24 de fevereiro de 2011

SILÊNCIO NO CÉU

Apocalipse 8:1 – E, HAVENDO aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora.

Nesta passagem refere um silêncio no Céu durante meia hora. Estando esta passagem num contexto profético (dia-ano) dá uma semana, ou sete dias. No livro Primeiros Escritos, p. 16, diz que os remidos levam sete dias na ascensão ao Céu. Cristo, com as hostes angelicais, ao descer deve também demorar sete dias. Neste caso, serão, 14 dias, contando-se a descida e a subida. Não há aqui uma contradição?

Não há nenhuma contradição. O raciocínio apresentado a isso leva: a de que o tempo que Cristo e os anjos durará sete dias na 2ª Vinda. A velocidade de Cristo e da Sua corte angelical não será igual à dos remidos glorificados. ´Assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será a vido do Filho do Homem´. Rápida como um relâmpago.
Cristo é Deus e tem a faculdade de superar o tempo e o espaço. E os anjos? Lemos: Daniel 9:21 – ´Estando eu, digo, ainda falando na oração, o homem Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio, voando rapidamente, e tocou-me, à hora do sacrifício da tarde.´
Ora se no inicio de uma oração, o anjo recebe a ordem para sair do Céu e ir em auxílio de Daniel. A oração encontra-se em Daniel 9:4-19 e, no hebraico esta oração teria demorado cerca de 8 minutos.
Daniel ainda falava, quando o anjo Gabriel chegou. O mesmo acontecerá com os ´dez milhares´ de anjos que, segundo Primeiros Escritos, p. 16, descerão com Cristo. Assim, só nos resta o tempo da ascensão que, de facto, será de sete dias.

