“Um dos sete anjos que tem as sete taças” mostrou ao profeta João o “julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas”.
A Bíblia usa o símbolo de uma mulher para representar a igreja. Uma “virgem” representa a igreja de Deus em sua pureza (Jeremias 6:2; 2 Coríntios 11:2). E uma mulher de conduta moral duvidosa (meretriz) simboliza igreja (s) apostatada (s) (Jeremias 3:20; Ezequiel 16).
“Em Apocalipse, capítulo 17, Babilónia é representada por uma mulher – figura que a Bíblia usa como símbolo da igreja, sendo uma mulher virtuosa a igreja pura, e uma mulher abjeta a igreja apóstata”.[2]
O fato de “os reis da terra” haverem se prostituído com a meretriz, significa uma união ilícita que tem havido entre a igreja e o Estado. (Jesus disse: “O meu reino não é deste mundo” João 18:36; “Não sois deste mundo” João 15:19).
A João pareceu-lhe estar no deserto. Ali ele contemplou em visão, uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfémias, com sete cabeças e dez chifres.
“Achava-se a mulher vestida de púrpura e de escarlate, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordando de abominações e com as imundícies da sua prostituição. Na sua fronte achava-se escrito um nome, mistério: BABILÓNIA, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA. Então vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus; e, quando a vi, admirei-me com grande espanto”. (Apocalipse 17:3-6).
A meretriz assentada sobre as muitas águas e a mulher cavalgando a besta escarlate, são a mesma coisa; simbolizam a igreja cristã apostatada, em seu estado de união com os povos da terra, ou seja, união da igreja com o poder civil (Apocalipse 17:15).
Nas vestes da mulher predominam as cores púrpura e escarlate; tais cores eram símbolos da realeza (Mateus 27:28), posição que a senhora “Babilónia” se arroga possuir (Apocalipse 18:7). A cor escarlate também é usada na Bíblia como símbolo do pecado (Isaías 1:18) e como referência a Satanás (Apocalipse 12:1-3, o dragão vermelho).
Observe-se o contraste entre as vestes desta mulher (que a Bíblia chama de prostituta) e a “noiva” do Cordeiro, vestida de linho fino, branco e puro (Apocalipse 19:7 e 8).
A mulher tem um cálice de ouro na mão. O ouro na Bíblia é símbolo de fé e amor (Tiago 2:5; Gálatas 5:6); a igreja apostatada professa fé pura, no entanto está cheia de corrupção, como representado pelo “vinho” de prostituições que são as doutrinas falsas como resultado da união ilícita com os reis da terra.
O que é esse vinho? – representa as doutrinas falsas. Ela deu ao mundo um sábado falso em vez do símbolo do quarto mandamento, e tem repetido a mentira que Satanás disse a Eva ainda no Éden de que a alma é naturalmente imortal. Muitos erros semelhantes tem ela propagado por toda parte, “ensinando doutrinas que são preceitos dos homens”. São Mateus 15:9.[3]
A Babilónia tem estado a promover doutrinas venenosas, o vinho do erro. Esse vinho do erro é composto de doutrinas falsas, tais como a imortalidade natural da alma, o tormento eterno dos ímpios, a negação da existência de Cristo antes de Seu nascimento em Belém, a defesa e exaltação do primeiro dia da semana acima do santificado dia de Deus. Esses erros e outros semelhantes são apresentados ao mundo pelas várias igrejas, e assim se cumprem as Escrituras que dizem: “Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição”. A ira criada por doutrinas falsas, e quando reis e presidentes sorvem esse vinho da ira da sua prostituição, enchem-se de ódio contra os que não concordam com as heresias falsas e satânicas que exaltam o dia santo falso, e levam os homens a pisarem a pés o monumento de Deus[4].
A mulher em consideração tem um nome: “Mistério, Babilónia, a grande, a mãe das meretrizes e das abominações da terra”. Ao tempo do Império Romano, algumas prostitutas costumavam escrever despudoradamente seu nome em suas próprias testas. Eram assim facilmente identificáveis. Assim também acontece com o poder representado pela profecia – o nome identifica o seu possuidor. O nome é “Mistério”, mas ao mesmo tempo indica que é compreensível, pois é desdobrado nas palavras seguintes: “Babilónia, a grande,…” Apocalipse 17:5.
O nome Babilónia deriva de Babel, cidade que foi construída na planície de Sinear, logo após o dilúvio. Pondo em descrédito a palavra de Deus, alguns descendentes de Noé resolveram construir ali uma torre cujo topo alcançasse o céu. Daí o seu nome BABEL, que significa “Porta de Deus”.
Babilónia é um termo caldeu correspondente, e significa “Porta dos deuses”, (pois eles criam em vários deuses). Visto não ser do plano de Deus tal construção arrogante, Ele Lhes confundiu as línguas, passando o termo Babel a significar “confusão”. Assim, Babilónia (Igrejas apostatadas) pretende ser a “Porta de Deus” através da qual os homens possam chegar até Ele, porém Deus olhando lá de cima considera como mera “confusão”.
Babilónia é um termo caldeu correspondente, e significa “Porta dos deuses”, (pois eles criam em vários deuses). Visto não ser do plano de Deus tal construção arrogante, Ele Lhes confundiu as línguas, passando o termo Babel a significar “confusão”. Assim, Babilónia (Igrejas apostatadas) pretende ser a “Porta de Deus” através da qual os homens possam chegar até Ele, porém Deus olhando lá de cima considera como mera “confusão”.
Na frente da mitra do sumo sacerdote se escrevia: “Santidade ao Senhor” (Êxodo 28:36). Aqui é dito estar escrito na testa: “Mistério: Babilónia, a Grande, a mãe das meretrizes e das abominações da Terra”. Que contraste!
(Sobre abominação e imundícias veja as seguintes passagens: I Samuel 15:23; Isaías 44;19; Jeremias 51; Ezequiel 16: 28-30; Gálatas 5:19-21; Efésios 5:3-5).
O estado físico da mulher é de embriaguez. Isto é, não se apercebe da sua situação. Age como alguém com a mente transtornada. A embriaguez é tanta que chega a ser um caso de intoxicação por haver “bebido” tanto sangue “dos santos e das testemunhas de Jesus” (Apocalipse 17:6).
O poder que por tantos séculos manteve despótico domínio sobre os monarcas da cristandade, é Roma. A cor púrpura e escarlate, o ouro, as pérolas e pedras preciosas, pintam ao vivo a magnificência e a extraordinária pompa ostentada pela altiva sé de Roma. E de nenhuma outra potência se poderia, com tanto acerto, declarar que está “embriagada do sangue dos santos”, como daquela igreja que tão cruelmente tem perseguido os seguidores de Cristo. Babilónia é também acusada do pecado de relação ilícita como “os reis da Terra”. Foi pelo afastamento do Senhor e pela aliança com os gentios que a igreja judaica se tornou prostituta, e Roma, corrompendo-se de modo semelhante ao procurar o apoio dos poderes do mundo, recebe condenação idêntica.
Declara-se que Babilônia é a “mãe das prostitutas”. Como suas filhas, deve-se representar por àquelas igrejas que se apegam às suas doutrinas e tradições seguindo-lhe o exemplo em sacrificar a verdade e a aprovação de Deus, a fim de estabelecer uma aliança ilícita com o mundo.[5]
O anjo, porém, me disse: Por que te admiraste? Dir-te-ei o ministério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres, e que leva a mulher:
A besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo, e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no livro da vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.
“Aqui esta o sentido, que tem sabedoria: As sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco. E a besta que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição. Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora”. (vs. 7-12).
A besta escarlate possui características em comum com outros animais que aparecem como símbolos proféticos e são descritos a seguir:
Daniel 7:7 - Terrível 10 Chifres
Apocalipse 12:3 - Dragão 7 Cabeças 10 Chifres
Apocalipse 13:1 - Besta 7 Cabeças 10 Chifres
Apocalipse 17:3 - Besta Escarlate 7 Cabeças 10 Chifres
No contexto de cada um dos animais apresentados acima há algumas características em comum, como seguem:
1) Autoridade para perseguir os filhos de Deus – Daniel 7:21,25; Apocalipse 12:13-17; 13:5-7; 17:12-14.
2) Profere blasfémias, arrogâncias e se levanta contra Deus – Daniel 7:25; Apocalipse 12:3-5, 7-9; 13:5, 6; 17:3, 13,14.
3) O elemento “tempo” está presente – Daniel 7:25; Apocalipse 12:6,14; 13:5; 17:10, 12.
4) Todos eles serão destruídos por Deus – Daniel 7:2, 27; Apocalipse 12:5; 13;10; 17:14.
Conforme visto anteriormente, todos esses animais são símbolos do poder romano, tanto em sua fase pagã quanto papal, pois esta, nada mais é do que a continuação da Roma pagã.
Explicando a visão ao profeta João, o anjo forneceu detalhes inconfundíveis que indicam Roma como os símbolos proféticos. Disse o anjo: “Aqui está o sentido, que tem sabedoria: As sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, …” (Apocalipse 17: 9 e 10).
Roma é conhecida na História Universal como a cidade das sete colinas ou “sete montes”, os quais são: Aventino, Palatino, Viminal, Quirinal, Ceoli, Janículo e Esquilino. Roma foi construída sobre estas sete colinas, no ano 753 AC. Roma passou por sete formas diferentes de administração ou governo. Os sete reis ou formas de governo são os seguintes: Reis, Cônsules, Ditadores, Decênvirus, Tribunos militares, Imperadores e Papado. O anjo ainda deu uma explicação adicional a respeito dos “sete reis”, dizendo que “dos quais cinco caíram, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco” (Apocalipse 17:10).
No tempo em que João escreveu o livro de Apocalipse, as cinco primeiras formas de governo já haviam passado, isto é, Reis, Cônsules, Ditadores, Decênvirus e Tribunos Militares, já não mais existiam. Quem governava eram os Imperadores e o outro “rei”, ou forma de governo que ainda não havia chegado era o Papado, ou a sétima cabeça.
“As sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está sentada”.
Aventino Palatino Viminal Quirinal Ceoli Janículo Esquilino |
ROMA
“São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou” (v. 10).
Cinco caíram | Um existe | Não chegou |
1 2 3 4 5 Reis Cônsules Ditadores Decênvirus Tribunos | 6 | 7 |
“E quando chegar tem de durar pouco”. Esta expressão pode ser traduzida por “Um pouco de tempo”. O papado (a sétima cabeça) quando viesse a ser “rei”, deveria reinar por “um pouco de tempo”. Ao se comparar o capítulo 17 com as demais passagens de Daniel e Apocalipse que apresentam outros animais (ou símbolos) que se referem ao mesmo poder, descobre-se que o tempo que a sétima cabeça (ou “rei”) deveria reinar seria de 1.260 anos (Comparar Daniel 7:25; Apocalipse 12:3, 6, 14; 13:1-5).
“A besta sobre a qual a mulher está sentada”, inicialmente representa Roma pagã, e sua subsequente divisão em 10 partes (10 chifres), que ocorreu no ano 476 da era cristã, quando o Império Romano foi invadido e dividido por tribos bárbaras. Paralelamente, e gradualmente, após a morte dos Apóstolos, começou a se desenvolver uma outra ponta (pequena a princípio, Daniel 7:20-25) a qual sobrepujaria todas as demais. Refere-se ao crescimento da igreja cristã em Roma, cujo bispo obteve tanto poder e prestígio, a ponto de ter domínio absoluto sobre o outrora Império romano pagão. Daí o ser apresentado o símbolo de uma mulher prostituta, ou igreja apostatada como cavalgando “a besta de 10 chifres e 7 cabeças”; isto é, no mesmo lugar onde outrora foi fundada Roma pagã, haveria de assentar-se a “mulher” ou igreja apostatada. Por isso se observa que do v.8 em diante do capítulo 17 de Apocalipse, a mulher e a besta estão intimamente relacionadas, representando o mesmo poder – Roma (primeiramente pagã, e depois papal).
“A besta que viste, era e não é, e está para emergir do abismo, e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no livro da vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá”. (v.8).
