O Mundo Dominado no Conflito Final por Forças Demoníacas.
Através das épocas, Satanás tem elaborado um plano magistral para o engano final de o todo mundo no fim dos séculos. O clímax dos seus desígnios milenários será assinalado pela irrupção de espíritos demoníacos — “espíritos imundos,” expressamente identificados como “espíritos de demónios.” Estes fomentarão o cataclismo final da Terra. Passo a paso, o maligno prepara o caminho para a sua obra-prima de engano, as últimas mistificações do espiritismo. Estas alcançarão o seu ponto culminante nas cenas descritas no Apocalipse:
“Então vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos seme-hantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajun-tá-los para a peleja do grande dia do Deus todo-poderoso.” Apoc. 16: 13 e 14.
Esta passagem torna claro que os “espíritos de demónios” irão fomentar os últimos ventos da guerra. Os anjos caídos e os réprobos aliam-se na derradeira e desesperada confederação do mal, incentivada por um poder de baixo. Os dirigentes da Terra nela se envolvem. É o que nos apresenta a Inspiração.
Somente o cristão cuja a mente tenha sido fortalecida pelas advertências da Palavra de Deus poderá reconhecer essa assombrosa falsificação preparada pelo maligno, a qual abrangerá praticamente o “mundo inteiro” com o seu engano sedutor.
A cena precedente ocorre na última hora do tempo, imediatamente antes da segunda vinda de Cristo (V. 15). Culmina com o morticínio final — a batalha destruidora do Armagedom. Temido através dos séculos e aproximando-se agora a passos gigantescos, o último conflito devastador envolverá as nações do “mundo inteiro,” porque será inspirado pelos “espíritos imundos,” ou “espíritos de demónios.” Ocorre no fim do tempo de graça, e a apostasia do mundo sofrerá o derramamento
dos juízos finais de Deus (Vs. 19-21).
dos juízos finais de Deus (Vs. 19-21).
Por conseguinte, na hora culminante da Terra serão os “espíritos de demónios, operadores de sinais” que procurarão envolver os dirigentes da humanidade. Serão empregues poderes sobrenaturais e milagres, com o objetivo de enganar. Incapazes de explicar os “milagres” de Satanás, muitos os atribuirão ao poder de Deus, e assim a humanidade será enredada. O apóstolo Paulo declara que a Segunda Vinda ocorrerá depois que se tenha manifestado “a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça” (II Tess. 2:9 e 10). Estas coisas estão acontecendo em nossos próprios dias. Quando se realizam milagres por “espíritos” que asseverem ser nossos amigos mortos, podemos saber que eles são “espíritos de demônios, operadores de sinais” (Apoc. 16:14).
Dois poderes antagónicos se enfrentam no último grande conflito: Cristo, o Criador e Redentor do homem, e os que Lhe são leais; e o príncipe das trevas e os que se alistaram sob sua bandeira. Estes representam os dois reinos opostos que lutam pela supremacia — o governo justo, de Deus, e o governo rebelde, de Satanás, que foi expulso do Céu e está agora fazendo suas últimas tentativas na Terra. Todavia, como já dissemos, o fim do conflito foi predito pela Inspiração: a absoluta derrota e aniquilação de Satanás e de seus seguidores demoníacos e humanos. Isto constitui o assunto dos derradeiros capítulos do livro de Apocalipse.
O espiritismo está procurando cativar o mundo, e vem efetuando conquistas alarmantes. A razão de seu êxito é óbvia: o fundamento para a bem sucedida disseminação do espiritismo tem sido lançado pela pregação, tanto de púlpitos protestantes como católicos, da doutrina do estado consciente depois da morte e da possibilidade de comunicação dos vivos com os mortos — as duas premissas básicas do espiritismo.
Esse falso ensino tem aberto o caminho para que os “espíritos de demônios” enganem a humanidade, apresentando-se como espíritos dos mortos. São agentes satânicos que personificam os mortos, e multidões são enganadas por suas fraudes sutis. Eles ensinam que os mortos são agora anjos radiantes em esferas superiores. É isso que lançará o fundamento para o último grande engano do espiritismo, que começa a projetar-se.
Estamos no limiar de grandes acontecimentos. As nações estão em crescente tumulto. Os dirigentes estão sendo levados para conflitos armados por forças que escapam a sua compreensão, arrastados por uma avalanche a que não podem resistir. As nações da Terra arregimentam as suas forças, impulsionadas por podêres incógnitos alheios a seu controle. Na infalível descrição da Escritura, o mundo está pisando o umbral da última grande crise, impelido por “espíritos de demônios.”
Tal é o papel que o espiritismo desempenhará nos acontecimentos finais da Terra. E os seus próprios seguidores são enganados ardilosamente, bem como as nações, por astuciosas mentes demoníacas que pretendem destruir a humanidade.
É chegada a culminância dos séculos. O desenlace, no entanto, é tão seguro como a integridade de Deus e a finalidade de Seu poder. Olhemos para o fim do conflito.
A última e terrível advertência de Deus contra a feitiçaria e toda as abominações dessa natureza, acha-se registrada nos capítulos finais do derradeiro livro do cânon inspirado. Diz o relato sagrado: “Quanto… aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idolatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.” Apoc. 21:8.
Aqui é apresentada a feitiçaria em lugar da longa lista de artes diabólicas conhecidas agora pelo termo moderno de “espiritismo.” Será visitada com a “morte” — a “segunda morte,” final, inexorável, para a qual não existe apelação. Isso ocasiona o fim do conflito iniciado no Éden, o término da controvérsia mantida através dos séculos.
Confirma-se agora que Deus e Sua Palavra são a verdade, e se demonstra que o diabo foi “mentiroso” desde o princípio (S. João 8:44), o enganador da humanidade com sua decantada promessa: “Não morrereis” (Gén. 3:4). É desmascarado o seu engano. Agora, Satanás e seus anjos e todos os impenitentes que recusaram crer em Deus e se alistaram com Satanás são castigados mediante a destruição final, total e irreversível, no lago de fogo, preparado para o diabo e seus anjos associados (S.Mat. 25:41). Fica demonstrada a veracidade de Deus, bem como a falsidade de Satanás. A Palavra do Senhor é estabelecida para sempre e se executa inexoravelmente a vontade divina. Este é o desfecho de toda a História.
O lado positivo desse trágico relato é a salvação eterna dos remidos que creram em Deus, prestaram ouvido a Suas advertências e aceitaram Suas promessas. Obedeceram a Seus mandamentos, e finalmente morarão para todo o sempre na Terra renovada, tendo outra vez “direito à árvore da vida,” de que nossos primeiros pais se viram destituídos por aceitar a mentira original de Satanás, no Éden. Agora eles entram “pelas portas” na cidade de Deus, seu eterno lar (Apoc. 22:14). “Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idolatras, e todo aquele que ama e pratica mentira.” V. 15.
Esta é a descrição inspirada do fim do conflito e do extermínio de todos os que rejeitaram a Palavra de Deus e seus preceitos e promessas. Certamente, a lição é esta: Creiamos em Deus, apeguemo-nos a Sua Palavra e recebamos a vida eterna; rejeitemos a mentira de Satanás — sua obra-prima de engano — e a inevitável retribuição de morte eterna para os que se dedicam a sua grande impostura.
Texto de Autoria de Leroy Edwin Froom. Publicado na RA de Mar/1970.
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