje Ele seja o nosso Redentor. Na cruz do Calvário, Ele sofreu o castigo que nos estava reservado, em consequência dos nossos pecados, o castigo que merecíamos.
Mas, como diz o apóstolo Paulo: “O qual se deu a si mesmo pelos nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus, nosso Pai.” Gálatas1:4
Estas palavras de Paulo são claras. Foram os nossos pecados os responsáveis pela morte de Cristo. Mas se O aceitarmos como Senhor e Salvador, se nos arrependermos perante a Sua face, então, a Sua justiça será colocada sobre a nossa cabeça.
Todos os que morrem na fé são firmemente agarrados pelo amor de Cristo e não terão consciência de qualquer passagem de tempo, até ao momento em que Cristo voltar – o tempo será semelhante ao que se passa entre o momento em que vamos dormir e aquele em que acordamos de manhã.
Meus amigos, isto é maravilhoso! Jesus Cristo, que vos resgatou pelo Seu precioso sangue, voltará muito em breve para restaurar o reino perdido. Tornemo-nos, desde agora e para sempre, Seus servos. Na verdade Seus servidores, filhos do Seu reino eterno.
Segundo uma lenda grega, Orion foi um caçador que provocou a ira de Zeus. Zeus é o principal deus grego. Este, furioso, mandou-o para o universo formar parte das estrelas com os seus cães, que tinham por nome Ursa Maior e Ursa Menor. E ficou ali sempre com o propósito de iluminar a noite para os caçadores.
Orion é uma constelação magnífica; dela fazem parte duas estrelas de primeira grandeza: Beteljauza e Rígel. Muita gente pode encontrar a zona constelada do Caçador. (O Mundo do Homem, Ciência, p. 304).
A famosa nebulosa de Orion tem, no centro, uma estrela no meio da qual se encontra a famosa espada do Caçador. Aqui os astrónomos têm verificado uma actividade pouco vulgar. Um enorme volume de gases e energia radioactiva obrigam a nebulosa a expandir-se a uma velocidade de 21.600 km por hora. No centro da nebulosa vê-se um grupo de quatro estrelas chamado o “Trapézio”, que possui um incrível colorido.
Muitas pessoas crêem que em Orion há uma porta que nos liga ao mundo maravilhoso que está para além das estrelas, que é a passagem entre o Universo e o Céu de Deus. Há quem pense que, por esta porta, virá Jesus na Segunda Vinda à Terra, como Rei dos reis.
Não é recente a fama de Orion. Mais de mil anos antes de Cristo, já o livro de Job interrogava: “Podes atar as cadeias do Sete-estrelo? Podes soltar os laços do Orion?” Job 38:31
E o profeta Amós (785-740 a.C.), em exaltado discurso, exclama: “Procurai o que faz o Sete-Estrelo, e o Orion, e torna a sombra da noite em manhã, e escurece o dia como a noite; o que chama as águas do mar, e as derrama sobre a terra; o Senhor é o seu nome.” Amós 5:8
Um dos meus sonhos é possuir um telescópio. Sempre que passo diante de uma montra onde estão esses magníficos objectos, páro e imagino o que poderia ver para além daquilo que vejo a olho nu. É um espectáculo fantástico que se desfruta especialmente no Verão. Passo alguns dias de férias numa aldeia perto da Figueira da Foz. À noite, vou até ao quintal, olho o céu estrelado e imagino:
· A Cassiopeia: formada por cinco estrelas, com a forma de uma jovem com um véu que caminha de penas semi dobradas.
· O Leão: formado por nove estrelas.
· A Ursa Menor: seis estrelas com a forma de uma cadela.
· A Ursa Maior: com 15 estrelas, um enorme Urso.
E tantas outras formas que podemos imaginar em relação a Cisen, a Lira, os Gémeos, seria um nunca mais parar.
Contemplar o firmamento estrelado é, sem dúvida, uma das melhores terapias para a alma; um exercício no qual podemos colocar-nos na verdadeira perspectiva das coisas. Diminui os problemas meramente humanos e leva-nos a pensar num Ser Supremo e bom: porque Quem deu tanta beleza à noite, de uma forma tão generosa e espectacular, só pode ser bondoso e inefável.