21 de fevereiro de 2011

A QUARTA IGREJA DO APOCALIPSE

UM POUCO DE HISTÓRIA: OS seguidores de João Calvino, o segundo maior líder da Reforma, demonstraram notável criatividade por um período mais longo. Eles tornaram-se conhecidos como Cristãos Reformados da Europa Central, como Huguenotes em França e como Puritanos na Inglaterra. Com o decorrer do tempo os puritanos vieram a ser identificados como Presbiterianos e Congregacionalistas e, ainda mais tarde, nos Estados Unidos, também como Batistas.
Apesar da heróica contribuição inicial de cada movimento reformador, a Europa protestante dos anos 1700 tornara-se largamente diferente daquilo que os reformadores tinham preconizado. Intelectuais passaram a negar a ressurreição e a segunda vinda e tornaram-se racionalistas, lideraram o período negro que estranhamente recebeu o nome Iluminismo. Do povo comum passou-se a esperar que apenas frequentassem a igreja e cressem naquilo que era pregado. A Inglaterra foi conduzida à beira do ateísmo. Neste país, no começo do século dezoito, “as diversões populares eram vulgares, o analfabetismo era muito amplo, a lei era selvagem na repressão e as prisões eram antros de doença e iniquidade. O alcoolismo achava-se mais difundido que em qualquer outro período da história da Inglaterra”. Walker, History, p. 454.
1. Que mensagem é dirigida à Igreja de Tiatira?
Rª: “E ao anjo da igreja de Tiatira, escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem os seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão reluzente: Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras.” Apocalipse 2:18,19.
Nota explicativa: A Igreja de Tiatira que no contexto profético se situa entre os anos 538 – 1565. Recebe em pleno a cristianianisação do Império Romano com o avança da Idade Média. A nota que colocamos acima refere-se à igreja de Sardes que recebe esta influencia que vem da idade “Escura”.
Tiatira tem origem e significado de nomes incertos. Alguns sugerem “doce sabor resultante do trabalho”, certamente, tendo em conta as “obras” da igreja que apresentadas no v. 19. No entanto a antiga Tiatira destinguia-se pela variedade de artes e ofícios que aí floresciam. Entre eles evidentemente destaca-se a arte de tingir telas (cf. Act. 16:14). Os cristãos de Tiatira eram pessoas que se ocupavam nos ofícios da cidade.
No entanto, a mensagem a Tiatira, aplicado no contexto histórico e cristão, corresponde particularmente com o que esta passou durante a Idade Escura ou Idade Média. Este período foi um tempo de extrema dificuldade para os que amavam verdadeiramente a Deus, o período da história que a Igreja que corresponde a Tiatira bem se pode definir como a idade da adversidade. Tudo isto, devido às perseguições, a chama da verdade vacilou e quase se apagou.
2. Que dura mensagem é dirigida da parte do Senhor a esta Igreja?
Rª: “Mas tenho contra ti que toleras que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.
E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu.” Apocalipse 2:20,21.
Nota explicativa: “toleras …, para que se prostituam”. Os profetas do Antigo Testamento utilizavam a palavra “adultério” para descrever a maldade do povo de Deus quando este entrava em alianças políticas e religiosas com as nações da época. Ver por exemplo (Ezeq. 16 e 23). Os antigos israelitas adulteravam a pureza da verdade de Deus com a filosofia, imoralidade e técnicas coercivas das nações que lhes estavam à volta. A palavra aqui aplicada “toleras” “afiêmi”, “permitir”, era repreensível porque não só porque muitos abertamente apostatavam, mas também porque não se fazia nenhum esforço diligente para reprimir o avanço do mal.
“toleras Jezabel”. Ver 1ª Reis 16:31; 18:13; 19:1,2; 21:5-16, 23-25; 2ª Reis 9:30-37. Todos estes textos acerca de Jezabel mulher do rei Acab, são em si esclarecedores. Dá a ideia, assim como Jezabel fomentou o culto a Baal em Israel (1ª Reis 21:25), também nos dias de João uma certa profetiza procurou na igreja de Tiatira desviar os crentes. A mensagem indica que Tiatira era mais permissiva do que qualquer outra. A figura de Jezabel em Tiatira representa o poder que teve lugar durante o período da Idade Média.
O verso 21 acrescenta “dei-lhe tempo para que se arrependesse”. O perdão de Deus foi oferecido. Mas como se torna evidente não se tratava de uma simples ignorância voluntária, mas de uma rebelião insistente e desafiadora.
