4 de julho de 2015

Secas e fome por todo o mundo: cenário preocupante


Interestelar: a realidade imita a ficção
No filme de ficção científica Interestelar, a humanidade precisa buscar uma solução para a falta de alimento e o empobrecimento do solo. Como aqui na Terra os recursos estavam escassos, o jeito foi se voltar para o espaço em busca de novos planetas que pudessem abrigar seres humanos, salvando assim a espécie da extinção. É mais uma daquelas produções hollywoodianas em que a salvação está nas mãos do ser humano – na ciência, na inteligência, na tecnologia. Deus é um personagem ausente. Somos criaturas de um planeta insignificante lutando para não desaparecer. Ocorre que nosso mundo parece se aproximar gradualmente dos cenários apocalípticos apresentados em certos filmes, só que ainda não temos tecnologia nem recursos capazes de nos levar a outros planetas. Temos apenas este globo, e ele parece “gemer” cada vez mais alto, com dores com as de parto (conforme a metáfora usada por Paulo em Romanos 8:22). A situação é mesmo crítica, e você poderá conferir isso nas informações abaixo, coletadas do MSN Notícias. Em tempos de crise, decisões urgentes devem ser tomadas, doam a quem doer, custem o que custar. Mudanças radicais podem ocorrer em curto espaço de tempo. E a paz relativa de que desfrutamos pode ter fim da noite para o dia. [MB]

Com o oeste dos EUA entrando no quarto ano consecutivo de seca, os moradores da Califórnia foram obrigados a reduzir o consumo de água em 25%. No Brasil, o Sudeste entra em mais um período de estiagem. Outras partes do mundo apresentam secas devastadoras. O Brasil está enfrentando sua pior seca em 80 anos, justamente no ano em que a economia do país deve apresentar taxa de crescimento zero. Pior ainda, o governo federal informou que, como 75% do fornecimento de energia do Brasil é proveniente de barragens hidroelétricas, é possível que ocorram apagões em consequência da seca. A grave seca (a pior no país desde 1930) atinge os três estados mais populosos do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

outback australiano e as regiões à sua volta constituem uma área vasta, árida e semiárida que está perpetuamente à beira, ou no meio, de uma seca. Os fazendeiros estão sempre explorando diferentes maneiras de manter o gado hidratado, as colheitas irrigadas e a si mesmos vivos por meio de barragens, tanques de armazenamento e poços artesianos.

Represa Atibainha, Nazaré Paulista
Uma reportagem com o título “País sedento: mudanças climáticas e seca na Austrália”, realizada pela equipe de pesquisa do Climate Council, uma organização sem fins lucrativos australiana criada para fornecer fatos claros e simples sobre mudanças no clima, afirma que as secas se tornarão mais frequentes e severas devido às mudanças climáticas. A organização (patrocinada por financiamento coletivo) afirma que desde meados da década de 90 os índices pluviométricos caíram de 15% a 20% no sudeste da Austrália, e que, devido ao aumento das temperaturas, as chuvas que ocorrem no sul do país “migraram” mais para o sul, aumentando o risco de seca no sudeste e no sudoeste.

Segundo o Australian Bureau of Meteorology (agência do governo da Austrália responsável por fornecer serviços meteorológicos), a Austrália registrou o segundo mês de fevereiro mais quente desde quando os dados começaram a ser registrados em 1910, com temperaturas máximas nacionais 2,35 graus acima da média.

Represa de Moushan, China
Em março de 2015, a represa de Moushan, na cidade de Anqiu, localizada na província de Shandong a leste da China, tinha apenas 220.000 metros cúbicos de água. Um total de 157 rios ficaram sem água e 274 represas secaram em consequência da seca. Aproximadamente 169.300 hectares de colheitas foram afetados. Segundo a agência Xinhua News, a precipitação artificial realizada em abril de 2015 resultou em três dias de chuva, um alívio para as áreas castigadas pela seca na província de Shandong.

A seca que castiga algumas regiões do oeste dos EUA entra no quarto ano. Atualmente, o lago Powell, uma das duas maiores represas da bacia do rio Colorado, está com 45% de sua capacidade e até setembro corre o risco de ver a elevação da superfície cair abaixo de 328 metros acima do nível do mar, o que seria o nível mais baixo já registrado. A bacia do rio Colorado fornece água para 40 milhões de pessoas em sete estados do oeste americano.

A média das temperaturas 10 graus acima do normal quase todos os dias e o baixo volume de chuvas impedem que a Califórnia acabe com a seca na região. Escolas, universidades, campos de golfe, instalações industriais e recreativas, e residências foram os principais alvos do decreto emitido pelo governador da Califórnia, Jerry Brown, obrigando a redução de 25% no consumo de água. Em resposta à seca, alguns moradores da Califórnia estão removendo suas piscinas.

No Irã, o lago Úrmia diminui cada vez mais, o que representa risco de tempestades de sal e futuros problemas para a saúde das pessoas e para o meio ambiente. O lago Úrmia já foi um dos maiores lagos salgados do mundo, mas perdeu 90% de seu volume na última década e agora simboliza a gravidade da crise de água no Irã

Décadas de uso excessivo, mau gerenciamento da água e seca em escala nacional tornaram os recursos hídricos um importante problema de segurança no governo do presidente Hassan Rouhani, que prometeu recuperar o lago Úrmia em 10 anos, com o orçamento de US$ 5 bilhões

Lichtenburg, África do Sul
A África do Sul, o maior produtor de milho do continente, está sofrendo sua pior seca desde 1992. O governo prevê uma queda de 32% na colheita de 2015.

Segundo a Reuters, neste ano a Tailândia enfrentará a pior seca da década e isso afetará as colheitas. A Tailândia é um dos principais exportadores de arroz do mundo. A Tailândia pretende cortar a produção para reduzir o volume excedente destinado ao mercado local e aumentar os preços, complementando a determinação do governo de vender os estoques que enchem os armazéns no país inteiro.

A ilha de Taiwan iniciou um programa de racionamento de água em algumas de suas principais cidades como medida para combater a pior seca em mais de uma década. Para piorar, essa seca ocorreu após o período de menor índice pluviométrico em quase 70 anos.