O cantor de Israel olhou o céu, dedilhou as cordas da sua harpa e entoou um maravilhoso hino: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos.” Salmo 19:1
Noutro lugar diz: “Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste;, que é o homem mortal, para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?” Salmo 8:3, 4
Muitas pessoas fazem exactamente como David, ao olharem para o céu. Ficam encantados e cantam louvores a esse maravilhoso Criador. Ficam comovidos com a grandeza do espaço pontilhado de incontáveis biliões de estrelas e que continua a expandir-se a grande velocidade. E pensam: “Não estamos sós. Há Alguém, para além das estrelas. Uma delas é a porta por onde um dia virá – Orion.”
Recentemente a Visão trazia um grande titulo "O Melhor do Milénio", referindo-se à viragem do milénio. Apresentava esse número 100 factos e 100 personalidades que fizeram História nos últimos 1000 anos. Três personagens em destaque:
· Salazar: Ele foi o estadista que mais poder deteve, por mais tempo, ele foi a esperança ... ele foi o senhor do País imobilizado. A grande desilusão.
· Einstein: Num século dominado pela ciência, Albert Einstein (1879-1955) deixou a sua marca indelével nos grandes avanços conhecidos pelo mundo nos últimos 100 anos, desde a física quântica à electrónica, passando pela teoria do Big Bang e até à bomba atómica. A esperança adiada.
· Gutenberg: “Descobriu uma liga de chumbo, estanho e antimónio e um modo de precisão calibrado para receber a mistura. Preparou uma tinta a prova de borrões com negro-de-fumo, óleo de linhaça e terebintina. Cada página da sua Bíblia levou provavelmente um dia para ser montada, mas, uma vez os tipos no lugar, o resto foi relativamente fácil.”
O livro mais vendido de sempre: 2.500.000.000 é o número calculado de Bíblias vendidas ou distribuídas em todo o mundo desde 1815 e traduzida em mais de 2.197 línguas ou dialectos. Este Livro é o Livro da esperança, onde o ser humano pode depositar a confiança, tudo o resto é desilusão!
De facto do ponto de vista humano a nossa civilização não poderá sobreviver por muito mais tempo. Todos sabemos que quando um organismo começa a degradar-se pouco a pouco um cheiro desagradável começa a desprender-se desse mesmo organismo. A verdade é que esta terra adoeceu e infelizmente o ser humano não fez nada para a curar enquanto era tempo. Agora desprende-se um cheiro a morte na terra, no ar e no mar.
Mas ainda há uma esperança. Deus que conhece o fim desde o princípio, revela no Seu livro o que vai acontecer. Elevou um homem, em visão, para ver o que se iria passar nesta Terra até que Deus tenha que intervir de forma clara e irreversível para pôr cobro ao sofrimento. Foi Daniel.
Devo dizer que Daniel é uma daquelas pessoas que conhece bem Deus. Ele sabe que Deus conhece melhor o futuro do que qualquer ser humano conhece o passado. Daniel, de forma humilde, deseja testemunhar da grandeza do seu Deus. Está pronto a testemunhar fielmente mesmo que isso lhe possa custar a vida. Vejam só como ele, que é um prisioneiro de guerra, responde ao rei do maior Império que existia no tempo de Daniel: “Mas há um Deus nos céus, o qual revela os segredos; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há-de ser no fim dos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça na tua cama são estas: Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos ao que há-de ser depois disto. Aquele, pois, que revela os segredos, te fez saber o que há-de ser.” Daniel 2:28, 29
Depois de enumerar os conflitos mundiais que se sucederiam, o profeta faz uma declaração, inspirado por Deus: um reino de paz eterna seria estabelecido. Com o estabelecimento deste reino a guerra não teria mais lugar: “Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e será estabelecido para sempre.” Daniel 2:44
Não se trata de uma paz “idealista”. Não se trata de uma paz espiritual. Trata-se de uma paz real, autêntica, estabelecida para sempre e para todos.
Quem é que quer esta paz?