3. Qual será o resultado desta atitude desafiadora?
Rª: “Eis que a porei numa cama; e sobre os que adulteram com ela, virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras; E ferirei de morte os seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os corações; e darei a cada um de vós segundo as vossas obras.” Apocalipse 2:22,23.
Nota explicativa: “Eis que a porei numa cama”. A forma do castigo que seria aplicado à falsa profetiza correspondia ao seu crime. Esta expressão parece de origem semítica, e é usada para descrever a pessoa que adoece (Êxodo 21:18), literalmemente “um paralítico sobre uma cama” (ver Apoc. 17:16-18) “os que adulteram com ela”, não são identificadas estas pessoas. Ou seja, a porta da misericórdia ainda não se tinha fechado completamente. Deus nunca se afasta dos pecadores; são estes que se separam d´Ele.
O adultério desta Jezabel era habitual e duradouro porque tem “filhos”. Em sentido figurado dará a entender que tinha discípulos (seguidores) fiéis. Os castigos cairiam sobre os filhos porque o seu carácter era ímpio. Estes eram conhecidos por Aquele que “sonda os rins”, “mentes”, antigamente acreditava-se que os rins eram a sede da vontade e dos afectos (cf. Sal. 7:9). Estamos sem dúvida na presença da Igreja romana no seu período mais negro e vergonhoso, em que acasala as tradições pagãs com reminiscências cristãs; é uma amálgama putrefacta resultante das alianças políticas e duma condescendência com os poderes, bem como a própria imoralidade dos que dirigem o Vaticano, senhores das consciências. Ainda há reminiscências e de alguma forma um renovo.
4. São todos infiéis os que estão em Tiatira?
Rª: “Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como se diz, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei; Mas, o que tendes, retende-o até que eu venha.” Apocalipse 2:24,25.
Nota explicativa: “…e aos restantes (…) quantos não tem esta doutrina”, quer dizer, os crentes leias de Tiatira. Em termos históricos são conhecidos pequenos grupos de crentes fiéis que ao longo deste período da Idade Média procuraram permanecer fiéis ao cristianismo apostólico. Tais movimentos estiveram uns dentro da estrutura e outros fora da Igreja Católica Romana. Particularmente importantes foram os grupos dos Valdenses na Europa (ver a introdução) Continental e os seguidores de Wyclif na Inglaterra. Nenhum desses grupos conseguiu toda a verdade evangélica – tal a corrupção – que mais tarde foi proclamada pela Reforma Protestante, mas “o que tendes, retende-o até que eu venha.” Esta era ainda assim uma mensagem suficiente para uma época tão confusa. Deus não lhes impôs carga a não ser a de permanecer fiéis à luz que tinham. No v. 25, “até que eu venha”. A “bem-aventurada esperança” (Tito 2:13) da pronta vinda de Jesus foi e é a fortaleza e o que sustém o crente na aflição. Cristo não diz necessariamente que viria durante a vida dos membros da igreja literal de Tiatira, nem tão pouco, durante o período da história da igreja que corresponde a Tiatira. A promessa é certa e inabalável; Ele virá!
5. Qual é a firme exortação ao povo que se chama pelo Seu nome?
Rª: “E, ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações; E com vara de ferro as regerá, e serão quebradas como vasos de oleiro, como também recebi do meu Pai; E dar-lhe-ei a estrela da manhã. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” Apocalipse 2:26-29.
Nota conclusiva: “ao que vencer, e guardar”. Quer dizer, aquele que reflectir o carácter de Cristo. Estas obras encontram-se em contraste com as “obras” dos que se aliam a Jezabel (v.22). estes fiéis “regerá”, gr. Poimáinõ, literalmente “pastorear”, portanto, “governar” (cf. Mat. 2:6). A passagem é citada em Salmo 2:9. Refere um tempo quando Cristo quebrará as nações e será o eterno Principe da paz. Este reinado ou domínio causará a destruição dos ímpios.
Nota: salientemos alguns desses heróis da fé que se salientaram neste período: Jan Milic, de Praga; João Wycliffe e os seus seguidores, os lombardos; e João Hus bem como os seus “hussistas”, vem também à nossa mente Pedro Waldo e os Valdenses, entre uma nuvem de anónimos, que sem medo deram a vida por amor do amado Senhor Jesus Cristo.
Somos nós dignos desses fiéis? Olhemos para Jesus foi tudo quanto fizeram e foram vencedores. Amem.
VER A QUINTA IGREJA - CLICAR

