22 de abril de 2014

COMPREENDENDO OS "1.260 DIAS" EM APOCALIPSE 11-13

João usa 3 símbolos de tempo ("dias", "meses", "tempos" ) em Apocalipse 11-13 para designar o período quando seria pisada a cidade santa, o tempo das duas testemunhas, da mulher no deserto, e do domínio da besta. Usa a frase "42 meses", "1.260 dias" e "um tempo, e tempos e metade de um tempo", como termos sinónimos que servem como elos vitais entre Apocalipse 11, 12 e 13. É útil fazer uma comparação de dois versículos paralelos de Apocalipse 12:
Apocalipse 12:6 e 14 descrevem ao que parece a mesma mulher e o mesmo tempo de perseguição, com símbolos ligeiramente diferentes. Estas diferenças estilísticas são significativas, porque proporcionam a oportunidade de combinar uma gama mais ampla de modelos do Antigo Testamento, o que não só

11 de abril de 2014

UM GRANDE PODER PERSEGUIDOR

Documentamos de forma irrefutável o tema anterior; no que diz respeito ao título VICARIUS FILII DEI. Pensamos não ser mais material para provar o próprio reconhecimento da Igreja Católica Romana sobre este título. Este título está associado ao poder religioso e temporal detido por esta instituição religiosa e está nos mais antigos documentos .
1.         Qual é o primeiro símbolo da apostasia?
Rª: “E eu pus-me sobre a areia do mar (povos, Apoc. 17:1,2,8, cf. 7:2), e vi subir do mar uma besta (poder) que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfémia.” Apoc. 13:1.
Nota explicativa: “um nome de blasfémia”, blasfémia, que significa “injuria”, “calunia”, ou quando se dirige contra os homens e palavras ímpias, quando se dirige contra Deus. Sem dúvida aqui predomina o último sentido. O homem ou os homens surgem como se tivessem escrito sobre a cabeça. Representam inquestionavelmente os títulos blasfemos usurpados pela besta (ver Dan. 7:25).
2.         Como é essa cabeça mais amplamente descrita?
Rª: “E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão. E o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.” Apoc. 13:2.
Nota explicativa: “leopardo… urso…leão. Uma evidente alusão ao simbolismo de Daniel 7. Daniel viu
VICARIUS FILII DEI
três bestas: a primeira era semelhante a um leão; a segunda, a um urso; a terceira, a um leopardo. A besta que João viu tinha características físicas tomadas das três, o que indica, sem dúvida alguma, que o poder representado pela besta do Apocalipse possui características evidentes aos impérios de Babilónia, Pérsia e Grécia. Estudiosos concordam que João alude a estes poderes na ordem inversa na ordem inversa da história, ou olhando a retrospectivamente.
“O dragão deu-lhe poder o seu poder.” O dragão representa em primeiro lugar Satanás, e num sentido secundário, o Império Romano (ver 12:3). O poder que sucedeu ao Império Romano, que recebeu do dragão o “seu poder, e a seu trono, e grande autoridade” foi, claramente, Roma papal. “Das ruínas da Roma política levantou-se o grande império moral na “forma gigantesca” a Igreja de Roma (A. C. Flick, The Rise of the Mediaeval Church – 1900 -, p. 150). Esta identificação é confirmada pelos restantes versículos deste capítulo.
Aliás, é facto histórico que com os últimos imperadores romanos, a partir de Constantino, a religião do governo romano mudou de pagã para papal; que quando Constantino transferiu a sede do seu império de Roma para Constantinopla em 330 A.D., a cidade de Roma foi cedida ao bispo de Roma, que, de Constantino e seguintes imperadores, recebeu ricos presentes e grande autoridade; que após a queda de Roma, em 476 A.D., o bispo de Roma tornou-se o poder mais influente na Roma Ocidental, e por decreto de Justiniano, de 15 de Março de 533, foi declarado “cabeça de todas as santas igrejas,” e numa carta do mesmo ano foi chamado “corretor dos hereges.” Assim Roma pagã tornou-se Roma papal; a sede de Roma pagã tornou-se sede de Roma papal. Como disse o Dr. H.Grattan Guinness, no livro “O Romanismo e a Reforma (em Inglês), p. 152. “o poder dos Césares ressurgiu do domínio universal dos papas.”
3.         Como são descritos o carácter, a obra, período de supremacia e grande poder da besta?
Rª: “E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfémias: deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfémias contra Deus, para blasfemar do Seu nome, e do Seu tabernáculo, e dos que habitam no Céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.” Apoc. 13:5-7.
Nota explicativa: Todas estas especificações são satisfeitas plena e exactamente pelo papado, e identificam a besta aqui descrita com encarnando o mesmo poder representado pela fase da ponta pequena do quarto animal de Daniel 7, e a ponta pequena de Daniel 8, nos seus aspectos principais e essenciais, assim como na obra. Ver Dan. 7:25; 8:11,12, 24 e 25.
Salientemos, a nosso ver, o ponto fundamental deste verso “tabernáculo”. Este poder blasfema do Seu nome, e do seu “tabernáculo”, este é o segundo alvo das suas blasfémias. Este poder pretende estabelecer o seu tempo na terra, desviando assim a atenção do povo do verdadeiro santuário no céu, o “verdadeiro tabernáculo”, onde Jesus ministra como sumo sacerdote (Heb. 8:1-2); procura lançar por terra a obra deste santuário (ver Dan. 8:11-13). O ministério celestial de intercessão de Cristo não se tem em conta e em seu lugar coloca-se o sacrifício da missa na terra.
4.         Que devia ser infligido a uma das cabeças da besta?
Rª: “E vi uma das suas cabeças como ferida de morte; e a sua chaga mortal foi curada; toda a Terra se maravilhou após a besta.” Apoc. 13:3.
Nota explicativa: essa ferida foi infligida à cabeça papal quando os franceses, em 1798, entraram em Roma e levaram prisioneiro o papa, parecendo, por algum tempo, haver sido abolido o papado. De novo em 1870 foi tomado ao papado o domínio temporal, e o papa passou a considerar-se prisioneiro do Vaticano. Em 1929 a situação alterou-se com o encontro entre o Cardeal Gasparri e o Primeiro-ministro Mussolini, no histórico palácio de S. João Latrão, a fim de terminar uma longa pendência: voltou ao papado o poder temporal, para, na linguagem do The Catholic Advocate, da Austrália (18 de Abril de 1929, p. 16) “curar-se uma ferida de 59 anos.”
A primeira página do San Francisco Chroniccle de 12 de Fevereiro de 1929, trouxe a gravuras do Cardeal Gasparri e Mussolini, que assinaram a concordata, e a legenda: “Curam a ferida de muitos anos.”
5.         Que se diz do cativeiro e queda do papa?
“Se alguém levar em cativeiro, em cativeiro irá: se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto.” Apoc. 13:10. Ver Sal. 18:25, 26; 109:17; Jer. 50:29; Apoc. 16:4-6.
Nota explicativa: “levar em cativeiro,”. A evidência textual revela uma omissão da expressão “levar”,”o que vai para o cárcere, ao cárcere há-de ir”. A ideia pode ser considerada como semelhante à que expressa Jeremias em 15:3 “os que para a morte, para a morte…” O texto assegura aos perseguidos filhos de Deus que os que os perseguem e os condenam ao desterro e à morte sofrerão também a mesma sorte. Um