Nota: O principal assessor econômico do primeiro-ministro australiano Tony Abbott afirmou em um artigo publicado na sexta-feira passada que a ONU usa os dados sobre as mudanças climáticas para consolidar seu poder em nível internacional. “A mudança climática é a isca” para obter o verdadeiro objetivo da ONU, que é “concentrar a autoridade política”, declarou Maurice Newman, presidente do conselho consultivo do primeiro-ministro, em um artigo publicado no jornal The Australian. “É um segredo bem guardado, mas que foi descoberto, depois de quase duas décadas de estagnação da temperatura, que 95% dos modelos climáticos que demonstram a relação entre as emissões humanas de CO2 e a mudança climática estão errados”, escreveu ele, sem fornecer mais detalhes. “Isto não tem nada a ver com fatos ou lógica. Trata-se de impor uma nova ordem mundial sob o controle das Nações Unidas. É contrário ao capitalismo e à liberdade e fez do catastrofismo ambiental um tema para chegar ao seu objetivo”, diz ele. 

Na verdade, a ONU não é a única organização se valendo da bandeira ecológica para levar avante seus interesses. O Vaticano também tem seus objetivos, entre os quais estabelecer o domingo como dia de repouso, uma de suas pretensões históricas.

Não são poucos os que questionam o aquecimento antropogenicamente causado (culpa humana). Mas se estamos vendo alterações climáticas e consequente agravamento de crises como a da água, em todo o planeta, quem seria o culpado por tudo isso? Leia esta citação e acredite se quiser:

“Satanás também opera por meio dos elementos a fim de recolher sua colheita de pessoas desprevenidas. Estudou os segredos dos laboratórios da natureza, e emprega todo o seu poder para dirigir os elementos tanto quanto o permite Deus. [...] Nos acidentes e calamidades no mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos, em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo o seu poder. [...] Essas visitações devem se tornar mais e mais frequentes e desastrosas. [...] E então o grande enganador persuadirá as pessoas de que os que servem a Deus estão motivando esses males. [...] Será declarado que os homens estão ofendendo a Deus pela violação do descanso dominical; que esse pecado acarretou calamidades que não cessarão antes que a observância do domingo seja estritamente imposta” (Ellen White, O Grande Conflito, p. 589, 590; grifos meus).

O livro do Apocalipse (7:1) afirma que anjos estão retendo os “ventos” finais (guerras, crises), mas que eles não farão isso por muito mais tempo. À medida que o poder refreador de Deus é retirado de um planeta que vem rejeitando a misericórdia divina, Satanás amplia seu poder homicida e causa todo tipo de desgraça. Os servos de Deus (Ap 12:17) terão dificuldades, mas serão protegidos nesse “vale da sombra da morte”. Qual será a sua escolha? Com que grupo de pessoas você deseja estar? Com aqueles que ainda acreditam que a humanidade vai encontrar uma saída (opção hollywoodiana) ou com aqueles que creem que a volta de Jesus é a única solução para este mundo que agoniza (opção bíblica)? [MB]

27 de junho de 2015

PROFECIAS SOBRE O APOCALIPSE - É HORA DE CONHECER O FUTURO


As palavras iniciais do Apocalipse deixa bem evidente a fonte original de sua procedência. Posto que o título do livro seja – Revelação de Jesus Cristo – seu verdadeiro autor é Deus, a Eterna Fonte de toda sabedoria e verdade. Aqueles que prezam o Apocalipse e o estudam detidamente, ficam em estase ante a infinita sapiência que condensou em sublimes símbolos a história das nações, das grandes religiões e da igreja de Cristo na era cristã.
Que ironia! O último livro da Bíblia começa com as palavras "Revelação de Jesus Cristo que Deus lhe deu para mostrar  ..." (Apocalipse 1:1). Entretanto, para muitos leitores da Bíblia, este livro é mais um livro de mistério e confusão do que revelação e esclarecimento. É iminente o Armagedom? Estão as novas políticas econômicas introduzindo a marca da besta? O que são os 1000 anos do capítulo 20? As questões continuam enquanto as respostas dos homens -muitos deles mal orientados- se multiplicam.
Autores sensacionalistas vendem milhões de livros ligando estas imagens bíblicas com as manchetes do dia. Igrejas atraem multidões atualizando a Bíblia -especialmente seu livro final- como uma mensagem específica para os tempos modernos. Uma grande variedade de seitas emergem nos tempos modernos por causa dos homens que declaram que as profecias apocalípticas estão sendo cumpridas agora.
O que o estudante honesto da Bíblia deveria fazer com este livro no fim da Bíblia? Deveríamos nos retrair com medo dos cumprimentos assustadores nos noticiários da noite? Deveríamos orgulhosamente cantar vitória sobre as forças do mal cada vez que uma nação ou líder ímpio cai do poder? Deveríamos fechar nossas Bíblias em perplexidade e confusão, concluindo que este livro esconde mais do que revela?

APOCALIPSE 01 - Contagem Regressiva




APOCALIPSE 02 - As Sete Igrejas



APOCALIPSE 03 - O Trono de Deus

APOCALIPSE 03 - O Trono de Deus

APOCALIPSE 04 - Os sete selos



APOCALIPSE 05 - Os 144 mil selados



APOCALIPSE 06 - As sete trombetas



APOCALIPSE 07 - João e o livrinho



APOCALIPSE 08 - Duas Testemunhas de luto



APOCALIPSE 09 - A mulher e o dragão



1 de junho de 2015

Cristo Como Nosso Juiz Divino

Nenhum livro no novo Testamento enfatiza a glória e a soberania do Cristo ressuscitado como o Apocalipse faz. A visão inaugural de João (1:12-20) apresenta a Cristo como o Messias celestial ao designá-lo como "um semelhante ao Filho do Homem" (1:13), uma expressão apocalíptica adotada da visão do Daniel do Juiz-Rei messiânico (Dan. 7:13, 14). O Messias glorificado não só é o doador da revelação, mas também é seu tema central (Apoc. 1:7). Como o mediador exclusivo de nossa salvação, pode dizer com verdade: "Eu sou... o que vivo, e estive morto; mais eis aqui que vivo pelos séculos dos séculos" (vs. 17, 18).
Tem em sua mão direita as "sete estrelas", que são os "anjos das sete igrejas" (Apoc. 1:16, 20). Como Cabeça da igreja, "esquadrinha a mente e o coração" em cada etapa da história da igreja. Ele "recompensará" a todos os crentes conforme as suas obras (2:23; 22:12). A ele foi entregue o juízo messiânico de todos os habitantes do mundo (1:7; 14:14-20; 19:11-21). Ele é o guerreiro divino que vindicará a seu povo remanescente fiel. Como Rei de reis e Senhor de senhores, esmagará a todos os poderes anticristãos no fim do tempo (12:5; 17:14; 19:11-16).