18 de fevereiro de 2011

01 - O APOCALIPSE, UM LIVRO ABERTO

02 - A CURA DOS DOENTES

03 - OS ENSINOS DE JESUS

04 - O PODER DA ORAÇÃO

05 - SOFRIMENTO POR AMOR


06 - JESUS VOLTARÁ

07 - SATANÁS ACORRENTADO

08 - AS PROMESSAS DO APOCALIPSE

09 - 0S SETE SELOS DO APOCALIPSE

10 - O SELO DE DEUS

11-1 PORQUE SE OBSERVA O DOMINGO

11-2 PORQUE SE OBSERVA O DOMINGO

12 - O DIA MAIS FELIZ

13 - SANTUÁRIO NO CÉU

14 - CHEGOU A HORA DO JUÍZO

15 - A PROFECIA QUE REVELA A HORA DO JUÍZO

16 - O APOCALIPSE, VISÕES E PROFETAS

17 - UMA MULHER VESTIDA DE SOL

18 - A REVELAÇÃO DO 666

19 - A MARCA DA BESTA

20 - QUANDO O DEUS DE AMOR CASTIGA

21 - O MISTÉRIO DA MERETRIZ

22 - QUEM ENTRARÁ NA SANTA CIDADE

23 - AS DUAS TESTEMUNHAS DE LUTO E A PROCLAMAÇÃO DOS 3 ANJOS

24 - O SOAR DA SÉTIMA TROMBETA

16 de fevereiro de 2011

A QUINTA IGREJA DO APOCALIPSE

1 E AO anjo da igreja que está em Sardo, escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus, e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.
2 Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
3 Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
4 Mas também tens, em Sardo, algumas pessoas que não contaminaram os seus vestidos, e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso.
5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida, e confessarei o seu nome diante do meu Pai e diante dos seus anjos.
6 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Apocalipse 3:1-6.
Comentário: Sardes considerava-se inexpugnável. Tal como Pérgamo, ela estava situada na crista de uma elevada montanha. A maior parte da cidade situava-se a uns trezentos metros acima do vale, no topo de penhascos praticamente verticais. Em tempos antigos, o rei Creso da Lídia – famoso pela reconhecida riqueza – escolheu Sardes como capital do seu reino, imaginava que aí o seu tesouro estaria em lugar seguro. As primeiras moedas foram cunhadas em Sardes.
Nenhum exército conseguia transpor os precipícios que protegiam a cidade; mas Ciro, o Grande, entrou na cidade e levou os tesouros, em 547 a.C. Antíoco, o Grande, em 218 a.C., conquistou novamente a cidade. Em ambas as ocasiões, um voluntário escalou as lisas escarpas, semelhantes a paredes, e abriu os portões pelo lado de dentro, enquanto a população, sentindo-se perfeitamente segura, dormia a sono solto.
• Depois desta apresentação da cidade onde se situava a igreja de Sardes e que como é evidente tinha influência na comunidade de crentes é velho o ditado “o mundo entrou na igreja”. Faremos o estudo histórico e profético.
1. Que afirma o texto (v.1): “eu sei que tens nome de que vives”. Que quer isto dizer?
Nota explicativa: “nome” ou “reputação”. Esta igreja caracterizava-se pela hipocrisia. Não era o que pretendia ser. As igrejas da Reforma afirmavam que tinham descoberto o significado do viver pela fé em Jesus Cristo, mas infelizmente, caíram num estado muito parecido com o da igreja de Sardes. Lemos em 2ªTimóteo 3:5 “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” O nome – protestante – implicava oposição aos abusos, aos erros e ao formalismo da Igreja Católica Romana, e o nome Reforma dava a entender que nenhuma destas faltas era encontrada dentro do redil protestante. É assim? Não! O texto bíblico (v.1) acrescenta “estás morto”. É pungente o comentário da parte de Deus e ainda por cima logo no começo da carta à Igreja de Sardes, trata-se de uma repreensão. O pecado da hipocrisia mereceu as repreensões mais penetrantes de Jesus contra os dirigentes religiosos dos Seus dias (Mat. 23:13-33). Cristo glorificado envia agora à hipócrita igreja a mais directa repreensão. Em vez de estar viva em Cristo (cf. Ef. 2:5; Col. 2:13; Gál. 2:20), como o pretendia esta igreja, na verdade estava “morta” (cf. 2ª Tim. 3:5). Esta mensagem aplicada a Sardes, pode considerar-se como dirigida ao período da igreja que existiu da Reforma, 1517 até 1755.
Muro da Reforma e os
numerosos reformadores.
Décadas depois do começo da Reforma, as novas igrejas passaram por um período de violência e controvérsia doutrinal. Por fim zangaram-se e assumiram diferentes credos que tendiam ao desalento da busca de novas verdades. Tudo o que se passou foi muito semelhante à Igreja Católica Romana, nos primeiros séculos da sua história, estereotipou a teologia. Protegidas pelo poder e o prestígio do estado e resguardadas ao abrigo de rígidos credos e confissões, a igrejas nacionais do mundo protestante em geral contentaram-se com uma forma de piedade destituída de poder.
2. Ainda assim qual é o conselho de Deus?
Rª: “Sê vigilante”, a respeito da vigilância qual deve ser atitude do cristão? (ver Mat. 24:42; cf. Mat. 25:13). No protestantismo em decadência ainda havia certas características dignas de serem conservadas, para tanto exigia esforço. Nem tudo se tinha perdido. A vida espiritual do protestantismo estava moribunda, mas o sistema não estava morto. A “sobrevivência” pode considerar-se como a nota predominante do período da história da igreja corresponde a Sardes. É acrescentado no texto bíblico “não achei as tuas obras perfeitas”. O ardor do protestantismo durante os primeiros anos prometia um avanço para a perfeição na compreensão da verdade revelada e na sua aplicação à vida; mas com o decorrer dos anos, o zelo e a piedade decaíram, e a igreja subtraiu-se ao esforço de conseguir a meta que se tinha proposto.
3. Qual é o apelo dirigido à igreja de Sardes?
Rª: “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido”, a flexão do verbo grego não só indica que a igreja de Sardes tinha recebido a verdade, mas especifica que ainda a tinha; não se tinha perdido completamente. Este facto de haver uma admoestação “guarda-o” (v.3), em grego, “continua guardando”. Alguns cristãos de Sardes não tinham apostatado; isto aparece no verso 4.
De realce: “virei sobre ti como um ladrão” (v.3), “ladrão” (cf. Mat. 24:43), onde é feita referência à segunda vinda de Cristo. Esta admoestação pode incluir não só a segunda vinda mas também uma visita divina mais imediata (cf. Ap. 2:5). Qualquer vinda seria inesperada para os que deixam de viver o arrependimento e a vigilância.
4. Quem encontramos dentro da igreja apostatada?
Rª: “Mas também tens, em Sardo, algumas pessoas que não contaminaram os seus vestidos,” v. 4, “não contaminaram os seus vestidos”. Uma figura de linguagem para indicar a contaminação moral na qual tinham caído a maior parte da igreja de Sardes (ver Mat. 22:11; cf. Ap. 16:15; Is. 63:6).
5. Qual é o grande galardão prometido aos fiéis de Sardes bem como por extensão a todos os fiéis ao longo dos séculos?
Rª: “…de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida, e confessarei o seu nome diante do meu Pai e diante dos seus anjos.”
Nota conclusiva: “de maneira nenhuma” ou “não riscarei”, (Heb. 3:19). A promessa é assegurada ao pecador arrependido que os seus pecado foram perdoados. Por outro lado anuncia ao impenitente que o seu nome será eliminado do livro da vida. Deixará de existir a sua identidade como pessoa; não terá lugar entre os seres criados. Acrescente-se o testemunho de Jesus: “confessarei o seu nome diante do meu Pai e diante dos seus anjos.” (v.5) quer dizer, Jesus reconhecerá como seguidor leal e consagrado. Cristo é o Advogado e o Intercessor, o Grande Sumo Sacerdote do todos os que invocam o a Sua justiça (ver 1ª João 2:1-2; cf. Mat. 10:32,33; Heb. 8:1-6).
“O plano da salvação tinha ainda um propósito mais amplo e profundo que o de salvar o homem. Cristo… veio para vindicar o carácter de Deus diante todo o Universo.” Patriarcas e Profetas, 55.
Quando Cristo como Intercessor e Sumo Sacerdote apresenta o Seu povo redimido diante do trono de Deus, oferece desta maneira às hostes angelicais o testemunho convincente que os caminhos de Deus são incontestavelmente justos e verdadeiros.
VER A SEXTA IGREJA DO APOCALIPSE - CLICAR

