23 de dezembro de 2013

A Palavra de Deus e o Anticristo

Anticristo (do grego αντιχριστός i.e. "opositor a Cristo") é uma denominação comum no Novo Testamento para designar aqueles que se oponham a Jesus Cristo, e também designa um personagem escatológico, que segundo a tradição cristã dominará o mundo. A sua principal actividade é opor-se à Palavra inspirada (Velho e Novo Testamento) substituindo-a por doutrinas de origem pagã.
2 Tessalonicenses 2:7 diz: – “Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo...”.
Segundo muitos teólogos, o anticristo mencionado pelos cristãos do primeiro século era alguém que já atuava naqueles dias. Não era personagem de um futuro tão distante, nem futuro próximo, como o texto de 1 João 4:3: "...anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo". (amilenismo) Ao longo da história, diversas correntes cristãs acusaram-se entre si ou atribuíram aos seus inimigos a designação de "anticristos", sendo exemplos de utilização de tais argumentos o Cisma Papal, as cruzadas (referindo-se a Maomé), na Reforma Protestante (referindo-se ao Papa) e na Contrarreforma (referindo-se a Lutero), entre outros diversos acontecimentos. Também há os que consideram que o termo Anticristo poderá estar ligado aos modernos

6 de dezembro de 2013

A Destruição de Lúcifer e o Fim do Mal


Jesus e a Cidade Santa descem à Terra

"No final de mil anos, Jesus, o Rei da glória, desce da cidade santa, vestido com glória, como o relâmpago, em cima do Monte das Oliveiras - o mesmo monte de onde ele subiu depois de sua ressurreição. Como seus pés tocam o monte, ela se reparte, e se transforma numa grande planície, preparada para a receber a cidade santa, que inclui o paraíso de Deus, o jardim do Éden, que foi levado após a transgressão do homem. Agora ele desce com a cidade, mais bonito e gloriosamente adornado do que quando foi removido da Terra. A cidade de Deus vem e é assentada no enorme plano que foi preparado para ela. (Spiritual Gifts Vl.3, p. 83 e 84)."
"Jesus desce sobre o imponente monte, o qual logo que seus pés tocaram, partiu em pedaços, e se tornou uma grande planície. Em seguida, olhou para cima e viu a grande e bela cidade, com doze fundamentos, doze portas, três de cada lado, e um anjo em cada porta. Nós exclamamos: Eis a cidade! A grande cidade! Ela veio do Céu da parte de Deus! E ela desceu em todo seu esplendor e glória deslumbrante, e assentou na grande planície que Jesus havia preparado para ela."(Spiritual Gifts V.1. p. 213).

Marcas do pecado nos ímpios ressuscitados

"Então Jesus em terrível e imponente majestade, convocou os ímpios mortos, e eles ressuscitam com as mesmas fraquezas e corpos doentios, como  morreram. Que espetáculo, que cena impressionante! Na primeira ressurreição todos saem revestidos de um vigor imortal; mas na segunda, as marcas do pecado são visíveis em todos." (Spiritual Gifts V.1, p.214).

A Última Luta

"Agora Satanás se prepara para a última e grande luta pela supremacia. Enquanto despojado de seu poder e separado de sua obra de engano, o príncipe do mal se achava infeliz e abatido; mas, sendo ressuscitados os ímpios mortos, e vendo ele as vastas multidões a seu lado, revivem-lhe as esperanças, e decide-se a não render-se no grande conflito. Arregimentará sob sua bandeira todos os exércitos dos perdidos, e por meio deles se esforçará por executar seus planos. Os ímpios são cativos de Satanás. Rejeitando a Cristo, aceitaram o governo do chefe rebelde. Estão prontos para receber suas sugestões e executar-lhe as ordens. Contudo, fiel à sua astúcia original, ele não se reconhece como Satanás. Pretende ser o príncipe que é o legítimo dono do mundo, e cuja herança foi dele ilicitamente extorquida. Representa-se a si mesmo, ante seus súditos iludidos, como um redentor, assegurando-lhes que seu poder os tirou da sepultura, e que ele está prestes a resgatá-los da mais cruel tirania. Havendo sido removida a presença de Cristo, Satanás opera maravilhas para apoiar suas pretensões. Faz do fraco forte, e a todos inspira com seu próprio espírito e energia. Propõe-se guiá-los contra o acampamento dos santos e tomar posse da cidade de Deus. Com diabólica exultação aponta para os incontáveis milhões que ressuscitaram dos mortos, e declara que como seu guia é muito capaz de tomar a cidade, reavendo seu trono e reino." ( Grande Conflito, p.663)

Satanás e seu exército contra a Cidade Santa

"Finalmente é dada a ordem de avançar, e o inumerável exército se põe em movimento - exército tal como nunca foi constituído por conquistadores terrestres, tal como jamais poderiam igualar as forças combinadas de todas as eras, desde que a guerra existe sobre a Terra. Satanás, o mais forte dos guerreiros, toma a dianteira, e seus anjos unem as forças para esta luta final. Reis e guerreiros estão em seu séquito, e as multidões seguem em vastas companhias, cada qual sob as ordens de seu designado chefe. Com precisão militar as fileiras cerradas avançam pela superfície da Terra, quebrada e desigual, em direção à cidade de Deus. Por ordem de Jesus são fechadas as portas da Nova Jerusalém, e os exércitos de Satanás rodeiam a cidade, preparando-se para o assalto."( Grande Conflito p.664)

A Coroação do Filho de Deus

"Agora Cristo de novo aparece à vista de Seus inimigos. Muito acima da cidade, sobre um fundamento de ouro polido, está um trono, alto e sublime. Sobre este trono assenta-Se o Filho de Deus, e em redor dEle estão os súditos de Seu reino. O poder e majestade de Cristo nenhuma língua os pode descrever, nem pena alguma retratar. A glória do Pai eterno envolve Seu Filho. O resplandor de Sua presença enche a cidade de Deus e estende-se para além das portas, inundando a Terra inteira com seu fulgor.
Mais próximo do trono estão os que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu Salvador com devoção profunda, intensa. Em seguida estão os que aperfeiçoaram um caráter cristão em meio de falsidade e incredulidade, os que honraram a lei de Deus quando o mundo cristão a declarava nula, e os milhões de todos os séculos que se tornaram mártires pela sua fé. E além está a "multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, ... trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos". Apoc. 7:9.Terminou a sua luta, a vitória está ganha. Correram no estádio e alcançaram o prêmio. O ramo de palmas em suas mãos é um símbolo de seu triunfo, as vestes brancas, um emblema da imaculada justiça de Cristo, a qual agora possuem. Os resgatados entoam um cântico de louvor que ecoa repetidas vezes pelas abóbadas do Céu: "Salvação ao nosso Deus que está assentado no trono, e ao Cordeiro." E anjos e serafins unem sua voz em adoração. Tendo os remidos contemplado o poder e malignidade de Satanás, viram, como nunca dantes, que poder algum, a não ser o de Cristo, poderia tê-los feito vencedores. Em toda aquela resplendente multidão ninguém há que atribua a salvação a si mesmo, como se houvesse prevalecido pelo próprio poder e bondade. Nada se diz do que fizeram ou sofreram; antes, o motivo de cada cântico, a nota fundamental de toda antífona, é - Salvação ao nosso Deus, e ao Cordeiro.

Na presença dos habitantes da Terra e do Céu, reunidos, é efetuada a coroação final do Filho de Deus. "(Grande Conflito, p. 665 e 666).

Os ímpios perante o tribunal de Deus

"E agora, investido de majestade e poder supremos, o Rei dos reis pronuncia a sentença sobre os rebeldes contra Seu governo, e executa justiça sobre aqueles que transgrediram Sua lei e oprimiram Seu povo. Diz o profeta de Deus: "Vi um grande trono branco, e O que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a Terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." Apoc. 20:11 e 12.

Logo que se abrem os livros de registro e o olhar de Jesus incide sobre os ímpios, eles se tornam cônscios de todo o pecado cometido. Vêem exatamente onde seus pés se desviaram do caminho da pureza e santidade, precisamente até onde o orgulho e rebelião os levaram na violação da lei de Deus. As sedutoras tentações que incentivaram na condescendência com o pecado, as bênçãos pervertidas, os mensageiros de Deus desprezados, as advertências rejeitadas, as ondas de misericórdia rebatidas pelo coração obstinado, impenitente - tudo aparece como que escrito com letras de fogo.
O mundo ímpio todo acha-se em julgamento perante o tribunal de Deus, acusado de alta traição contra o governo do Céu. Ninguém há para pleitear sua causa; estão sem desculpa; e a sentença de morte eterna é pronunciada contra eles.


É agora evidente a todos que o salário do pecado não é nobre independência e vida eterna, mas escravidão, ruína e morte. Os ímpios vêem o que perderam em virtude de sua vida de rebeldia. O peso eterno de glória mui excelente foi desprezado quando lhes foi oferecido; mas quão desejável agora se mostra! "Tudo isto", exclama a alma perdida, "eu poderia ter tido; mas preferi conservar estas coisas longe de mim. Oh! Estranha presunção! Troquei a paz, a felicidade e a honra pela miséria, infâmia e desespero." Todos vêem que sua exclusão do Céu é justa. Por sua vida declararam: "Não queremos que este Jesus reine sobre nós."( Grande Conflito, p. 665,666,668).

