27 de janeiro de 2011

O PRIMEIRO SELO DO APOCALIPSE

No estudo dos 7 selos do Apocalipse vamos encontrar as cenas mais inimagináveis possíveis; um leão que é um cordeiro, um anjo misterioso que “sela” os servos de Deus; almas debaixo do altar, clamando: “Até quando?”; cavalos de diferentes cores; cavaleiros com aspecto angelical e cavaleiros de morte. Estamos num contexto profético e histórico. Jesus tinha prometido a João mostrar “o que deve acontecer depois destes dias”. Apocalipse 4:1.
1. Que viu João (estando preso na Ilha de Patmos), à mão direita do que Se assentava no trono?
Rª: “E VI, na dextra do que estava assentado sobre o trono, um livro, escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.” Apocalipse 5:1.
Nota: “O quinto capítulo do Apocalípse deve estudar-se com cuidado. É da maior importância para os que hão-de desempenhar uma parte na obra de Deus nos últimos dias” (3JT 414).
Nota explicativa: O nosso texto de Apoc. 5:1, fala-nos de “um livro, escrito por dentro e por fora”, sabemos que livro ou rolo tem como génesis a mesma palavra biblion. No Novo Testamento o tipo mais comum de livro era o rolo de papiro, e sem dúvida é um “livro” como este que João vê. Refere também o texto bíblico que está escrito por dentro e por fora. Alguns comentaristas (comentadores) sugerem que esta passagem deveria ter uma vírgula depois de “dentro”, e neste caso significaria: “escrito por dentro, e por fora selado com sete selos”.
Segundo a pontuação da Ferreira de Almeida, bem como outras versões, a passagem indica que o rolo estava escrito de ambos os lados. Esta interpretação é digna de ser tomada em conta por duas razões. Em primeiro lugar, a expressão grega ésõthern kái ópisthen, “por dentro e por fora”, parece ser uma unidade composta por dois advérbios que soam de maneira semelhante, o que implica que devem ser compreendidos em conjunto; em segundo lugar, os antigos rolos de papiro, devido à natureza do material, poucas vezes excediam os 10 m de comprido. Normalmente estava escrito só por dentro, mas devido ao seu tamanho limitado por vezes era usado o verso do papiro, isto se o assunto era muito extenso de forma que o espaço na frente não era suficiente. Esta passagem parece corresponder a um caso como esse, o que sugere que o assunto era extenso e necessitava ser escrito de um lado e do outro.
Torna-se devido ao teor do versículo explicar também os “sete selos.” Como é do conhecimento geral o número sete é símbolo de perfeição (ver Apoc. 1:11), esta indicação implicaria que o “livro” estava perfeitamente selado. Na verdade, ninguém a não ser o Cordeiro poderia abri-lo (cap. 5:3,5). Abrir este livro não é uma questão de força física, dignidade ou posição, mas de vitória e coragem moral.
2. Que fez o Cordeiro com este livro?
Rª: “E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos? E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele. E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele. E disse-me um dos anciãos: Não chores: eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de David, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos. E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes, e entre os anciãos, um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus, enviados a toda a terra. E veio, e tomou o livro da dextra do que estava assentado no trono.” Apocalipse 5:2-7
Nota explicativa: A simples leitura destes versos levam o leitor a compreender que é muito solene o que se passa junto ao trono de Deus. No caso, o destino do Universo está em causa. Esta cena começa a desenhar-se desde Apocalipse 4:1: “… e te farei ver o que deve acontecer depois destas coisas.” A visão dos sete selos é no que à solenidade diz respeito diferente da visão das sete Igrejas. Nesta o profeta o profeta via também as coisa “que são”, e também “as que hão de acontecer depois destas.” Apocalipse 1:19. A visão dos selos marca uma viragem no livro do Apocalipse. As visões serão exclusivamente sobre o futuro.
O texto de Apocalipse 5:7 revela “… veio, e tomou o livro” ou seja; Cristo faz o que nenhum outro ser pode fazer. Esta acção é um símbolo da Sua vitória sobre o mal, e quando o faz, ressoa por todo o Universo um hino de uma magnitude que é entoado por toda a criação. As palavras de João “veio, e tomou”, são as de um homem cuja a pena com que escreve treme nas suas mãos de tão impressionado ao descrever as cenas que passam diante dos seus olhos. Com excitação e admiração declara que Cristo: “tomou” o livro.
3. Porque foi Cristo declarado digno de abrir os selos?
Rª: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação.” Apocalipse 5:9.
Nota explicativa: O coro celestial é o primeiro em reconhecer que Deus vindicou e anulou as acusações feitas por Satanás, por meio da vitória de Seu Filho. Os 24 anciãos são representantes dos santos que foram presos do mal, libertos pelo sangue e graça de Jesus. Os santos aparecem diante do Universo espectador como testemunhas da justiça da da graça de Deus (Apoc. 5.5; cf. Efésios 3:10).
“Digno és de tomar o livro”, a morte de Cristo, que trouxe salvação para o homem e que ao mesmo tempo revelou a misericórdia do carácter de Deus, é o fundamento da dignidade de Cristo.
4. E tendo aberto o primeiro selo o que foi visto?
Rª: “E, HAVENDO o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia, como em voz de trovão: Vem, e vê.”Apocalipse 6:1.
Nota explicativa: “E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos”. Esta declaração projecta luz sobre o significado dos selos: “A (dirigentes judeus) decisão de (crucificar Cristo) foi registada no livro que João viu na mão d´Aquele que está sentado no trono, o livro que nenhum homem pode abrir. Com todo o seu caráter vindicativo surgirá esta decisão diante deles no dia em que este livro seja aberto pelo Leão da tribo de Judá” (PVGM – Palabras de vida del gran Maestro, p. 236). Esta declaração mostra que no livro de registo, entre outras coisas, as ações dos judeus durante o julgamento de Cristo, e que no grande dia do juízo final (ver cap. 20:11-15) este inimigos de Jesus terão de enfrentar o registo das suas ímpias ações. É pois razoável concluir que o livro contém também um registo de outros acontecimentos significativos do grande conflito dos séculos.
Pode considerar-se que as cenas reveladas aquando da abertura dos selos tem uma aplicação específica e uma outra geral (ver cap. 1:11), como sucede com as mensagens às sete igrejas. As cenas representam especificamente as fases sucessivas da história pela qual passaria a igreja na terra.
5. Que aparece na abertura do primeiro selo?
Rª: “E olhei, e eis um cavalo branco, e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.” Apocalipse 6:2.
Nota explicativa: “… um cavalo branco”. Os mais avalizados comentadores defendem a tese que este cavalo branco é um símbolo da Igreja da era apostólica (c. 31-100 d.C.), quando a pureza da fé – sugerida pela cor branca – e o zelo os levou a conquistar os maiores triunfos espirituais da história cristã. Sem dúvida, nenhum século depois do primeiro século da era cristã viu uma expansão tão brilhante do reino de Deus. O arco na mão do cavaleiro simboliza conquista, e a coroa (stéfanos; ver Apoc. 2:10), vitória. O Evangelho foi pregado simultaneamente de forma rápida e extensa, que quando Paulo escreveu aos colossenses por volta do ano 62 a.C., declarou que o Evangelho “o qual foi pregado a toda a criatura que há debaixo do céu,…” (Col. 1:23).
Conclusão: “Os membros da igreja estavam unidos em sentimento e ação. O amor a Cristo era a cadeia de ouro que os unia. Prosseguiam em conhecer o Senhor mais e mais perfeitamente, e a suas vidas revelavam o júbilo e a paz de Cristo…Em cada cidade a obra era levada para frente. Almas eram convertidas e estas por sua vez sentiam que precisavam falar do inestimável tesouro que haviam recebido.