Então convém saber quem serão os reis governantes que serão destituídos para que um reino divino seja instaurado. Este capítulo começa com o sonho de um rei. Nesta época de Daniel, as pessoas acreditavam que os sonhos eram revelações de acontecimentos que estariam no futuro. Por esta razão empenhavam-se em conhecer e descodificar todos os sonhos.
Nabucodonosor era adepto da bruxaria, da astrologia. Hoje poderíamos chamar-lhe um ser extremamente esotérico. Assim que teve o sonho mandou chamar os mestres que tinham a chave para abrir a porta por detrás da qual estavam os acontecimentos vistos nos sonhos. E eles eram particularmente necessários porque o rei não se lembrava do sonho.
Os adivinhos, como todos os adivinhos, foram incapazes de dar uma resposta satisfatória ao rei. Tentaram ver se ele se lembrava de alguma coisa a partir da qual eles fariam uma interpretação. Mas nada. Percebendo que eles eram incapazes de o satisfazer, encheu-se de ira e ordenou que os matassem.
Tudo isto chega entretanto aos ouvidos de Daniel, que era muito jovem. O seu saber era de outra ordem, mas ele ousa no entanto pedir ao rei que se acalme e que lhe dê tempo para consultar Aquele que dá os sonhos e a interpretação dos mesmos. O que, de facto, acontece.
Já na presença do rei, Daniel começa por reconhecer a incapacidade humana:
“Mas há um Deus nos céus, o qual revela os segredos; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há-de ser no fim dos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça na tua cama são estas: Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos ao que há-de ser depois disto. Aquele, pois, que revela os segredos, te fez saber o que há-de ser.” Daniel 2:28, 29
Não há dúvida duma coisa, o rei andava preocupado com o futuro do seu reino. É normal que um homem que tem um reino e o destino da vida de tanta gente nas mãos, vá para a cama preocupado. E é maravilhoso que Deus olhe para aquele homem e responda á sua ansiedade, mesmo se ele é um pagão, um idólatra! Mas Nabucodonozor, viu algo de importancia, mas não se lembra do que viu, como recordar-se?
Deus que deu o sonho envia um mensageiro Seu, segundo o Seu coração para discernir e revelar o sonho do rei, esse é Daniel que se torna a boca de Deus e os acontecimentos que terão lugar durante décadas, séculos e milénios saem dos seus lábios como se ele os acompanhasse sucessivamente. Como se ele fosse a par com cada período da História. É formidável!
“Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos ao que há-de ser depois disto. Aquele que revela mistérios te fez saber o que há-de ser. Quanto a mim me foi revelado este mistério...”
As coisas começam a desfilar uma a uma. Correm como jorrando de uma fonte nascente de toda a sabedoria: “Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua: esta estátua, que era grande e cujo esplendor era excelente, estava em pé diante de ti; e a sua vista era terrível. A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre; as pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e em parte de barro. Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e a esmiuçou.” Daniel 2:31-34
O que representa esta estátua feita de diferentes materiais? E o que significa aquela pedra que foi cortada, sem auxílio de mãos, e que feriu a estátua?
Quantos de nos gostaríamos de começar a especular, a tentar adivinhar? Mas a Bíblia não nos dá esse tempo: “Este é o sonho; também a interpretação dele diremos na presença do rei.” Daniel 2:36
E o profeta começa pela cabeça de ouro: “Tu és a cabeça de ouro...” Daniel 2:38
A cabeça de ouro representava a Império Babilónico governado pelo próprio rei Nabucodonosor e representado pela cabeça de ouro da estátua. Mas este reino ainda que representado pelo metal mais nobre, não é eterno: “Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu.” (v. 39)
Isto deveria agradar ao rei, mas ao contrário. No capítulo 3 deste mesmo livro, Nabucodonosor lança um desafio ao Deus do Universo. Na planície de Dura, fará construir uma estátua em tudo semelhante à do sonho, com uma diferença, é toda em ouro, com um desafio. O sonho dado pelo teu Deus é que o meu reino não será eterno, mas passa a ser, porque eu o quero!
Deus queria simplesmente descrever a história de Babilónia e das nações que lhe sucederiam. Mas Nabucodosor disse: “O meu reino não terá fim. E serei eu próprio a demonstrá-lo. A estátua será toda em ouro.”