Satanás percebe que se excluiu do Céu


"Satanás vê que sua rebelião voluntária o inabilitou para o Céu. Adestrou suas faculdades para guerrear contra Deus; a pureza, paz e harmonia do Céu ser-lhe-iam suprema tortura. Suas acusações contra a misericórdia e justiça de Deus silenciaram agora. A exprobração que se esforçou por lançar sobre Jeová repousa inteiramente sobre ele. E agora Satanás se curva e confessa a justiça de sua sentença." (Grande Conflito, p. 670)

Ímpios reconhecem a justiça de Deus

"Como que extasiados, os ímpios contemplam a coroação do Filho de Deus. Vêem em Suas mãos as tábuas da lei divina, os estatutos que desprezaram e transgrediram. Testemunham o irromper de admiração, transportes e adoração por parte dos salvos, e, ao propagar-se a onda de melodia sobre as multidões fora da cidade, todos, a uma, exclamam: "Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos" (Apoc. 15:3); e, prostrando-se, adoram o Príncipe da vida. “ (Grande Conflito, p. 668 e 669).

Deus é vindicado perante o Universo

"Todas as questões sobre a verdade e o erro no prolongado conflito foram agora esclarecidas. Os resultados da rebelião, os frutos de se porem de parte os estatutos divinos, foram patenteados à vista de todos os seres criados. Os resultados do governo de Satanás em contraste com o de Deus, foram apresentados a todo o Universo. As próprias obras de Satanás o condenaram. A sabedoria de Deus, Sua justiça e bondade, acham-se plenamente reivindicadas. Vê-se que toda a Sua ação no grande conflito foi orientada com respeito ao bem eterno de Seu povo, e ao bem de todos os mundos que criou. "Todas as Tuas obras Te louvarão, ó Senhor, e os Teus santos Te bendirão." Sal. 145:10.A história do pecado permanecerá por toda a eternidade como testemunha de que à existência da lei de Deus se acha ligada a felicidade de todos os seres por Ele criados. À vista de todos os fatos do grande conflito, o Universo inteiro, tanto os que são fiéis como os rebeldes, de comum acordo declara: "Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos."Ap 15:3 (Grande Conflito, p.668,671).

Os Ímpios se voltam-se contra Satanás

"Apesar de ter sido Satanás constrangido a reconhecer a justiça de Deus e a curvar-se à supremacia de Cristo, seu caráter permanece sem mudança. O espírito de rebelião, qual poderosa torrente, explode de novo. Cheio de delírio, decide-se a não capitular no grande conflito. É chegado o tempo para a última e desesperada luta contra o Rei do Céu. Arremessa-se para o meio de seus súditos e esforça-se por inspirá-los com sua fúria, incitando-os a uma batalha imediata. Mas dentre todos os incontáveis milhões que seduziu à rebelião, ninguém há agora que lhe reconheça a supremacia. Seu poder chegou ao fim. Os ímpios estão cheios do mesmo ódio a Deus, o qual inspira Satanás; mas vêem que seu caso é sem esperança, que não podem prevalecer contra Jeová. Sua ira se acende contra Satanás e os que foram seus agentes no engano. Com furor de demónios voltam-se contra eles e segue-se aí uma cena de conflito universal."( História da Redenção, p. 427,428)

Terminada a Obra de Satanás

Os ímpios recebem sua recompensa na Terra (Prov. 11:31). "Serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos exércitos." Mal. 4:1. Alguns são destruídos em um momento, enquanto outros sofrem muitos dias. Todos são punidos segundo as suas ações. Tendo sido os pecados dos justos transferidos para Satanás, tem ele de sofrer não somente pela sua própria rebelião, mas por todos os pecados que fez o povo de Deus cometer. Seu castigo deve ser muito maior do que o daqueles a quem enganou. Depois que perecerem os que pelos seus enganos caíram, deve ele ainda viver e sofrer. Nas chamas purificadoras os ímpios são finalmente destruídos, raiz e ramos - Satanás a raiz, seus seguidores os ramos. A penalidade completa da lei foi aplicada; satisfeitas as exigências da justiça; e o Céu e a Terra, contemplando-o, declaram a justiça de Jeová.

Está para sempre terminada a obra de ruína de Satanás. Durante seis mil anos efetuou a sua vontade, enchendo a Terra de miséria e causando pesar por todo o Universo. A criação inteira tem igualmente gemido e estado em dores de parto. Agora as criaturas de Deus estão para sempre livres de sua presença e tentações. "Já descansa, já está sossegada toda a Terra! Exclamam [os justos] com júbilo." Isa. 14:7. E uma aclamação de louvor e triunfo sobe de todo o Universo fiel. "A voz de uma grande multidão", "como a voz de muitas águas, e a voz de fortes trovões", é ouvida, dizendo: "Aleluia! pois o Senhor Deus omnipotente reina." Apoc. 19:6.

(Grande Conflito, p. 673)

POR MISERICÓRDIA

"É em misericórdia para com o Universo que Deus finalmente destruirá os que rejeitam a Sua graça. “O salário do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." Rom. 6:23. Ao passo que a vida é a herança dos justos, a morte é a porção dos ímpios. Moisés declarou a Israel: "Hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal." Deut. 30:15. A morte a que se faz referência nestas passagens, não é a que foi pronunciada sobre Adão, pois a humanidade toda sofre a pena de sua transgressão. É a "segunda morte" que se põe em contraste com a vida eterna.

Assim se porá termo ao pecado, juntamente com toda a desgraça e ruína que dele resultaram. Diz o salmista: "Destruíste os ímpios; apagaste o seu nome para sempre e eternamente. Oh! inimigo! Consumaram-se as assolações." Sal. 9:5 e 6. João, no Apocalipse, olhando para a futura condição eterna, ouve uma antífona universal de louvor, imperturbada por qualquer nota de discórdia. Toda criatura no Céu e na Terra atribuía glória a Deus. Apoc. 5:13. Não haverá então almas perdidas para blasfemarem de Deus, contorcendo-se em tormento interminável; tampouco seres desditosos no inferno unirão seus gritos aos cânticos dos salvos." (Grande Conflito, p.543, 545)

A Terra Purificada com fogo

"Enquanto a Terra está envolta nos fogos da destruição, os justos habitam em segurança na Santa Cidade. Sobre os que tiveram parte na primeira ressurreição, a segunda morte não tem poder. Ao mesmo tempo em que Deus é para os ímpios um fogo consumidor, é para o Seu povo tanto Sol como Escudo. (Apoc. 20:6; Sal. 84:11). "Vi um novo céu, e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira Terra passaram." Apoc. 21:1. O fogo que consome os ímpios, purifica a Terra. Todo vestígio de maldição é removido. Nenhum inferno a arder eternamente conservará perante os resgatados as terríveis consequências do pecado. “ (Grande Conflito, p.673, 674).


Uma marca do pecado permanece


"Apenas uma lembrança permanece: nosso Redentor sempre levará os sinais de Sua crucifixão. Em Sua fronte ferida, em Seu lado, em Suas mãos e pés, estão os únicos vestígios da obra cruel que o pecado efetuou. Diz o profeta, contemplando Cristo em Sua glória: "Raios brilhantes saíam da Sua mão, e ali estava o esconderijo da Sua força." Hab. 3:4. Suas mãos, Seu lado ferido donde fluiu a corrente carmesim, que reconciliou o homem com Deus - ali está a glória do Salvador, ali está "o esconderijo da Sua força". "Poderoso para salvar" mediante o sacrifício da redenção, foi Ele, portanto, forte para executar justiça sobre aqueles que desprezaram a misericórdia de Deus. E os sinais de Sua humilhação são a Sua mais elevada honra; através das eras intérminas os ferimentos do Calvário Lhe proclamarão o louvor e declararão o poder."(Grande Conflito, p.674).

Por Douglas Zanatta, adm Site Bíblia e a Ciência. Todos textos foram extraídos dos escritos de Ellen G. White, em especial Livro Visões do Céu Cap.14

25 de novembro de 2013

A Marca da Besta e o papel dos Estados Unidos na Profecia Bíblica

O capítulo 13 de Apocalipse começa com o relato de uma besta que sobe do mar.
A primeira coisa que notamos é que esta é uma besta com vários elementos. É “semelhante ao leopardo, e os pés como os de urso, e a sua boca como a de leão. O dragão deu-lhe o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (Apocalipse 13:2).
Segundo o relato, é uma besta com corpo de leopardo e é, como já foi dito, uma representação do papado romano. As quatro bestas que compõem esta besta híbrida e que representam a Babilónia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma são as que o profeta Daniel viu em visão segundo está registado em Daniel 7. É constatável que a Roma papal herdou alguns dos traços característicos de cada uma dessas feras, evidentes todavia nas práticas do atual sistema de religião falsa conhecido como a Igreja Católica Romana. De Babilónia, o papado herdou o sacerdócio pagão; da Medo-Pérsia, a adoração do sol; da
Grécia, as filosofias humanas; do dragão ou da Roma pagã, o seu poder, trono e autoridade [e ainda o título de Pontifex Maximus próprio do sumo sacerdote e que os césares usufruíam, como também o latim, idioma comum de Roma Pagã que até o dia de hoje é o idioma oficial da sede papal]. Portanto, é acertada e muito apropriada a descrição do sistema papal como uma besta que subia do mar, ou seja, dos lugares populosos (ver Apocalipse 17:15), e composta de várias partes com os traços característicos de outras bestas ou reinos (ver Daniel 7:23). Visto que é a primeira das duas bestas que aparecem neste capítulo, referimo-nos ao papado como a primeira besta de Apocalipse 13.
Mas o profeta diz: “E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro…” (Apocalipse 13:11). Tanto a aparência desta besta como a forma como sobe indicam-nos que a nação que ela representa é diferente de todas as outras que foram apresentadas sob os símbolos anteriores. Os grandes reinos que tem governado o mundo foram apresentados a Daniel como animais carnívoros de aspecto monstruoso que subiam enquanto “os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande” (Daniel 7:2).
Em Apocalipse 17, um anjo explica que as águas representam “povos, multidões, nações e línguas” (Apocalipse 17:15). Os ventos são um símbolo de luta ou guerra. Os quatro ventos do Céu que combatem o mar grande representam as terríveis cenas de conquista e revolução por meio das quais os reinos adquiriram o seu poder.
“Mas a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro foi vista a “subir da terra”.
Em vez de subverter outras potências para estabelecer-se, a nação assim representada deve surgir em território anteriormente desocupado, crescendo gradual e pacificamente.
Não poderia, pois, surgir entre as nacões populosas e agitadas do Velho Mundo - esse mar turbulento de “povos, e multidões, e nações, e línguas”. Deve ser procurada no Ocidente.
Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao poder, apresentando indícios de força e grandeza, e atraindo a atenção do mundo? A aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma, satisfaz às especificações desta profecia; esta aponta inquestionavelmente para os Estados Unidos da América do Norte. Reiteradas vezes, ao descreverem a origem e o crescimento desta nação, oradores e escritores têm emitido inconscientemente o mesmo pensamento e quase que empregue as mesmas palavras do escritor sagrado. A besta foi vista a “subir da terra”; e, segundo os tradutores, a palavra aqui traduzida “subir” significa literalmente “crescer ou brotar como uma planta”. E, como vimos, a