11 de fevereiro de 2011

O APOCALIPSE E OS CENTO E QUARENTA E QUTRO MIL

Durante a Guerra do Golfo, uma pequena equipa da Marinha Americana (SELOS) criou um desvio tão convincente que enganou completamente o exército iraquiano. Cerca de uma dúzia de SELOS invadiram as praias do Kuwait e fizeram uma devastação, tanto que os generais iraquianos acreditavam que o ataque liderado pelos EUA, havia vindo pelo mar. O Iraque enviou a maioria do seu exército para repelir este ataque falso só para descobrir que haviam sido enganados enquanto o exército principal entrava pelo deserto da Arábia Saudita! Dentro de horas, a guerra tinha terminado, e tudo começou com menos de 20 soldados!
Cada ramo dos Serviços Armados dos Estados Unidos possui uma ou mais equipas, Comandos de Elite que lutam usando táticas secretas de guerrilha durante situações especiais de combate. Para servir numa dessas seletas unidades, um soldado tem de ser altamente disciplinado e passar por um treinamento físico e mental incrivelmente difícil. Somente aqueles que demonstram auto controlo, firmeza e perfeita obediência podem ser qualificados. A estas Forças Especiais são dadas missões perigosas e complexas, pois eles atacam rapidamente as tropas inimigas e fazem uma incursão por trás das linhas inimigas, preparando o caminho para a Força Principal atacar. Mesmo uma pequena equipa destes comandos, devido à sua intensa formação, pode conseguir grandes vitórias, derrotando regimentos em pouco espaço de tempo.
As Forças Especiais de Deus
Os 12 Apóstolos eram um tipo de Forças Especiais durante o tempo da primeira vinda de Jesus. Depois de três anos e meio de intensivo treino pessoal com Jesus, o Senhor foi capaz de os usar para conseguir grandes vitórias. Eles foram a ponta da lança no combate contra Satanás e produziram uma grande reavivamento e expansão da fé cristã.
Mas o livro do Apocalipse apresenta outra unidade das Forças Especiais, um grande “exército” de 144.000. Eles têm uma relação especial com o Cordeiro, e eles são selados com um nome específico. Eles também cantam um hino especial. Porque razão são os 144.000 tão importantes? É porque eles são comissionados com a maior missão dos últimos dias: preparar o mundo para a volta de Jesus. No entanto, muitos estão desorientados por questões óbvias: afinal quem é exatamente este santo exército e quem irá preencher as suas fileiras, antes do fim?
Embora não possamos ser “comentadores de algo sucedido” da salvação para compreender todos os detalhes específicos deste assunto profético, o estudo da Palavra de Deus é sempre acompanhado com grandes bênçãos. Gostaria de acrescentar que quando estudamos estes temas, entramos numa aventura em terreno sagrado. Embora eu vos apresente este estudo com grande confiança, eu respeito a opinião de outras pessoas, memo tendo compreensão diferente. Assim, gostaria de encorajar a cada pessoa a fazerem uma pausa agora e orar para compreender como nós vamos começar esta aventura pela busca da verdade.
Por onde começar?
Para realmente compreender a identidade dos 144.000, primeiro é preciso considerá-los a partir dos dois principais pilares da verdade nas Escrituras que descrevem esta grande assembléia. A primeira passagem é encontrada em Apocalipse 7:1-4: Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus. Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.
A Escritura, em seguida, explica que este distintivo corpo selado é composto de exatamente 12.000 a partir de cada uma das 12 tribos de Israel, que são; Judá, Rúben, Gade, Aser, Naftali, Manassés, Simeão, Levi, Issacar, Zebulom, José e Benjamin. Deve-se ver com cuidado que esta lista das tribos é única, porque é o único momento na Escritura em que a lista das tribos aparece nessa ordem particular (depois veremos mais sobre isso).
A segundo principal passagem vem em Apocalipse 14:1-5: Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai. Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz de grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem a sua harpa. Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. São estes os que não se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro; e não se achou mentira na sua boca; não têm mácula.
Os samaritanos & as dez tribos perdidas
Talvez a nossa primeira preocupação deve ser a tarefa de determinar se estes 144.000 não são atualmente 12.000 israelitas literais de suas respectivas 12 tribos. Embora essa crença seja comum em muitos círculos cristãos, depois de um olhar mais atento, torna-se evidente que esta é simplesmente impossível. Mesmo um olhar casual no Velho Testamento revela uma importante pista. Porque a 10 tribos do norte se tornaram completamente idólatras, Deus permitiu que os assírios os levassem como escravos em 722 aC. “No ano nono de Oséias, o rei da Assíria tomou a Samaria e transportou a Israel para a Assíria; e os fez habitar em Hala, junto a Habor e ao rio Gozã, e nas cidades dos medos “(2 Reis 17:6).
Quando as tribos de Judá e Benjamin foram posteriormente transportadas para fora de Babilônia, depois de passar 70 anos em cativeiro, milhares retornaram. Mas com as 10 tribos, a história nunca registrou qualquer êxodo maciço da Assíria para Israel. Em vez disso, o rei da Assíria transportou um conjunto heterogêneo de pessoas, ou seja, de nações pagãs para a terra de Israel, na região de Samaria.
“O rei da Assíria trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e de Sefarvaim e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; tomaram posse de Samaria e habitaram nas suas cidades. “(2 Reis 17:24).
