29 de dezembro de 2010

O SEXTO SELO DO APOCALIPSE

Verificamos ao ler o texto bíblico (Apoc. 8:1) e que o 7º e o 6º selo estão intimamente relacionados. O sétimo selo faz referência a um “silêncio no Céu quase por meia hora”. Referimos que se trata da 2ª Vinda de Jesus (João 14:1-3; cf. 1ª Tes. 4:13-17; 1ª Cor. 15:51-54), com miríades e miríades de anjos; podemos imaginar a Família do Céu vindo ao encontro da família da Terra.
1. Que cena é descrita na abertura do sexto selo?
Rª: “E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro, como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue.” Apoc. 6:12.
Nota explicativa: “tremor de terra”, “o sol tornou-se negro”, “a lua tornou-se como sangue”; toda esta descrição nos leva a compreender que se trata da destruição do mundo físico. O profeta Joel tinha usado a figura de um terramoto para descrever os cataclismos na natureza no dia do Senhor (Joel 2:10; cf. Is. 13:9-11; Amós 8:9).
“A Terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. A sua superfície está a quebrar-se. O seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias de montanhas estão a soçobrar. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que, pela iniquidade, se tornaram como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas.” C.S., p. 510
“1 de Novembro de 1755, é uma data que nunca se esquecerá. As 9 horas e 20 minutos da manhã a terra estremeceu e fez cerca de 100.000 mortos. O sismo veio acompanhado de um maremoto e um incêndio que acabou com o resto que havia sobrado.
Durante 5 minutos foi suficiente para desolar a cidade, tanto Lisboa como boa parte do oeste da Península Ibérica, um oeste destroçado pelo terramoto, pelo maremoto e pelo incêndio, 3 tsunamis com ondas de 20 metros de altura. O resultado foi de 50% de população falecida e 85% dos edifícios destruídos por completo.
Outros lugares que ficaram muito danificados foram as Ilhas Caribenhas, as costas inglesas e a costa ocidental espanhola são as zonas onde o terramoto e os tsunamis fizeram cerca de 6.000 mortos. Sevilha foi uma das cidades mais deterioradas. Salamanca também ficou prejudicada. Vallodolid, a costa de Huelva, Ayamonte, a capital de Huelva, Lepe, Cádiz, Conil, Sanlúcar de Barrameda, Porto de Santa Maria e Jerez são cidades que ficaram bastante danificadas tanto humanas como materiais.” http://lisboa.costasur.com/pt/1755-terremoto-em-lisboa.html
Sendo que o terramoto é seguido pelo escurecimento do sol, e este acontecimento pode ser situado em 1780 d. C. Este terramoto é identificado por todos os estudiosos da Bíblia como o que teve lugar em 1755, no dia 1 de Novembro, tendo o seu epicentro a 150 quilómetros a sudoeste de Lisboa (Portugal). Os efeitos do terramoto foram sentidos não só no Norte de África, mas nas Antilhas.
“o sol tornou-se negro”, o escurecimento do sol é mencionado na profecia do AT em relação à catástrofe que precedem o dia do Senhor (ver Isaías 13:10). Jesus destacou especialmente este fenómeno na profecia do fim do mundo, e assinalou-a como um dos sinais dos quais os Seus seguidores deveriam estar atentos em relação à Sua Segunda Vinda como estando próxima (Mat. 24:29,33).
2. Que outro evento é mencionado sob este selo?
Rª: “E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.” Apoc. 6:13.
Nota explicativa: Este impressionante evento astronómico teve lugar no dia 13 de Novembro de 1833. Numerosas testemunhas testemunharam a natureza invulgar deste evento. O Professor Denison Olmsted, de Yale, escreveu: “Para formar uma idéia do fenómeno, o leitor pode imaginar uma constante sucessão de bolas de fogo, semelhantes a foguetes, irradiando em todas as direcções a partir de um ponto no céu. . . [Houve] meteoros de vários tamanhos e graus de esplendor: alguns simples pontos, mas outros eram maiores e mais brilhantes do que Júpiter ou Vénus”. Denison Olmsted, Silliman’s Journal, 25:354-431 and 26:132-174, quoted in Charles P. Olivier, Meteors (Baltimore: Williams & Wilkins Co., 1925), p. 24.
O Dr. Humphreys, presidente do St. John’s College em Annapolis escreveu: “Durante o período imediatamente anterior ao amanhecer, o evento foi observado por muitas pessoas inteligentes na cidade, cujas declarações coincidem mais perfeitamente, quanto ao número quase infinito de meteoros. Nas palavras da maioria dos observadores, eles caíram como flocos de neve”. Humphreys, American Journal of Science, 25:372, quoted in Everett Dick, “The Falling of the Stars,” The Advent Review and Sabbath Herald, Nov. 2, 1933, p. 11.
3. Qual é o evento seguinte na abertura do 6º selo?
Rª: “E o céu retirou-se, como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.” Apoc. 6:14
Nota explicativa: “o céu retirou-se, como um livro que se enrola” livro ou pergaminho “biblion” (Apoc. 5:1). Esta descrição apresenta o céu a enrolar-se como um rolo de pergaminho. Na cosmologia antiga o céu era considerado como uma abóbada sólida sobre a terra. O profeta percebe que o céu se enrola como uma cortina para deixar a terra sem protecção diante de Deus. Isaías apresenta o mesmo quadro (Isa. 34:4). Este acontecimento é sem dúvida o mesmo que foi descrito por Jesus quando disse: “depois daqueles dias de aflição, o Sol ficará escuro e a Lua deixará de brilhar. As estrelas cairão do céu e os poderes celestes hão-de estremecer” (Mat. 24:29).
Irão repetir-se estes sinais como alguns têm sugerido, imediatamente antes da vinda de Jesus? Não sabemos. O que podemos afirmar que este contexto que acima mencionamos aponta para o futuro, no entanto e inquestionavelmente se relaciona intimamente com o surgimento real do Filho do homem nos céus.
4.Como enfrentará os habitantes da terra este tão grande acontecimento?
Rª: “E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” Apoc. 6:15-17.
Nota explicativa: a lista que é dada em Apocalipse 6:15-17, apresenta todos os extractos sociais e políticos que existiam no tempo de João. Convém salientar as palavras “e diziam aos montes e aos rochedos: caí sobre nós, e escondei-nos dos rosto daquele que está assentado sobre o trono”. Estas palavras vindas da parte daqueles que negligenciaram a preparação para o encontro com o Soberano, provoca-lhes mais terror que a própria morte. O texto de Apocalipse faz realce “e quem poderá subsistir?” (ver Naum 1:16; Mal. 3:2; Luc. 21:36). A cena conclui com esta penetrante pergunta: Quem poderá subsistir? A abertura de cada um dos selos mostra uma fase diferente no grande conflito entre Cristo e Satanás, e cada um dos selos ajuda a compreender a justiça de Deus perante todo o Universo (ver Apoc. 5:13). Agora, há uma pausa nesse conflito, cada um decidiu o lugar em que quer estar “à direita ou à esquerda”, agora, trata-se da presença do Senhor dos senhores perante todos os seres humanos, é a imponência do Céu em contraste com aqueles que tiveram todas as possibilidades, agora porém, estão à sua própria mercê, os que decidiram ficar à esquerda percebem enfim, não poder sobreviver, e por isso a dramática pergunta: “Quem poderá permanecer de pé?”
Conclusão: Duas classes, só duas religiões, se apresentam agora; a do caminho estreito e a do caminho largo. Graças a Deus ainda podemos decidir, decida pelo caminho da vida, porque “morreria?”

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