22 de novembro de 2013

A Nova Eva da Nova Era Vindoura

Prezados amigos, os eventos finais serão rápidos “pois o Senhor executará e abreviará a sua palavra sobre a Terra, completando-a e abreviando-a” (Romanos 9:28).
Portanto, Satanás sabendo que lhe resta pouco tempo, opera diligentemente para enganar o mundo por meio dos seus sofismas enganosos, e o Movimento Sacerdotal Mariano é um dos seus instrumentos mais efetivos. Essa entidade continua o seu ataque contra as verdades da Palavra de Deus alegando que Maria é a “Segunda ou Nova Eva”, porque, como nossa presumível “Co-redentora, Mediadora e Advogada” ela desempenha um papel de maior importância no que se refere a nossa salvação. De fato, a Virgem Maria apareceu na capa da revista Newsweek de 25 de agosto de 1997. No seu artigo de primeiro plano intitulado “Hail Mary” [Ave Maria] comentou-se que “há um crescente movimento dentro da Igreja Católica a favor de que o papa proclame um novo e controverso dogma: que Maria é a co-redentora. Será feito antes deste milénio?”
Acrescentou a Newsweek: “No espaço dos últimos quatro anos, o papa recebeu
4.340.429 de assinaturas procedentes de 157 países — uma média de 100.000 por mês em favor da doutrina proposta”.
Diz porventura a Bíblia em João 3:16 que “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu a Virgem Maria, para que todo o que nela crê não pereça mas tenha a vida eterna”? Certamente que não! Foi Cristo quem levou os pecados do mundo. A Ele se chama o segundo Adão porque assumiu a natureza humana e passou pelo solo em que caíra o primeiro Adão. “Pois na verdade ele não socorre a anjos, mas sim à descendência de Abraão. Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante a seus irmãos… a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo” (Hebreus 2:16, 17). Ainda assim, os autores de O Trovão da Justiça ousadamente porfiam que em vista de que Cristo foi concebido no ventre de Maria por intervenção do Espírito Santo [ver Mateus 1:18, 20] então Maria é a esposa do Espírito Santo e juntos eles estendem o chamado, “O Espírito e a Esposa dizem: Vem. E que ouve diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida” (Apocalipse 22:17). Mas esse não é o sentido deste versículo! A “esposa” neste versículo [ou noiva noutras versões] refere-se à cidade santa, a Nova Jerusalém. “E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do Céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido”. “E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu”. (Apocalipse 21:2, 9, 10). Seguramente não é a Virgem Maria, mas sim a voz aprazível e delicada do Espírito Santo e a terna súplica da santa cidade ou esposa que as instam com todo pecador a regressar ao Lar — à “casa” de “muitas moradas”, preparada para aqueles que escolham juntar-se ao número de redimidos de Deus. Todos nós deveríamos procurar uma pátria melhor, “isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de ser chamado de seu Deus, pois já lhes preparou uma cidade [a Nova Jerusalém]” (Hebreus 11:16).
Este mundo não é o meu lar, e espero que tampouco seja o seu. O meu lar é a
Nova Jerusalém que descerá dos céu à Terra depois de (a Terra) por mil anos ter sido a desolada prisão de Satanás, e que ficará estabelecida por toda a eternidade como a capital do mundo novo (Apocalipse 21:1, 2). Estaria então equivocado João, o Revelador, quando escreveu as palavras citadas anteriormente — palavras que nem sequer por uma vez identificam a Virgem Maria como a “Esposa” mencionada no livro do Apocalipse?
Porventura ter-lhe-ia Deus dado uma visão falsa concernente aos últimos dias? Ou será que as aparições, as estátuas que sangram e as palavras da presumível Maria são na realidade uma mentira? As palavras da falsa virgem Maria voltam a contradizer as
Sagradas Escrituras!
O último ponto, mas não menos importante, é que a falsa Virgem Maria se identifica a si mesmo como a “Rainha da Era Vindoura”. Em que parte da Bíblia é dito que uma “Rainha” há-de governar a Nova Terra? Pelo contrário, a Bíblia diz-nos que o “Rei dos Reis, e Senhor dos senhores” (Apocalipse 19:16) reinará na Nova Terra e que “um rio de água da vida, claro como cristal” fluirá do “trono de Deus e do Cordeiro” (Apocalipse 22:1).
Falta tão pouco tempo! No sábado 21 de dezembro de 1996 apareceu a seguinte reportagem no jornal The Denver Post: “Aumentam as aparições da Virgem Maria à medida que nos aproximamos do novo milénio. Milhares se aglomeram para ver a aparição na torre de um edifício de escritórios”. O artigo dizia que cerca de 250.000 pessoas têm visitado o edifício de Seminole Finance Corporation em Clearwater, Flórida
(EUA) para ver o reflexo nos cristais das janelas que se assemelham à Virgem Maria.
“Nesta época de pecado e confusão, nestes dias próximos do começo de um novo milénio, os crentes dizem que a Mãe de Deus está visitando a Terra com maior frequência”, noticiou o Diário Port. “Ver é crer” dizia-se. Mas é realmente assim?

Podemos confiar nos nossos sentidos hoje em dia? Deveríamos de fato confiar neles? O que diz a Bíblia? — “À Lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva” (Isaías 8:20).

17 de novembro de 2013

O Grande Engano: Satanás faz-se passar por Cristo

Acredito as “aparições” de Maria em tudo se assemelham à aparição de Samuel sob o comando de uma pitonisa de En-dor. Que foi obra de demónios. Creio que voltará a acontecer o seu aparecimento no mundo em forma corporal e por meio desta obra mestra de Satanás milhões de pessoas inocentes irão ser enganadas. E possivelmente esta falsa Maria (um demónio disfarçado) apresentará a seu Filho, um falso Jesus, ao mundo ("E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz." ) II Coríntios 11 : 14.
E esse Jesus não será outro senão o próprio Satanás. Se suceder assim, então este será o
ato capital dos enganos do Diabo! Mas é possível que antes disso ocorrer vejamos
demónios fazendo-se passar pelos apóstolos, como por exemplo Pedro e Paulo, que falarão contradizendo o que uma vez escreveram por inspiração do Espírito Santo quando estiveram na Terra. Eis aqui uma amostra deste tipo de profecia: “Depois de três dias de obscuridade, S. Pedro e S. Paulo descerão do Céu, pregarão em todo o mundo e elegerão um novo papa. Uma grande luz brilhará dos seus corpos e repousará sobre o cardeal que será nomeado papa. O cristianismo difundir-se-á por todo o mundo. Ele será o Santo Pontífice escolhido

16 de novembro de 2013

A Mensagem dos Três Anjos

Quero antes de iniciar este estudo afirmar que  amo os católicos.
De fato, quase todos os meus parentes são católicos romanos. Portanto, ninguém interprete esta mensagem como um ataque contra as pessoas que são católicas. O meu propósito é desmascarar o sistema católico romano e dar a conhecer por que razão ele é o Anticristo. Muitos dos que pertencem a esta denominação religiosa são cristãos verdadeiros. Não é a minha intenção, de forma alguma, pôr-me a julgar o coração destas pessoas. Tenho, sim, querido demonstrar a falsidade do sistema do qual eles são membros devotos. Creio que isto é muito necessário, particularmente nestes dias em que o dito sistema está a procurar impor as suas ideias e práticas babilónicas ou pagãs no mundo inteiro, sob o disfarce de uma Nova Ordem Mundial. Em dias como os nossos, aplica-se perfeitamente a seguinte declaração bíblica: “Pois os seus pecados se acumularam até ao Céu” (Apocalipse 18:5).
Muitas vezes os meus próprios pais perguntaram-me: “Porque andas a criticar a afiliação religiosa e as crenças dos demais?” Creiam-me, prezados amigos, não me comprazo em expor os pecados de Babilónia, mas faço-o por ordem de Deus porque o
Anticristo tem intentado usurpar o Seu trono e o Seu poder, e as multidões que o seguem vão perder-se. Outros me dirão: “Isso não é amor, e professas ser cristão!” Temos que recordar o seguinte pensamento:

“O verdadeiro amor busca primeiro a honra de Deus e a salvação das almas. Os que possuem este amor não se esquivarão à verdade para se abrigarem dos incómodos resultados de falar claramente. Quando as almas estão em perigo, os ministros de Deus não considerarão o eu, mas falarão a palavra que lhes é ordenada, recusando desculpar ou atenuar o mal” (Profetas e Reis, p. 138). No campo da batalha entre o Bem e o Mal, o Verdadeiro e o Falso, a Verdade e a Mentira, onde está em jogo o destino eterno das pessoas, teria sentido abster-se do escrutínio das falsas crenças simplesmente porque se trata de religião? No fim de contas, a isso mesmo se refere, em essência, “o grande conflito entre Cristo e Satanás”!
Amigos, a guerra entre Cristo e Satanás tem-se desenrolado durante séculos. Diz
Apocalipse 12:7, 8: “E houve guerra no céu; Miguel [Cristo] e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus”. [ver Judas 9; 1 Tessalonicenses 4:16 e João 5:26-29]. Foi assim que o grande conflito entre o bem e o mal, que se originou no Céu sendo Satanás um formoso querubim chamado Lúcifer, continuou na terra desde o tempo de Adão e Eva. Satanás usará qualquer meio disponível, inclusive as entidades religiosas e políticas e até as supostas aparições da Virgem Maria com o objetivo de conseguir a destruição do povo de Deus. Assim como o grande enganador usou a serpente, usou também de igual maneira faraó do Egito, a Nabucodonosor rei da Babilónia, e vários dos reis de Israel, a Herodes rei da Judeia, e aos escribas e fariseus. Atualmente está a usar o papado romano para cumprir os seus nefastos propósitos que hão de chegar ao seu ponto culminante num futuro próximo. Visto que o catolicismo romano tem empeçonhado ou envenenado quase todas as organizações religiosas e também aos reis e habitantes da terra, Satanás está pronto para lançar seu último ataque a qualquer momento. Segundo as profecias bíblicas e a marcha dos acontecimentos ao nosso redor que claramente estão relacionados com o cumprimento das ditas profecias, estamos a ponto de presenciar o pleno desenvolvimento do drama da “marca da besta” contra o
“selo de Deus”, representado de uma forma patente nos capítulos 13 e 14 de
Apocalipse. A Nova Ordem Mundial com a sua Religião Mundial (que requer a santificação do domingo de parte de todos os habitantes da terra) está a ponto de entrar em vigor. Está Deus preparado para enfrentar esta crise? Certamente que sim! E a Sua resposta está contida em Apocalipse 14:6-12 — A Mensagem dos Três Anjos! “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, [o único evangelho das Sagradas Escrituras] para o proclamar [a mensagem tem de ser escutada] aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz [é uma mensagem de vida ou morte]: Temei a Deus, [colocar a nossa vida em harmonia com Seus Mandamentos] e dai-lhe glória; [refletir o seu caráter ou lei no viver diário] porque é vinda a hora do seu juízo [é hora de prestar contas]. E adorai aquele
[ao Deus criador e não à besta ou a Roma ou à sua imagem que é o protestantismo apóstata] que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas. [linguagem do quarto mandamento ou lei do sábado — em outras palavras, ‘Observai o meu dia santo’]. E outro anjo seguiu, [a mensagem é suficientemente importante para que se lhe preste bastante atenção], dizendo: Caiu, caiu Babilónia, [as igrejas protestantes começaram a rejeitar a mensagem do primeiro anjo em favor das tradições pagãs de Babilónia], aquela grande cidade, que a todas as nações [o mundo inteiro] deu a beber do vinho [símbolo das falsas doutrinas tais como a santificação do domingo e a imortalidade da alma que a maioria das igrejas tem aceito] da ira da sua prostituição [adultério espiritual]. E seguiu-os o terceiro anjo, [anotando as mensagens dos dois primeiros anos com a admoestação mais severa de toda a Bíblia] dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal [o domingo- mandamento de homem] na sua testa, [crendo-o] ou na sua mão, [submissamente o aceita] também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre [o fogo eterno consumirá completamente os ímpios e os seus resultados são eternos (ver Malaquias 4:1, 3; Judas 7)] diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; [o vocábulo grego aion indica um lapso de tempo, podendo ser curto ou longo, dependendo da gramática da oração. Os ímpios recebem o castigo conforme as suas obras. Claramente, a duração do castigo de uns será diferente dos outros. O que sofrerá durante mais tempo será Satanás. Não obstante, todos os ímpios serão consumidos totalmente (ver
Apocalipse 20:12-14; 2 Tessalonicenses 1:8, 9; e uma vez mais Malaquias 4:1, 3)] e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome [em desprezo e desconsolo perecem para sempre]. Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus [não os de Roma] e a fé de Jesus [porque é apenas pela fé em Cristo e mediante a Sua graça que podemos obedecer os Seus mandamentos]”.
A mensagem dos três anjos é a mais solene de todas nas Escrituras pois é, a última admoestação ao mundo antes de terminar o tempo da graça! Realmente, não é muito difícil compreender as profecias do livro do Apocalipse quando se sabe o que significam os sinais e símbolos. Recordo-me quando li pela primeira vez as Mensagens dos Três Anjos depois de ter recebido sabedoria e entendimento do alto. Enamorei-me delas e senti um profundo desejo de compartilhá-las com todo o mundo, e rogo a Deus que esta seja a sua experiência também, portanto elas contêm a mensagem de salvação.
Compartilhe este livro com o maior número possível de pessoas. Envie-o pelo correio aos seus amigos e familiares, e se possível a uma cidade inteira! Mas não importa o que faça, por favor faça-o rapidamente! Deus o recompensará ricamente!
Temos a promessa divina: “Bem-aventurado aquele que lê, e bem-aventurados os que ouvem as palavras

14 de novembro de 2013

As 2300 Tardes e Manhãs e a Hora do Juízo

No livro do Apocalipse encontramos o anúncio de um juízo. Um juízo universal e de consequências eternas. Um dia Lúcifer disse que estava certo e Deus, errado. O Criador deu-lhe o tempo necessário para provar a validade de suas acusações e para esclarecer qualquer dúvida na mente das criaturas. Mas, finalmente, chega o dia em que todas as acusações e seus resultados devem ser julgados.
No capítulo 14 de Apocalipse, o apóstolo João nos leva a contemplar essa cena crucial do grande conflito entre o bem e o mal. “Vi outro anjo” – diz o profeta – “voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, tribo, língua, e povo.” (Apocalipse 14:6).

Quem é esse anjo e a quem simboliza?

Ao longo de todo o livro do Apocalipse são mencionados muitos anjos. Dessa vez João vê outro anjo. Este “anjo” ou “mensageiro” representa, segundo os comentaristas bíblicos, “os servos de Deus empenhados na tarefa de proclamar o evangelho”.1 Afinal de contas, a missão de pregar o evangelho foi dada por Jesus aos discípulos antes de o Mestre partir.” (Marcos 16:15 e 16). Quer dizer que, hoje, existe neste mundo um povo especial, com uma mensagem especial para ser dada aos moradores da Terra.
 A mensagem que essas pessoas proclamam é a seguinte: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora de Seu juízo.” (Apocalipse 14:7). Essa mensagem é de suma importância porque é o anúncio do dia do acerto de contas: finalmente chegou a hora do julgamento. Quando o juízo findar, todo o Universo saberá sem sombras de dúvidas quem estava com a razão: Satanás ou Cristo. Lá nos céus, muito tempo atrás, Lúcifer acusou a Deus de ser tirano, arbitrário e cruel. Acusou-O de estabelecer princípios de vida que nenhuma criatura poderia cumprir e, portanto, de não merecer mais adoração nem obediência. Mas agora chegou o momento do veredicto final. A História encarregou-se de acumular as provas. Os livros serão abertos, e o juízo começará.
A Bíblia está cheia de afirmações que confirmam a existência de um juízo para a raça humana. Observe algumas delas:
1. “Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.” (Eclesiastes 12:14)
2. “Porquanto [Deus] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça…” (Atos 17:31)
3. “Porque importa que todos nós compareçamos ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo.” (II Coríntios 5:10)
Mas a grande pergunta é: Quando acontece o juízo? Como saber o tempo exato em que esse julgamento terá início? Se nosso destino eterno está em jogo, não deveríamos preocupar-nos por estudar a profecia a fim de estar preparados para aquele dia?

Dia do juízo

Para compreender as profecias do Apocalipse é preciso conhecer bem o Velho Testamento. Isso porque, no Apocalipse, muitos detalhes proféticos do Velho Testamento cobram sentido. No Apocalipse está o

30 de outubro de 2013

Perante o Tribunal de Deus - Prepare-se!