Os títulos distintivos e as prerrogativas divinas que no Antigo Testamento estavam reservados só para Deus, agora no Apocalipse se aplicam a Cristo. Descreve o Cristo glorificado em Apocalipse 1:14 e 15 com característicos tirados da aparição de Deus em Daniel 7:9. Assim como Daniel apresenta em suas visões o Ancião de dias, assim também Cristo tem sua cabeça e seus cabelos "brancos... como a neve" e seus olhos como chama de fogo (Dan. 7:9; 10:6; Apoc. 1:14). Assim como os olhos de Yahveh, que no Antigo Testamento percorrem toda a terra (Zac. 4:10), assim os "sete olhos" de Cristo ou o séptuple Espírito se envia "por toda a terra" (Apoc. 5:6). Como Deus esquadrinha a mente e prova o coração de seu povo do pacto (Jer. 17:10; Sal. 7:9), assim agora Cristo examina e avalia a sua igreja (Apoc. 2:23). Enquanto se diz o que os vestidos do Yahveh estão salpicados com o sangue de seus inimigos declarados (Isa. 63:1, 2), esta mesma descrição se aplica à vinda de Cristo como Rei-Juiz em Apocalipse 19:13. Como Moisés chamou o Deus de Israel "Senhor de senhores" (Deut. 10:7), isto agora se aplica a Cristo (Apoc. 17:14; 19:16).

Em síntese, o Apocalipse transforma de uma maneira consistente a teofania ou aparição do Yahveh do Antigo Testamento em uma cristofania ou sublime aparição de Cristo. O Senhor Jesus ressuscitado assumiu a autoridade e o poder executivo do Todo-poderoso (Apoc. 19:15, 16; 22:1; cf. Mat. 28:18). Ele é um com o Pai e o executor da vontade do Pai. O Apocalipse descreve a Cristo com mais de 30 alusões à visão do juízo de Daniel 7. Esta visão central de Daniel se desempenha como a fonte imediata da descrição da missão final de Cristo como "um como um filho de homem" (Dan. 7:13, 14) em Apocalipse 14:14-16. Dessa maneira expressa João em uma linguagem pictórica o cumprimento messiânico do dia do juízo de Deus. Apocalipse 14 confirma o que Cristo tinha declarado antes aos dirigentes judeus em Jerusalém:

"E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo...  E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do Homem" (João 5:22, 27).

Cristo, o Único Sumo Sacerdote a pleitear a Causa do homem.

João contempla a seu exaltado Senhor estando entre os sete castiçais celestiais, "vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro" (Apoc. 1:13). Esta veste comprida sugere seu papel atual como nosso Mediador (ver Êxo. 28:4, 5; 39:5). A faixa ou o cinto "de ouro" ao redor de seu peito é também parte da visão do Daniel de um mensageiro messiânico que lhe fez entender a mensagem de Deus (Dan. 10:5, 6).

A descrição apocalíptica de Cristo em Apocalipse 1 ensina a igreja que seu Senhor agora está cumprindo em realidade o que tinha prefigurado o sacerdócio de Israel. O Cristo vivente ouve nossas confissões e perdoa nossos pecados com segurança absoluta. Cristo substituiu todos os sacerdócios terrestres ao estabelecer a validez de seu presente sacerdócio (ver Heb. 10:9).

Portanto, Cristo é até maior que Melquisedeque, o rei-sacerdote, a quem Abraão lhe deu o dízimo de tudo (7:1-10). O sacerdócio de Cristo é eficaz, devido a seu "poder de uma vida indestrutível" confirmado por um solene juramento de Deus (7:16-21; Sal. 110:4). E devido a este juramento divino, "Jesus é feito fiador de um melhor pacto" (Heb. 7:22). O Cristo ressuscitado agora "pode também salvar perpetuamente aos que por ele se aproximam de Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (V. 25). Esta mensagem apostólica de consolação está confirmada dramaticamente pela visão inaugural de João em Apocalipse 1. Aqui Cristo começa a falar com sua igreja em termos mais específicos por meio das sete cartas que dita a João (ver Apoc. 2 e 3).

Não é João, e sim Cristo, que fala do céu para animar e admoestar as sete igrejas começando com Éfeso, e através delas a todas suas igrejas onde quer estejam em qualquer tempo. Obviamente Cristo considera sete igrejas específicas ao fim do primeiro século como representativas de sete estados ou condições da igreja que existem em sua igreja que se estende até o fim. Em outras palavras, Cristo considera estas sete comunidades originais eclesiásticas como protótipos do futuro desenvolvimento da igreja em todo mundo. Nas sete cartas de Apocalipse 2 e 3, Cristo fala hoje com as igrejas cristãs. O fato de que Cristo termina cada carta com a mesma súplica, é importante: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" (2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22).

Esta sétupla súplica a todas as igrejas prova que Cristo inclui a cada igreja. Desta forma, Cristo até pastoreia a seus seguidores. Sua preocupação é salvar e santificar a suas congregações pecadoras. Ele não rechaça imediatamente a nenhuma delas, mas sim lhes dá tempo para corrigir seus caminhos, doutrinas e sacramentos. Cristo conhece perfeitamente o coração e a mente de cada um (At. 1:24; 15:8; Mar. 2:8; João 21:17). Revela a seus servos que a única maneira como podem estar seguros, acha-se em permanecer unidos a ele por meio da fé. Podem ser a luz do mundo unicamente ao refletir sua luz e a pureza de sua verdade. A segurança do Senhor ressuscitado é que seu povo estará preparado para sua vinda e que iluminarão toda a terra com a luz de seu poder pentecostal (ver Apoc. 18:1).


Hans K. LaRondelle

20 de maio de 2015

7 O fim do mal – Apocalipse o fim revelado






APOCALIPSE 04 – Os 7 selos

Observei quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos. Então ouvi um dos seres viventes dizer com voz de trovão: “Venha!” – Apocalipse

O Apocalipse capítulo 6, afala da abertura de 7 selos. O cordeiro somente pode abrir  esses selos e cada selo, quando é aberto, fala de eventos que envolvem ao seu povo ao longo da história. Qual é o significado desses selos? Por que somente o cordeiro pode abrí-los? Tudo isso aprenderemos no estudo de hoje.

