“Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se podia achar nenhum vestígio deles; a pedra, porém, que feriu a estátua se tornou uma grande montanha, e encheu toda a terra. Este é o sonho; agora diremos ao rei a sua interpretação.” Daniel 2:34-36
Com esta parte atingimos a última etapa da história humana. E a julgar pela longa descrição – mais de metade do texto lhe é consagrado (41-43) – é a parte que retém por completo a atenção do profeta. O texto não designa este regime como diferente do quarto reino; ele pertence ainda ao quarto reino. Aliás, ele é constituído de ferro.
Um elemento novo aparece juntamente com o ferro, a argila. Esta associação estranha recebe na explicação do profeta três sentidos diferentes:
1. “Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo.” (Daniel 2:41). Em primeiro lugar, o ferro e a argila são vistos numa relação negativa: o ferro e a argila significam a divisão. Esta particularidade é tanto mais impressionante que sobrevém depois de um período carcterizado justamente pela unidade – na continuação dos quatro reinos, e sobretudo no seguimento do período da unidade vencido sob o governo romano. Ao consultar a história confirma-se os dados proféticos. Depois de Roma, esta região do mundo nunca mais conheceu a unidade, e se cremos na profecia, este estado de coisas deve durar até ao fim.
2. “E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil.” (Daniel 2:42). O ferro e a argila são vistos separadamente. O ferro significa a força, e a argila a fraqueza. Trata-se pois de um efeito provocado por uma causa. Dividido, o reino é presentemente constituído de elementos fortes e de elementos fracos. Pode reconhecer-se carateristicas do mundo que se seguiram à era romana até aos nossos dias. No seguimento do forte império Romano altamente centralizado, o que encontramos é uma multiplicação de nações de valor desigual.
Mas para além desta carateristica “forte-fraco” que estes dois elementos obviamente representam, o facto que destaque seja colocado aqui sobre o ferro e a argila desperta-nos para o facto do significado dos dois materiais.
Nos reinos precedentes, nos podemos identificar que cada um desses materiais tinha um valor representativo: o ouro representava a glória e o prestigio de Babilónia, a prata representava o poder financeiro dos Persas, o bronze representava o poder do exército da Grécia e o ferro representava o poder administrativo de Roma. Neste contexto, é pois razoável pensar que a argila comporta também algum significado particular. Se os metais da estátua foram escolhidos para traduzir a natureza dos respectivos reinos que eles representavam, será a mesma coisa para a argila. Notemos em primeiro lugar que a argila marca uma rutura em relação aos metais. Até ao presente os metais representavam os poderes políticos. A aparição da argila é pois intencional para indicar que o poder aqui representado é de uma outra natureza, ou seja natureza essencialmente diferente.
A evocação da argila veicula de facto uma forte conotação religiosa directamente inspirada na noção bíblica. De maneira significativa Daniel especifica “barro do oleiro” (v. 41). Ora, na linguagem bíblica a imagem da argila e particularmente a argila do oleiro é geralmente utilizada para exprimir a ideia da criação: “Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós somos o barro, e tu o nosso oleiro; e todos nós obra das tuas mãos.” (Isaías 64:8).
De facto todas as vezes que a palavra “argila” ou “barro” aparece na Bíblia em relação com a palavra “oleiro”, é sempre para evocar o homem na sua relação de dependência com o Criador (Is. 29:16; 41:25; 45:9; Jer. 18:2; 19:1; Lam. 4:2; Romanos 9:21). Quer dizer todo o peso religioso está contido nestas palavras. Nós temos fortes razões para pensar que a argila da estátua representa um poder diferente relativamente aos poderes precedentes que eram de natureza politica; é um poder de natureza religiosa que tem de particular no entanto que é visto associado com o poder politica representado pelo ferro.
No plano da história, isto significa que deveria aparecer ao mesmo tempo que Roma, mais precisamente no momento da sua divisão, um poder religioso ligado de uma forma ou de outra ao poder politico de Roma. Este poder político/religioso deveria estar presente nos nossos dias, pois que Daniel pronuncia que durará até ao fim dos tempos.
Devemos render-nos à evidência. Um só poder preenche todas estas condições: a Igreja.
Vamos parar hoje por aqui, o tema terá que ser continuado nos próximos dias.
Deus nos ajude a compreender o que esta para ser revelado. Amem.
2 comentários:
Hoje já dá para ter uma noção do que consistirá esse último reino, o reino do anticristo.
Com toda essa islamização no Ocidente e até Ásia, Austrália, já temos ideia da chaga mortal que será revivida, que é o reino da Assíria. E vários profetas que nem passaram nesse tempo, profetizam justamente para ela a sua desolação e no Dia da Ira do Senhor, como está descrito em Naum 1:11, Miquéias, Habacuque...os profetas não falariam justamente profecias determinadas para o fim, incluindo o Dia da Ira de Deus, para Edom, Assíria...seria muita coincidência.
Mas, agora em 2017, com todos esses fatos acontecendo, a islamização mundial, percebe-se que o chifre pequeno virá do islã, que trás consigo as leis baseadas no alcorão, a Lei da Sharia. Ou seja, está ai, a Lei política sendo aplicada e a lei divina de allah (deus islâmico).
E Daniel 7:21,25 ainda trás outro embasamento que vemos os islâmicos fazendo contra os santos já nesses dias, tem perseguido e matado, degolado, crucificado os cristãos!!
A Assíria revivida tá mais pro terrorismo islâmico promovido por EUA, Israel e Arábia Saudita no Oriente Médio. Justamente nesta região é que se concentram os terroristas ocidentais do antigo império romano (Europa, EUA, Israel) para desestabilizar a região e provocar um ali iminente conflito entre judeus e árabes, irmãos, filhos do mesmo pai Abraão.
O Anticristo tem mais chances de ser europeu mesmo e o falso Estado de Israel = Edom, aquele que por vingança saqueou a herança de Jacó, os verdadeiros judeus que estão espalhados pelo mundo (pardos e negros)
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