15 de junho de 2014

A VISÃO DO TRONO DO CRIADOR - APOCALIPSE 4

O Cristo ressuscitado chama agora a João para que suba no Espírito para ter uma nova visão e um olhar dentro do céu (Apoc. 4:1). O Espírito lhe permite ver através de "uma porta aberta" na sala do trono do Todo-poderoso. Tal privilégio foi concedido só a poucos servos de Deus, tais como Miqueias (1 Reis 22:19-22), Isaías, Ezequiel e Daniel. Enquanto Isaías estava adorando no templo de Jerusalém tinha visto Deus sentado em um trono no céu, rodeado por serafins e anjos. Esses guardiões do trono estavam louvando a Deus cantando: "Santo, santo, santo, Jeová dos exércitos; toda a terra está cheia de sua glória" (Isa. 6:3).

Enquanto estava cativo em Babilónia, também foi permitido ao profeta e sacerdote Ezequiel ver os céus abertos. Conta que viu a semelhança de 4 criaturas viventes sustentando o trono de Deus. Esses seres levavam o trono semelhante a uma carruagem para Jerusalém para convocar a cidade apóstata diante do divino Juiz. Descreve os 4 seres como tendo 4 asas e 4 rostos que se pareciam com os rostos de um homem, um leão, um boi e uma águia (Ezeq. 1:5, 6, 10). Sobre as cabeças dos 4 portadores do trono, Ezequiel viu "uma expansão a maneira de cristal maravilhoso" (v. 22) e ainda por cima daquele firmamento, "a figura de um trono" com alguém sentado sobre ele que tinha "a forma de homem" (v. 26). Ao redor do trono viu um arco íris (v. 28). O impacto dessa visão do trono foi tão entristecedora que Ezequiel diz que ao contemplá-la "caí com o rosto em terra" (v. 28, NBE).

Quando João estando em Patmos descreve sua visão do trono, usa palavras que fundem as duas visões anteriores de Isaías e Ezequiel. Embora contemple a majestade do Deus de Israel, só descreve a Deus por sua aparência de brilho que resplandecia como o "jaspe" e a vermelha "cornalina" [BJ]. Além disso, vê um halo em forma de um arco-íris, semelhante em aspecto à esmeralda, ao redor do trono (Apoc. 4:3), como se queria significar que a graça divina rodeia a justiça Omnipotente. João também vê 4 criaturas viventes ao redor do trono que se parecem com os que Ezequiel havia descrito (vs. 6, 7). Entretanto, João os combina com os serafins da visão de Isaías, porque diz que cada ser tinha 6 asas em vez de 4 (Apoc. 4:9) e tinha um rosto em vez de 4 (ver Ezeq. 1:6). Também diz que os seres estavam "cheios de olhos pela frente e por trás" (Apoc. 4:6), um detalhe tirado das rodas do trono de Deus que aparece no Ezequiel 1:18. O Apocalipse mostra uma fluidez com o simbolismo hebreu que desafia nossa exigência de exatidão fotográfica.

Uma característica importante na visão que João teve do trono, que não se vê nos profetas anteriores nem nas visões apocalípticas judaicas, é a de 24 pequenos tronos ao redor do trono de Deus sobre os quais estão sentados 24 anciões [presbúteros] "vestidos de roupas brancas, com coroas de ouro em suas

10 de junho de 2014

UMA APLICAÇÃO HISTÓRICA DAS TROMBETAS

Para começar, desejo enfatizar a natureza simbólica das visões que Deus deu a João, "para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer" (Apoc. 1:1; também 4:1; 17:1; 21:9; 22:1, 6, 8). A linguagem apocalíptica não deve ser limitada às descrições literais da nossa moderna sociedade tecnocrata. Antes esta linguagem exige que determinemos o que simboliza. Tomar as descrições visionárias como realidades literais, da mesma maneira que os livros de Génesis e Êxodo descrevem história, é um mal-entendido básico da intenção de João. Não obstante, os comentadores que apoiam o sistema futurista de interpretação supõem simplesmente que, as 4 primeiras trombetas descrevem colisões repetidas de meteoros ou asteróides com a terra. As visões de João exigem que perguntemos: Onde e como usa o Antigo Testamento estes quadros em sua perspectiva profética? Rechaçamos tanto os princípios do literalismo como os do alegorismo para a linguagem apocalíptica do livro porque são enfoques especulativos. Está mais em harmonia com o pensamento bíblico, ver as trombetas como juízos do pacto sobre os que quebrantam o pacto. João usa a linguagem e os símbolos do pacto, não descrições seculares e de adivinhação.