É bem conhecido o dito: “A História repete-se”. Creio que não só os grandes deste mundo querem repetir a História através da construção de grandes impérios, mas até o ser mais comum tem o desejo de eternidade.
Não há muitos anos começou uma grande efervescência um pouco por todo o mundo por causa da Clonagem? A revista Visão trazia este título: “CLONES HUMANOS, Mais Cedo do que se Pensa”.
Randolfe Wicker, 63 anos, dirige uma loja de iluminação em Nova Iorque. É o porta-voz da Fundação para a Clonagem Humana. Wicker tenciona guardar algumas células da sua pele para futura clonagem. E diz ele: “Se não for clonado antes de morrer, os meus bens serão dispostos de modo a poder ser clonado depois.” A revista continua e diz: “Sendo homossexual, há muito que Wicker sente a frustração de não poder ter filhos e à medida que envelhece o seu desejo de descendência acentua-se.” E faz uma afirmação: “Posso encostar o nariz à Sra. Morte e dizer, ‘Podes levar-me, mas não vais levar todos os meus eus’. A fórmula especial, que sou eu, vai viver outra vida. É um triunfo sobre a morte. Deixarei a minha pegada não na areia mas no cimento.”
Deus disse: o teu reino terá um fim. Nabucodonosor diz: “Não terá fim.” Quem tem razão?
“Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra.” Daniel 2:39
Em 538 a.C., O Império Medo-Persa torna-se o segundo império mundial. Mas este também deveria desaparecer. Seguiu-se o Império da Grécia, no ano 331 a.C. Era o jovem rei Alexandre o Grande que, à frente do seu exército, conquistou o mundo em 10 anos. Infelizmente, Alexandre tornou-se mestre do mundo, mas foi incapaz de ser mestre de si próprio.
Morreu durante uma orgia, com a idade de 33 anos. Dizem alguns historiadores que depois de ter bebido dois vasos de vinho, chamados os vasos de Hércules, caiu em estado de coma. Levantou a cabeça para dizer a um dos seus generais que deixava o reino ao mais forte.
O seu império enfraqueceu quando foi dividido em quezílias por 4 generais, querendo cada um ser mais forte que o outro: “E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro esmiuça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará. E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo, haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo. E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim, por uma parte, o reino será forte, e por outra será frágil.” Daniel 2:40-42
O seu império foi substituído pelo império Romano, a monarquia de ferro.
Não nos detivemos em detalhes que enriqueceriam toda esta história, mas que por outro lado poderiam parecer cansativos ou retirar valor àquilo que realmente o tem. é que este excerto já tem muita coisa para nos ensinar.
O profeta, se tivesse unicamente a sabedoria humana, continuaria a dizer que depois do 4.º, viria um 5.º reino, etc. Por que razão ele não continuou a desfiar a história? Porque se limitou a ser a boca de Deus. De facto o Império Romano foi destruído no ano 476 d.C., e não houve quinto império.
Roma dividiu-se em dez partes, representadas pelos dez dedos dos pés da estátua. Deus tinha declarado que alguns destes reinos seriam fortes como o ferro, outros frágeis como o barro, porque estes reinos iriam manter um elemento do 4.º Império, o ferro.
Não é difícil, ainda hoje, reencontrar estas dez partes no mapa da Europa contemporânea. Estes dez reinos tentaram fazer alianças para voltarem a ser um Império mas não formariam mais um 5.º Império.
“Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e será estabelecido para sempre.” Daniel 2:44
Não pensem que não houve, através dos séculos, tentativas sérias envolvendo guerras e conquistas militares para o conseguir. É exemplo disso:
– Carlos Magno
– Luís XIV
– O Imperador Guilherme II
– Napoleão Bonaparte
– Adolfo Hitler
Todos fracassaram nas suas tentativas de reunificação da Europa incluindo tratados e alianças através de casamentos. Ainda hoje, quando um príncipe da Europa faz anos, toda a nobreza é convidada, porque fazem parte da família.
