3 de janeiro de 2011

O QUINTO SELO DO APOCALIPSE

Católicos e protestantes hoje vivem em paz. Excepção feita à alguma hostilidade que ainda subsiste em países como: China, Irlanda do Norte, Índia, países de maioria muçulmana e países de regime comunista.
Antes de prosseguirmos, observemos atentamente o que diz estes dois versículos:
1º) "Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus." (João 16:2)
2º) "O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus." (II Tessalonicenses 2:4)

O processo da inquisição: No século V a Igreja de Roma auto-intitulou-se Igreja Católica "Apostólica" Romana. A denominação Católica, quer dizer universal, universalidade; a denominação Romana explica-se pelo fato da sede da igreja estar em Roma; mas não se compreende o "Apostólica" visto ela ter deixado de seguir os seus ensinamentos, ela perde progressivamente as qualidade da Igreja fundada por Cristo: a TOLERÃNCIA, a CARIDADE, o AMOR ao PRÓXIMO, perde o sentido do louvor e da reverência a Cristo. O Senhor era reverenciado pelos Apóstolos, por Ele viviam e a Ele anunciavam por toda a parte e a ninguém mais, pergunta-se: De onde vem esse termo "Apostólica"?
Breve resumo:
a) Jesus Cristo, o Salvador (início das perseguições ano 34 - era cristã); Estêvão é o primeiro mártir cristão.
b) Tiago segundo mártir Apostólico e junto com ele dois outros seguidores de Cristo (ano 44);
d) Filipe, martirizado em Frígia (ano 54);
e) Mateus (ano 60);
f) Nero (sexto imperador de Roma) iniciou a 1ª perseguição geral contra a Igreja do Senhor. Este louco endemoninhado pôs fogo em Roma e para livrar-se das complicações deste ato diabólico culpou os cristãos... Daí por diante, os reis e governantes de todo o mundo passaram a culpar os cristãos por tudo de ruim que acontecia, seja terramotos, tempestade, fome, epidemias... etc. Tudo era culpa dos cristãos, deste modo iniciou-se (ano 67), uma tremenda perseguição aos crentes;
g) A partir do ano 313 até 361, Constantino, o grande, nascido na Inglaterra, invadiu Roma com o seu exército e ali se estabeleceu, abraçou a fé cristã, fez do cristianismo religião oficial do Império Romano e parou de perseguir os crentes (fora de Roma a perseguição e a morte dos crentes continuava). Após a morte de Constantino outros imperadores romanos assumiram o posto e voltaram a perseguir e a matar os verdadeiros cristãos, só que agora sob as ordens dos Bispos de Roma, os quais passaram a fazer parte do Governo/Poder a partir de 538 a.D.

De 34 a 196 a Igreja do Senhor, em consequência da perseguição, dispersa-se para além do território de Israel e forma pequenas comunidades por várias cidades e países e não se corrompeu;
A comunidade que estava em Jerusalém era a Sede e coordenava todas as outras e Tiago era o primeiro líder e não Pedro (Em Atos. 15:13 ao 29, pois é Tiago quem dá instrução a toda a Igreja na época);
Uma outra comunidade que se estabeleceu em Roma começou em resultado da “conversão” de Constantino deixa-se seduzir pelo poder. Por volta de 370 começou também a fortalecer-se militarmente. E assim seguiu Roma o seu caminho, continuou a corromper-se e também a fortalecer-se, e deixa de guardar a sã doutrina ensinada pelos Apóstolos e dos seus discípulos, preocupada que estava a conservar o poder dos bispos concedido por Constantino.

Aurélio Agostinho (em latim: Aurelius Augustinus), dito de Hipona conhecido como Santo Agostinho (Tagaste, 13 de novembro de 354 - Hipona, 28 de agosto de 430), foi um bispo, escritor, teólogo, filósofo e é um Padre latino e Doutor da Igreja Católica. Defende que o bem da verdade e da unidade é mais importante do que a libertdade, e defende que se imponha ao herege, pagão ou outro a sã doutrina.

O imperador Justiniano, em 529, obrigou que todos os súbitos do Império se tornassem cristãos, sob pena de perderem os bens e os direitos civis. Desaparece, dessa maneira, a antiga mansidão cristã e passa-se a igualar a unidade religiosa com unidade política. Assim, heresia é subversão, crime contra a unidade do Estado.
O Papa Alexandre III (1159-1181) estendeu a toda a Igreja o Direito Canónico, que determinava a intervenção ativa diante do desvio da fé. Fala-se agora em guerra contra os hereges, cruzada contra os infiéis, especialmente contra os cátaros no sul da França. Em 1209, foi atacada a cidade de Béziers e 7 mil pessoas são queimadas vivas dentro das igrejas onde se lia partes da Bíblia.
A legislação torna-se sempre mais dura e o papa Lúcio III, em 1184, estabelece o direito penal a ser aplicado contra os hereges. Todos, autoridades e leigos, estão obrigados a denunciar os hereges sob pena de perderem os bens. Por que essa mudança? É que os interesses do Estado e da Igreja estão cada vez mais unidos e caldeados, papas e reis estão empenhados na unidade da fé para garantir a unidade política.
A unidade religiosa é confundida com o bem comum e os reis são os mais ativos na caça aos hereges, que lhes pareciam uma ameaça à ordem interna. Os castigos cruéis provém mais dos príncipes do que dos papas.

