“E, havendo aberto o
quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da
palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.”
Apoc. 6:9
A linguagem sacrificial deste
texto sugere que os cristãos não proclamarão o evangelho a todas as nações
(Mat. 24:14) até que o povo de Deus se torne suficientemente radical para
morrer pelas pessoas não alcançadas. No passado, muitos campos missionários só
foram abertos depois de grandes dificuldades, tendo como consequência uma
multidão de mártires cristãos. Os “campos difíceis” de hoje, tais como os
baluartes do islamismo e do induísmo, poderão requerer um sacrifício idêntico.
Usando as palavras de John
Fischer: “Aponte uma arma a cada um dos 60 milhões de pessoas que, de acordo
com o inquérito de (George) Gallup, são cristãos nascidos de novo. Diga-lhes
para renunciarem a Cristo ou levarão um tiro na cabeça, e depois volte a contá-las.
Penso que George, tal como Gideão, veria as suas tropas decrescer. Na realidade,
provavelmente, hoje o preço não teria de ser tão extremo. Ameaçar tirar-lhes a
televisão talvez tivesse o mesmo resultado. Quando a fé é barata, é fácil
penhorá-la.”
Nas últimas décadas do século
XIX, Hudson Taylor procurou auxiliares para o ajudarem na sua missão na China. Ele
afirmava que precisava de “homens e mulheres…que poriam Jesus, a China e as
almas, antes de tudo e em tudo e sempre – até mesmo a própria vida teria de ser
secundária.” Um compromisso desses viria a ser testado em breve. Na Rebelião
Boxer, foram massacrados 188 missionários protestantes e 30.000 cristãos
chineses. Contudo, ela levou a um crescimento da Igreja três vezes maior na
década que se seguiu.
Em 1986, na Avenida Flatbush, em
Brooklyn, um ministro instou com um homem para que aceitasse Jesus como a única
maneira de se reconciliar com Deus. o homem zangou-se e afirmou que tinha uma
arma e que mataria o ministro. “Estás a falar do Céu”, gritou ele. “Vamos ver
quão pronto estás para morrer.” A forma como uma pessoa responde numa altura destas
depende de muitas pequenas decisões ao longo dos anos. Muitos poderão nunca
passar por um momento em que sentiram a sua vida em perigo por causa da sua fé.
Mas se provarmos ser fiéis nos pequenos testes que enfrentaremos todos os dias,
estaremos bem treinados para o derradeiro teste, se ele vier.
No incidente da Avenida Flatbush,
o homem com a arma acabou por se afastar e, na noite seguinte, voltou para
pedir desculpa e perguntar onde ficava a igreja do ministro. A fé dos mártires
produz sempre fruto, quer alguém morra, quer não.
Senhor, tenho apenas uma pequena ideia de como é a “fé dos mártires”. Eu
preferia continuar a viver durante mais algum tempo, mas oro para que,, quer
viva muitos ou poucos anos, esteja preparado, hoje.
MM 2013 – Jon Paulien
Publicadora SerVir
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