25 de abril de 2015

CHAVES INTERPRETATIVAS DO APOCALIPSE

O livro do Apocalipse é datado por volta do ano 96 de nossa era, quando já estavam escritos os Evangelhos do Novo Testamento. Os quatro Evangelhos – Mateus, Marcos, Lucas e João –, todos falam a respeito da primeira vinda do Messias Jesus e se concentram em sua vida, sua missão e morte, sua ressurreição e sua ascensão. Aí terminam os quatro Evangelhos. Mas o livro do Apocalipse começa depois de sua ressurreição, com Cristo exaltado à mão direita do Pai, levando a cabo sua obra de intercessão em preparação para sua volta. Desse modo, o Apocalipse se concentra sobre sua mediação em favor da igreja durante a era cristã e em sua obra final de juízo e libertação como a introdução para seu segundo advento. O Apocalipse é o complemento dos quatro Evangelhos. É o único livro revelado por Cristo diretamente do céu. Ele o chama seu próprio "testemunho destas coisas nas igrejas" (Apoc. 22:16). Em sentido especial, o livro do Apocalipse é o testemunho de Jesus e o testemunho do Espírito (V. 17; 2:7, 11).

A primeira chave
Que chave tem o crente cristão para decifrar o simbolismo apocalíptico? A primeira chave interpretativa se apresenta virtualmente em cada versículo do livro. A edição grega do Novo Testamento indica que o Apocalipse contém mais de 600 alusões aos escritos do Antigo Testamento. A Bíblia Hebraica continua sendo o fundamento e a raiz do Novo Testamento, e só quando mantemos juntos ambos os Testamentos temos uma Bíblia completa. Em grande parte, o Antigo Testamento é profecia e o Novo Testamento proclama o seu cumprimento em Cristo e no seu povo. Não podemos entender completamente um sem o outro. O fato de que o Apocalipse se refira mais de 600 vezes à história do Antigo Testamento e aos seus conceitos hebraicos, sugere que o Antigo Testamento é a primeira chave para decifrar o livro do Apocalipse.

No livro Atos dos Apóstolos, Ellen White declara que "no Apocalipse todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem" (p. 585). Essa é uma declaração teológica profunda e fascinante! Todos os outros livros da Bíblia, 65 em total, encontram o seu significado recôndito e a sua consumação no Apocalipse. Isto quer dizer que os livros de Moisés, os profetas, e também os Salmos, encontram a sua aplicação final no livro do Apocalipse. Significa que todos os atos históricos de Deus em salvação e juízo voltarão a acontecer numa escala mundial.

O fato de que o Antigo Testamento seja a chave para o Apocalipse tem sido reconhecido hoje em dia como uma descoberta importante na história dos estudos apocalípticos. Não obstante, alguns intérpretes até tratam de explicar o livro do Apocalipse por si mesmo, literalizando as suas palavras e imagens como se fossem fotografias atuais de eventos futuros. Por conseguinte, o centro de atenção muda imediatamente para longe de Cristo ao povo judeu no Oriente Médio e a outros eventos políticos. O monte Sião em Apocalipse 14 se aplica a um monte literal em Jerusalém. Este enfoque se chama literalismo. Outros foram ao extremo oposto segundo o qual cada símbolo se explica especulativamente, sem nenhuma norma bíblica. Esse enfoque se chama alegorismo. Tanto o literalismo como o alegorismo são especulações injustificadas.

A única chave que decifra o significado recôndito do Apocalipse é a chave que o mesmo livro indica. Seus conceitos simbólicos e seus termos estão tirados do Antigo Testamento. Ali encontramos o significado dos símbolos apocalípticos em seu marco do pacto original e da história da salvação. No Antigo Testamento encontramos os protótipos na história do que Deus vai fazer no futuro. Deus revela o futuro mostrando-nos como atuou no passado. Diz ao povo de Cristo que têm um sublime chamado e um grande futuro, devido ao que Deus prometeu no passado.

O Apocalipse destaca a autoridade de Cristo ao declarar que é "a revelação do Jesus Cristo, que Deus lhe deu" (1:1). O que é que quer dizer por Deus"? O Deus do pacto, o Deus de Israel, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. O Deus do pacto está falando agora "para manifestar a seus servos as coisas que devem acontecer logo" (v. 1). Estas palavras: "que devem acontecer logo", com exceção da palavra "logo", todas estão citadas de Daniel. Estando perante Nabucodonosor, o rei de Babilônia, disse Daniel: "Mas há um Deus nos céus, o qual revela os mistérios, e ele tem feito saber ao rei Nabucodonosor o que tem que acontecer nos últimos dias" (Dan. 2:28). Estas palavras se repetem como o tema do Apocalipse. Entretanto, João acrescenta a palavra "logo" (Apoc. 1:1). Isto nos diz que a primeira vinda de Cristo levou a expectativa da esperança de Daniel muito mais perto de sua realização histórica.

Para apreciar o cumprimento da profecia do Daniel, devemos saber em que tempo recebeu a visão. Daniel viveu durante o Império Neobabilónico (604-539 A.C.) No capítulo 2, Daniel revela uma visão que Deus deu ao rei Nabucodonosor. Esta consistia de uma estátua metálica feita de quatro metais: uma cabeça de ouro; seu peito e seus braços de prata; seu ventre e suas coxas de bronze; suas pernas de ferro; seus pés, em parte de ferro e em parte de barro cozido, um fundamento muito frágil para uma estátua tão pesada.

Esta é uma revelação de como Deus vê o curso da história do mundo, com a humanidade erguida sobre pés de barro. Entretanto, no quadro vivo de Daniel, Deus tem uma parte. Duas vezes se destaca que uma pedra foi cortada "sem intervenção humana" (Dan. 2:34, 45, NBE), indicando que o homem não tem nada que ver com o destino final do mundo. No tempo indicado por Deus, descerá uma rocha do céu, dirigindo-se para o planeta terra. A estátua simboliza nosso mundo em sua história política do tempo do profeta Daniel. Começando com Babilônia, apresenta os impérios sucessivos de Medo-pérsia, Grécia- Macedônia, para ser seguidos pela autoridade de ferro do Império Romano que durou desde ano 164 a.C. até 476 d.C. Depois disso viria um mundo "dividido" (v. 41).
Hoje em dia não existe um governo mundial, embora alguns tentaram fazê-lo pela força durante os últimos séculos, incluindo Carlos Magno, Napoleão e Hitler. Nossa situação mundial presente está surpreendentemente representada pelos pés da estátua da profecia. Somos testemunhas da época avançada na história do mundo, tal como se esboça em Daniel 2.

Deus é o Senhor da história, e por meio de Cristo a levará a sua conclusão decretada. Quando Cristo venha pela segunda vez, terminará com todas as estruturas políticas de poder, tal como se prediz em Daniel 2:44 e 45. Deus não é um espectador da história mundial; ele guia e dirige ativamente o fluir da história para o seu destino, seja que lhe ajudemos ou não. Em Apocalipse nos volta a assegurar que tudo será novo: "Eis aqui eu faço novas todas as coisas" (Apoc. 21:5).

Nenhuma comunidade pode restaurar o paraíso. O Apocalipse começa com a garantia de que a predição de Daniel acontecerá "logo"! Há uma nova oportunidade em Apocalipse que não está presente em Daniel.

Uma indicação adicional desta urgência do fim do tempo é o fato de que o rolo do Daniel estava "selado" até o tempo do fim (Dan. 12:4). Daniel 8 foi selado explicitamente para "um futuro remoto" (8:26, NBE). Daniel não escreveu para o seu próprio tempo. As suas visões ficaram seladas porque eram para as gerações futuras. Por outro lado, o livro do Apocalipse termina com esta ordem direta: "Não sele as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está perto" (Apoc. 22:10). Portanto, o livro selado de Daniel fica aberto gradualmente no Apocalipse. Isto significa que não se pode entender o livro do Apocalipse sem entender as suas raízes em Daniel. Isto se confirma pela primeira declaração que faz João do tema fundamental do Apocalipse:
"Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!" (Apoc. 1:7).


Esta linguagem figurada por si mesma não dá a conhecer todo seu profundo significado. A chave para entender seu significado se encontra na Bíblia Hebraica! A raiz central primária do Antigo Testamento de Apocalipse 1:7 é Daniel 7. Este capítulo de Daniel constitui a visão apocalíptica principal para o livro do Apocalipse. Daniel mesmo ficou profundamente comovido pelo que ouviu e viu. A sua nova visão ampliou a sua predição profética anterior do capítulo 2. Agora se descrevem os quatro metais da estátua em Daniel 2 como quatro bestas insólitas que surgem do mar das nações como impérios mundiais, em forma sucessiva. Depois segue uma nova revelação que desenvolve o significado da pedra que cai do céu e esmiúça a estátua.

3 de fevereiro de 2015

PROFECIAS BÍBLICAS

O QUE SE CUMPRIU, O QUE ESTÁ SE CUMPRINDO, O QUE VAI SE CUMPRIR
1. INTRODUÇÃO
Apresentamos uma relação das profecias que se encontram nas Sagradas Escrituras, que serve para estudos ou para confirmação da Bíblia como a palavra verdadeira e fiel de Deus aos homens. As profecias estão relacionadas de forma sucinta, apenas mencionadas, sem comentário a seu respeito. O objetivo foi permitir em pouco espaço divulgar o conjunto profético que já se cumpriu, que está se cumprindo e que ainda se cumprirá. A todos os que desejam enriquecer a sua fé na Bíblia, principalmente com relação aos acontecimentos que ainda estão pela frente, este material, temos certeza, trará contribuições concretas.
Profecia é a capacidade de falar com autoridade de parte de Deus, ou em seu nome, já que serve para predizer acontecimentos futuros ou declarar a sua vontade para o presente (ver Êxodo 3:10, 14 e 15; Deut. 18:15 e 18; II Sam. 23:2; Mateus 11:9 e 10; II S. Pedro 1:21). A profecia é o meio escolhido por Deus para comunicar-se com o homem (ver Núm. 12:6; Amós 3:7). A Bíblia chegou aos homens por este dom (ver II Tim. 3:16; II S. Pedro 1:20 e 21). As escrituras testificam de Jesus, e o dom de profecia é apropriadamente chamado “o testemunho de Jesus” (Apoc. 19:10; João 5:39; Apoc. 12:17). O dom de profecia manifesta-se por meio de visões, sonhos ou inspiração especial que chega à mente (ver Núm. 12:6; Apoc. 1:1-3); e então o instrumento humano converte-se no porta-voz de Deus (ver II Sam. 23:2; Mateus 3:3; II S. Pedro 1:21). Deus tem o propósito de que este importante dom do Espírito estivesse com Sua igreja até o fim dos tempos (ver Joel 2:28 e 29; Apoc. 12:17; 19:10). Na realidade, deve ser o sinal para identificar a verdadeira igreja de Deus nos últimos dias (Apoc. 12:17; 19:10). Isto é muito razoável, porque Deus sempre tem usado este meio para revelar-se e transmitir suas mensagens ao mundo desde a queda de Adão.
Sobre a profecia em geral, registaram-se os seguintes versículos:
É predição sobre acontecimentos futuros: Génesis 49:1; Números 24:14; Dan 2:45
Deus é seu autor: Isaias 44:7; 45:21;
Deus as dá, por meio de Cristo: Apocalipse 1:1;
Um dom de Cristo: Efésios 4:11; Apocalipse 11:3;
Um dom do Espírito Santo: I Cor. 12:10;
Não vem por vontade de homem: II Pedro 1:21;
Dadas desde o princípio: Lucas 1:70;
É uma palavra certa: II Pedro 1:19;
Deus cumpre-a: Isaias 44:26; Atos 3:18;
Cristo, seu grande tema: Atos 3:22-24; 10:43; I Pedro 1:10-11
Cumpridas em Cristo: Lucas 24:44;
Seu dom prometido: Joel 2:28; Atos 2:16 e 17;
Para o benefício de outras gerações: I Pedro 1:12;
Uma luz em lugar escuro: I Pedro 1:19;
Não vem de particular elucidação: II Pedro 1:20;
Não a desprezemos: I Tessalonicenses 5:20;
Demos-lhe ouvidos: II Pedro 1:19;
Recebamo-la com fé: II Coríntios 20:20; Lucas 24:25;
Bênção de lê-la, ouvi-la e observa-la: Apoc. 1:3; 22:7;
Culpa de pretender possuir o dom de profecia: Jeremias 14:14; 23:13 e 14; Ezequiel 13:2 e 3.
Serão castigados os que:
Não lhe derem ouvidos: Neemias 9:30
Adicionarem ou subtraírem algo: Apoc. 22:18 e 19;
Fingir possuir seu dom: Deut. 18:20; Jeremias 14:15 e 23:15;
Fingir estar convertidos: Números 24:2-9; I Sam. 19:20-23; Mateus 7:22; João 11:49-51; I Cor. 13:2;
Como deve ser testada: Deut. 13:1-3; 18:22.
2 – Profecias que já se cumpriram
– Do cativeiro dos judeus
Sua predição: Deut.: 28:36; I Reis 14:15; Isaías 39:7; Jeremias 13:19; 25:8 a 12; Amós 7:11; Lucas 21:24.
Seu Cumprimento: II Reis 15:29; 17:6; 18:11; 24:14; 25:11; II Cró. 28:5. O cativeiro durou de 606 a 538 aC.
– Da conversão dos gentios
Passagens em que foi profetizada: Gens. 22:18; Salmos 22:27; 86:9; Isaías 9:2; 49:6; 60:3; Daniel 7:14; Oseias 2:23; Efésios 3:6.
Exemplos do cumprimento:  Atos 2:41; 2:47; 4:4; 5:14; 6:7; 9:31; 11:1, 21 e 24; 13:12 e 48; 14:1; 15:7; 16:5 e 33-34; 17:4; 18:6 e 8; 28:28; Apoc. 11:15
– Da destruição de Babilónia
Profecias: Salmo 137:8; Isaías 13:19; 14:22; 21:9; 43:14; 47:1; 48:14; Jeremias 25:12; 50:1, 51:1; Daniel 2:37 a 39; 5:26 a 28.
Babilónia foi conquistada pelos Medo Persas em 539 aC, sendo destruída em parte por Xerxes mais tarde, estando em completa ruína na época de 20 aC. Conforme a profecia, nunca mais foi reconstruída.
A mesma profecia refere-se também à babilónia espiritual, o grande poder religioso no fim dos tempos, como se pode ver em Apoc. cap 18 e 19.
– Da destruição de Jerusalém
Isaías 3:1; Jeremias 9:11; 19:8; 21:10; 25:18; Amós 2:5; Miqueias 3:12; Mateus 23:37 e 38; 24:15 a 21; Lucas 19:43 e 44; 21:24.
Jerusalém foi destruída em 70 dC.
– O grande período profético dos 2.300 anos de 457 aC a 1844.
Foi profetizado através de Daniel, que haveria um período de 2.300 anos, que se iniciaria no ano 457 aC, com o decreto da reconstrução de Jerusalém (Dan. 9:25) e concluiria com o início do juízo investigativo no céu, em 1844. Dan 8:14. Este grande período divide-se em subperíodos.
Primeiro subperíodo, de 490 anos, que se inicia em 457 aC e termina em 34 da nossa era. Foi destinado ao povo judeu para que aceitasse a Jesus Cristo (Atos 8:1 a 3 e 26:9 a 12), que como se sabe, com 0 apedrejamento de Estevão, em 34, rejeitaram de vez o evangelho. Nesse ano inicia-se outro subperíodo de 1810 anos, até 1844, de pregação do evangelho aos gentios (não judeus) (Atos 13:46 e Dan 8:14). O primeiro subperíodo divide-se em outros períodos menores, como, os 49 anos, de 457 aC até 408 aC, para a reconstrução dos muros de Jerusalém (Esdras 6:14; 7:6-26; Dan 9:25.

18 de janeiro de 2015

A Destruição de Lúcifer e o Fim do Mal

 
 
Jesus e a Cidade Santa descem à Terra
"No final de mil anos, Jesus, o Rei da glória, desce da cidade santa, vestido com glória, como o relâmpago, em cima do Monte das Oliveiras - o mesmo monte de onde ele subiu depois de sua ressurreição. Como seus pés tocam o monte, ela se reparte, e se transforma numa grande planície, preparada para a receber a cidade santa, que inclui o paraíso de Deus, o jardim do Éden, que foi levado após a transgressão do homem. Agora ele desce com a cidade, mais bonito e gloriosamente adornado do que quando foi removido da Terra. A cidade de Deus vem e é assentada no enorme plano que foi preparado para ela. (Spiritual Gifts Vl.3, p. 83 e 84)."
"Jesus desce sobre o imponente monte, o qual logo que seus pés tocaram, partiu em pedaços, e se tornou uma grande planície. Em seguida, olhou para cima e viu a grande e bela cidade, com dozefundamentos, doze portas, três de cada lado, e um anjo em cada porta. Nós exclamamos: Eis a cidade! A grande cidade! Ela veio do Céu da parte de Deus! E ela desceu em todo seu esplendor eglória deslumbrante, e assentou na grande planície que Jesus havia preparado para ela."(Spiritual Gifts V.1. p. 213).

Marcas do pecado nos ímpios ressuscitados
"Então Jesus em terrível e imponente majestade, convocou os ímpios mortos, e eles ressuscitamcom as mesmas fraquezas e corpos doentios, como  morreram. Que espetáculo, que cena impressionante! Na primeira ressurreição todos saem revestidos de um vigor imortal; mas nasegunda, as marcas do pecado são visíveis em todos." (Spiritual Gifts V.1, p.214).

A Última Luta
"Agora Satanás se prepara para a última e grande luta pela supremacia. Enquanto despojado de seu poder e separado de sua obra de engano, o príncipe do mal se achava infeliz e abatido; mas, sendo ressuscitados os ímpios mortos, e vendo ele as vastas multidões a seu lado, revivem-lhe as esperanças, e decide-se a não render-se no grande conflito. Arregimentará sob sua bandeira todos os exércitos dos perdidos, e por meio deles se esforçará por executar seus planos. Os ímpios são cativos de Satanás. Rejeitando a Cristo, aceitaram o governo do chefe rebelde. Estão prontos para receber suas sugestões e executar-lhe as ordens. Contudo, fiel à sua astúcia original, ele não se reconhece como Satanás. Pretende ser o príncipe que é o legítimo dono do mundo, e cuja herança foi dele ilicitamente extorquida. Representa-se a si mesmo, ante seus súditos iludidos, como um redentor, assegurando-lhes que seu poder os tirou da sepultura, e que ele está prestes a resgatá-los da mais cruel tirania. Havendo sido removida a presença de Cristo, Satanás opera maravilhas para apoiar suas pretensões. Faz do fraco forte, e a todos inspira com seu próprio espírito e energia. Propõe-se guiá-los contra o acampamento dos santos e tomar posse da cidade de Deus. Com diabólica exultação aponta para os incontáveis milhões que ressuscitaram dos mortos, e declara que como seu guia é muito capaz de tomar a cidade, reavendo seu trono e reino." ( Grande Conflito, p.663)
Satanás e seu exército contra a Cidade Santa
"Finalmente é dada a ordem de avançar, e o inumerável exército se põe em movimento - exército tal como nunca foi constituído por conquistadores terrestres, tal como jamais poderiam igualar as forças combinadas de todas as eras, desde que a guerra existe sobre a Terra. Satanás, o mais forte dos guerreiros, toma a dianteira, e seus anjos unem as forças para esta luta final. Reis e guerreiros estão em seu séquito, e as multidões seguem em vastas companhias, cada qual sob as ordens de seu designado chefe. Com precisão militar as fileiras cerradas avançam pela superfície da Terra, quebrada e desigual, em direção à cidade de Deus. Por ordem de Jesus são fechadas as portas da Nova Jerusalém, e os exércitos de Satanás rodeiam a cidade, preparando-se para o assalto."( Grande Conflito p.664)
 
A Coroação do Filho de Deus

 
"Agora Cristo de novo aparece à vista de Seus inimigos. Muito acima da cidade, sobre um fundamento de ouro polido, está um trono, alto e sublime. Sobre este trono assenta-Se o Filho de Deus, e em redor dEle estão os súditos de Seu reino. O poder e majestade de Cristo nenhuma língua os pode descrever, nem pena alguma retratar. A glória do Pai eterno envolve Seu Filho. O resplandor de Sua presença enche a cidade de Deus e estende-se para além das portas, inundando a Terra inteira com seu fulgor.
Mais próximo do trono estão os que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu Salvador com devoção profunda, intensa. Em seguida estão os que aperfeiçoaram um caráter cristão em meio de falsidade e incredulidade, os que honraram a lei de Deus quando o mundo cristão a declarava nula, e os milhões de todos os séculos que se tornaram mártires pela sua fé. E além está a "multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, ... trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos". Apoc. 7:9.Terminou a sua luta, a vitória está ganha. Correram no estádio e alcançaram o prêmio. O ramo de palmas em suas mãos é um símbolo de seu triunfo, as vestes brancas, um emblema da imaculada justiça de Cristo, a qual agora possuem. Os resgatados entoam um cântico de louvor que ecoa repetidas vezes pelas abóbadas do Céu: "Salvação ao nosso Deus que está assentado no trono, e ao Cordeiro." E anjos e serafins unem sua voz em adoração. Tendo os remidos contemplado o poder e malignidade de Satanás, viram, como nunca dantes, que poder algum, a não ser o de Cristo, poderia tê-los feito vencedores. Em toda aquela resplendente multidão ninguém há que atribua a salvação a si mesmo, como se houvesse prevalecido pelo próprio poder e bondade. Nada se diz do que fizeram ou sofreram; antes, o motivo de cada cântico, a nota fundamental de toda antífona, é - Salvação ao nosso Deus, e ao Cordeiro.
Na presença dos habitantes da Terra e do Céu, reunidos, é efetuada a coroação final do Filho de Deus. "(Grande Conflito, p. 665 e 666).
Os ímpios perante o tribunal de Deus
 
"E agora, investido de majestade e poder supremos, o Rei dos reis pronuncia a sentença sobre os rebeldes contra Seu governo, e executa justiça sobre aqueles que transgrediram Sua lei e oprimiram Seu povo. Diz o profeta de Deus: "Vi um grande trono branco, e O que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a Terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." Apoc. 20:11 e 12.
Logo que se abrem os livros de registro e o olhar de Jesus incide sobre os ímpios, eles se tornam cônscios de todo pecado cometido. Vêem exatamente onde seus pés se desviaram do caminho da pureza e santidade, precisamente até onde o orgulho e rebelião os levaram na violação da lei de Deus. As sedutoras tentações que incentivaram na condescendência com o pecado, as bênçãos pervertidas, os mensageiros de Deus desprezados, as advertências rejeitadas, as ondas de misericórdia rebatidas pelo coração obstinado, impenitente - tudo aparece como que escrito com letras de fogo. 
O mundo ímpio todo acha-se em julgamento perante o tribunal de Deus, acusado de alta traição contra o governo do Céu. Ninguém há para pleitear sua causa; estão sem desculpa; e a sentença de morte eterna é pronunciada contra eles. 
É agora evidente a todos que o salário do pecado não é nobre independência e vida eterna, mas escravidão, ruína e morte. Os ímpios vêem o que perderam em virtude de sua vida de rebeldia. O peso eterno de glória mui excelente foi desprezado quando lhes foi oferecido; mas quão desejável agora se mostra! "Tudo isto", exclama a alma perdida, "eu poderia ter tido; mas preferi conservar estas coisas longe de mim. Oh! estranha presunção! Troquei a paz, a felicidade e a honra pela miséria, infâmia e desespero." Todos vêem que sua exclusão do Céu é justa. Por sua vida declararam: "Não queremos que este Jesus reine sobre nós."( Grande Conflito, p. 665,666,668).
 