O SEGUNDO SELO DO APOCALIPSE

O conteúdo do livro não é revelado. Só a forma é indicada e no primeiro selo abre-se ligeiramente o “véu”, mas nada mais. Sendo um “rolo” só no final ou seja, quando se abrirem todos os selos se pode ler o conteúdo. Advinha-se porém, a esperança, etapa após etapa na abertura do mesmo reafirma-se a esperança viva e certa que há boas noticias.
1. Que surge com abertura do segundo selo?Rª: “E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, que dizia: Vem, e vê.
E saiu outro cavalo, vermelho; e, ao que estava assentado sobre ele, foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.” Apocalipse 6:3,4.
Nota explicativa: Surpreendentemente, depois de um cavalo branco, surge um de cor “vermelho”. O vermelho do segundo cavalo não pressagia nada de bom, infelizmente no entanto, representa bem a cor sob a qual viveu a igreja do ano 100 até ao ano 313 d.C., as violentas perseguições sob a tirania dos imperadores romanos estão simbolizadas neste cavalo vermelho.
2. Qual era a missão daquele que estava sentado sob o cavalo vermelho?Rª: “e, ao que estava assentado sobre ele, foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros;” Apocalipse 6:4.
Nota explicativa: Perseguição aos cristãos é o nome dado aos maus tratos físicos ou psicológicos, incluindo agressões e mortes sofridas por cristãos por causa da sua fé na pregação de Jesus. Estas perseguições foram levadas a cabo na Antiguidade não somente pelos judeus, de cuja religião o Cristianismo era visto como uma ramificação, mas também pelos imperadores do Império Romano, que controlava grande parte das terras onde o Cristianismo primitivo se distribuiu, e onde era considerado uma seita. Tal perseguição pelos imperadores teve fim com a legalização da religião cristã por Constantino I, no início do século IV. http://pt.wikipedia.org/wiki/Persegui%C3%A7%C3%A3o_aos_crist%C3%A3os
Uma mulher cristã é martirizada sob Nero
 numa recriação do mito de Dirce
 (pintado por Henryk Siemiradzki, 1897, Museu Nacional de Varsóvia).