O papado, agora representado pela própria besta, dominou o mundo por 1260 anos (538-1798). A sétima cabeça, o papado, recebeu uma ferida mortal (Apocalipse 13:3), ferida esta que deveria sarar um dia para espanto e admiração de todos os habitantes do mundo “cujos nomes não estão escritos no livro da vida” (Apocalipse 13:8; 17:8). No ano de 1798, Napoleão conquistou Roma, prendeu o papa e tirou-lhe toda autoridade e propriedades. No entanto, dois anos após, foi eleito pio VII como papa; mas somente em 1929, no dia 11 de fevereiro que se formou o atual estado do Vaticano. Da total desintegração (temporal e espiritual) e caos político e religioso, o papado ressurgiu. Surgiu do “abismo” (caos político e religioso, Apocalipse 17:8), após receber uma “ferida mortal” (prisão do papa Pio VI em 1798, 13:3). Como pode ser? Surgir do abismo (caos e desintegração política e religiosa) após receber tão tremendo golpe mortal? Daí a admiração de todos os que não têm “seus nomes escritos no livro da vida do Cordeiro morto desde a fundação do mundo”. Apenas os diligentes estudantes da Palavra de Deus podem observar o ressurgimento do papado e compreender que por trás de toda esta popularidade e influência está o próprio dragão (Apocalipse 13:4) que concede toda autoridade à besta que uma vez era, deixou de existir, mas que apareceu, para espanto e admiração de todos os que não têm “seus nomes escritos no livro da vida”, que além de admirar, vão adorar o dragão e a besta (Apocalipse 13:4,8).
O reaparecimento da besta que era e não é, tão importante para advertir os filhos de Deus a respeito dos ardis de Satanás, que aparece três vezes mencionado: duas no verso oito e uma no verso onze.
1- Era Não é Está para emergir do abismo
2- Era Não é Aparecerá
3- Era Não é Também é ele, o oitavo rei
Observe-se o paralelismo nas expressões acima. Quando o papado ressurgisse, seria contado como se fosse um “oitavo rei”, mas em realidade é o mesmo que uma vez “era”, deixou de existir, mas que apareceria outra vez. A expressão “também é ele” refere-se ao mesmo poder, agora contado como oitavo, mas que “procede dos sete” e é também a própria besta. Não se refere a nada mais em adição à besta com os 10 chifres e 7 cabeças e que representam como vimos acima Roma em suas duas fases: pagã e papal.
PAPADO
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Não é
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“E caminha para a destruição” (Apocalipse 17:11). Através dos seus atos, a igreja apóstata levantar-se-á no fim dos tempos, contra o próprio Cristo, e como tal se encaminha rumo à destruição, pois “pelejarão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá (Apocalipse 17:14), porque Ele é o verdadeiro “Senhor dos senhores, e Rei dos reis”da Terra. Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora. Têm estes um só pensamento, e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem. (Apocalipse 17:12,13).
Os chifres representam as divisões do Império Romano, os quais hoje em dia estão espalhados por toda a Europa e também pelo mundo afora. Todos os poderes políticos do mundo se unirão ao papado em sua luta contra Cristo. Inclusive os governos do mundo darão à besta toda a autoridade (Apocalipse 17:13). A expressão “durante uma hora” seria melhor traduzida assim: “Durante um pouco de tempo” (referindo-se aqui a um tempo bem curto). É o período que vai desde pouquinho antes de se fechar a porta da graça até a volta de Jesus, quando os “espíritos imundos” dos demônios estarão “indo ao encontro dos reis de toda a terra para congregá-los para a batalha do grande Deus Todo-Poderoso” (Apocalipse 16:14), que é a batalha do Armagedom.
No verso 13 é dito que todos eles (a besta e os reis) “têm uma só mente”(ou um só pensamento). A partir de 1965, quando o movimento Ecumênico começou a quebrar as barreiras entre protestantes e católicos, os braços começaram a ser estendidos para a união recíproca. Todo o mundo está “admirado” vendo o prestígio e a popularidade do papado outra vez em evidência, e cada vez maior. Chegará o ponto em que o papado decretará leis para a observância universal do domingo como dia obrigatório de guarda sob pena de “não poder comprar nem vender” (Apocalipse 13:16, 17), e finalmente sob pena de morte; essas leis serão reforçadas pelos governantes da Terra. O “único pensamento” é combater o Cordeiro na pessoa dos Seus fiéis seguidores (Apocalipse 17:14), procurando inclusive a sua completa distinção.