DUPLA CEIFA DA TERRA - APOCALIPSE 14:14-20

"Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante ao filho do homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada. Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para aquele que se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu! E aquele que estava sentado sobre a nuvem passou a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada." (Apoc. 14:14-16).

Esta representação simbólica da segunda vinda de Cristo como Rei e Juiz da terra une duas cenas separadas dos juízos de Deus no Antigo Testamento. As frases, "nuvem branca" sobre a qual está sentado "um semelhante ao Filho do Homem", são frases adoptadas da cena do juízo mencionado em Daniel 7.

O chamado para segar a terra com uma "foice aguda" está tomada diretamente da cena do juízo de Joel 3. A ordem que dá o anjo, "toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu!" (Apoc. 14:15), é uma expansão deliberada de Joel 3:13.

A fusão das profecias anteriores de juízo demonstra que João considerava estas predições hebraicas como complementares uma da outra. Com engenho criador em Apocalipse 14, João estrutura o conceito do juízo em torno de Cristo como Juiz de toda a humanidade, que é uma reinterpretação cristocêntrica do juízo que primeiro foi introduzido por Jesus:
"Então, verão o Filho do Homem vir nas nuvens, com grande poder e glória. E ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, da extremidade da terra até à extremidade do céu" (Mar. 13:26, 27; cf. Mat. 24:30, 31).

Durante a audiência no tribunal diante do sumo-sacerdote Caifás, Jesus declarou sob juramento que ele era na verdade o Messias e por conseguinte o Juiz final: "Desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu" (Mat. 26:64). O que Jesus predisse está descrito visualmente em Apocalipse 14:14. A frase " como o Filho de homem" (BJ) não é tirada dos Evangelhos, e sim diretamente de Daniel 7:13, o que indica claramente que a visão do juízo de Daniel 7 é o antecedente imediato de Apocalipse 14:14. É um descobrimento de um significado fundamental entender que Daniel 7 e Apocalipse 14 se relacionam entre si como verdade profética e verdade presente! O assunto essencial nesta revelação progressiva é o cumprimento cristológico da profecia messiânica de Daniel (Dan. 7:13, 14; Apoc. 14:14; também 1:7, 13).

Esta declaração de Jesus foi uma afirmação chocante para o sumo-sacerdote (Mat. 26:64) e inclusive para os próprios apóstolos de Jesus (24:30, 31). A visão do juízo de João em Apocalipse 14 confirma a nova revelação de Jesus como uma verdade sempre presente para a igreja de todos os tempos.

A sequência de Daniel dos acontecimentos históricos no capítulo 7 também se repete em Apocalipse 13 e 14: perseguição, juízo, reino messiânico. Assim como o reino de Deus incluía o seu direito a julgar a todos os homens, assim também o reino de Cristo (a "coroa de ouro" real) está unida com o juízo final (a "foice aguda"). João Batista descreveu a vinda do Messias de Israel como uma colheita que separa o trigo da palha:
"Na sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará" (Mat. 3:12).

Esta linguagem figurada indica que o juízo messiânico proporciona redenção aos santos. Serão reunidos como o trigo no celeiro eterno de Deus. J. M. Ford explica a colheita de Apocalipse 14 de acordo com isto: "Portanto, esta colheita [a de Apoc. 14:14-16] é uma colheita de proteção em lugar de destruição e por conseguinte, segue naturalmente depois da exortação dos santos (vs. 12, 13)".1

Apocalipse 14 começou com os 144.000 companheiros do Cordeiro como as "primícias" para Deus (Apoc, 14:4). O capítulo conclui com uma visão da colheita total da humanidade. O anjo indica que "a seara da terra já amadureceu" (v. 15). Uma questão muito importante é: O que foi que causou a maturação mundial de maneira que toda a terra está pronta para a colheita? A resposta pode encontrar-se na proclamação eficaz da tríplice mensagem, habilitado pelo Espírito Santo que iluminará toda a terra, tal como se descreve em Apocalipse 18:1-5. Uma pregação universal do evangelho assim, como a voz de Elias, converterá toda a terra num "Monte Carmelo", num "vale de Josafá" ou "vale da decisão" (Joel 3:12, 15).

Na parábola do joio (Mat. 13:36-43), Jesus ampliou o campo até lhe dar uma extensão universal:
"O campo é o mundo, a boa semente são os filhos do Reino, e o joio são os filhos do Maligno. O inimigo que o semeou é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos" (vs. 38, 39).

Depois Jesus enfatizou a separação final entre os ímpios e os justos com respeito a seu destino eterno:

2 de abril de 2014

Lealdade a Deus no Conflito Cósmico

Existe um grande conflito envolvendo o povo de Deus no tempo do fim. Enquanto Daniel  não dá mais detalhes sobre este conflito, o livro de Apocalipse dá. Examinaremos a seguir como ocorrerá este conflito descrito no livro de Apocalipse.

1.      Quais conflitos são encontrados no livro de Daniel?
Rª 1: “E o arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós, ó povos, nações e línguas: quando ouvirdes o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, gaita de foles, e de toda a espécie de música, prostrar-vos-eis, e adorareis a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor tem levantado. E qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro da fornalha de fogo ardente.” Daniel 3:4-6
Rª 2: “Todos os presidentes do reino, os capitães e príncipes, conselheiros e governadores, concordaram em promulgar um edito real e confirmar a proibição que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões.” Daniel 6:7
Nota: Em Daniel 3, vemos uma tentativa de forçar o povo a falsa adoração e desobediência ao mandamento de Deus que proíbe se prostrar para imagens, enquanto em Daniel 6, havia uma ordem que proibia a adoração genuína. A Daniel não foi permitido nem orar ao seu Deus. Na crise que virá ao povo de Deus no tempo do fim, primeiro as autoridades tentarão induzir o povo de Deus a fazer falsa adoração, quando isto falhar, estas proibirão a verdadeira adoração a Deus. Os conflitos no livro de Daniel se repetirão no tempo do fim. O livro de Apocalipse contém os detalhes.

2.      Descreva a besta em Apocalipse 13.
Rª: “E EU pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfémia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.” Apocalipse 13:1-2
Nota: Apocalipse 13:1-10 primeiramente descreve o sistema papal que operou durante a época escura. As bestas mencionadas aqui são as mesmas bestas do capítulo 7 de Daniel.

3.      O que aconteceu ao papado no fim da época escura?
Rª: “E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta.” Apocalipse 13:3
Nota: Em 1798, Berthier, o general francês de Napoleão, levou o papa prisioneiro, infligindo assim, uma ferida mortal na besta.  Depois, o papado renasceu e o mundo inteiro o seguiria. O Apocalipse dá detalhes sobre isso, entretanto, afirma que este poder não ficaria sozinho e que outro poder se uniria com ele, forçando a adoração a primeira besta, o papado.

4.      De onde surgiu a primeira besta que João viu? E o que significa de onde surgiu?
Rª 1: “E EU pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfémia.” Apocalipse 13:1
Rª 2: “E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas.” Apocalipse 17:15
Nota: A primeira besta surgiu do mar. O mar representa multidões de pessoas.

5.      De onde surgiu a segunda besta que João viu? Que poder esta besta exerce e o que ela vai causar ao povo?
Rª: “E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada.” Apocalipse 13:11, 12
Nota: A segunda besta surgiu da terra e representa a população espalhada nas áreas da terra.
Um cordeiro é o símbolo de inocência e liberdade. No início, esta segunda besta pareceria inocente, uma