24 de julho de 2012

A QUARTA BEM-AVENTURANÇA DO APOCALIPSE

Apocalipse 19:9. “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro”
Sobre a festa que Deus está a preparar para aqueles que o amam, só posso dizer o seguinte: “Os olhos nunca viram, os ouvidos nunca ouviram, e nem jamais subiu ao pensamento do homem, o que Deus está a preparar.” Coríntios 2:9.
Coisa nunca vista, nunca sonhada, será assim a ceia das bodas do Cordeiro.
O convite é para todos, mas nem todos querem. “Muitos são chamados, mas poucos escolhidos”. Mateus 22:14.
Aqui devemos entender que os bem-aventurados são os que aceitam o convite do Senhor Jesus.
Há no evangelho um episódio que explica isto. Em Lucas 14:15-24 está uma ilustração do que estou a tentar transmitir. Jesus mandou convidar muitas pessoas que não aceitaram o convite. Então Ele disse ao servo para sair pelos becos e lugares ermos e forçar os que fossem encontrados a entrar na festa. Trata-se do constrangimento pelo amor. O amor é tão grande que não pode ser recusado.
Saibamos de uma coisa. Todos os que forem impressionados por este grande amor, o amor de Deus, serão atraídos para a salvação e automaticamente para a festa.

1. Lucas 14: (13-14) 15 “bem-aventurados”.
2. Jesus estava na casa de um chefe dos fariseus para comer pão, eles o estavam observando (Lucas 14:1-2), Estava diante d´Ele certo homem hidrópico. Jesus pergunta “é lícito curar um homem no sábado, ou não?” jesus cura o homem. Viu também como as pessoas (7ss) procuravam os primeiros lugares.

3. É possível que tudo o que se tinha passado tenha levado este homem a dizer as palavras do verso 15 (ler). O fariseu que falou estava deleitado ao contemplar a recompensa do proceder correcto, mas não tinha interesse em fazer o bem.
4. Desejava desfrutar das bênçãos do reino dos céus, mas não estava disposto a cumprir as responsabilidades. Não estava disposto a cumprir as condições essenciais para o reino.
1. No que refere ao significado da expressão “reino de Deus”. o modismo judaico “comer no reino de Deus” significava gozar da glória do céu (Isaías 25:6; Luc. 13:29). O que disse o convidado era, certamente, correcto; e todos sabiam que o era, mas o espírito em que o disse e o motivo que o levou a dizê-lo era errado. Ele dava como seguro que o iria receber. Receberia esse convite.
2. “Cristo repetia aqui as instruções que dera a Israel por Moisés. Em seus banquetes sagrados ordenara o Senhor que "o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas", viessem, comessem e se saciassem. Deut. 14:29. Essas reuniões deveriam ser para Israel lições objetivas. Sendo ensinada deste modo a alegria da verdadeira hospitalidade, o povo deveria cuidar durante todo o ano dos pobres e indigentes. E essas ceias encerravam uma lição mais ampla. As bênçãos espirituais;” Parábolas de Jesus, p. 220.
"Ó vós todos os que tendes sede, vinde às águas, e vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura." Isa. 55:1 e 2. Texto citado por Ellen White.

Outro ponto fundamental é que Deus é quem nos escolhe. E quando Deus escolhe ninguém tem o poder, ou a capacidade de contestar ou acusar.
“Ninguém pode acusar os escolhidos de Deus”. Romanos 8:33.
Devemos saber que a palavra “chamados” no texto grego tem a ideia de escolhidos. “Segundo o propósito de Deus”. Romanos 8:28.

Deus tem um propósito que é soberano: Levar cada um para a eternidade.
Louvado seja o Senhor que nos escolheu!

O que cada crente precisa entender é que Deus nos predestinou para a salvação.
Quando se fala em predestinação dá um frio na barriga. Porque imediatamente se pensa em predestinação para a perdição. Mas não é assim que funciona.

Deus não predestinou uma pessoa se quer para a perdição.
Porém, predestinou para a salvação. Romanos 8:29-30. “Fomos predestinados para sermos conforme a imagem do Filho de Deus, justificados e glorificados”.
Efésios 1:5. “Fomos predestinados para sermos filhos de adopção por Jesus Cristo”.
O inimigo não quer que você tenha esta alegria no coração. Ele deseja que você viva uma vida de tristeza, sem esta alegria cristã que faz toda a diferença na vida.
Deus deseja que tenhamos em mente que somos convidados para uma grande festa que será oferecida aos salvos, em honra do Cordeiro de Deus.