Muitas pessoas viveriam de forma diferente se eles percebessem que as suas vidas futuras estão dependentes da sua decisão sobre o que se passou no Calvário. O tribunal de Deus é um evento tão importante que deveria ser divulgado por todos os meios de comunicação em todo o mundo. As pessoas estão envolvidas em aspetos tão sem importância.
A fé em Jesus Cristo recebemos o Espírito Santo e a Sua lei em nosso  coração e é a única maneira de estar perante o tribunal de Deus. (Mais. - No artigo único caminho para o céu) Dedique tempo a Jesus Cristo e à Sua palavra, sinta o prazer de uma vida melhor.
O julgamento de Deus colocará fim a uma grande luta entre o bem e o mal, entre Deus e o Seu amor e Satanás, que se rebelou contra Deus e as suas leis, e mostrou os seus sentimentos de mal. Deus se revelará no tribunal a falsa liberdade que Satanás oferece, a extensão e as consequências da sua rebelião. Isso mostra que as condições e as leis que Deus deu tinham e têm o propósito dos seres criados terem uma vida feliz . Portanto, a lei de Deus será o  padrão no tribunal, e mais tarde na vida eterna!
A Bíblia fala sobre o tribunal de Deus consiste em duas fases:
1 ª parte do tribunal do povo fiel, que realizadas de acordo com as profecias de Daniel, capítulo 7, em 1844  e concluída antes da segunda vinda de Jesus Cristo.
2ª parte está baseada no livro de Apocalipse capítulo 20. Quando Deus abre os livros no céu e na terra ainda deserta e vazia. Durante o milénio será fiel a Cristo no céu, e será julgado na segunda fase dos incrédulos. Os incrédulos estão mortos, e Satanás permanece por mil anos na ou deserto, aí será a sua prisão.
3ª parte após mil anos, Satanás será solto e os ímpios serão ressuscitados. Deus virá com os redimidos de Deus de Jerusalém, destruirá os homens ímpios, Satanás, e purificar a Terra com o fogo e, em seguida Deus reinicia o seu plano original.
Esta abordagem tem a sua própria lógica.
Antes de Cristo vir, é preciso ficar claro que o grupo ao qual pertencem os seres humanos. O primeiro teste foi desenvolvido para  justificar a salvação dos homens, e mostrar que é possível ser salvo pela fé em Jesus Cristo. Jesus Cristo aqui assume o papel de  advogado. A primeira fase do julgamento é agora - no momento em que o povo prega o Evangelho, e todos podem aprender sobre o julgamento e a segunda vinda de Jesus Cristo. Mas é uma oportunidade temporária.
Quando Cristo cessar o serviço de sumo sacerdote, Deus fecha o último caso e Cristo virá novamente. As pessoas religiosas - vivos serão transformados (1ª Cor. 15:51-54) e os mortos serão ressuscitados, transformados e sair ao encontro de (1ª Tes. 4:13-17) Cristo no céu. Mas vamos começar o estudo sobre os 1000 anos:
Vamos ver o que o tribunal de Deus na Bíblia.
Eclesiastes 12,14 - Deus vai julgar tudo o que está acontecendo, e está escondido, seja bom ou ruim.
Judas 1:14-15 - Na sétima geração de Adão, Enoque, profetizou sobre eles, dizendo: "Eis que o Senhor vem com incontáveis milhares de seus santos, para julgar todas as pessoas e cada condenado por todas as obras ímpias que impiamente cometeram, e por causa de todas as duras palavras que ímpios pecadores que você conversou com ele. "
Eclesiastes 11.9 - Alegra-te, jovem, desde a sua juventude, com o coração feliz, enquanto você é jovem. Vá onde você guarda seu coração para o que você vê com seus olhos. Esteja ciente, no entanto, que com tudo isto antes de se tornar juiz de Deus.
Romanos 2,3 - Você acha que o homem, esse órgão escapar de Deus quando você julga os outros, mas me vejo fazendo o mesmo?
Mateus 12,36-37 - mas eu estou lhe dizendo, que toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo. Em suas próprias palavras tu serás justificado, em suas próprias palavras serás condenado. "
João 14.3 - Vou preparar um lugar para você. Quando eu vou preparar-vos um lugar, virei novamente e levá-lo comigo, você também pode estar onde estou. Você sabe para onde ir, e você sabe o caminho. "
Pessoas será julgado por seus atos, palavras e pensamentos. tribunal de Deus será absolutamente objectiva e justa, e as pessoas serão julgadas segundo a lei imutável de Deus.
Salmo 7,18 - o Senhor por sua justiça, louvar o nome do Senhor vai jogar - ele é o Supremo!
Jeremias 9,24 - "Eis que virão dias, diz o Senhor, que cancelou todos aqueles que são circuncidados na carne -. Egito, Judá, Edom, Amom, Moabe e todos os habitantes do deserto que têm o maior Todos esses cantos nações estão incircuncisos, e tudo porque a casa de Israel não é circuncidado no coração. "
2,11-12 James - O mesmo que disse: "Necizolož", também disse: "Não matar". Portanto, não se cometer adultério, mas a matança, um transgressor da lei.
decisão de Deus judicial definitiva e irrevogável, sobre o destino eterno das pessoas. Ou há de ser justificados pela fé em Jesus Cristo e receber a vida eterna, e não intercessor será condenado à perdição eterna.
Rm 2,2-9 - Ele "dará a cada um segundo suas obras" - aqueles que persistentemente e fazer bem, procuram glória, honra e imortalidade, vida eterna, aqueles que em seu egoísmo, a verdade e se recusam a seguir as delito, no entanto, a recompensa ira. Tribulação e angústia aguarda a alma de cada homem que faz o mal, primeiro ao judeu e também do grego. Quem faz o bem, primeiro do judeu e também do grego, e aguarda a honra, glória e paz. Deus tem parcialidade para com ninguém.
Tribunal de Deus acabará com a grande luta cósmica entre o bem eo mal. Satanás e do pecado será encerrado uma vez por todas e condenados.
Apocalipse 20, 10-15 - O diabo, que enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta eo falso profeta, que serão atormentados dia e noite para todo o sempre. Então vi um grande trono branco eo que estava assentado sobre ele, de cuja presença a terra eo céu tinham desaparecido e não poderia encontrar um lugar para eles. Então eu vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos. E foi aberto outro livro, ou seja, o livro da vida, e os mortos foram julgados de acordo com o que estava escrito nos livros, segundo as suas obras. No mar entregou os mortos que nele havia, também, a morte eo inferno emitidos os mortos neles, e cada um foi julgado por seus atos. A morte eo hades foram lançados no lago de fogo - essa é a segunda morte. Alguém não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
Deus justificaria o tribunal de Deus, purificará o seu nome em desgraça perante todo o universo revela o Seu amor pelo homem perdido.
Isaías 5,16 - mas o Senhor dos exércitos é exaltado pelo tribunal, Santo Santo Deus aparece na justiça.
João 03:16 - "Porque Deus amou o mundo que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Apocalipse 15, 2-4 - embora eu vi um mar de vidro misturado com fogo, e também aqueles que são vitoriosos da besta, da sua imagem e o número do seu nome. Eles ficaram no vidro do mar, Deus tinha um violão e cantou o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: "Grandes e tremendas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-poderoso, justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não gostaria de homenagear você, ó Senhor, para citar teu louvor? Para só tu és santo! Todas as nações virão e se curvarão diante de ti, porque os teus juízos foram revelados! "
A primeira parte dos estados apóstolo de Deus, Pedro, o juiz será julgado por pessoas de fé, mesmo num momento em que a pregação do evangelho.
1 Pedro 4,17 - o tempo do tribunal e o primeiro número é a casa de Deus. Se o que nos acontece, apenas o começo, o fim do que espera por aqueles que rejeitam o evangelho de Deus?
Mateus 25,31-33 - "Quando o Filho do Homem vier na sua glória, com todos os seus anjos, ele irá sentar no trono da sua glória Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele é separado um do outro como. o pastor separa as ovelhas dos cabritos. ovelhas à sua direita, mas os cabritos à sua esquerda.
Apocalipse 14,6-7 - Eu vi outro anjo voando no centro do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos habitantes da Terra - a toda nação, tribo, língua e povo - dizia com grande voz, dizendo: Teme a Deus e dar o seu louvor é chegada a hora de seu julgamento. adorar Aquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes de água! "
1 Tessalonicenses 4,15-18 - Temos a palavra do Senhor: Temos que viver para ver a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Você ouve o comando empolgante, a voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do céu e pela primeira vez, os mortos em Cristo ressuscitarão. Nós vivemos com eles apanhados nas nuvens, a encontrar o Senhor, então estaremos sempre com o Senhor. Incentivar uns aos outros com estas palavras.
A segunda parte do tribunal de Deus, disse que a maioria do Apocalipse de João, capítulo 20. O povo de Deus no céu com Cristo julgará o mundo.
1 Coríntios 6,2-3 - Você sabia que os santos hão de julgar o mundo? Quando você tem uma para julgar o mundo, você não é capaz de julgar tais ninharias? Vocês sabem que nós julgaremos os anjos? Os assuntos mais comuns da vida!
Apocalipse de São João 20,4-7 - Eu vi tronos, e os que estavam sentados neles, e foram entregues ao tribunal. Eu vi as almas daqueles executados no testemunho de Jesus e da palavra de Deus, as almas daqueles que não adoraram a besta nem a sua imagem e não receberam a sua marca na testa ou na mão. Eles viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Outros mortos não viva no entanto, até que os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição. Durante esses a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos. Quando os mil anos, Satanás será solto da prisão.
Millennium - reino milenar, quando o país estará desolada e vazia, e Satanás será aqui na prisão. A Bíblia diz em Génesis que a Terra estava no início da desonra e vazia e havia trevas sobre o abismo. A palavra grega usada aqui - abussos - é o mesmo que a palavra João, no Apocalipse 20, 1, que fala do milénio.
Apocalipse 20,1-4 - Então vi um anjo descer do céu em sua mão a chave do abismo e uma grande cadeia. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e o amarrou por mil anos. Jogou-o no abismo, e fechou e selou sobre ele, que ele engane as nações até que os mil anos, foram preenchidas, então deviam ser brevemente lançado. Eu vi tronos, e os que estavam sentados neles, e foram entregues ao tribunal.
Isaías 13,9 - Eis que o dia do Senhor vem com uma fúria implacável e feroz, ansioso para fazer o país completamente devastado e destruído a partir dos pecadores.
Jeremias 4,23-28 - Eu vi o mundo - eis que, desolado e vazio, eu olhei para o céu - Eu não tinha luzes. Eu vi as montanhas - tudo abalou, sacudiu as montanhas. Vi e eis - Nowhere Man todas as aves desapareceram. Eu vi - e eis que a tornou fecunda desertos, e todas as cidades caiu diante do Senhor, quando a sua ira se acendeu! Assim diz o Senhor: "As ruínas remanescentes todo o país, mesmo que destruí-lo completamente e assim o país vai chorar o céu na escuridão envolta, como eu disse, não retiro o que eu decidi que não. mudar. "
Levítico 16,22 - e vestindo uma cabra tirando toda a sua culpa em um país remoto. No deserto, em seguida, solte a cabra. (Cabra representa Satanás, o deserto estéril)
Terra será destruída pelo fogo e depois restaurada.
2 Pedro 3,7 - A mesma palavra mantém e mantém o atual céu e a terra do fogo, que está aguardando o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios.
Apocalipse de João 21.1 - Então vi um novo céu e nova terra. Para o primeiro céu e a primeira terra passaram eo mar já não.
Apocalipse 22, 12-13 - "Eis que cedo venho eo meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo as suas obras Eu sou o Alfa eo Ómega, o princípio eo final da primeira e última vez.."