3. Como se iniciou a perseguição aos cristãos?Rª: O primeiro caso documentado de perseguição aos cristãos pelo Império Romano relaciona-se a Nero. Em 64, houve um grande incêndio em Roma, destruindo grandes partes da cidade e devastando economicamente a população romana. Nero, cuja sanidade já há muito tempo havia sido posta em questão, era o suspeito de ter intencionalmente ateado fogo. Em seus Annales, Tácito afirma que “para se ver livre do boato, Nero prendeu os culpados e infligiu as mais requintadas torturas em uma classe odiada por suas abominações, chamada cristãos pelo populacho”. Tácito, Annales, XV.
4. Qual foi o argumento para perseguir os cristãos?Rª: Ao associar os cristãos ao terrível incêndio, Nero aumentou ainda mais a suspeita pública já existente e, pode-se dizer, exacerbou as hostilidades contra eles por todo o Império Romano. As formas de execução utilizadas pelos romanos incluíam crucificação e lançamento de cristãos para serem devorados por leões e outras feras selvagens. Os Annales de Tácito informam: “... uma grande multidão foi condenada não apenas pelo crime de incêndio mas por ódio contra a raça humana. E, em suas mortes, eles foram feitos objetos de esporte, pois foram amarrados nos esconderijos de bestas selvagens e feitos em pedaços por cães, ou cravados em cruzes, ou incendiados, e, ao fim do dia, eram queimados para servirem de luz noturna”. Tácito, Annales, XV.44.
5. Como continuaram as perseguições durante o século II da era cristã?Rª: “Em meados do século II, não era difícil encontrar grupos tentando apedrejar os cristãos, incentivados, muitas vezes, por seitas rivais. A perseguição em Lyon foi precedida por uma turba violenta que pilhava e apedrejava casas cristãs.” Eusébio, História Eclesiástica 5.1.7
6. Como era incitada a perseguição aos cristãos?Rª: Uma das mais famosas histórias é a de um homem que se fazia passar por “profeta” cristão e tendo domesticado uma cobra, esta sob determinados gestos que ele fazia espantava o povo e criava revolta contra os cristãos. Os governadores romanos das diferentes províncias romanas mandavam matar os cristãos. O povo a qualquer que fosse apontado como cristão apedrejava.
7. Que foi dada ao cavaleiro do cavalo vermelho?Rª: “…e foi-lhe dada uma grande espada.”
Nota explicativa: A “espada”, em grego májaira, uma espécie de grande faca ou espada usada para combater (ver Mat. 10:34; João 18:10). Não há dúvida que os cristãos deste período sofreram fome, sede, desconforto e poderiam sentir-se desamparados por Deus. No entanto, eles encontravam em Deus a mesma proteção de Abraão: “Eu sou o teu escudo”. Génesis 15:1. Frequentemente sob fogo inimigo, David animava-se com a mesma promessa: “O Senhor é a minha força e o meu escudo.” Salmo 28:7. E também: “Tu és o meu refúgio e o meu escudo.” Salmo 119:114.
Aflição, opressão e angústia sobrevêm a todos nós. Mas, na abertura deste selo do Apocalipse, os cristãos encontraram na hora da morte, que Ele (Jesus) estava ao lado e os livrava do temor, esta era garantida pela Sua ressurreição (Apoc. 6:9-11; 7:9-17); e mesmo durante a pior angústia, na crise do fim do tempo, Ele pode proteger-nos com o “selo do Deus vivo”. Apocalipse 7:1-3. Amem.

20 de janeiro de 2011

O TERCEIRO SELO DO APOCALIPSE

O cristianismo estendeu-se de Jerusalém para a Judeia, de Samaria até aos confins da Terra, vitorioso e para vencer (Atos 1:8). Paulo disse: “o mundo inteiro – tal como ele o conhecia – tinha ouvido o evangelho (Colossenses 1:6,23). Os opositores diziam que o cristianismo tinha “transtornado o mundo” (Atos 17:6).
1. Qual era a cor e o simbolismo sob o terceiro selo?
Rª: “E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto, e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão.” Apocalipse 6:5
Nota explicativa: O termo “Vem” que é regularmente pronunciado nos primeiros quatro selos, não pode estar a referir-se a João e, a aplicação que se possa fazer ao cavalo só pode ser em parte. Na verdade, o “Vem” dirige-se ao Cordeiro e concerne a vinda de Jesus Cristo. O verbo grego “erkhestai” é na verdade o termo técnico para designar a vinda de Cristo. É a mesma forma imperativa, “erkhou”, que aparece na conclusão do livro para exprimir a oração suplicante (Apoc. 22:7,20).
2. Qual é o significado da “balança na mão”? (Apoc. 6:5)
Rª: Na língua original o termo balança é “zugós” ou “jugo”, pela semelhança com os braços da balança (muito semelhante ao jugo que é colocado sobre os bois). Pode considerar-se que este símbolo descreve a condição espiritual dentro da Igreja depois da legalização do cristianismo no século IV, quando a Igreja e o Estado se uniram. Depois dessa união, a Igreja preocupou-se especialmente com os assuntos seculares e, em muitos casos produziu-se uma falta de espiritualidade. Esta balança tem também uma relação com a preocupação desmesurada com as coisas materiais.
3. A que está associado o “preto”? (cavalo preto)
Rª: Esta profecia do terceiro selo visa o tempo quando a Igreja (538-1517) está tão preocupada pelo êxito temporal que negligencia de nutrir o povo espiritualmente. Neste texto, o cuidado económico (símbolo da balança) e material sugere o grão de trigo que é medido e o dinheiro que compra. Há uma ambivalência e evoca a atenção material da Igreja e a fome espiritual dos cristãos; um acompanha, naturalmente, o outro.
4. Em que período se enquadra o terceiro selo?
Rª Como já foi sugerido, é o tempo em que a Igreja se afirma como poder temporal, tendo um território. A Itália acaba de ser liberta do poder ariano (538 d.C.,). A Igreja pode instalar-se sem obstáculos. Como o faz notar Y. Congar: “as bases de uma visão hierárquica e de descendência, e finalmente teocrática do poder". (Y. Congar, L´Eglise de saint Augustin à l´époque moderne, Paris, 1970, p.32). Gregório o Grande (590-604) é considerado como o primeiro papa “ao acumular as funções, os deveres, e as responsabilidades de chefe de Estado e da Igreja” (J. Isaac, Genèse de l´Antisémitisme, Paris, 1956, p. 196).
Nota: É por esta altura que oficialmente se estabelece o papado como descendente de Pedro e, daí em diante tem prosseguido a sucessão; nem Cristo, nem Pedro falaram de tal assunto - não se encontra nas Sagradas Escrituras - por isso, não tem o selo de Divino (Daniel 7:25).
5. Qual é a consequência deste poder temporal e politico?
Rª: A Igreja perde o contato com o estudo da Bíblia. A instituição e a tradição suplantam pouco a pouco a referência ao verbo inspirado das Escrituras. Esta lição da história da Igreja fala ainda nos nossos dias e soa como aviso contra todas as Igrejas que se instalam. Sempre que a Igreja focaliza os seus esforços na estrutura a consequência é a pobreza espiritual do povo. A história mostra também, quando a Igreja afirma a autoridade como verdade. O dogma substitui o estudo da Palavra de Deus. Deste modo surge a intolerância e a opressão.
6. Que diz o verso seguinte?
Rª: “E ouvi uma voz, no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro, e não danifiques o azeite e o vinho.” Apocalipse 6:6.
Nota explicativa: A voz ordena: “não danifiques o azeite e o vinho.” Esta restrição de não danificar o azeite e o vinho torna-se inesperada. Normalmente, a oliveira e a vinha, têm raízes mais profundas que os cereais, por isso, resistem melhor à seca e sobrevivem ao trigo e à cevada. por outro lado, a distinção por um lado do grão, e por outro lado o óleo e o vinho, referem uma aplicação simbólica separada, e se interpretarmos cada um destes três produtos no sentido espiritual a Escritura dá o seguinte:
O grão do qual se faz o pão simboliza a Palavra de Deus (Deut. 8:3; cf. Mat. 4:4; João 6:46-51; Neemias 9:15; Salmo 146:7).
O óleo simboliza o Espírito Santo (Salmo 45:8; Zacarias 4:1-6).
O vinho simboliza o sangue de Jesus Cristo (Lucas 22:20; 1ª Cor. 11:25).
Conclusão: A profecia do terceiro selo, por qualquer ângulo que se queira analisar a conclusão é sempre a mesma; a fome e a seca de ordem espiritual ela tem evidência na Palavra de Deus, mas também, o Espírito Santo, bem como o sangue de Jesus Cristo, foram retirados da refeição espiritual que deveria alimentar o povo. A Igreja perdeu o sentido da sua vocação; ela deixou de cuidar das necessidades espirituais e teológicas dos fiéis. O povo deixou de ser alimentado com o pão do Céu, em vez, deu-se-lhe “palha” (tradições, abominações pagãs). Esta atitude ainda hoje se percebe na Igreja romana e nas que se lhe submetem.
Qual é o verdadeiro pão do Céu? “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” João 17:17

16 de janeiro de 2011

A NOVA ORDEM MUNDIAL

Esta manhã (domingo) ao olhar o escaparate dos jornais fiquei “surpreendido”, em destaque podia ler-se “Contas públicas suspeitas de ´luvas´. Logo a seguir dizia: “DIAP e PJ investigam eventuais pagamentos de subornos a funcionários.
A curiosidade aguça-se e folheio o jornal na página seguinte leio: “falta tudo nas cidades devastadas pelo temporal, desde alimentos a luz e água potável (Rio de Janeiro). Habitantes explorados por comerciantes sem escrúpulos. Outro drama é o imenso número de mortos, que já não cabem nas morgues improvisadas. Com os corpos em avançado estado de decomposição, a Justiça autorizou o enterro imediato em sepulturas improvisadas, mesmo dos que ainda não foram identificados, depois de serem fotografados e terem material genético recolhido.
Questiono-me, será que ainda há mais alguma notícia relevante? Volto a página: “Em menos de 24 horas desde a fuga do presidente Zine el Abidine Bem Ali, a Tunisia vive momentos de caos, aplacados com a saída do Exército para a rua, e teve já dois presidentes interinos.”
Não termina sem falar na enorme catástrofe da Austrália, apesar da tragédia, quase já não é noticia.
“Tony Blair, o ex-chefe do governo britânico leu uma passagem da Bíblia sobre S. João Batista antes de ordenar uma ataque aéreo no Iraque, revela o seu ex-conselheiro Alastair Campbell.” (cito Correio da Manhã)
Há seca nalguns lugares, enchente noutros. Furacões, terramotos, incêndios, tragédias aéreas, doenças misteriosas e incuráveis, enfim, ninguém pode negar que o mundo dirige-se perigosamente para a sua autodestruição.
Neste contexto leio o texto do Apocalipse 21:1-4: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povo de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.”
Este será o início da verdadeira nova era. Não tem nada a ver com a era de aquárius neste mundo apodrecido e contaminado pelo vírus do pecado. Não se trata de melhorar este planeta. Trata-se de um mundo completamente novo.
Já alguma vez se perguntou a si mesmo: Por que será preciso que este mundo seja destruído por ocasião da volta de Cristo? Lembra-se do cataclismo universal que o autor de Apocalipse descreve? “E o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar”(Apocalipse 6:14) E São Pedro acrescenta: “Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas”(II Pedro 3:10)
Isto significa uma convulsão geral no nosso planeta, mas a pergunta é, por quê? Porque o mundo que Jesus encontrará no Seu retorno não será o mundo perfeito que Ele entregou ao ser humano no Jardim do Éden. Deus criou e entregou ao homem um mundo maravilhoso e nós o tornamos um grande cesto de lixo ecológico. Ele criou seres humanos equilibrados e felizes e nós nos tornamos máquinas enlouquecidas devoradoras de prazer. Portanto, é preciso que tudo seja destruído por ocasião da Sua volta, para Ele poder fazer tudo de novo.
E aí está agora, descrita pelo apóstolo João a nova terra. Sem mais dor, nem tristeza, nem doença, nem morte.
O quadro da história humana está completo. Se você começar a ler a Bíblia perceberá algo interessante. Génesis começa por relatar a criação de um mundo perfeito. Tudo era maravilhoso. Existia harmonia e equilíbrio na criação. Quando chegamos ao capítulo 3 apresenta a entrada do pecado neste mundo. Satanás disfarça-se para levar o ser humano a adorar qualquer coisa, menos a Deus, e também para levá-lo a desobedecer. Os seres humanos caem. Entra o sofrimento, a dor, a desconfiança, o egoísmo, o espírito de acusação e crítica, a inveja, enfim, tudo e muito mais do que lemos no jornal desta manhã. O equilíbrio ecológico fica alterado, aparecem espinhos e a terra torna-se improdutiva. É um caos.
A partir daí começa a história do pecado deste triste mundo. Ao longo da história, milhões perderam a vida, envelheceram, foram infelizes. Carregaram na sua curta existência, mutilações físicas e psicológicas das quais nunca puderam libertar-se.
Deus ao ver o os seres lindos que Ele criou (Adão e Eva) desamparados e cheio de medo, medo deles próprios e de tudo; até do amado Criador. O Senhor apresenta o plano de salvação. Um cordeirinho é sacrificado para cobrir com a sua pele a nudez do homem. Deus estava com isso a dizer que um dia enviaria o Seu próprio Filho, o Cordeiro de Deus, que seria a única saída para o problema humano. Deus queria restaurar o homem ao seu estado original enquanto o inimigo, por seu lado, tentava consumar a destruição.
A Bíblia toda, relata a partir dali, a grande luta entre Cristo e Satanás, pelo coração do homem. Satanás seduziu, enganou, e por vezes obrigou a raça humana a rejeitar a Deus e seguir seus próprios caminhos, enquanto Jesus teve sempre um povo que O adorava e Lhe obedecia.
O Apocalipse é o desfecho de tudo. Ali se descreve a luta final, ali se desmascara o inimigo e seus estratagemas, ali também se adverte a humanidade da urgência e do perigo do tempo em que vivemos.
O mundo será destruído e com ele serão destruídos os que fecharam os ouvidos ao clamor divino.
A história chega ao fim. Cristo volta a reclamar Seus fiéis, os leva durante mil anos para o céu, depois os traz de volta para uma terra completamente refeita, nova, transformada.
O profeta Isaías diz que nesta terra, os remidos “edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam…”(Isaías 65:21 e 22).
Pode existir mais justiça social do que esta? A luta entre o capital e o trabalho terá chegado ao fim. Não existirá mais exploração, nem classes sociais, nem diferenças de poder aquisitivo.
A violência também terá chegado ao fim. Veja o que a Bíblia diz em Isaías 65:25: “O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi… Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor”.
Este é o fim de tudo e o começo de uma vida sem fim. Apocalipse termina relatando a vitória final de Jesus e Seus remidos e a erradicação completa do pecado. Todos os que decidiram segui-Lo, estarão com Cristo no lar, afinal.
Ao longo da história porém, milhares de filhos fiéis a Deus, morreram na areia do deserto, esperando o cumprimento da promessa. O autor da carta aos hebreus, capítulo 11, do verso 33 ao 39, se refere a esses filhos fiés. Veja o que ele diz:”Os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros. Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos ao fio da espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra.
Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa”.
Eles viram a terra de longe, mas não entraram nela. Acreditaram na promessa pela fé, mas foram surpreendidos pela morte. Mas a história não se repetirá porque ao vivermos já no terceiro milênio e vermos os sinais da volta de Cristo, temos a certeza absoluta de que, breve, muito breve, estaremos com Cristo, no lar afinal!
Este é um momento solene porque quando olhamos para o mundo em que vivemos,olhe,assista ao jornal ou compre hoje os jornais escritos,dê uma olhada nas notícias,eu não sei há quantos anos não deixa de haver guerra em algum ponto do planeta,há violência,há tragédia,há desonestidade,gente que rouba no maior sangue frio e depois vai à televisão com um sorriso e diz que é tudo mentira.E você,pobre trabalhador,que sua, que paga seus impostos,fica revoltado e se pergunta:Até quando é que vai se fazer justiça? Este planeta não pode continuar mais.É por isso que ás vezes,em alguns países há jovens rebeldes querendo mudar a estrutura da sociedade,tomam armas,matam,fazem guerrilha.Mas hoje nós vimos que existe remédio para este mundo:Cristo!E Ele prometeu,está escrito na sua palavra que a história de pecado neste mundo não vai continuar para sempre,está tudo chegando ao fim.E esta série de temas que estamos apresentando não é para assustá-lo.É verdade que nós vemos escrito no livro de Apocalipse coisas relacionadas com cataclismos,terremotos,com perseguição,com luta de consciência,furacões enfermidades incuráveis,pragas,flagelos,mas o objetivo do senhor Jesus Cristo não é apavorar as pessoas.O objetivo desta série também não foi assustá-lo ,mas fazer com que você abra os olhos e perceba que estamos vivendo nos últimos anos da história deste mundo.E que o espírito trabalhe em seu coração,criando em você o desejo de preparar-se para a volta de Cristo.Eu quero estar na manhã da ressurreição quando Cristo voltar.Meu pai morreu,hoje descansa no pó da terra,mas ele tem um encontro marcado comigo,e quando o anjo fizer soar a trombeta eu quero abraçar meu próprio pai,eu quero abraçar os amigos que a morte me arrancou .Nesse dia você também pode estar no grupo dos vitoriosos,mas para isso você precisa abrir o coração.Você precisa dizer:Senhor Jesus,eu me rendo a Ti! Eu me entrego nas tuas mãos! Faça isso,agora!