Uma confederação das forças de Satanás. “Têm uma só mente”. Haverá um vínculo universal, uma grande harmonia, uma confederação das forças satânicas. “E oferecem à besta o poder e autoridade que possuem”.
No grande conflito a ser travado nos últimos dias, estarão unidos em oposição ao povo de Deus todos os poderes corrompidos que se apostataram da lealdade às leis de Jeová. Nessa guerra, o Sábado do quarto mandamento será o grande ponto de toque.[6]
Agentes satânicos têm vindo das profundezas, inspirando os homens a unirem-se numa confederação do mal, para perturbarem e vexarem o povo de Deus, causando-lhe grande aflição. O mundo todo há de ser incitado à inimizade contra os Adventistas do Sétimo Dia, porque eles não rendem homenagem ao papado, honrando o domingo, instituição desse poder anticristão. É desígnio de Satanás fazer com que eles sejam exterminados da Terra, a fim de que não seja contestada sua supremacia no mundo.[7]
“Sob uma cabeça – o poder papal – o povo unir-se-á contra Deus na pessoa de Suas testemunhas”.[8]
“Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados eleitos e fiéis que se acham com ele” (Apocalipse 17:14).
Destaca-se aqui mais uma vez o aspecto Redentor dos livros de Daniel e Apocalipse. No auge da rebelião (Armagedom), Cristo intervirá em favor do Seu povo. A quinta praga dará início às manifestações maravilhosas e terríveis relacionadas com a volta de Jesus e que culminam com o Seu aparecimento nas nuvens dos céus. E a esta altura, demasiado tarde, o povo em geral chegará à conclusão da falácia das imposições da grande Babilônia, da grande meretriz. Eles “odiarão a meretriz e a farão devastadas e despojada, e lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo” (Apocalipse 17:16).
O povo vê que foi iludido. Um acusa ao outro de o ter levado à destruição; todos, porém, se unem no acúmulo de suas mais amargas condenações contra os ministros. Pastores infiéis profetizaram coisas agradáveis, levaram os ouvintes a anular a lei de Deus e a perseguirem os que a queriam santificar. Agora, em seu desespero esses ensinadores confessam perante o mundo sua obra de engano. As multidões estão cheias de furor. “Estamos perdidos, exclamam; “e vós sois a causa de nossa ruína”; e voltam-se contra os falsos pastores. Aqueles mesmos que mais os admiravam, pronunciarão as mais terríveis maldições sobre eles. As mesmas mãos que os coroavam de lauréis, levantar-se-ão para destruí-los. As espadas que deveriam matar o povo de Deus, são agora empregadas para exterminar os seus inimigos. Por toda parte há contenda e morticínio.[9]
Como resultado da intervenção de Deus, os santos vivos juntamente com os santos ressuscitados de todas as épocas são transformados de mortais para imortais e ascendem para os céus onde permanecerão durante 1000 anos (Apocalipse 20). Enquanto isso, os ímpios se matam uns aos outros e ocorre a cena que os profetas descrevem como sendo “a ceia do grande Deus”, que consiste no fato de todos os animais e aves de rapina se banquetearem com os cadáveres daqueles que queriam poucos dias antes ver todos os filhos de Deus mortos. (Ezequiel 39:17-23; Apocalipse 19:17-21).
Amigo leitor, você quer estar ao lado do Cordeiro naquele dia e ser um dos que hão de vencer porque foram chamados, eleitos e achados fiéis (Apocalipse 17:14)? Siga o Cordeiro agora, estudando profundamente a Palavra de Deus com espírito de oração, para que seu nome possa permanecer no livro da vida.
[1] Vilmar E. González, Comentário sobre os Livros de Daniel e Apocalipse p. 200 – 207.
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