25 de outubro de 2013

A Guarda Dominical e o "deus Sol"

“Que todos os juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atentem os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer a miúdo que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu.”1
Esse decreto foi promulgado em 07 de março de 321 pelo imperador Constantino (Flavius Valerius Constantinus) e visava, dentre outros motivos, tornar o dia dedicado ao “deus Sol Invictus” oficial para os cultos pagão e cristão. A veneração à essa divindade pagã tem forte ligação com o Mitraísmo, que era a religião predominante no alto império. Sobre o edito de Constantino, comenta-se:
“O imperador Constantino, um converso ao cristianismo, introduziu a primeira legislação civil a respeito do domingo, em 321, quando decretou que todo o trabalho deveria cessar no dia do Sol; exceto os agricultores que poderiam trabalhar se fosse necessário. Esta lei, que visava dar tempo para o culto, foi acompanhada por mais restrições nas atividades dominicais nos séculos posteriores.”2
“Séculos da era cristã se passaram antes que o domingo fosse observado pela Igreja Cristã como o sábado. A História não nos fornece uma única prova ou indicação de que fosse observado antes do edito de Constantino em 321 d.C.”3
“Todavia, qualquer que tenha sido a opinião e a prática destes primeiros cristãos em relação à cessação do trabalho no domingo, sem dúvida, a primeira lei, seja eclesiástica ou civil, na qual a observância sabática daquele dia se sabe ter sido ordenada, é o edito de Constantino, 321 d.C.”4
“Constantino tinha governado na Gália e na Grã-Bretanha, onde ele melhorou as condições para os cristãos. E quando chegou ao poder em 313 d.C., ele uniu-se a Maxêncio para comemorar o edito de Milão pelo qual os direitos civis foram concedidos aos cristãos, as suas propriedades restauradas e, a liberdade religiosa universal foi garantida a todos. Em 321 d.C., Constantino tendo se tornado imperador único, emitiu seu famoso edito proibindo determinados trabalhos e o comércio aos Domingo. (…) Sessenta e seis anos depois, 387 d.C., em outro decreto romano, o Domingo é chamado de ‘o dia do Senhor’(a).”5
Constantino era mitraísta, seguidor do deus Sol e, segundo os relatos históricos ele foi o primeiro imperador a se converter ao cristianismo, mas, por motivos políticos e religiosos não abandou de forma definitiva suas antigas crenças pois era grande a influência que ele, como imperador, exercia sobre os seus súditos pagãos. Esse decreto-lei foi incluído no Direito Civil Romano e direcionava-se a todos do império. Na esfera civil, Constantino proporcionou o primeiro meio legislativo para que o domingo fosse seguido pelo cristianismo apostatado e disseminado ao redor do mundo como o substituto do sábado do Senhor.
Paralelamente às mudanças que ocorriam no paganismo dentro do Império Romano, o cristianismo iniciava sua deplorável jornada rumo a apostasia se desviando do genuíno evangelho de Cristo; e os apóstolos Paulo e Pedro advertiram quanto a isso (II Tessalonicenses 2:7-8II Pedro 2:1-3). Com a morte dos primeiros discípulos que pregavam integralmente e unicamente o que Cristo lhes ensinara, as gerações posteriores de cristãos foram gradativamente abandonando a “sã doutrina” e inevitavelmente sucumbiram aos falsos ensinos (II Timóteo 4:3-4II João 1:8-9). Uma das consequências dessa atitude foi a mudança na lei de Deus(b), onde o segundo e quarto mandamento foram anulados (Daniel 7:25 cf I Timóteo 1:3-11).
Alguns cristãos em pleno declínio espiritual iniciavam a estranha comemoração do “festival da ressurreição” nas manhãs de domingo, retornando em seguida ao seus afazeres. Outros, motivados pelo ódio, começaram a transgredir o quarto mandamento alegando o desvencilhar de qualquer relação com os judeus, e se baseavam no extremismo que os fariseus tinham em relação ao sábado. O bispo Eusébio sobre isso revela:
“Por sorte não temos nada em comum com a multidão de detestáveis judeus, por que recebemos de nosso Salvador, uma dia de guarda diferente.”6 ”Todas as coisas que era dever fazer no sábado, estas nós as transferimos para o dia do Senhor, como o mais apropriado para isso, este [domingo] é o principal na semana, é mais honroso que o sábado judaico.”7
Tertuliano, patrístico do século III, discorrendo sobre a “festividade da ressurreição” relata como os cristãos que abandonaram as Escrituras Sagradas eram confundidos com os pagãos:
“Outros (…) supõem que o sol é o deus dos cristãos, porque é um fato bem conhecido que rezamos para o leste, ou porque fazemos do domingo um dia de festa.”8 ”Porém, muitos de vocês, igualmente, às vezes sob o pretexto de adorar os corpos celestes, movem seus lábios na direção ao nascer do sol. Da mesma forma, se nós dedicarmos o dia do Sol com alegria, a partir de uma razão muito diferente do culto ao Sol, teremos alguma semelhança com aqueles que cultuam no dia de Saturno (…)”9
Outra alegação apresentada para alterar o dia de descanso bíblico era que, a observância dominical imposta por Constantino seria uma boa oportunidade para atrair os pagãos ao cristianismo. Entretanto, a História demonstra que ocorreu o inverso, a desobediência a Deus proporcionou a infiltração do paganismo no cristianismo. O abandono gradativo das Escrituras por esses cristãos conduziram as gerações posteriores da igreja a adotar o domingo como dia de guarda. Assim, cristianismo degenerado e paganismo convergiram para um mesmo dia de descanso e adoração.
Constantino passou a lidar com as dificuldades em conciliar esses seguimentos religiosos e, cada decisão era instruída cuidadosamente pelos seus ministros para evitar conflitos. Em seus decretos ele utilizava de forma equilibrada um linguajar adaptado que conciliava os princípios cristão e pagão, como por exemplo: chamar de “dia do Sol” o primeiro dia da semana (domingo) que os pagãos chamavam de “dia de Mitra” e “dia do deus Sol Invicto”. Ele empregou deste modo uma expressão que não ofendia as duas classes.10Adiante algumas declarações sobre estes fatos:
“Quando a Igreja tornou-se um departamento do Estado pelos imperadores cristãos de Roma, a observância do domingo foi imposta pela lei civil. Quando o Império Romano findou, o cargo depontifex maximus, uma vez exercido pelo imperador de Roma foi reivindicado pelo bispo de Roma, e a observância do domingo foi imposta por lei eclesiástica, assim como a lei civil.”11
“Os cristãos trocaram o sábado pelo domingo. Constantino, em 321, determinou a observância rigorosa do descanso dominical, exceto para os trabalhos agrícolas. (…) Em 425 proibiram-se as representações teatrais e no século VIII aplicaram-se ao domingo todas as proibições do sábado judaico.”12
“O imperador Constantino, antes de sua conversão, reverenciava todos os deuses (pagãos) como tendo poderes misteriosos, especialmente Apolo, o deus do Sol, ao qual, no ano 308, ele conferiu dádivas riquíssimas; quando se tornou monoteísta, o deus a qual adorava era – segundo nos informaUhlhorn - o ‘Sol inconquistável’ e não o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Na verdade quando ele impôs a observância do dia do Senhor (domingo) não o fez sob o nome de sabbatum ou dies Domini, mas sob o título antigo, astrológico e pagão de dies Solis, de modo que a lei era aplicável tanto aos adoradores de Apolo e Mitra como aos cristãos.”13
“(…) A conservação do antigo nome pagão de ‘dies Solis‘ ou ‘Sunday’, para a festa semanal cristã, é, em grande parte, devida à união dos sentimentos pagão e cristão; assim o primeiro dia da semana foi recomendado por Constantino aos seus súditos, tanto pagãos como cristãos, como o ‘venerável dia do Sol’. Seu decreto, que regulamenta esta observância, tem sido com justiça chamado de ‘uma nova era da história do dia do Senhor’. Foi o seu modo de harmonizar as religiões discordantes do império,unindo-as sob uma constituição comum.”14
“(…) o patriotismo de boa vontade uniu-se à conveniência de fazer desse dia [domingo], de uma vez, o dia do Senhor deles e seu dia de repouso. (…) Se a autoridade da igreja deve ser passada por alto pelos protestantes, não vem ao caso; porque a oportunidade e a conveniência de ambos os lados constituem seguramente um argumento bastante forte para uma mudança.”15
“Foi uma conversão política, e como tal foi aceita; Constantino foi pagão até próximo de sua morte. E quanto ao seu arrependimento final, abstenho-me de julgar.”16 ”Ele impôs a todos os súditos do império romano a observância do ‘dia do Senhor’ como um dia de repouso (…) que fosse honrado o dia que se segue ao sábado.”17
“Para entender plenamente as provisões desta legislação, a atitude peculiar de Constantino deve-se ser levada em consideração. Ele não se achava livre de todo o vestígio da superstição pagã. É provável que antes de sua conversão ele tenha devotado culto especialmente a Apolo, o deus-Sol.(c)(…) O problema diante dele era legislar em favor da nova fé de modo a não parecer totalmente incoerente com suas práticas antigas, e não entrar em conflito com o preconceito de seus súditos pagãos. Estes fatos explicam as particularidades deste decreto. Ele denomina o dia santo, não de ‘dia do Senhor’, mas de ‘dia do Sol’, a designação pagã, e assim o identifica com o seu antigo culto a Apolo.”18
“Os gentios eram um povo idólatra que adorava o Sol, e o domingo era o seu dia mais sagrado. Ora, a fim de conquistá-los nessa nova área, senão parecia natural, ao menos fazia-se necessário tornar o domingo o dia de repouso da igreja. (…) Naquele tempo tornou-se essencial para a igreja adotar o dia dos gentios ou mudá-lo. Mudar o dia dos gentios teria sido uma ofensa e pedra de tropeço para eles. A igreja podia naturalmente ganhá-los melhor, observando o dia deles. (…) Não havia necessidade em causar uma desnecessária ofensa desonrando o dia deles.”19

Considerações Finais
Constantino foi orientado a promulgar o edito de tal forma que atendesse as exigência políticas e religiosas dos pagãos e cristãos da época. Após o fim do Império Romano, uma de suas instituições, a Igreja de Roma (em avançado estágio de apostasia), permaneceu atuante, ganhou mais autonomia e autoridade. E, valendo-se desse edito consolidou em seus concílios, como o de Laodicéia(d), a oficialização da guarda dominical dentro do cristianismo.
“No século III, o Império Romano se viu dilacerado pela guerra civil, devastado pela peste, a doença, e governado por uma vertiginosa sucessão de imperadores, todos apoiados num exército cada vez mais esgotado por terríveis inimigos externos. Na fermentação das religiões orientais e das novas filosofias, esfumaram-se as antigas certezas: para muitos, foi um período de ansiedade aguda. Para a Igreja(e), ao contrário – e até certo ponto em consequência de tal situação – a era foi de crescimento e consolidação.”20
“A conversão de Constantino lançou os bispos de Roma no âmago do establishment romano. Já poderosos e influentes, eles se tornaram celebridades comparáveis aos mais prestigiados senadores da cidade. Era de se esperar que os bispos de todo mundo romano assumissem, agora, o papel de juízes, governadores, enfim, de grandes servidores do Estado.”21
Fontes:
c. Gieseler’s “Ecclesiastical History“. As moedas de Constantino tinham impressas simultaneamente a imagem de Apolo e o nome de Cristo.
e. Igreja de Roma.
1Codex Justinianus - Corpus Júris Civilis, lib. 3, tit. §12 (3).
2. Sunday. (2010). Encyclopædia Britannica. Chicago: Encyclopædia Britannica.
3. DOMVILLE, W. (1849). The Sabbath: An examination of the six texts commonly adduced from the New Testament in proof of a Christian Sabbath, Londom: Chapman and Hall, chap. VIII, p. 291.
4. Sabbath. (1873). Chambers’s Encyclopædia, vol. VIII, Philadelphia: J. B. Lippincott & Co., p. 401a.
5The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, vol. XI, p. 147b; (Art.: Sunday, sec. 3).
6. Eusebius, Life of Constantine, book III, chap. XVIII.
7. Eusebius’s Commentary on the Psalms (Psalm 92: A Psalm or Song for the Sabbath-day). Too in: Migne’s Patrologia Graeca, vol. XXIII, col. 1171-1172.
8. Tertullian, ApologeticAd Nationes, book I, chap. XIII.
9. Tertullian, ApologeticApology, chap. XVI.
10. GIBBON, E. (1776). The History of the Decline and Fall of the Roman Empire, vol. III, chap. XX, §§ 6-9.
11. Sunday. (1920). The Encyclopedia Americana Corporation, New York: Albany, p. 31a.
12Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, verbete: “Domingo“. Quoted in: CHRISTIANINI, A. B. (1981). Subtilezas do Erro, 2.ª ed., cap. 37, p. 237.
13. Talbot Wilson Chambers, The Old Testament Student, Published: The University of Chicago Press, (January, 1886), p.193-194.
14. STANLEY, A. P. (1869). Lectures on the History on the Eastern Church, 4.ª ed., London: John Murray, p. 193.
15North British Review, vol. 18, p. 409. Quoted in: CHRISTIANINI, A. B. opcit. p. 240.
16. Tertullian, Against Marcion: Elucidation II, book IV.
17. Eusebius, Life of Constantine, book IV, chap. XVIII.
18. ELLIOT, G. (1884). The Abiding Sabbath: An Argument for the Perpetual Obligation of the Lord’s Day, American Tract Society, chap. V, p. 228-229.
19. FREDERICK, WM. (1900). Three Prophetic Days: Sunday The Christian’s Sabbath, p. 169-170.
20. DUFFY, EAMON. (1998). Santos e Pecadores: História dos Papas, São Paulo: Cosac & Naify, p. 16.
21Ibidem, p. 29.

16 de outubro de 2013

COMPREENDENDO OS SETE SELOS - Apocalipse 6

Os comentadores da Bíblia com frequência equiparam a estrutura paralela dos 7 selos em Apocalipse 6 com o discurso profético de Jesus nos Evangelhos sinóticos. Beasley-Murray fala por muitos quando diz: "Nenhuma passagem no Novo Testamento está mais intimamente relacionado a este elemento [os selos] dentro do livro do Apocalipse que o discurso escatológico dos Evangelhos, Marcos 13 e as passagens paralelos (Mat. 24 e Luc. 21)".1 Colocando as duas sequências proféticas em forma paralela, elas mostram que os 7 selos apresentam as mesmas características e a mesma ordem consecutiva do o discurso do Monte das Oliveiras.

Marcos 13 (E PARALELOS)

APOCALIPSE 6
Esta comparação mostra que devemos considerar os selos consecutivos em Apocalipse 6 como a exposição ulterior de Cristo de seu discurso anterior no que tinha resumido a seus discípulos o que lhes aconteceria durante sua missão no mundo. Isto significa que os selos predizem não só os juízos do tempo do fim mas também os juízos messiânicos durante toda a época da igreja. Em Mateus 24 Jesus adotou o estilo apocalíptico de Daniel de repetição e ampliação. Duas vezes Jesus começou seu esboço com sua própria geração e depois passou rapidamente adiante na história até o fim da era da igreja, como se pode ver por Mateus 24:1-4 e 24:15-31. Jesus anunciou que as guerras que viriam, as fomes, as perseguições e a apostasia não precederiam imediatamente a sua volta:

"Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não vos assusteis; pois é necessário que primeiro aconteçam estas coisas... E cairão a fio de espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem" (Luc. 21:9, 24).
Jesus lhes advertiu especificamente contra uma expectativa iminente:
"Respondeu ele: Vede que não sejais enganados; porque muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu! E também: Chegou a hora! Não os sigais" (Luc. 21:8).

Se os selos desenvolvem em forma adicional Mateus 24, então os selos igualmente se estendem sobre os séculos do período da era cristã. Esta perspectiva histórica dos selos expressa o fluxo estrutural do livro do Apocalipse da época histórica até o juízo final.

O Significado da Era Cristã
É instrutivo refletir sobre o significado das predições de Cristo de guerras, desastres na natureza, perseguições dos santos e uma crescente apostasia da verdade, o amor e a moral. Os selos de Apocalipse 6 assinalam o significado de toda a história ao colocá-los em uma perspectiva do tempo do fim, isto é, à luz dos destinos eternos. Tanto a igreja como a história mundial recebem seu significado transcendental da soberania e os juízos de Cristo (cap. 5). Ele coloca a história do homem no contexto mais amplo do conflito espiritual entre Deus e Satanás e seus respectivos princípios de governo. O apóstolo Paulo reconheceu isto:

"Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens" (1 Cor. 4:9).

O crisol da história humana é o meio pelo qual Cristo santifica os que aceitam seu senhorio e testemunho de verdade sob as circunstâncias mais adversas. Por outro lado, demonstra sobre a terra os amargos frutos da rebelião contra ele, perdoando as vistas de seus inimigos, desde Caim para frente. Ellen White oferece esta profunda revelação:

"Satanás está constantemente em atividade, com intensa energia e sob mil disfarces para representar falsamente o caráter e governo de Deus. Com planos extensos e bem organizados, e com poder maravilhoso está ele a agir para conservar sob seus enganos os habitantes do mundo. Deus, o Ser infinito e toda sabedoria, vê o fim desde o princípio, e, ao tratar com o mal, Seus planos foram de grande alcance e compreensivos. Foi o Seu intuito não somente abater a rebelião, mas demonstrar a todo o Universo a natureza da mesma. O plano de Deus estava a desdobrar-se, mostrando tanto Sua justiça como Sua misericórdia, e amplamente reivindicando Sua sabedoria e justiça em Seu trato com o mal".2

Cada calamidade proporciona uma nova oportunidade para que o homem caído se volte para Deus. Cristo ensinou esta lição a partir dos acontecimentos de seu próprio tempo (ver Luc. 13:1-5; também João 9:2, 3).

No passado do Israel, Deus tinha enviado quatro juízos sobre seu povo do pacto, que era rebelde: guerra, praga, fome e morte (ver Lev. 26:23-26; Deut. 32:23-25, 42 ["minhas setas"]; Ezeq. 14:12-14, 21). Mas esses juízos nunca foram o juízo final de Deus. Serviram como juízos preliminares, para motivar seu povo rebelde a voltar-se para Deus (ver Osé. 5:14, 15; 6:1-3). Quanto a isto também o Antigo Testamento é um livro de lições para a igreja (1 Cor. 10:11 ).

Cristo deseja que a igreja compreenda que os juízos vindouros ainda estão limitados por sua vontade. Deus ainda está no comando mesmo que seus filhos morram como mártires. Também coloca limites ao cavaleiro amarelo sob o quarto selo (Apoc. 6:8). De igual maneira, Apocalipse 12 e 13 afirmam que o anticristo recebe não mais de 3 ½ tempos proféticos, enquanto à última rebelião é concedida apenas "uma hora" (Apoc. 17:12).

Apocalipse 5 ensina que a responsabilidade pelos juízos de Deus foi transferida a Cristo. Os selos apocalípticos, e por extensão as trombetas e as pragas, todos devem entender-se como juízos messiânicos. O Cristo entronizado é o Senhor da história, ou como Leão de Israel ou como o Cordeiro de Deus (Apoc. 5:5, 6). Isto significa que os que rechaçam o sangue do Cordeiro terão que enfrentar a "ira do Cordeiro" (Apoc. 6:16, 17). Pela fé em Cristo os homens podem confiar que a era cristã tem significado, porque leva a humanidade adiante, a seu destino glorioso.
Desenrolando o Livro da Providência
Em Apocalipse 6, os selos desenvolvem a visão da coroação de Cristo como o Cordeiro imolado que aparece no capítulo 5. O Cordeiro só abre os selos do rolo da escritura da providência. Sempre que Cristo abre um dos 4 primeiros selos, um dos 4 serafins diz "como com voz de trovão": "Vem e vê!" Em resposta aparecem 4 cavalos em forma consecutiva, cada um com uma cor diferente: branco, vermelho, preto e amarelo. Estes cavalos levam cavaleiros diferentes. São enviados à terra um depois que o outro cumpriu sua missão atribuída. Entendemos que cada cavalo se une aos prévios já enviados, de maneira que finalmente os 4 cavalos cavalgam juntos sobre a terra até o fim da era cristã.

Isto quer dizer que os primeiros 4 selos ainda não estão completos, inclusive no tempo do fim. João está em dívida com o Antigo Testamento para esta linguagem figurada de cavalaria celestial. Em suas visões, Zacarias descreve 4 cavalos com cores diferentes (Zac. 1:8-17 e 6:1-8). Isto indica que devemos considerar o significado dos 4 cavalos simbólicos do Zacarias antes de interpretar os 4 cavaleiros apocalípticos.

Em Zacarias 1 atribuiu-se aos cavaleiros o dever de inspecionar o mundo gentio com o fim de observar qualquer movimento para restaurar Jerusalém e Judá (1:10). Este relatório foi frustrante: nada estava acontecendo (v. 11). Entretanto, Deus assegura ao profeta que apesar das aparências contrárias, ele estava trabalhando por Jerusalém e Sião com grande zelo (v. 14), enquanto que ao mesmo tempo estava irado contra as nações (v. 15). O Deus do Israel voltaria para Sião, e seu templo e sua cidade seriam reconstruídos. Seriam estabelecidas paz e prosperidade permanentes (8:12).

No capítulo 6, o profeta apresenta o complemento de sua primeira visão. Esta vez vê 4 cavalos diferentes com carros de guerra [merkaba], cada um enviado pelo Deus do céu em todas as direções da terra, para levar a cabo o plano redentor de Deus para Jerusalém. O anjo que interpreta, explica que os 4 carros significam "os quatro ventos dos céus" que são enviados como ministros do Senhor para cumprir a vontade redentora de Deus em todo mundo hostil (Zac. 6:5; cf. Sal. 104:3, 4; Jer. 49:36; Isa. 66:15).

A "terra do norte", ou Babilónia, é escolhida como um lugar exemplar onde o Deus de Israel deseja governar e estabelecer seu descanso (Zac. 6:8). Isto significa que os 4 carros de guerra da visão foram enviados ao mundo com uma missão dupla: (1) submeter todos os poderes políticos do mundo à vontade do Deus de Israel (ver Ag. 2:7-10, 20-23); (2) reunir a todos os crentes israelitas e gentios em Jerusalém e no monte Sião (Zac. 8:8, 20-23). O propósito fundamental é a realização do plano de redenção de Deus e a restauração da verdadeira adoração (vs. 22, 23).

No Apocalipse, Cristo envia seus cavaleiros apocalípticos à terra, desta vez com uma missão do novo pacto (Apoc. 6:2-8): para conquistar os corações humanos a Cristo com o arco e as flechas do evangelho, e para levar a humanidade à reflexão por meio de alguns juízos limitados como antecipações do castigo final de Deus por sua rebelião contra Cristo.

O Primeiro Selo
"Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer" (Apoc. 6:2).

O cavalo branco leva um cavaleiro com um arco e uma coroa de vencedor, saindo como "vencendo e para vencer". Alguns expositores modernos interpretam este cavaleiro apocalíptico como símbolo da avidez do homem para conseguir poder e domínio mundial. O argumento é que os 4 cavaleiros de Apocalipse 6 iniciam juízos, de modo que parece "inapropriado ao contexto" ver aqui a conquista de Cristo por meio do evangelho. Os cavalos se usavam para liberar a guerra. Entretanto, cada símbolo deve receber seu significado de seu próprio contexto e nele podemos descobrir a natureza dessa guerra.

Os selos desenvolvem mais amplamente a visão do trono de Apocalipse 5, onde Cristo é descrito como o Senhor ressuscitado, simbolizado pelo Leão que tinha triunfado (Apoc. 5:5). Estabeleceu sua vitória por sua morte na cruz, simbolizado pelo Cordeiro imolado (V. 6). Depois enviou os discípulos, dando-lhes autoridade, para ir a todas as nações e fazer discípulos (Mat. 28:19). Deu-lhes o poder do Espírito Santo para conquistar para ele, até os fins da terra (At. 1:8), assim como conquistou a seu "inimigo" Saulo perto da porta de Damasco (cap. 9). Continua conquistando através do poder do evangelho e a "espada de dois fios" de sua Palavra (Heb. 4:12), com o fim de ganhar para seu reino os corações sinceros de homens e mulheres até o fim do tempo de prova.

Além disso, a estrutura quiástica do Apocalipse coloca a Cristo como o Guerreiro em Apocalipse 19:11-16, como a contraparte significativa e como a consumação do tempo do fim de Apocalipse 6:2. As profecias messiânicas do Antigo Testamento representavam ao Rei davídico como conquistando com arco e flechas (ver Sal. 45:4, 5; Deut. 32:23; Hab. 3:8-11; Sal. 7:12; 21:12). Cristo anunciou que veio trazer a "espada" para todos os que rechaçam sua paz (Mat. 10:34; Luc. 12:51-53). Portanto podemos interpretar o cavalo branco do primeiro selo como o cavalo do evangelho que oferece a todos os homens a justiça perfeita de Cristo. Este cavaleiro evangélico ainda conquista homens e mulheres ao redor do globo (1 João 5:4, 5). A última confissão de fé de Paulo ilustra o poder do cavaleiro do cavalo branco: " Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé" (2 Tim. 4:7).

O Segundo Selo
"Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo: Vem! E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada" (Apoc. 6:3, 4).

Os três seguintes cavaleiros apocalípticos têm autoridade para trazer consigo juízos severos sobre a terra. Não devemos considerar estas incursões que produzem morte, fome e praga como os resultados das guerras seculares. Durante séculos houve paz no Império Romano, a "pax romana", desde Arménia até Espanha.

O cavalo vermelho representa o espírito de oposição ao cavaleiro do evangelho, ou guerra contra o povo de Cristo. Jesus tinha advertido que o testemunho de seus seguidores causaria uma oposição encarniçada: "Não pensem que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, senão espada" (Mat. 10:34; ver a conexão com os vs. 32 e 33 e Luc. 12:51-53). Isto foi o que experimentou a igreja apostólica, como pode ver-se nas cartas de Cristo às igrejas em Esmirna e Pérgamo (Apoc. 2:10, 13). Por outro lado, só Cristo traz a paz do coração: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo" (João 14:27); "E a paz de Deus, que ultrapassa todo entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus" (Filip. 4:7).

Os césares romanos não toleravam nenhum pensamento de Cristo como o supremo Rei e Senhor. Tentaram erradicar todas as testemunhas públicas cristãs até o tempo da conversão do Constantino no século IV. A interpretação de que o cavalo vermelho significa a perseguição religiosa-política por causa de Cristo fica confirmado pela carta de Cristo à igreja da Esmirna (Apoc. 2:8-11 ) e o clamor dos mártires degolados sob o quinto selo (6:9).

Em qualquer lugar que se rechaça o Príncipe da paz, os resultados são luta e violência, não só dentro da igreja mas também na sociedade. O derramamento de sangue nos selos se cumpre em dois níveis: primeiro, dentro da igreja de Cristo e segundo, contra a igreja ao executar os seguidores de Cristo durante toda a época da igreja.

O Terceiro Selo
"Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão. E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho" (Apoc. 6:5, 6).

A cor "preta" do terceiro cavalo apocalíptico é o contrário exato do primeiro cavalo. Isto sugere que agora se rechaça ou se desconhece a justiça de Cristo. Uma situação assim resulta em fome espiritual, o que nos