Satanás percebe que se excluiu do Céu
"Satanás vê que sua rebelião voluntária o inabilitou para o Céu. Adestrou suas faculdades para guerrear contra Deus; a pureza, paz e harmonia do Céu ser-lhe-iam suprema tortura. Suas acusações contra a misericórdia e justiça de Deus silenciaram agora. A exprobração que se esforçou por lançar sobre Jeová repousa inteiramente sobre ele. E agora Satanás se curva e confessa a justiça de sua sentença." (Grande Conflito, p. 670)
Ímpios reconhecem a justiça de Deus 
"Como que extasiados, os ímpios contemplam a coroação do Filho de Deus. Vêem em Suas mãos as tábuas da lei divina, os estatutos que desprezaram e transgrediram. Testemunham o irromper de admiração, transportes e adoração por parte dos salvos, e, ao propagar-se a onda de melodia sobre as multidões fora da cidade, todos, a uma, exclamam: "Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos" (Apoc. 15:3); e, prostrando-se, adoram o Príncipe da vida. "(Grande Conflito, p. 668 e 669).
Deus é vindicado perante o Universo
"Todas as questões sobre a verdade e o erro no prolongado conflito foram agora esclarecidas. Os resultados da rebelião, os frutos de se porem de parte os estatutos divinos, foram patenteados à vista de todos os seres criados. Os resultados do governo de Satanás em contraste com o de Deus, foram apresentados a todo o Universo. As próprias obras de Satanás o condenaram. A sabedoria de Deus, Sua justiça e bondade, acham-se plenamente reivindicadas. Vê-se que toda a Sua ação no grande conflito foi orientada com respeito ao bem eterno de Seu povo, e ao bem de todos os mundos que criou. "Todas as Tuas obras Te louvarão, ó Senhor, e os Teus santos Te bendirão." Sal. 145:10.A história do pecado permanecerá por toda a eternidade como testemunha de que à existência da lei de Deus se acha ligada a felicidade de todos os seres por Ele criados. À vista de todos os fatos do grande conflito, o Universo inteiro, tanto os que são fiéis como os rebeldes, de comum acordo declara: "Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos."Ap 15:3 (Grande Conflito, p.668,671).
Ímpios se voltam contra Satanás
"Apesar de ter sido Satanás constrangido a reconhecer a justiça de Deus e a curvar-se à supremacia de Cristo, seu caráter permanece sem mudança. O espírito de rebelião, qual poderosa torrente, explode de novo. Cheio de delírio, decide-se a não capitular no grande conflito. É chegado o tempo para a última  e desesperada luta contra o Rei do Céu. Arremessa-se para o meio de seus súditos e esforça-se por inspirá-los com sua fúria, incitando-os a uma batalha imediata. Mas dentre todos os incontáveis milhões que seduziu à rebelião, ninguém há agora que lhe reconheça a supremacia. Seu poder chegou ao fim. Os ímpios estão cheios do mesmo ódio a Deus, o qual inspira Satanás; mas vêem que seu caso é sem esperança, que não podem prevalecer contra Jeová. Sua ira se acende contra Satanás e os que foram seus agentes no engano. Com furor de demônios voltam-se contra eles e segue-se aí uma cena de conflito universal."( História da Redenção, p. 427,428)
Terminada a Obra de Satanás
 
Os ímpios recebem sua recompensa na Terra (Prov. 11:31). "Serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos exércitos." Mal. 4:1. Alguns são destruídos em um momento, enquanto outros sofrem muitos dias. Todos são punidos segundo as suas ações. Tendo sido os pecados dos justos transferidos para Satanás, tem ele de sofrer não somente pela sua própria rebelião, mas por todos os pecados que fez o povo de Deus cometer. Seu castigo deve ser muito maior do que o daqueles a quem enganou. Depois que perecerem os que pelos seus enganos caíram, deve ele ainda viver e sofrer. Nas chamas purificadoras os ímpios são finalmente destruídos, raiz e ramos - Satanás a raiz, seus seguidores os ramos. A penalidade completa da lei foi aplicada; satisfeitas as exigências da justiça; e o Céu e a Terra, contemplando-o, declaram a justiça de Jeová.
Está para sempre terminada a obra de ruína de Satanás. Durante seis mil anos efetuou a sua vontade, enchendo a Terra de miséria e causando pesar por todo o Universo. A criação inteira tem igualmente gemido e estado em dores de parto. Agora as criaturas de Deus estão para sempre livres de sua presença e tentações. "Já descansa, já está sossegada toda a Terra! exclamam [os justos] com júbilo." Isa. 14:7. E uma aclamação de louvor e triunfo sobe de todo o Universo fiel. "A voz de uma grande multidão", "como a voz de muitas águas, e a voz de fortes trovões", é ouvida, dizendo: "Aleluia! pois o Senhor Deus onipotente reina." Apoc. 19:6.
(Grande Conflito, p. 673)
Por Misericórdia
"É em misericórdia para com o Universo que Deus finalmente destruirá os que rejeitam a Sua graça."O salário do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." Rom. 6:23. Ao passo que a vida é a herança dos justos, a morte é a porção dos ímpios. Moisés declarou a Israel: "Hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal." Deut. 30:15. A morte a que se faz referência nestas passagens, não é a que foi pronunciada sobre Adão, pois a humanidade toda sofre a pena de sua transgressão. É a "segunda morte" que se põe em contraste com a vida eterna.
Assim se porá termo ao pecado, juntamente com toda a desgraça e ruína que dele resultaram. Diz o salmista: "Destruíste os ímpios; apagaste o seu nome para sempre e eternamente. Oh! inimigo! consumaram-se as assolações." Sal. 9:5 e 6. João, no Apocalipse, olhando para a futura condição eterna, ouve uma antífona universal de louvor, imperturbada por qualquer nota de discórdia. Toda criatura no Céu e na Terra atribuía glória a Deus. Apoc. 5:13. Não haverá então almas perdidas para blasfemarem de Deus, contorcendo-se em tormento interminável; tampouco seres desditosos no inferno unirão seus gritos aos cânticos dos salvos." (Grande Conflito, p.543, 545)
A Terra Purificada com fogo
 
"Enquanto a Terra está envolta nos fogos da destruição, os justos habitam em segurança na Santa Cidade. Sobre os que tiveram parte na primeira ressurreição, a segunda morte não tem poder. Ao mesmo tempo em que Deus é para os ímpios um fogo consumidor, é para o Seu povo tanto Sol como Escudo. (Apoc. 20:6; Sal. 84:11). "Vi um novo céu, e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira Terra passaram." Apoc. 21:1. O fogo que consome os ímpios, purifica a Terra. Todo vestígio de maldição é removido. Nenhum inferno a arder eternamente conservará perante os resgatados as terríveis conseqüências do pecado. "(Grande Conflito, p.673, 674).
Uma marca do pecado permanece
"Apenas uma lembrança permanece: nosso Redentor sempre levará os sinais de Sua crucifixão. Em Sua fronte ferida, em Seu lado, em Suas mãos e pés, estão os únicos vestígios da obra cruel que o pecado efetuou. Diz o profeta, contemplando Cristo em Sua glória: "Raios brilhantes saíam da Sua mão, e ali estava o esconderijo da Sua força." Hab. 3:4. Suas mãos, Seu lado ferido donde fluiu a corrente carmesim, que reconciliou o homem com Deus - ali está a glória do Salvador, ali está "o esconderijo da Sua força". "Poderoso para salvar" mediante o sacrifício da redenção, foi Ele, portanto, forte para executar justiça sobre aqueles que desprezaram a misericórdia de Deus. E os sinais de Sua humilhação são a Sua mais elevada honra; através das eras intérminas os ferimentos do Calvário Lhe proclamarão o louvor e declararão o poder."(Grande Conflito, p.674).
Por Douglas Zanatta, adm Site Bíblia e a Ciência. Todos textos foram extraídos dos escritos de Ellen G. White, em especial Livro Visões do Céu Cap.14
Fonte: Bíblia e a Ciência