Na era da igreja, Cristo executa os juízos preliminares sobre as fortalezas do reino das trevas. O som de trombeta era um símbolo familiar de guerra santa (ver Núm. 10:9; Sof. 1:16; Jer. 4:5, 19, 21; Ezeq. 7:14).

As trombetas descrevem Cristo como o Leão da tribo do Judá (Apoc. 5:5) ou o Guerreiro santo, começa a enviar os seus juízos preliminares. Usa os agentes tradicionais da guerra santa, tais como o fogo, o granizo, a espada, as pragas, o escurecimento dos céus, as lagostas e os escorpiões, um terramoto, e até anjos caídos, porque tudo permanece sob o seu domínio soberano. Nas trombetas, Cristo põe em atividade uma série de juízos de admoestação.

A aplicação histórica das trombetas é notoriamente difícil e discutível. A maioria dos comentadores se abstém de fazer qualquer aplicação concreta à história. Não obstante, estamos obrigados a identificar as realidades históricas às quais se referem as trombetas de guerra. O nosso guia mais seguro é a profecia mestre de Jesus em Mateus 24, que está apoiada no esboço apocalíptico do Daniel (ver Mat. 24:15).

Jesus se refere especificamente aos juízos messiânicos sobre Jerusalém e Judeia por meio do exército romano entre os anos 66 e 135 d.C. (ver Mat. 24:15-21; Luc. 21:20-24). Paulo aplicou as profecias de Daniel concernentes ao quarto império mundial a Roma imperial, a que seria removida como "o que impede" ou "o que o freia" antes do surgimento do anticristo (ver 2 Tes. 2:7). Paulo esperava que o anticristo se revelasse posteriormente dentro do templo de Deus, só para ser julgado e destruído na vinda de Cristo (2 Tes. 2:4, 8).

Tanto Jesus como Paulo indicaram os juízos vindouros de Deus na era cristã. Como o Senhor soberano da história, Cristo usa os governantes terrestres como seus instrumentos de castigo, assim como Deus tinha usado antes os reis de Assíria (Isa. 10:5, 6), de Babilónia (Jer. 25:8-11) e da Pérsia (Isa. 44:28; 45:1) como seus instrumentos. Ao mesmo tempo, os profetas anunciaram que Deus também julgaria e castigaria as nações que tinha usado porque tinham excedido os limites assinalados por Deus com crueldades e vangloria idólatras (Isa. 10:5-7, 12; Jer. 25:15-26; 51:47-49, 55, 56; Dan. 5:24-28).

O estilo de Deus para executar justiça deve começar com o seu próprio povo do pacto ("começarão por meu santuário", Ezeq. 9:6). Jeremias declarou que a taça da ira divina seria derramada primeiro sobre o Israel rebelde:

"Porque se na cidade que leva meu nome comecei o castigo, vós ides ficar impunes? [as nações gentias inimigas]. Não ficareis impunes, porque eu reclamo a espada contra todos os habitantes do mundo, oráculo do Senhor dos exércitos" (Jer. 25:29, NBE; ver também Amós 3:2 e Miq. 3:12).

O Antigo Testamento descreve quão terrivelmente sofreram Jerusalém e todo o Israel quando o exército de Babilónia destruiu finalmente Jerusalém e seu templo no ano 586 a.C. (2 Crón. 36:15-19; Lam. 4:11). O mesmo juízo foi predito por Daniel para o templo reconstruído de Jerusalém, esta vez pelo pecado supremo de expor o Messias a uma morte violenta (Dan. 9:26, 27). Isto se cumpriu, de acordo com a aplicação do Jesus, quando o exército romano destruiu a cidade e o templo no ano 70 d.C. e continuou devastando a terra do Israel até que a rebelião de Bar-Koba foi sufocada em 135 (Mat. 23:32, 37-39; 24:1, 2, 15-21; Luc. 19:41-44; 21:20-24).