O rei da Assíria disse que enviou um sacerdote hebreu para ensinar esses pagãos sobre o Deus de Israel, mas não a partir do exílio das 10 tribos (2 Reis 17:27). Eles acabaram se tornando conhecidos como os famigerados samaritanos. Como é evidente, mesmo no Novo Testamento, os judeus detestavam este grupo. Por quê? Eles já não eram puros Israelitas no sangue ou na religião. A História também registra de que muito antes do tempo de Jesus, as 10 tribos exiladas se casaram com Assírios, portanto, perderam a sua identidade distinta! Hoje, um genealogista iria ter dificuldade em encontrar um único descendente puro da tribo de Gade, Aser, Naftali, Manassés, Simeão, e muito menos 12.000 descendentes puros! De fato, porque essas tribos foram tão meticulosamente espalhadas por todo o mundo e assimilados por hospedar outras nações, é muito possível que você tenha vestígios de Abraão no seu sangue!
“Saberão que eu sou o SENHOR, quando eu os dispersar entre as nações e os espalhar pelas terras”. (Ezequiel 12:15).
Quem é um verdadeiro israelita?
Na superfície, ainda pode ser fácil acreditar que os 144.000 são enumerados literalmente a partir de 12 tribos de Apocalipse 7. Mas uma leitura rápida revela que quanto mais se aproximamos do tempo de Jesus, a maior parte das profecias de Israel são focalizados nos filhos-da-fé ou Israel espiritual, independentemente de terem sangue judeu ou gentio. Aqui está uma pequena amostra dos muitos textos que estabelecem essa verdade. “Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus. “(Romanos 2:28,29). “E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.” (Galatas 3:29). O Senhor disse aos antigos israelitas,”E você será para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa “(Êxodo 19:6). Repare que no Novo Testamento, Pedro aplica esse título para o Israel espiritual ou a Igreja: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (1 Pedro 2:9). Tiago dá uma das mais convincentes provas das Escrituras de que os Apóstolos visualizavam as tribos no sentido espiritual. “Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que se encontram na Dispersão, saudações. “(Tiago 1:1). O teor da carta de Tiago é claramente dirigida aos cristãos, e, ainda assim, ele se refere a eles como judeus espirituais de 12 tribos espirituais.
Quantas tribos?
Não quero ser enfadonho, mas para realmente compreender o assunto, uma breve lição sobre as tribos do Velho Testamento possa ser necessária para a clareza. Na realidade, você sabia, houve na verdade 13 tribos – isso é certo! Você vê, as 12 tribos originais vieram de todos os 12 filhos de Jacó, a quem o Senhor tinha mais tarde renomeado como Israel. Quando os irmãos mais velhos de José, o vendeu para a escravidão, foi o começo de uma longa e dolorosa separação de sua família. Após a reunião com o seu pai, Jacó prometeu compensar José pelos anos de separação, adotar seus 2 filhos, Manasses e Efraim, para serem numerados no lugar de José “Agora, pois, os teus dois filhos, que te nasceram na terra do Egito, antes que eu viesse a ti no Egito, são meus; Efraim e Manassés serão meus, como Rúben e Simeão”. (Gênesis 48:5).
Vamos fazer os cálculos. Quando os dois filhos de José foram contados como tribos no lugar do seu pai, agora temos 13 tribos, tecnicamente. Uma razão por que você ainda continua ouvindo de apenas 12 tribos através da Bíblia é porque depois o Levitas foram escolhidos para serem os sacerdotes de Israel, eles foram excluídos de receber qualquer território específico como herança. Em vez disso, eles foram escolhidos entre todas as tribos, como professores e sacerdotes. “Somente não contarás a tribo de Levi, nem levantarás o censo deles entre os filhos de Israel” (Números 1:49).
Conectados como um ponto de interesse, também podemos perguntar quantos estavam sentados na Última Ceia. A resposta é 13 – os 12 apóstolos, e entre eles Jesus como seu sumo sacerdote. Durante a Páscoa, 13 tribos apresentavam-se: as 12 tribos regulares e, em seguida, o Levitas servindo como os sacerdotes.
Também, se fosse importante para o Senhor usar apenas as 12 tribos literais em igual número para completar a 144.000, não vamos esperar que Jesus escolhesse Seus apóstolos de forma parecida? Mas não parece ter importância para Jesus que seus apóstolos viessem das 12 diferentes tribos de Israel, pois a maioria dos Seus apóstolos eram da tribo de Judá. As exceções são Mateus-Levi, que foi, provavelmente, da tribo de Levi, e Paulo, que era da tribo de Benjamin (Romanos 11:1).
Além disso, as 12 tribos no Antigo Testamento foram muito desiguais em tamanho populacional. Judá foi muito grande, enquanto Benjamin era muito pequeno. Na verdade, Deus dividiu a Terra Prometida entre as tribos de acordo com a proporção de suas necessidades da população. Ainda com o 144.000, são exatamente 12.000 por tribo. Este é o mais um forte indício de que ele não está falando das tribos literais de Israel.
O que há em um nome?
Então, por que Deus trouxe para o problema especificamente os nomes das 12 tribos quanto a contagem dos 144.000? Esta é uma dos primeiras e mais atraente das pistas de que deve haver algum significado espiritual oculto para as tribos enumeradas em Apocalipse 7. Lembre-se, esta é a única vez que os filhos de Jacó são dispostos nesta ordem, e ainda mais especificamente, a maneira pela qual as tribos são ordenadas diz alguma coisa também. Em primeiro lugar, José e Levi são incluídas, enquanto Efraim e Dan são deixados de fora. Por quê? Bem, talvez porque os nomes estão no significado simbólico e as profecias afirmam: “Dan será serpente junto ao caminho, uma víbora junto a vereda” (Gênesis 49:17). Pode também ser porque o nome Dan significa “juiz” e os 144.000 são um grupo especial que são selados e vindicados sobre este ponto. Tanto quanto Efraim, a Bíblia declara,

