27 de julho de 2011

PROFECIA DE ISAÍAS 47

- Isaías 47
Vejamos o que o profeta Isaías nos quis transmitir acerca desta mesma entidade do passado, a personificação terrena do falso Deus, da falsa adoração – Babilónia. O profeta fala da grandeza de Deus e da pequenez de todo e qualquer projecto humano – Babilónia. Vejamos então alguns excertos do profeta Isaías:
- V.4- “O nome do nosso redentor é o Senhor dos Exércitos, o Santo de Israel. (5)- Assenta-te silenciosa, e entra nas trevas, ó filha dos caldeus, porque nunca mais serás chamada senhora de reinos. (6)- Muito me agastei contra o meu povo, tornei profana a minha herança, e os entreguei na tua mão; não usaste com eles de misericórdia, e até sobre os velhos fizeste muito pesado o teu jugo. (7)- E dizias: Eu serei senhora para sempre; até agora não tomaste estas coisas em teu coração, nem te lembraste do fim delas. (8)- Agora, pois, ouve isto, tu que és dada a delícias, que habitas tão segura, que dizes no teu coração: Eu sou, e fora de mim não há outra: não ficarei viúva, nem conhecerei a perda de filhos.” – Isaías 47. Eis neste último verso o clímax do seu orgulho. A mesma dialéctica iremos encontrar, curiosamente, na
Babilónia dos últimos tempos, ao ter dito: - “Quanto ela se gloriou, e em delícias esteve; foi-lhe outro tanto de tormento e pranto; porque diz em seu coração: Estou assentada como rainha e não sou viúva, e não verei o pranto” – Apocalipse 18.7
- V.9- “Mas ambas estas coisas virão sobre ti num momento, no mesmo dia, perda de filhos e viuvez; em toda a sua força virão sobre ti, por causa da multidão das tuas feitiçarias, por causa da abundância dos teus muitos encantamentos” - Isaías 47. Uma vez mais, este texto reporta-nos para as características contrárias a Deus apresentadas por Babilónia. No tempo do rei Nabucodonosor, segundo o profeta Daniel, quando o rei, pelo sonho que teve acerca do futuro – Daniel 2.29 – ficou perturbado, pois o que lhe foi mostrado não se enquadrava, de forma alguma, com o seu projecto para aquela cidade – o seu Império. Ele sabia que tinha sonhado, mas o quê? Sabia que o tema era perturbador – Daniel 2.1 – mas, o quê? E como tentou resolver a sua amnésia? Claro, da pior forma, consultando os profissionais da falsa religião da sua corte, a saber: magos, astrólogos, encantadores, caldeus.
- V.10- “Porque confiaste na tua maldade e disseste: Ninguém me pode ver; a tua sabedoria e a tua ciência, isso te fez desviar; e disseste no teu coração: Eu sou e fora de mim não há outra. (11) - Pelo que sobre ti virá mal de que não saberás a origem; e tal destruição cairá sobre ti que a não poderás afastar; porque virá sobre ti de repente tão tempestuosa desolação que a não poderás conhecer” – Isaías 47. Sim, o mesmo cenário. Uma aparente calma e prosperidade. Eis o que visa o projecto de Babilónia. Só que Aquele que tudo decide e em cuja mão tudo está – Daniel 2.20-22; 4.34,35; 5.23 – tem um projecto diferente. Assim, quando tudo parece que vai bem – tal como a construção da Torre em Babilónia – eis que, de repente, sem aviso prévio – “Pois quando vos disserem: Há paz e segurança; então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e, de modo nenhum, escaparão” – I Tessalonicenses 5.3.
- V.12- “Deixa-te estar com os teus encantamentos e com a multidão das tuas feitiçarias em que trabalhaste desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou se, porventura, te podes fortificar. (13)- Cansaste-te na multidão dos teus conselhos; levantem-se pois, agora, os agoureiros dos céus, os que contemplam os astros, os prognosticadores das luas novas e salvem-te do que há-de vir sobre ti” – Isaías 47. Aqui estão os “agoureiros dos céus”. Quem são estes nos nossos dias? Sem sombra de dúvida – os astrólogos. Na verdade “O homem moderno já não crê em Deus: ele crê nas estrelas!”.431 Sim, aqueles que se deleitam a dizer mentiras, visto que os astros nada sabem e, consequentemente, nada têm para dizer porque nada mais são do que lâmpadas do Universo – Génesis 1.16. É de elementar justiça reconhecer que “mais vale confiar num Deus criador do que interrogar coisas que nada sabem”.432