Quem convida é o Senhor.
Os convidados são os amigos de Jesus desde os tempos de Abel, o primeiro mártir, até o último ser humano a aceitar Jesus por ocasião dos últimos dias da história deste mundo.
Não sei qual será o prato principal da festa, mas sei quem será a Pessoa principal.
Teremos o prazer, a alegria, a graça de estar com Jesus, nosso amado e bendito Salvador, o centro das atenções, porque Ele é o Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo.

Veremos o Pai, que tantos desejam conhecer. Embora não tenhamos nenhum retrato do Pai, porque nos concentramos em Jesus, o Seu amado Filho, o Pai existe de verdade e nós O veremos, estaremos com Ele.

Agradar-nos-emos igualmente da companhia do Espírito Santo, Deus maravilhoso, cuja obra é dirigir a Igreja do Senhor, velar pela Igreja neste mundo. É Ele o nosso confortador na hora das aflições.

A alegria de estar com o nosso anjo da guarda. Que foi o nosso companheiro desde os primeiros momentos da nossa vida. Aquele que cobriu a nossa cabeça na hora do perigo, que esteve connosco em todas as situações, que esteve connosco no vale da sombra da morte. Vamos ouvir dele histórias maravilhosas de livramento que nem percebemos aqui.

Será maravilhoso encontrar os nossos queridos, os nossos amigos, os nossos irmãos e familiares.

Todos os que participarem desta festa, por isso também são chamados bem-aventurados, terão a vida eterna. Nunca mais verão a morte, a dor, o sofrimento, a tristeza e outras coisas ruins.

O que gostaria de dizer a Deus, tendo em vista este convite que Ele nos faz?

Nos textos acima apresentado (Apocalipse) ressoa a mais plena alegria que festeja a destruição do mal e antecipa a habitação com Deus. Babilónia caiu e os salvos preparam-se para entrar na Jerusalém celeste. A prostituta morreu, consuma-se o casamento! O céu regozija com cinco gritos da multidão: “Aleluia!” (19:1,3,4,5,6).
A expressão hebraica remonta aos cânticos dos Salmos. Alleluiah significa “louvai (hallelu) Yah” (abreviação do nome de Deus YHWH). O sentido deste louvor é sugerido pelas palavras que lhe estão associadas:
* “Cantar”, “compor uma melodia” (Salmo 146:2; 149:3).
* “Dizer, contar, proclamar” (Salmo 22:23)
* “Agradecer”, “render graças”” (Salmo 35:18; 44:9; 109:30)
* “Glorificar” (Salmo 22:24)
* “Abençoar” (Salmo115:17; 145:2)
* “Alegrar-se” (Jeremias 3:7).

É interessante notar que os antigos rabinos começaram a usar no Templo a palavra Alleluiah só a partir do Salmo 104, e particularmente a partir do versículo: “Sejam extirpados da terra os pecadores, e não subsistam mais os ímpios. Bendize, ó minha alma, ao Senhor. Louvai ao Senhor.” (Salmo 104:35).
O chamado Allel agrupa os Salmos (113-118), assim chamado por causa das numerosas aleluias que os pontuam, é o texto principal da liturgia do Yom Kipur; os Salmos eram recitados durante os dias da festa.
É o tipo de aleluia que a grande multidão do Apocalipse entoa, uma aleluia que lembra os cânticos responsos do templo de Jerusalém. A palavra Alleluiah funcionava então como uma resposta da parte dos fiéis de forma alternada com o canto dos solistas. A própria sintaxe da palavra supõe um género litúrgico. É um imperativo no plural que une a multidão no louvor a Deus.
A ALELUIA é cantada por todos, “uma grande voz de numerosa multidão, que dizia: Aleluia!” (Ap. 19:1, cf. 19:6), envolve “numerosa multidão”, os “vinte e quatro anciãos” e os “quatro seres viventes” (Ap. 19:4), representação de toda a criação; e enfim, uma voz anónima que sai do trono de Deus (Ap. 19:5).
As duas primeiras aleluias são pronunciadas pela multidão e têm um sentido (viradas) do passado. A primeira aleluia funde-se sobre o reconhecimento da justiça executada sobre a grande prostituta (Ap. 19:2). A segunda aleluia intensifica-se na emoção ao ver a “fumaça” que “sobe para todo o sempre”, significa a destruição definitiva (Ap. 19:3), implica igualmente a destruição final do mal e da morte. A expressão “para todo o sempre” ou “séculos dos séculos”, que visa a eternidade, é a mesma que se encontra em (Ap. 20:10) para designar a última fase do julgamento, na qual está implicado Satanás e que era representado pelo ritual do Yom Kipur relativo ao “bode emissário” (Lev. 16:10, 21,26).
As duas aleluias seguintes são pronunciadas pelos seres celestes (os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes) e a razão é centrada no próprio Deus, Ele próprio. O terceiro aleluia justifica-se “a Deus, que está sentado no trono,” (Ap. 19:4), quer dizer o Deus que reina e julga. A quarta aleluia é justificada sobre o temor de Deus (Ap. 19:5) que caracteriza os seres humanos, “seus servos” (Ap. 1:1).
A quinta e última aleluia ressoa mais forte que as anteriores. O profeta ouve-a “como a voz de fortes trovões,” (Ap. 19:6). Esta aleluia é decididamente voltada para o futuro. É uma antecipação do reino de Deus. “Aleluia! porque já reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso. Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou,” (Ap. 19:6-8).
Do anúncio da morte da prostituta ao anúncio das bodas com a esposa, o Apocalipse recorre uma vez mais à metáfora conjugal. O povo de Deus toma enfim o seu lugar de esposa legítima do Cordeiro.
A relação que une Deus e o Seu povo é da mesma natureza que a do casal. É uma relação de amor recíproco que se compromete na responsabilidade conjugal.
Nos nossos textos, a responsabilidade da esposa é da mesma forma sublinhada: “já a sua noiva se aprontou” (Ap. 19:7). O texto grego retoma o pronome “ela” (eauten) para colocar em realce o sujeito: “ela aprontou-se ela própria” (tradução literal).
A salvação não é de todo uma atitude passiva. Deus espera uma resposta humana. Segundo o costume, a esposa deve preparar-se para esse grande evento das bodas, cuidadosa em estar bela para agradar ao seu esposo, e conservar-se virgem para ele. A tarefa de se preparar é tão meticulosa que ela tem a necessidade da ajuda das suas amigas. Ela é coberta completamente por um véu que lhe esconde a face, este véu só será retirado na câmara nupcial. À volta da sua cintura terá uma faixa que só será desapertada pelo esposo.
Por outro lado, a profecia, diz: “Foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, resplandecente e puro.” (Ap. 19:8). Não só, o modelo e a qualidade da roupa, mas também, o acto de poder ser vestida, são lhe dados como uma graça do Alto. O “linho fino” representa aqui “os actos de justiça dos santos” (Ap. 19:8), enquanto este linho fino era um sinal de luxo insolente para a prostituta. A simplicidade do seu vestido “resplandecente e puro” contrasta com o vestido “de linho fino, púrpura, de escarlate, e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas” (Ap. 18:16) da prostituta. O linho, a púrpura e os adornos são obra exclusiva da "mulher" igreja. Ela não dependeu de Deus, depende exclusivamente da sua sabedoria, da sua força, do seu agir.
A humildade e a modéstia da esposa opõe-se ao orgulho e falta de pudor da prostituta. Esta antítese confirma uma vez mais a que ponto no espírito do profeta estava bem claro, que as duas mulheres têm a mesma origem. Tal como a esposa, a prostituta participa da metáfora conjugal e da mesma referência na aliança. A mesma alegria que rompe nas ruas e os cânticos das bodas (Ap. 19:7,9) fazem contraste com a tristeza e lamentações, os gritos e as lágrimas, do próprio silêncio dos músicos (Ap. 18:10-11,16,19,22). E esta grande felicidade invade de repente a cena terrestre de João: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.” (Ap. 19:9).
A esta grande felicidade são todos os homens chamados a desfrutar, você também. Aceite Jesus como seu Senhor. Diga Jesus é meu Salvador e Deus o/a abençoe.

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