No palácio de Christianborg, em Copenhaga na Dinamarca, há um enorme quadro que cobre toda a parede. Esse quadro tem por debaixo uma parte do versículo bíblico: “Misturar-se-ão pelo casamento” (Daniel 2:43). No início da Primeira Guerra Mundial, o rei Christian IX e a sua esposa eram descendentes de todas as cabeças coroadas da Europa, como resultado dos casamentos entre os príncipes.
No entanto, apesar de todo o esforço para se unirem através de casamentos, as nações continuaram divididas. Porquê?
Depois sucedeu-se a Sociedade das Nações, que mais tarde deu lugar às Nações Unidas. Hoje fala-se dos Estados Unidos da Europa ou seja a U.E. Mas não passam de tratados económicos e pouco mais. A Europa nunca mais será uma Nação Política.
Mas, o que significa aquele versículo que diz: Uma pedra ... feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e a esmiuçou? ( Daniel 2:34)
Esta pergunta leva-nos à parte mais cativante desta profecia. A Bíblia diz que esta pedra representa a instauração do reino de Deus. O texto diz: “Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído. Este reino não passará a outro povo, mas esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e será estabelecido para sempre.” Daniel 2:44
Como substituirá este reino as nações que actualmente vivem em permanente conflito? Que acontecimento provocará o seu desaparecimento e o estabelecimento do reino eterno? Deve ser um evento que alterará completamente a ordem do nosso Mundo!
Uma coisa é certa, o estabelecimento deste reino é o ponto central de toda a Bíblia. É a história de um reino criado, perdido e reencontrado. No princípio Deus fez este Mundo pleno de harmonia e beleza.
Deu este reino ao homem para o dominar e governar. Em consequência da desobediência às ordens sublimes de Deus, este Mundo entrou numa espiral de perdição, caiu nas mãos do Demónio e as consequências fazem-se sentir nos nossos dias de forma bem dramática.
Pelos méritos de Jesus, o que estava perdido será restaurado. E para que seja restaurado, milhões e milhões de pessoas ao longo dos séculos têm elevado preces a Deus: “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” Mateus 6:9-13.
Está de acordo com esta oração de Jesus? Esta oração é a nossa fonte de esperança!
Meus amigos, nós vivemos nesta época. A cena que se segue, neste livro de Daniel, é a instauração do reino de Cristo, a esperança de todas as esperanças, o retorno em Glória do Príncipe Emanuel e a questão que me comove e desperta toda a minha curiosidade é a de querer saber quanto tempo falta para que, no relógio de Deus, chegue o minuto em que essa pedra será cortada do monte sem auxílio de mãos e virá para esmiuçar os reinos que não têm resposta para as ansiedades e expectativas do ser humano!
Eu penso muito neste assunto. E há um pormenor descrito nos Evangelhos que coloca a Vinda deste Reino eterno num momento preciso: à meia-noite. Creio que a meia-noite é o momento que separa um dia do outro. É o minuto da História do Mundo que separa um Mundo de lágrimas e dor dum começo glorioso em que Jesus “limpará toda a lágrima...” Apocalipse 21:4
Querem saber onde está esse pormenor? Claro que querem!
“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Aí vem o noivo, saí ao seu encontro.” Mateus 25:6
Parece que o Senhor Jesus estava sentado no Monte das Oliveiras enquanto contava esta parábola, conhecida como a das Dez Virgens. Vai levantar o véu do tempo e mostrar o relógio que marca o tempo que falta para a Sua vinda. Não mostrou o relógio, mas descreveu, com pormenores, o que aconteceria enquanto Orion se dilataria, para Ele vir, com miríades e miríades de anjos.
Ele afirmou, sem a mínima hesitação que esta esperança era o núcleo de todas as esperanças, a saber, a Sua Segunda Vinda: “Virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós, também.” João 14:3
A Segunda Vinda de Jesus ocupa um lugar proeminente nas Sagradas Escrituras como a Esperança de todas as esperanças. Ela é mencionada 318 vezes no Novo Testamento. Ou seja, em média, 1 versículo em cada 25 falam desta Esperança.
O Senhor falou desta esperança através de parábolas e de profecias. Dedicou a este tema um discurso que se encontra em dois capítulos seguidos: o capítulo 24 e o 25 de Mateus, e que está resumido em Marcos 12 e em Lucas 21.