Aliás, o próprio rei Nabucodonosor reconheceu que estes profissionais da religião falsa eram tão falsos como o seu mentor – Lúcifer. Pois, quando o rei estava desesperado pelo silêncio destes profissionais, seus empregados, teve um momento de lucidez, denunciando-os, dizendo: - “(…) se me não fazeis saber o sonho, uma só sentença será a vossa; pois vós preparastes palavras mentirosas e perversas para as proferirdes na minha presença, até que se mude o tempo. Portanto, dizei-me o sonho, para que eu entenda que me podeis dar a sua interpretação” – Daniel 2.9. O rei reconheceu que o que ouvia deles não passava de lisonjas, nada mais. Ele ouvia o que era agradável aos seus ouvidos, como sempre até ali, a rotineira saudação protocolar: - “que o teu reino, ó rei, durará para todo o sempre” – Daniel 5.10; 6.6. Na verdade “quem vive para sempre”, quem tem direito a tal saudação é, efectivamente, Deus, o Criador e não o homem – simples criatura – débil e mortal. O rei, na sua humilhação reconheceu isto mesmo acerca de Deus – cf. Daniel 4.34. Só Deus vive e subsistirá para todo o sempre, não o homem e os seus projectos. E isto foi o que, efectivamente, o rei, no seu desespero, foi obrigado a confessar a falsidade destes servidores de Lúcifer, dizendo: - “(…), vós preparastes palavras mentirosas e perversas para as proferirdes na minha presença, até que se mude o tempo”. Enfim, denunciando-os, pois não conseguiam ler a mente, nem o seu mentor – Lúcifer – pois é um atributo exclusivo do Criador, não da criatura.
- V.14- “Eis que serão como a pragana, o fogo os queimará; não poderão salvar a sua vida do poder da labareda; ela não será um braseiro para se aquentarem, nem fogo para se assentarem junto dele. (15)- Assim serão para contigo aqueles com quem trabalhaste, os teus negócios desde a tua mocidade; cada qual irá vagueando pelo seu caminho; ninguém te salvará” – Isaías 47. Aqui encontramos duas ideias interessantes, típicas no contexto de Babilónia, ou seja, de tudo o que ela representa e tudo o que sobre ela está profetizado para o tempo futuro, para o final de Babilónia. Aqui, dizíamos, é dito: 1º- “cada qual irá vagueando pelo seu caminho”; 2º- “ninguém te salvará”. Na primeira frase destacada encontramos, desde já, o anúncio de que será, a exemplo do passado, abandonada, fendida. Assim será também, no futuro, como vimos, quando as águas do rio Eufrates, simbolicamente, secarem, ou seja, quando as hostes que a sustinham e apoiavam a abandonarem. Quanto à segunda, faz-nos recordar alguns excertos do profeta Daniel: 1- quando refere que “uma pedra cortada sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e barro e os esmiuçou” – Daniel 2.34; 2- o chifre pequeno “fará prosperar o engano (…), destruirá a muitos (…) mas, sem mão, será destruído” – Daniel 8.25. O que quererá dizer a expressão “sem mão”? A própria Bíblia o explica quando aborda o ema do – Santuário – dizendo que este “não é feito por mão, isto é, não desta criação” – Hebreus 9.11. Portanto, o que aniquila é um poder fora da História, do alto. 3º- No episódio relacionado com o final do poderio e da arrogância do rei do Norte, ou seja, o mesmo poder, só que tem, à medida que avança no tempo longo, em cada circunstância profética, um nome diferente. O profeta mostra-nos o seu fim e o descreve desta maneira: - “(…); mas virá o seu fim e não haverá quem o socorra” – Daniel 11.45.
Babilónia cairá quando Cristo estabelecer o Seu reino eterno, aquele reino que não passará a outro, aquele que não é desta dimensão, aquele onde tudo será restaurado para todo o sempre. O mundo anda angustiado com tudo o que se passa à sua volta. Vozes, rumores de incerteza, fazem com que tudo esteja inquieto. Esta é a mensagem para este último tempo – o nosso. Eis uma mensagem de advertência a proclamar alto e em bom som – “caiu, caiu Babilónia, aquela grande cidade (a Velha Ordem Mundial) que a todas as nações deu a beber do vinho da sua prostituição” – Apocalipse 14.8. Esta foi a mensagem do segundo anjo e esta será a mensagem reiterada pelo quarto anjo (Apocalipse 18.1) – a Igreja remanescente – cada um de nós. Que grande responsabilidade, que grande privilégio.

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