Jesus tomou uma imagem de juízo de Ezequiel que também forma parte do simbolismo da trombeta: "Porque se à árvore verde fazem isso, que se fará à árvore verde?" (Luc. 23:31). Ezequiel anunciou que o Deus do Israel acenderia um fogo [em Jerusalém] "o qual consumirá em ti toda árvore verde e toda árvore seca" (Ezeq. 20:47). Jesus usou este simbolismo da árvore para anunciar o juízo iminente sobre Jerusalém. A metáfora das "árvores" representa claramente o povo, e se aplica em particular aos israelitas (tanto no Ezeq. 20 como no Luc. 23:31). David Aune o explica assim: "Se Jesus, que é inocente, está a ponto de ser executado, quanto mais aqueles que são culpados (os judeus que rechaçaram a Jesus) pagam essa penalidade".1

A Primeira Trombeta Aplicada à História
A primeira trombeta anuncia "saraiva e fogo misturados com sangue" que foram lançados sobre a terra e queimaram uma terça parte das árvores e de erva verde (Apoc. 8:7). Esta combinação irreal de sangre com granizo do céu assinala uma descrição simbólica dos juízos de Deus sobre os primeiros perseguidores do Israel messiânico.

No seu discurso profético, Jesus começou por informar os seus discípulos a respeito de "guerras e rumores de guerras" (Mat. 24:6), mas na seção paralela descreveu a queda de Jerusalém e as aflições do povo judeu (vs. 15-19), junto com a aflição do povo messiânico de Deus (vs. 20, 21). Quando João escreveu o Apocalipse, ainda não tinha terminado a guerra de Roma contra os judeus. O exército romano às ordens do Trajano e Adriano continuaram desolando a Judeia até ao ano 135, quando 50 cidades e 985 povos foram destruídos e despovoados. João Wesley comenta sobre a primeira trombeta o seguinte: "Dessa forma, a vingança começou com os inimigos judeus do reino de Cristo".2

Jesus tinha declarado: "Eu vim para lançar fogo sobre a terra" (Luc. 12:49). Para ele, uma figueira estéril que estava no caminho para Jerusalém representava a nação judia. O Seu ato simbólico de lhe lançar uma maldição (Mat. 21:19) funciona como um tipo do simbolismo da árvore na primeira trombeta. Tanto os dirigentes como os seus seguidores foram tidos como responsáveis por sua incredulidade ao Cordeiro que Deus tinha enviado a Israel. Cristo advertiu: "E te derribarão, a ti e a teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação" (Luc. 19:44).

A Segunda Trombeta Aplicada à História
A segunda trombeta descreve como "[algo] como um grande monte envolto em fogo foi arrojado ao mar", causando que uma terceira parte do mar se convertesse em "sangue", destruindo os seres vivos que estavam no mar e as naves (Apoc. 8:8, CI). Esta representação simbólica ("algo parecido") toma suas imagens da queda de Babilónia descrita em Jeremias 51; Deus julgou a antiga Babilónia por "todo o mal que eles fizeram a Sião" (Jer. 51:24).

"Eis que sou contra ti, ó monte que destróis, diz o Senhor, que destróis toda a terra; estenderei a mão contra ti, e te revolverei das rochas, e farei de ti um monte em chamas" (Jer. 51:25).
Assim o "destruidor" (Babilónia) seria destruído pelo Deus de Israel, ao ser arrojado no mar. Os "montes" foram usados no Antigo Testamento como símbolos de nações (ver Isa. 2:2, 3; 11:9; 13:4; 41:15; Dan. 2:35, 44, 45; Ezeq. 35:2, 7, 8; Zac. 4:7). Jon Paulien observou o seguinte:

"Em passagens que se referem a juízo, montes que representam nações sempre são o objeto dos juízos de Deus, nunca os agentes de seus juízos (Isa. 41:15; 42:15; Ezeq. 35:2-7; 38:20; Zac. 4:7)".3
Depois do ano 70, tanto judeus como cristãos viram em Roma imperial uma nova "Babilónia", porque Roma, como Babilónia, tinha destruído o templo e Jerusalém (4 Esdras 3; 2 Baruque 10-11; 1 Enoc 18). Pedro inclusive menciona "Babilónia" como um nome misterioso para Roma (1 Ped. 5:13). O segundo toque de trombeta anuncia o juízo de Cristo sobre o monte ardente ou império de Roma. Depois da queda de Jerusalém veio a queda de Roma. João descreve a queda de Babilónia do tempo do fim com uma imagem similar:

"Então, um anjo forte levantou uma pedra como grande pedra de moinho e arrojou-a para dentro do mar, dizendo: Assim, com ímpeto, será arrojada Babilónia, a grande cidade, e nunca jamais será achada.  ... E nela se achou sangue de profetas, de santos e de todos os que foram mortos sobre a terra" (Apoc. 18:21, 24).