7 de fevereiro de 2011

A SEXTA IGREJA DO APOCALIPSE

A 45 quilómetros a este de Sardes, localizava-se Filadélfia. Tal como Tiatira, estava situada numa ampla colina, entre dois férteis vales. Vindo de um dos vales entrava-se na cidade por um dos portões – uma “porta aberta” – através das montanhas que ficavam a leste, contribuindo consideravelmente para o sucesso comercial e influência cultural de Filadélfia. A exemplo do que acontecia com as outras cidades da lista (as sete igrejas do Apocalipse), de tempos em tempos Filadélfia era sacudida por terramotos. Parece que os seus habitantes se sentiram particularmente assustados depois de um desses terramotos, vivendo nos campos fora da cidade em cabanas e barracas durante um longo período com receio de tremores ou réplicas.
1. Que mensagem é dada a esta Igreja?
Rª: “E, ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de David; o que abre e ninguém fecha; e fecha e ninguém abre: Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome.” Apocalipse 3:7,8.
Nota explicativa: “Filadélfia” significa “amor fraternal”. Este é um bonito nome que lhe foi dado pelo rei Átalo II Filadelfo (159-138 a.C.,) de Pérgano, em memória do seu irmão mais velho, o rei Eumenes II.
Quando se faz a aplicação histórica, considera-se que a mensagem a Filadélfia é apropriada para os diversos movimentos que se sucederam dentro do protestantismo desde o século XVIII e a primeira parte do século XIX, cujo o principal objectivo era tornar a religião um assunto vital e pessoal. Pensemos nos grandes movimentos evangélicos e no movimento adventista da Europa e Estados Unidos, a restauração do espírito de amor fraternal evidenciando a piedade prática, contrastando com as formas vazias e formais da religião tradicional.
Nesta nota queremos realçar também no v.8 “uma porta aberta”, no versículo anterior diz que Cristo tem a chave de David, e o v.8 pode sugerir que com essa “chave” abre a ante a igreja de Filadélfia uma “porta” de oportunidades ilimitadas para a vitória pessoal na luta contra o pecado e para dar testemunho da Verdade salvadora do Evangelho. De modo similar se usa uma “porta” como símbolo da oportunidade em Actos 14:27; 1ª Coríntios 16:9; 2ª Coríntios 2:12; Colossenses 4:3.
Os Adventistas do Sétimo Dia defendem que o fim do período de Filadélfia (1844) assinala o começo do juízo investigativo descrito em Daniel 7:10; Apocalipse 14:6-7. Cristo nosso Sumo Sacerdote (Heb. 4:14,15; 8:1) ministra no santuário celestial, “ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, que o Senhor fundou, e não o homem” Hebreus 8:2. Então, o ritual no santuário terrestre consistia essencialmente em duas partes: o lugar santo, no serviço de ministrar diariamente pelo pecado; e o lugar santíssimo, o serviço anual no dia da expiação, que era considerado como o dia do juízo (Heb. 9:1, 6,7 ver Dan. 8:11,14). É nesta perspectiva que o santuário terrestre servia como “figura e sombra das coisas futuras” (Heb. 8:5), é razoável concluir que os serviços diários e anuais deste santuário têm a sua equivalência no ministério de Cristo no Santuário celeste. Falando em termos simbólicos do santuário terrestre – “figura do verdadeiro” -, pode afirmar-se que o dia da verdadeira expiação que começou em 1844, o nosso Sumo Sacerdote deixou o lugar santo do santuário celeste (o pátio é representado pela terra onde Jesus sofreu o sacrifício à semelhança do cordeiro que era imolado no pátio) e entrou no lugar santíssimo. Portanto, a “porta fechada” seria a do lugar santo do santuário celestial, e a “porta aberta”, a do lugar santíssimo”, onde Cristo desde essa altura tem ministrado na obra do grande dia na verdadeira expiação. Por outras palavras: a “porta fechada” indica o término da primeira fase do ministério celestial de Cristo, e a “posta aberta”, o começo da segunda fase.
2. Que exortação encontramos da parte de Cristo?
Rª: “Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus e não são, mas mentem; eis que eu farei que venham, e adorem, prostrados aos teus pés, e saibam que eu te amo. Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há-de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” Apocalipse 3:9,10.
Nota explicativa: “guardarei da hora da tentação”, não se trata de um período específico ou profético, antes um “tempo”, ou “hora” usa-se aqui o mesmo sentido que em 3:3. Em harmonia com as repetidas referências no Apocalipse à iminência do regresso de Cristo (ver cap. 1:1), sem dúvida é uma referência a um longo período de prova que antecede a segunda vinda. Outra expressão similar é “os que habitam na terra.” Está em relação com (6:10; 8:13; 11:10; 13:8,14; 17:2,8) usam-se uma e outra vez no Apocalipse para referir-se aos ímpios, sobre os quais serão derramados os castigos divinos. Há um realce significativo aos fiéis pelo facto de guardarem a Palavra de a terem em alta estima e particularmente no coração. Seguramente, o total despojamento da parte dos fiéis na perspectiva da volta de Jesus.
3. Os crentes manifestam uma grande impaciência, anseiam pelo encontro com o Salvador. Que lhes diz Cristo?
Rª: “Eis que venho, sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” Apocalipse 3:11.
Nota explicativa: há nestas palavras um tom de amor, como da noiva que nutre um enorme anseio que o noivo chegue e este exclama “já não falta muito!”. É um renovar da aliança, das promessas, estas palavras lembram o Salmo 23. Os inimigos já são dificilmente suportados e eles reconhecem “que eu te amo” (3:9, cf. Salmo 23:5). A reciprocidade do amor é realçado pelas pelos dois verbos “guarda o que tens”, guardar e ter, por isso “eu te guardarei” (3:10). É a fórmula da aliança dos profetas: “Tu serás meu povo e eu serei o teu Deus” (Deut. 6:7; Jer. 24:7; 30:22; 31:33; 32:38; Ezeq. 36:28, etc.)
4. Como termina esta carta a Filadélfia?
Rª: “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” Apocalipse 3:12,13.
Nota conclusiva: “o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus”, v. 12. É também a declaração do amor do livro Cantares “o meu amado é meu, e eu sou d´Ele” (Cant. 2:16; 6:3; 7:11). E esta relação de amor exclusivo e refrescante é evidenciado no próprio nome dos membros da igreja de Filadélfia, “amor”, assim como a cidade recebeu o nome do seu amado, os crentes desta igreja recebem o nome do seu Deus que se confunde com o da Nova Jerusalém que desce do Céu. Há muito mais a dizer neste texto; há o carácter da igreja que se confunde com o carácter de Deus, ou sim, a imagem do Criador será plenamente restaurado em todos os filhos fiéis do amado Senhor. Esta linguagem figurada também deve entender-se com o que implica nos santos que por amor venceram, por amor foram vitoriosos e por isso serão plenamente e finalmente possessão de Deus.
Amo muito este período, oro para que esta fidelidade contagie os fiéis da última igreja, a de Laodiceia. Amem.