10 de janeiro de 2011

O QUARTO SELO DO APOCALIPSE

Os primeiros quatro dos sete selos são conhecidos como os quatro cavaleiros do Apocalipse. Estamos na abertura do quarto selo e surge o quarto animal; um cavalo amarelo, o termo no original dá ideia de uma cor lívida, extremamente pálida, não é tanto a cor que surpreende, antes o aspecto cadavérico do cavalo. Sugere sem dúvida a morte e o terror.
1. Vejamos o que diz a Bíblia sobre este selo.
“E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem e vê. E olhei, e eis um cavalo amarelo (kloros), e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra.” Apoc. 6:7,8.
2. Quem anuncia a abertura do quarto selo?
“E ouvi uma voz, no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro, e não danifiques o azeite e o vinho.” Apoc. 6:6.
Nota: Ao ler o texto bíblico podemos ser induzidos a pensar que é um dos quatro animais que anuncia a abertura do quarto selo. O texto bíblico diz: “E ouvi uma voz, no meio dos quatro animais.” A voz que sai do meio dos quatro animais só pode ser a voz de um dos “seres viventes” (ler Apoc. 5), tendo em atenção a visão de João no que refere à “porta aberta no céu” (Apoc. 4), o quarto ser vivente “era semelhante a uma águia voando” (Apoc. 4:7). A imagem da águia em conjunto com a aparência do cavalo deduz-se objectivamente que a missão é: perseguição, ameaça de morte.
a) O voo da águia ou é de vigilância ou de ataque inesperado.
b) Um cavalo amarelo (cor que não existe neste animal) pressagia algo muito mau.
3. Quem segue o cavalo amarelo?
“e o inferno o seguia” (Apoc. 6:8)
Nota explicativa: “inferno”, em grego, “hádês”, “a morada dos mortos” (ver Mat. 11:23). A morte e o Hades são personificados e representados: cavaleiro e cavalo; a morte segue-os.
4. Que poder lhes foi dado?
“matar a quarta parte da Terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra” (6:8).
Nota explicativa: A lista apresentada é assustadora; quarta parte, espada, fome, peste e feras da terra. O que se pode dizer: é que há uma degradação progressiva da civilização depois da guerra. Os estragos da espada, que mata os homens e destrói as colheitas, produz a fome e consequentemente provoca pestes; a sociedade fica tão debilitada que não tem meios para se proteger contra os ataques das feras.
Sendo este um período particular da história cristã, parece caracterizar o período que vai desde o ano 538 a 1517 (…), ou seja o começo da Reforma. Sem dúvida é o perído em que a Igreja Romana se revela como portadora de morte e de opressão; ela persegue todos os que lhe são suspeitos, todos aqueles que ela julga herejes ou infiéis. É o tempo das guerras das religiões. É o tempo das cruzadas, da inquisição e das fogueiras. No horizonte surge uma nova mentalidade, pode mesmo prever-se à sombra da opressão o nazismo nutrido pelos “ensinos do desprezo” (a expressão é de Jules Isaac na Genèse de l`antisémitisme, Paris, 1956, p. 131ss).
Que triste papel desempenhou a Igreja Romana na história? Assim acontece quando nos desviamos da Pura Palavra de Deus, ela é a "lâmpada" e não há outra!
"Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho." Salmo 119:105