Este paralelo notável entre a segunda trombeta e Apocalipse 18 assinala o mesmo motivo dos juízos: o clamor dos santos martirizados! Diz Paulien:
"O mar que se converte em sangre na segunda trombeta representa provavelmente uma completa mudança proléptica da perseguição do povo de Deus pelos ímpios mencionados em Apocalipse 16:4-6 (cf. 18:24). Recebem isso em pago pelo que têm feito".4
A segunda trombeta indica que tanto o monte como o mar são julgados, "converteram-se em sangue". O "mar" era um símbolo corrente para os povos da terra (Isa. 57:20; 17:12, 13; Jer. 51:41, 42; Dan. 7:2, 3, 17). Dessa maneira, a segunda trombeta anuncia não só a queda de Roma mas também a devastação de sua ordem social e económica: "E morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruída a terça parte das embarcações" (Apoc. 8:9).

A Terceira Trombeta Aplicada à História
A terceira trombeta anuncia que "uma grande estrela" chamada "Absinto" cairia do céu ardendo como uma

2 de junho de 2014

É POSSÍVEL QUE SE TENHA MUDADO DO SÁBADO PARA O DOMINGO?

1.      O que diz a Bíblia da possível alteração do sábado para o domingo?
Rª: “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo.” (Daniel 7:25)

2.      Qual dos mandamentos da lei trata algo sobre tempo?
: Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou. (Êxodo 20:8-11)
Nota: Somente o 4° mandamento trata de algo sobre tempo. O propósito do Sábado é dar à Deus e Seu povo tempo para estarem mais próximos. O quarto mandamento nos dá tempo para edificarmos nosso relacionamento com Deus, para a contemplação de Suas bênçãos para nós. Se alguém obedece o quarto mandamento como Deus deseja existirão poucas dúvidas sobre esta pessoa guardar o restante dos mandamentos. Não é surpresa então, que Satanás tem atacado este mandamento. Ele bem sabe que se puder destruir o relacionamento pessoal com Deus, as pessoas vão terminar servindo a Satanás. Não é de admirar que Deus tem lutado contra este poder que cuidaria em mudar os tempos na lei.

O SÉTIMO DIA

3.      Qual dia Deus especificou para separarmos como dia especial no qual Deus e Seu povo edificam um sólido relacionamento junto?
Rª: “Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.” (Êxodo 20:10)
Nota: Deus separou  o 7° dia como um tempo especial para conseguir estar próximo ao Seu povo.  Para descobrir qual é o 7° dia, temos somente que dar uma olhada no calendário para ver que o 7° dia é o Sábado e não o domingo.

4. Houve qualquer mudança na qual foi afetado o ciclo semanal?
Nota: Desde o tempo de Jesus, houve somente uma grande mudança que aconteceu no calendário Juliano para o Gregoriano em 1582. O calendário Juliano permitiu um grande salto nos anos. Como resultado, o calendário foi sincronizado com o ano solar, sendo assim, dez dias foram tirados do calendário em outubro de 1582, mas o ciclo semanal não foi mudado. A ordem dos dias da semana permaneceu a mesma. Somente a numeração mudou.
5. Que outras evidências existem que o dia da semana chamado sábado é o mesmo sétimo dia bíblico?
a. Mais de 105 línguas usam o sábado como uma palavra que vem da raiz “Sabbath." Por exemplo: Grego = Sabbaton; Russo = Subbota; Italiano = Sabbato; Espanhol: Sábado;

b. A história dos judeus, que tomou o sábado do Êxodo, e que ainda toma o Sabbath sobre o sábado hoje, indica claramente que este é o sétimo dia.

c. Durante o Êxodo, por 40 anos, Deus pelo milagre do maná revelou qual era o sétimo dia. Existia sempre em quantidade suficiente para cada dia, mas qualquer pessoa que o colhesse para o próximo dia, o maná sempre estragava. Contudo, no sexto dia uma dupla porção de maná caia do céu e as pessoas colhiam o suficiente para dois dias sem que o maná estragasse. Aos sábados, o maná não caia do céu.

6. Que mais evidências bíblicas existem que o sétimo dia é sábado?

Rª 1.  Jesus morreu numa sexta feira. O dia em que Ele morreu é chamado na escritura de dia de