2 de fevereiro de 2011

CARTA À IGREJA DE LAODICEIA

Sir Isaac Newton e um considerável número de outros comentadores da Bíblia consideram que Daniel e Apocalipse sugerem que as sete igrejas do Apocalipse prefiguram sete eras futuras da história da igreja. Essa forma de interpretar as castas, ou seja, como portadoras de um conteúdo profético, é um benefício adicional ao histórico ou seja há um benefício espiritual que provém das mensagens dirigidas às sete igrejas que as receberam, e igualmente às igrejas cristãs, através dos tempos.
Assim, as igrejas representariam sete fases da experiência da igreja, no período compreendido entre a ascensão de Cristo até à Sua segunda vinda.
1. Qual é mensagem de Cristo para a última igreja?
Rª: “E, ao anjo da igreja que está em Laodiceia, escreve: Isto diz o Ámen, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente!” Apocalipse 3:14,15.
Nota explicativa: “Laodiceia”, este nome define-se por “juízo do povo”, ou “um povo julgado”. O último termo parece o que está mais perto do significado da palavra original. A distancia que há entre esta cidade e Filadélfia é de 65 quilómetros. Laodiceia foi fundada por um rei seleucida de nome Antíoco II Teos (261-246 a.C.), terá recebido este nome em honra de Laodice, esposa do rei. Nos dias de João era um centro comercial próspero que se especializava na produção de tecidos de lã. Ficava perto da cidade de Colossos e Hierápolis e muito cedo na era cristã se formaram comunidades cristãs nestas cidades (cf. Col. 4:13).
A mensagem fundamental é: “nem és frio nem quente”, sugere que deve ter tido um significado muito especial para os cristãos daquela época e particularmente desta cidade. Um dos principais pontos de interesse desta região era uma série de cascatas de água salobra vindas das termas de Hierápolis. Estas cascatas formam pequenos lagos ou bacias de águas naturais mornas, muito apreciadas pelos turistas. Os relatos históricos e as ruínas de Hierápolis não deixam margem a dúvidas de que a água termal fluía no primeiro século da era cristã. A água morna era, pois, algo familiar aos laodicenses; descrevia adequadamente a sua condição espiritual.
A condição de mornidão espiritual da igreja de Laodiceia era mais perigosa que se estivesse fria. O cristianismo tíbio contém a forma e o conteúdo do Evangelho em quantidade suficiente para adormecer as faculdades perceptivas do espírito. Isto leva a que os crentes esqueçam o esforço diligente necessário para levantar bem alto o ideal de vida vitoriosa de Cristo. É o típico cristão laodicense, satisfeito com a rotina das coisas e orgulhoso do progresso que ainda assim se consegue. É praticamente impossível convencê-lo da sua grande necessidade e como está longe da meta que lhe é proposta: a perfeição.
2. Que ameaça está subjacente como consequência desta mornidão?
Rª: “Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.” Apocalipse 3:16.
Nota explicativa: “vomitar-te-ei”, a figura da água morna prossegue até à lógica conclusão. Convém recordar que a água de Hierápolis, além de ser morna, tem mau gosto por causa do seu conteúdo mineral. Esta água desagrada, produz náuseas; o que a bebe quase involuntariamente vomita (cf. 3JT, p.15).
3. Que pensa o cristão (igreja) morno/a e a que é aconselhado/a?