3 de janeiro de 2011

O QUINTO SELO DO APOCALIPSE

Católicos e protestantes hoje vivem em paz. Excepção feita à alguma hostilidade que ainda subsiste em países como: China, Irlanda do Norte, Índia, países de maioria muçulmana e países de regime comunista.
Antes de prosseguirmos, observemos atentamente o que diz estes dois versículos:
1º) "Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus." (João 16:2)
2º) "O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus." (II Tessalonicenses 2:4)

O processo da inquisição: No século V a Igreja de Roma auto-intitulou-se Igreja Católica "Apostólica" Romana. A denominação Católica, quer dizer universal, universalidade; a denominação Romana explica-se pelo fato da sede da igreja estar em Roma; mas não se compreende o "Apostólica" visto ela ter deixado de seguir os seus ensinamentos, ela perde progressivamente as qualidade da Igreja fundada por Cristo: a TOLERÃNCIA, a CARIDADE, o AMOR ao PRÓXIMO, perde o sentido do louvor e da reverência a Cristo. O Senhor era reverenciado pelos Apóstolos, por Ele viviam e a Ele anunciavam por toda a parte e a ninguém mais, pergunta-se: De onde vem esse termo "Apostólica"?
Breve resumo:
a) Jesus Cristo, o Salvador (início das perseguições ano 34 - era cristã); Estêvão é o primeiro mártir cristão.
b) Tiago segundo mártir Apostólico e junto com ele dois outros seguidores de Cristo (ano 44);
d) Filipe, martirizado em Frígia (ano 54);
e) Mateus (ano 60);
f) Nero (sexto imperador de Roma) iniciou a 1ª perseguição geral contra a Igreja do Senhor. Este louco endemoninhado pôs fogo em Roma e para livrar-se das complicações deste ato diabólico culpou os cristãos... Daí por diante, os reis e governantes de todo o mundo passaram a culpar os cristãos por tudo de ruim que acontecia, seja terramotos, tempestade, fome, epidemias... etc. Tudo era culpa dos cristãos, deste modo iniciou-se (ano 67), uma tremenda perseguição aos crentes;
g) A partir do ano 313 até 361, Constantino, o grande, nascido na Inglaterra, invadiu Roma com o seu exército e ali se estabeleceu, abraçou a fé cristã, fez do cristianismo religião oficial do Império Romano e parou de perseguir os crentes (fora de Roma a perseguição e a morte dos crentes continuava). Após a morte de Constantino outros imperadores romanos assumiram o posto e voltaram a perseguir e a matar os verdadeiros cristãos, só que agora sob as ordens dos Bispos de Roma, os quais passaram a fazer parte do Governo/Poder a partir de 538 a.D.

De 34 a 196 a Igreja do Senhor, em consequência da perseguição, dispersa-se para além do território de Israel e forma pequenas comunidades por várias cidades e países e não se corrompeu;
A comunidade que estava em Jerusalém era a Sede e coordenava todas as outras e Tiago era o primeiro líder e não Pedro (Em Atos. 15:13 ao 29, pois é Tiago quem dá instrução a toda a Igreja na época);
Uma outra comunidade que se estabeleceu em Roma começou em resultado da “conversão” de Constantino deixa-se seduzir pelo poder. Por volta de 370 começou também a fortalecer-se militarmente. E assim seguiu Roma o seu caminho, continuou a corromper-se e também a fortalecer-se, e deixa de guardar a sã doutrina ensinada pelos Apóstolos e dos seus discípulos, preocupada que estava a conservar o poder dos bispos concedido por Constantino.

Aurélio Agostinho (em latim: Aurelius Augustinus), dito de Hipona conhecido como Santo Agostinho (Tagaste, 13 de novembro de 354 - Hipona, 28 de agosto de 430), foi um bispo, escritor, teólogo, filósofo e é um Padre latino e Doutor da Igreja Católica. Defende que o bem da verdade e da unidade é mais importante do que a libertdade, e defende que se imponha ao herege, pagão ou outro a sã doutrina.

O imperador Justiniano, em 529, obrigou que todos os súbitos do Império se tornassem cristãos, sob pena de perderem os bens e os direitos civis. Desaparece, dessa maneira, a antiga mansidão cristã e passa-se a igualar a unidade religiosa com unidade política. Assim, heresia é subversão, crime contra a unidade do Estado.
O Papa Alexandre III (1159-1181) estendeu a toda a Igreja o Direito Canónico, que determinava a intervenção ativa diante do desvio da fé. Fala-se agora em guerra contra os hereges, cruzada contra os infiéis, especialmente contra os cátaros no sul da França. Em 1209, foi atacada a cidade de Béziers e 7 mil pessoas são queimadas vivas dentro das igrejas onde se lia partes da Bíblia.
A legislação torna-se sempre mais dura e o papa Lúcio III, em 1184, estabelece o direito penal a ser aplicado contra os hereges. Todos, autoridades e leigos, estão obrigados a denunciar os hereges sob pena de perderem os bens. Por que essa mudança? É que os interesses do Estado e da Igreja estão cada vez mais unidos e caldeados, papas e reis estão empenhados na unidade da fé para garantir a unidade política.
A unidade religiosa é confundida com o bem comum e os reis são os mais ativos na caça aos hereges, que lhes pareciam uma ameaça à ordem interna. Os castigos cruéis provém mais dos príncipes do que dos papas.