Em 1199, o papa Inocêncio III qualifica a heresia de crime de lesa majestade (crime contra o rei, o Estado, traição). Como para esses crimes o Estado aplicava a pena de morte, defende-se a mesma pena para os hereges que não aceitassem a autoridade e doutrina/tradição da Igreja.
O IV Concílio de Latrão (1215) elevou este princípio à doutrina para toda a Igreja, ordenou que os hereges fossem caçados em todos os lugares, não se arrependendo tivessem os bens confiscados e entregues ao Estado para a pena devida (serem queimados). Seus herdeiros também sofriam o confisco dos bens e o exílio.
Frederico II, imperador alemão; foi um dos grandes entusiastas da Inquisição, pois dela gostava de se servir para assassinar todos os adversários políticos. Isso aconteceu em todos os lugares, especialmente na Espanha, onde o Tribunal da Inquisição foi confiado aos reis que o manipularam para a eliminação de opositores, judeus e muçulmanos.
Como bispos e príncipes nem sempre fossem zelosos e persistentes na caça aos hereges, em 1232 o papa Gregório IX entregou o Tribunal às novas Ordens mendicantes, especialmente aos dominicanos. Os Inquisidores realizam um trabalho realmente “científico”, elaborando Directórios e Manuais para os processos. A máquina funcionava em França, Itália, Alemanha, Países Baixos, Espanha. O papa Inocêncio IV chegou a admitir o uso da tortura nos tribunais (1252).
Inicialmente o objetivo da Inquisição era apenas a heresia, abundante na época: cátaros, albigenses, valdenses, passaginos, josefinos, esperonistas, arnaldistas, begardos, etc. Também era suspeito de heresia quem conversava com um herege. Com o tempo, O Manual ensinava ao Inquisidor 50 maneiras para impedir que o demónio se servisse para impedir o ato sexual, provocar impotência ou aborto.
Martinho Lutero, começa a reforma em 1517, por volta do ano 1546, Roma tornou-se implacável, a Bíblia foi literalmente substituída pela Tradição e quem não aceitava tinha a fogueira
 como paga, quantos milhares senão milhões de crianças, mulheres e homens
 foram torturados, rasgados em pedaços!  
As mulheres foram as grandes sofredoras. Entre 1627 e 1630, quase todas as parteiras de Colónia (Alemanha) foram eliminadas. As “bruxas” (geralmente mulheres de má aparência) eram culpadas de todos os males da sociedade europeia. Isso foi longe: ainda em 1721, em Freising, na Alemanha, a sala das torturas era incensada, celebrava-se a missa pelo bom sucesso do trabalho e abençoavam-se os instrumentos de tortura. Isso vale para católicos e protestantes, pois todas as Igrejas da Reforma (protestantes, anglicanos e calvinistas) admitiram o uso da Inquisição.

1. Ao abrir-se o quinto selo, que foi visto sob o altar?
Rª: “E, havendo aberto o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.” Apoc. 6:9
Nota: Quando os reformadores expuseram a obra do papado, foi então trazido à memória o grande número de mártires que tinha sido mortos pela fé.

2. Que diz a Bíblia sobre este mártires?
Rª: “E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” Apoc. 6:10.
Nota: O cruel tratamento que tinham recebido clamava por vingança, assim como o sangue de Abel clamava a Deus desde a terra. Gén. 4:10. Não estavam no Céu, mas debaixo do altar sob o qual tinham sido mortos. Sobre este ponto diz o Dr. Adão Clarke: “O altar está na Terra, não no Céu.”

3. Que é dado a esses mártires?
Rª: “E foram dadas, a cada um, compridas vestes brancas, e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram.” Apoc. 6:11.
Conclusão: Estes tinham sido mortos durante os séculos compreendidos nos selos anteriores: os seus perseguidores, a maior parte, ao menos, tinham morrido. E se tivessem recebido castigo ao morrer, como alguns supõem, por que se incomodariam os mártires pela sua punição? Nesta, como noutras partes da Bíblia, é usada a figura da personificação, em que objectos inanimados são representados como vivos e com a capacidade de falar, e coisas que não são, como se fossem. (Ver Juízes 9:8-15; Hebreus 2:11; Romanos 4:17), estes mártires sucumbiram como hereges debaixo da escuridão e superstição que prevaleceu em particular no selo anterior, cobertos de ignominia e vergonha. Agora, à luz da Reforma, o seu verdadeiro carácter aparece, e são vistos como justos, e daí lhes serem dadas “vestes brancas.” “O linho fino são a justiça dos santos.” Apoc. 19:8. Justiça lhes é atribuída; e após terem repousado por mais um pouco – debaixo do altar – até que outros que deveriam perecer por causa da fé, os seguissem, juntos então haverão de despertar para a vida e a imortalidade.
Foi com esta esperança que morreram e na manhã da ressurreição verão o Seu Senhor e terão corpos incorruptíveis, tal como o do próprio Senhor. Grande o privilégio de viver e morrer por Cristo!

Sem comentários: