“Tu, ó rei, na visão olhaste e eis uma grande estátua. Esta estátua, imensa e de excelente esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.
A cabeça dessa estátua era de ouro fino; o peito e os braços de prata; o ventre e as coxas de bronze; as pernas de ferro; e os pés em parte de ferro e em parte de barro.” (Daniel 2:31-33).
Ao reino de Babilónia segue-se um reino inferior, “Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra” (v.39) como é indicado de forma implícita “prata” (ver tema anterior CLICAR). Este reino que sucedeu a Babilónia foi o reino Medo-Persa, assim chamado por causa da dupla origem; medos e persas.
Não foi como afirmam certos comentadores exclusivamente os persas. Até porque o reino persa era contemporâneo do reino babilónico e não seu sucessor. De facto, o reino dos medos já tinha caído sob Ciro o persa, na batalha Astyages por volta do ano 550 antes de J.C., Ciro era de resto, do lado de sua mãe, neto do rei medo Astyages, a quem ele venceu e destronou, agora seu vassalo.
Segundo Heródoto (I, 206), Tomiri, a rainha Massagete, interpelou-o com o título de “rei dos Medos”. A seguir Ciro assumiu o poder dos medos e dos persas. Torna-se conhecido como o rei dos “Medos e dos Persas”. Daniel usa esta expressão em várias circunstâncias para designar o reino que sucedeu a Babilónia (Daniel 5:28; 6:8; 8:21). Um século mais tarde, o livro de Ester testemunha ainda desta pratica (Ester 1:2). Certamente, o reino dos Medos e dos Persas era geograficamente mais amplo que o reino de Babilónia. No entanto, era-lhe inferior no plano da cultura e da civilização. Os conquistadores medos e persas adoptaram a cultura babilónica, porque era muito mais complexa e muito mais avançada do que a deles.
A referência à prata faz alusão a uma característica notável deste reino. Os Persas de facto serviram-se da prata como unidade de impostos. Heródoto (III, 89-95), só os impostos cobrados sobre os vinte régulos da Índia, que era na altura a região mais rica, deveriam ser cobrados a peso de ouro; e mesmo neste caso, a taxa deveria ser equivalente ao valor da prata, prova que este metal era considerado o valor standard dos Persas nesta época. No plano geral, a prata carateriza igualmente o reino que lhe atribuía mais valor do que ao ouro. Era um conceito de riqueza tal como temos hoje em dia e era este conceito que lhes assegura o seu poder. Daniel afirma que o poder politico dos últimos reis persas (Daniel 11:2). Os tesouros acumulados por Dário, Xerxes e Artaxerxes os tornavam na perspectiva histórica como os mais ricos
da época, assim é testemunhado por Heródoto nestas palavras sobre Dario: “alguém que lucrava sobre tudo e qualquer coisa.” (Heródoto III, 89). A superioridade do reino medo-persa durou de 539 antes de J.C., data da queda de Babilónia, até 331 antes de J.C., data da queda do último rei persa Dário III vencido em Arbela pelo exército grego-macedónico.
A cabeça dessa estátua era de ouro fino; o peito e os braços de prata; o ventre e as coxas de bronze; as pernas de ferro; e os pés em parte de ferro e em parte de barro.” (Daniel 2:31-33).
Ao reino de Babilónia segue-se um reino inferior, “Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra” (v.39) como é indicado de forma implícita “prata” (ver tema anterior CLICAR). Este reino que sucedeu a Babilónia foi o reino Medo-Persa, assim chamado por causa da dupla origem; medos e persas.
Não foi como afirmam certos comentadores exclusivamente os persas. Até porque o reino persa era contemporâneo do reino babilónico e não seu sucessor. De facto, o reino dos medos já tinha caído sob Ciro o persa, na batalha Astyages por volta do ano 550 antes de J.C., Ciro era de resto, do lado de sua mãe, neto do rei medo Astyages, a quem ele venceu e destronou, agora seu vassalo.
Segundo Heródoto (I, 206), Tomiri, a rainha Massagete, interpelou-o com o título de “rei dos Medos”. A seguir Ciro assumiu o poder dos medos e dos persas. Torna-se conhecido como o rei dos “Medos e dos Persas”. Daniel usa esta expressão em várias circunstâncias para designar o reino que sucedeu a Babilónia (Daniel 5:28; 6:8; 8:21). Um século mais tarde, o livro de Ester testemunha ainda desta pratica (Ester 1:2). Certamente, o reino dos Medos e dos Persas era geograficamente mais amplo que o reino de Babilónia. No entanto, era-lhe inferior no plano da cultura e da civilização. Os conquistadores medos e persas adoptaram a cultura babilónica, porque era muito mais complexa e muito mais avançada do que a deles.
A referência à prata faz alusão a uma característica notável deste reino. Os Persas de facto serviram-se da prata como unidade de impostos. Heródoto (III, 89-95), só os impostos cobrados sobre os vinte régulos da Índia, que era na altura a região mais rica, deveriam ser cobrados a peso de ouro; e mesmo neste caso, a taxa deveria ser equivalente ao valor da prata, prova que este metal era considerado o valor standard dos Persas nesta época. No plano geral, a prata carateriza igualmente o reino que lhe atribuía mais valor do que ao ouro. Era um conceito de riqueza tal como temos hoje em dia e era este conceito que lhes assegura o seu poder. Daniel afirma que o poder politico dos últimos reis persas (Daniel 11:2). Os tesouros acumulados por Dário, Xerxes e Artaxerxes os tornavam na perspectiva histórica como os mais ricos
da época, assim é testemunhado por Heródoto nestas palavras sobre Dario: “alguém que lucrava sobre tudo e qualquer coisa.” (Heródoto III, 89). A superioridade do reino medo-persa durou de 539 antes de J.C., data da queda de Babilónia, até 331 antes de J.C., data da queda do último rei persa Dário III vencido em Arbela pelo exército grego-macedónico.
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