Em 1199, o papa Inocêncio III qualifica a heresia de crime de lesa majestade (crime contra o rei, o Estado, traição). Como para esses crimes o Estado aplicava a pena de morte, defende-se a mesma pena para os hereges que não aceitassem a autoridade e doutrina/tradição da Igreja.
O IV Concílio de Latrão (1215) elevou este princípio à doutrina para toda a Igreja, ordenou que os hereges fossem caçados em todos os lugares, não se arrependendo tivessem os bens confiscados e entregues ao Estado para a pena devida (serem queimados). Seus herdeiros também sofriam o confisco dos bens e o exílio.
Frederico II, imperador alemão; foi um dos grandes entusiastas da Inquisição, pois dela gostava de se servir para assassinar todos os adversários políticos. Isso aconteceu em todos os lugares, especialmente na Espanha, onde o Tribunal da Inquisição foi confiado aos reis que o manipularam para a eliminação de opositores, judeus e muçulmanos.
Como bispos e príncipes nem sempre fossem zelosos e persistentes na caça aos hereges, em 1232 o papa Gregório IX entregou o Tribunal às novas Ordens mendicantes, especialmente aos dominicanos. Os Inquisidores realizam um trabalho realmente “científico”, elaborando Directórios e Manuais para os processos. A máquina funcionava em França, Itália, Alemanha, Países Baixos, Espanha. O papa Inocêncio IV chegou a admitir o uso da tortura nos tribunais (1252).
Inicialmente o objetivo da Inquisição era apenas a heresia, abundante na época: cátaros, albigenses, valdenses, passaginos, josefinos, esperonistas, arnaldistas, begardos, etc. Também era suspeito de heresia quem conversava com um herege. Com o tempo, O Manual ensinava ao Inquisidor 50 maneiras para impedir que o demónio se servisse para impedir o ato sexual, provocar impotência ou aborto.
Martinho Lutero, começa a reforma em 1517, por volta do ano 1546, Roma tornou-se implacável, a Bíblia foi literalmente substituída pela Tradição e quem não aceitava tinha a fogueira
 como paga, quantos milhares senão milhões de crianças, mulheres e homens
 foram torturados, rasgados em pedaços!  
As mulheres foram as grandes sofredoras. Entre 1627 e 1630, quase todas as parteiras de Colónia (Alemanha) foram eliminadas. As “bruxas” (geralmente mulheres de má aparência) eram culpadas de todos os males da sociedade europeia. Isso foi longe: ainda em 1721, em Freising, na Alemanha, a sala das torturas era incensada, celebrava-se a missa pelo bom sucesso do trabalho e abençoavam-se os instrumentos de tortura. Isso vale para católicos e protestantes, pois todas as Igrejas da Reforma (protestantes, anglicanos e calvinistas) admitiram o uso da Inquisição.

1. Ao abrir-se o quinto selo, que foi visto sob o altar?
Rª: “E, havendo aberto o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.” Apoc. 6:9
Nota: Quando os reformadores expuseram a obra do papado, foi então trazido à memória o grande número de mártires que tinha sido mortos pela fé.

2. Que diz a Bíblia sobre este mártires?
Rª: “E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” Apoc. 6:10.
Nota: O cruel tratamento que tinham recebido clamava por vingança, assim como o sangue de Abel clamava a Deus desde a terra. Gén. 4:10. Não estavam no Céu, mas debaixo do altar sob o qual tinham sido mortos. Sobre este ponto diz o Dr. Adão Clarke: “O altar está na Terra, não no Céu.”

3. Que é dado a esses mártires?
Rª: “E foram dadas, a cada um, compridas vestes brancas, e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram.” Apoc. 6:11.
Conclusão: Estes tinham sido mortos durante os séculos compreendidos nos selos anteriores: os seus perseguidores, a maior parte, ao menos, tinham morrido. E se tivessem recebido castigo ao morrer, como alguns supõem, por que se incomodariam os mártires pela sua punição? Nesta, como noutras partes da Bíblia, é usada a figura da personificação, em que objectos inanimados são representados como vivos e com a capacidade de falar, e coisas que não são, como se fossem. (Ver Juízes 9:8-15; Hebreus 2:11; Romanos 4:17), estes mártires sucumbiram como hereges debaixo da escuridão e superstição que prevaleceu em particular no selo anterior, cobertos de ignominia e vergonha. Agora, à luz da Reforma, o seu verdadeiro carácter aparece, e são vistos como justos, e daí lhes serem dadas “vestes brancas.” “O linho fino são a justiça dos santos.” Apoc. 19:8. Justiça lhes é atribuída; e após terem repousado por mais um pouco – debaixo do altar – até que outros que deveriam perecer por causa da fé, os seguissem, juntos então haverão de despertar para a vida e a imortalidade.
Foi com esta esperança que morreram e na manhã da ressurreição verão o Seu Senhor e terão corpos incorruptíveis, tal como o do próprio Senhor. Grande o privilégio de viver e morrer por Cristo!