O livro de Actos dos Apóstolos, que como o seu nome indica, é a história dos Apóstolos, ou também da Igreja Primitiva. Começa com a cena da Ascensão e a promessa da Vinda do Senhor Jesus.
O apóstolo Paulo falou desta esperança em praticamente todas as suas epístolas. Em Hebreus diz mesmo: “Pois ainda um pouco de tempo, e aquele que há-de vir virá, e não tardará.” Hebreus 10:37
Tiago animava os cristãos, seus contemporâneos, a terem paciência: “Sede vós, também, pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima.” Tiago 5:8
A instauração do reino de Cristo porá fim às guerras.
Durante os milhares de anos da História da humanidade, ou seja em cerca de 6.000 anos, a História contabiliza apenas 350 anos de paz. Só no século 20, milhões incontáveis foram mortos em guerras. Estou a falar unicamente de um século:
· 1914-1918 – I Guerra Mundial: Quase 9 milhões de soldados morreram. As metralhadoras matavam, em média, 5.600 jovens por dia. A Primeira Grande Guerra foi a primeira guerra moderna, a pioneira a usar amplamente algumas das terríveis armas de destruição que conhecemos hoje: “Vi árvores grossas como a coxa de um homem literalmente cortadas pela corrente de chumbo.” Disse uma testemunha arquejante, descrevendo o efeito de uma metralhadora que disparava 500 balas por minuto.
· 1939-1945 – II Guerra Mundial: Morreram 17 milhões de combatentes e 60 milhões de civis. Dentro desse horror, um outro aspecto do mal: 6 milhões de judeus e quase outro tanto de “indesejáveis”, ciganos, eslavos, foram sistematicamente trucidados.
· Genocídios do século XX:
– 1915-16: Um milhão de arménios massacrados pelos turcos.
– 1932-33: Cinco milhões de ucranianos morreram à fome durante a colectivização forçada de Estaline.
– 1975-78: Um milhão e meio de cambojanos foram mortos pelos Khmers Vermelhos.
– 1984: Um milhão de tutsis foram assassinados pelos hutus no Ruanda.
– 1975-99: Cerca de 200 mil timorenses foram mortos durante a ocupação indonésia.
Quem é que não deseja que se cumpra o que diz o Apocalipse 11:15?: “E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve, no céu, grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.”
Daniel, quando falava deste reino, dizia: “Não será nunca mais destruído...” (Daniel 2:44).
Quem é que não deseja este reino onde impera a paz? Anelo a paz, ela é uma jóia tão preciosa que eu daria qualquer coisa por ela, só a não trocaria pela verdade.
Quando Cristo vier não virá só instituir a paz, mas virá erradicar para sempre a fome.
Actualmente, metade do mundo sofre de fome. Os subalimentados e os que morrem de fome, se eles se dessem as mãos, formariam uma corrente que daria 26 vezes a volta à Terra. Esta situação é em muito provocada pelo próprio homem.
Foi em 1962 que Rachel Carson, bióloga marinha, escreveu um livro (Silent Spring, Primavera Silenciosa) em que chamou a atenção para o ambiente em consequência não só da poluição da atmosfera, mas especialmente como resultado do uso dos pesticidas.
O próprio Al Gore, vice-presidente e que se candidatou à presidência dos Estados Unidos, declarou: “mudou o curso da História”. O sucesso do uso do DDT na II Guerra Mundial provocara uma corrida a estes produtos nos Estados Unidos para matar os insectos que se alimentavam das searas.
Os insecticidas não matavam só os insectos. Matavam, também, peixes e pássaros, e provocavam doenças nas pessoas. “Todo o ser humano está hoje exposto a produtos químicos perigosos, da concepção até à morte”, advertiu ela. O livro é uma defesa ardente e meticulosa do controlo dos pesticidas. Atingiu o público e derrubou a fé absoluta dos americanos na Ciência e na Indústria.
As mudanças vieram:
1970 – Foi criada a Agência de Protecção Ambiental, Dia da Terra, Lei do Ar Limpo.
1972 – Lei da Água Limpa, proibição do DDT.
1987 – Primeiro acordo ecológico global contra a produção de químicos destruidores da camada de Ozono.
1992 – Os Estados Unidos aderiram à aliança da ONU para travar o aquecimento da Terra, no seguimento da Cimeira do Rio. Não fosse a descrição dramática de Rachel Louise Carson das primaveras “sem cantos de pássaros”, continuaríamos alheios ao facto de que “somos parte do equilíbrio natural” do Planeta.
A Terra está doente. A terra já não produz a não ser alimentos e animais doentes. Sim, há milhões que morrem à fome. O problema é que a outra metade morre com excesso de gordura. Deixem-me ler um extracto da revista Visão de Dezembro de 1999: “É verdade, à medida que nos encaminhamos para o século XXI estamos a ficar cada vez mais anafados. A gordura, alguém teria que acreditar, é o quinto cavaleiro do Apocalipse, cavalgando a par da Guerra, da Fome, da Pestilência e da Morte. E é imensamente lucrativo.” Pág. 160.
Já não é só de gordura que se morre, nem do facto de comer a carne das vacas loucas. Morremos porque o homem continua a ameaçar o Planeta.
Desastres ambientais:
1953 – Quase 70 mortos e centenas de feridos devido à ingestão de peixe com mercúrio em Minamata, Japão.
1957 – Explosão nuclear em Chelyabinsk, Rússia, expõe 270 mil pessoas a elevadas doses de radiação.
1984 – Fuga de gás em Bophal, Índia, mata 10 mil pessoas.
1986 – Desastre na central nuclear de Chernobil, Ucrânia.
1989 – Desastre do Exxon Valdez no Alasca.
Quantos mais até aos dias actuais? A lista seria longa!
Será esta a solução?
Não! Uma tal situação só terminará quando Jesus vier: “Nunca mais terão fome; nunca mais terão sede. Nem sol nem calor algum cairá sobre eles. Pois o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda a lágrima.” Apocalipse 7:16, 17
Quando o Senhor Jesus vier é para pôr fim a todo o tipo de mal que nos aflige.
Hoje a doença é a rainha da nossa Terra. Os hospitais, clínicas são insuficientes não só em Angola, ou Moçambique, mas em Portugal, em França ou em qualquer outra parte do Mundo, por mais avançado que esteja esse canto do Planeta.
Consomem-se toneladas de calmantes, mas em breve a esperança dará lugar à paz. Terminará a artrite, o cancro, a Sida: “Nenhum morador de Sião dirá: Estou enfermo; e a iniquidade do povo que aí habitar será perdoada.” Isaías 33:24
“Então os olhos dos cegos se abrirão, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão. Então os coxos saltarão como o cervo, e a língua dos mudos cantará. Águas arrebentarão no deserto, e ribeiros no ermo.” Isaías 35: 5, 6
O apóstolo João descreve da seguinte maneira o Mundo restaurado: “E Deus limpará dos seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21:4
Quando Cristo voltar, a morte terminará para sempre.
Actualmente, milhares de crianças, jovens, homens e mulheres morrem em cada hora que passa. Se pudéssemos ver toda a Terra, veríamos milhares de cortejos a caminho dos cemitérios. Realmente o Mundo é um grande hospital e cada pessoa é um doente desenganado.
Quando Jesus vier é para matar a morte. Se não fosse por causa do pecado, a morte nunca teria tido um princípio; se não fosse por causa da morte, o pecado nunca teria fim.
A morte é, como já dissemos, a rainha do medo, mas Jesus é o Rei dos reis: “Porque convém que isto, que é corruptível, se revista da incorruptibilidade, e que isto, que é mortal, se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.” I Coríntios 15:53, 54
Quando Cristo voltar a separação terá fim.
As pessoas que se amam, não gostam de se separar. As pessoas que se amam não têm prazer que a morte ameace a cada instante separá-los e levar um para debaixo da terra. Parece que nesta Terra temos que estar sempre com as malas prontas, porque em qualquer momento temos de partir.
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu, com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” I Tessalonicenses 4:16, 17
Experiência: Fui pastor em Cascais. Enquanto viver, nunca esquecerei aquele dia. Não foi uma despedida comum. Não! A pessoa de quem nos despedíamos tinha só 35 anos. Era uma pessoa amável, um bom cristão, foi das pessoas que mais colaborou para a construção do Templo Adventista desta vila. Tínhamos um encontro, justamente por causa das obras. Nesse dia, o João disse-me:
– Pastor Costa sinto-me fraco. Ando a perder sangue e não tenho apetite.
Não fazia a mínima ideia do seu problema, e argumentei que ele deveria imediatamente começar uma alimentação racional e inclusive a tomar alguns suplementos alimentares.
– Não saio daqui sem irmos os dois a uma ervanária. Fomos, de facto. Pelo caminho fui sabendo um pouco mais do seu problema e tomei consciência de que era necessário ir urgentemente ao médico. O João foi. Infelizmente, a doença de que era prisioneiro era a própria morte, um cancro terrível. Recordo o dia do seu funeral que se realizou, infelizmente, poucos meses mais tarde. Eu tinha uma pequena parte na cerimónia fúnebre.
Naquele dia e antes de me dirigir para Cascais, (vivia então em Lisboa), telefonei para um amigo comum, o Engenheiro Carlos Alberto Lopes, e pedi-lhe para levar para a igreja a Bíblia do João.
Confesso que não sabia a razão de tal pedido. A minha ideia era ler uma ou duas passagens da sua Bíblia e falar do homem, pai e cristão que tinha sido aquele de quem nos separávamos. Abro a Bíblia, e fico surpreendido porque era uma Bíblia nova. Ele tinha nascido num lar Adventista, portanto teria uma Bíblia bem usada. Mas a que eu tinha ali e era do João, era nova.
Levantei-me e aproximei-me do Caixão onde estava aquele amigo do coração. Abri a Bíblia e leio um texto sublinhado. Falava da vinda de Jesus. E pensei ler as passagens que ele tinha sublinhadas. Todas tinham a ver com a Vinda do amado Senhor e com o Seu reino sem dor, sem sofrimento e morte. Certamente quis, durante a doença, deixar uma mensagem da sua fé pessoal. E que mensagem mais poderosa!
Em relação ao ser humano, qualquer ser humano pode ter, sobre o futuro, uma das duas visões:
– Uma, de um Mundo frio, sem esperança, eu diria brutal. Cheio de angústias e medos. Ruínas e desolação.
– Outra, a de um futuro descrito por Deus, que parece aos meus olhos, maravilhosa. A vida eterna num Mundo cheio de beleza onde reinará o Senhor Jesus Cristo.
Qual das duas visões quer ter?
Eu já decidi esperar, como o meu amigo João. Quero morrer como ele, a esperar sem querer fugir por nenhum atalho. Há um pensamento que diz: “Aquele cujo o pensamento está no céu, não precisa de ter medo de colocar os pés no túmulo.”
Podemos, neste momento, decidir não só esperar Jesus como Rei que vem, mas podemos decidir que hoje Ele seja o nosso Redentor. Na cruz do Calvário, Ele sofreu o castigo que nos estava reservado, em consequência dos nossos pecados, o castigo que merecíamos.
Mas, como diz o apóstolo Paulo: “O qual se deu a si mesmo pelos nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus, nosso Pai.” Gálatas1:4
Estas palavras de Paulo são claras. Foram os nossos pecados os responsáveis pela morte de Cristo. Mas se O aceitarmos como Senhor e Salvador, se nos arrependermos perante a Sua face, então, a Sua justiça será colocada sobre a nossa cabeça.
Todos os que morrem na fé são firmemente agarrados pelo amor de Cristo e não terão consciência de qualquer passagem de tempo, até ao momento em que Cristo voltar – o tempo será semelhante ao que se passa entre o momento em que vamos dormir e aquele em que acordamos de manhã.
Meus amigos, isto é maravilhoso! Jesus Cristo, que vos resgatou pelo Seu precioso sangue, voltará muito em breve para restaurar o reino perdido. Tornemo-nos, desde agora e para sempre, Seus servos. Na verdade Seus servidores, filhos do Seu reino eterno.
Pr. José Carlos Costa
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