Tudo se pode dizer sobre os Estados Unidos e nem tudo será
certo assim, como nem tudo será errado. Será certo que é um país bom? Será
certo que é um país com sede de guerra? Muitas outras questões poderiam ser colocadas.
No entanto o que parece óbvio é que um país com um sentido religioso muito
forte (bom) e simultaneamente um sentido guerreiro insaciável (mau).
Em 1989 vimos, com assombro os Estados Unidos e o Vaticano
fazerem uma "Santa Aliança" para destruir o poder comunista. Em
consequência disso, o terceiro competidor (comunismo) foi praticamente
eliminado, ficando assim estas duas "superpotências".
Qual das duas conseguirá impor a Nova Ordem Mundial? O que a
Bíblia diz a esse respeito?
"E vi subir da
terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e
falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença,
e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga
mortal fora curada" (Ap 13.11-12)
Essa passagem nos assegura que a primeira besta, cuja ferida
mortal foi sarada, será adorada pelos habitantes do mundo inteiro, o que nos
permite concluir que será o papado que finalmente governará
na Nova Ordem
Mundial. Como esse poder será
conquistado? A profecia diz que isso não será feito
solitariamente; existe outra nação igualmente poderosa que a
apóia e sustenta. Quem a besta representa? Para essa identificação, faremos uma
relação das suas principais características:
É um reino: Assim
como a besta de sete cabeças e dez chifres, essa besta deve representar um
reino.
Surgiu em uma região distante da Europa: Essa besta não
surgiu do mar como as outras, o que é um claro indício de que não é uma nação europeia.
Surgiu de forma
pacífica: Ao falar do surgimento da besta, a Bíblia não menciona mares tormentosos ou ventos
tempestuosos como símbolos das conquistas. Pelo contrário, tanto a sua
aparência como o modo com que se levantou difere grandemente das bestas que já
estudamos. Ela apresenta-se com características tomadas de um cordeiro, animal
que se destaca pela sua mansidão e humildade. Deduzimos, portanto, que
diferentemente das demais, essa nação não surgiu como resultado de revoluções,
guerras ou conquistas.
Surgiu numa região
praticamente despovoada: Essa besta não surgiu do mar, mas da terra. Se
levarmos em consideração que o mar representa "povos, multidões, nações, e
línguas que a terra é um local onde há poucas águas, podemos concluir que esse
reino foi erguido numa região que, até então, se encontrava despovoado.
O território onde essa nação se levantou serviu de refúgio aos
perseguidos da Idade Média: O capítulo 12 do Apocalipse apresenta a perseguição
que os filhos fiéis de Deus tiveram de suportar durante os obscuros anos da
Idade Média, com as seguintes palavras: "E, quando o dragão viu que fora
lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem. E foram
dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao
seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora
da vista da serpente. E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água
como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar"
Aqui, o dragão
representa Satanás atuando através de Roma; a mulher representa a igreja fiel;
tempo, e tempos, e metade de um tempo é o mesmo que os 1260 anos da supremacia
papal; e a água simboliza a multidão dos povos que se levantaram para a perseguir.
Por outras palavras, essa
passagem representa a perseguição a que foi submetida
a Igreja fiel durante a primeira fase do papado. O que acontecerá depois?
Vejamos: E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio
que o dragão lançara da sua boca", A terra ajudou a mulher! Portanto, o
mesmo território do qual se levanta a nação representada pela besta de dois
chifres, serviu de refúgio aos protestantes que fugiam da perseguição religiosa
do papado na Europa.
Era uma nação jovem
em 1798: Essa besta tem chifres como um cordeiro. Chamamos cordeiro a um
macho de ovelha que está iniciando a juventude. João viu essa besta subir da
terra depois que a primeira recebeu a sua ferida mortal, o que significa que,
no mesmo instante que o papado sucumbia, a nação aqui representada
encontrava-se crescendo e fortalecendo-se.
É uma nação com
liberdade civil e religiosa: Tinha dois chifres tal como um cordeiro...
Quando estudamos Daniel 8 vemos que também aparece uma besta com dois chifres.
Ali, a besta é um carneiro e os seus chifres representam os medos e os persas
que se uniram para formar o Império Medo-persa. Podemos concluir que os dois
chifres da besta que sobe da terra simbolizariam duas nações que se unem com o
objetivo de formar um grande império. Sem dúvida, o Apocalipse revela que neste
caso a regra não pode ser aplicada. Antes de qualquer coisa, os dois chifres
são semelhantes aos chifres do cordeiro. Apocalipse 5:6 diz que o cordeiro que
foi imolado tem sete chifres. É evidente que, neste ponto, o cordeiro não
simboliza um reino, mas o símbolo de Jesus. Samuel 2:10 falando sobre ele,
disse: “SENHOR... dará força ao seu rei, e exaltará o chifre do seu ungido.” A
palavra chifre, aqui utilizada, é símbolo do poder e majestade de Jesus. Sete
chifres indicariam a plenitude e magnificência desse poder.
Os dois chifres semelhantes aos do cordeiro devem
representar os dois princípios referentes ao governo que Jesus Cristo ensinou
quando esteve na terra, que são: "Dai, pois, a César o que é de César, e a
Deus o que é de Deus".Ou seja, os assuntos da Igreja não se devem misturar
com os assuntos do Estado. Estes dois chifres devem representar um governo
cujos fundamentos sejam a liberdade civil e a liberdade religiosa.
Tornou-se potência durante a segunda fase do papado: "E
exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os
que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada".
Essa passagem indica que esse poder deve exercer sua autoridade na presença do papado
depois da sua ressurreição em 1929. Essa nação deve ser muito importante nos
dias atuais!
Essa nação tem excelentes relações diplomáticas com o
Vaticano: Essa nação fará com que todos os países do mundo adorem ao papado.
Para tanto, essa nação deve ter excelentes relações diplomáticas com o
Vaticano.
Essa nação tem poder
sobre as demais nações do mundo: Apocalipse 13.12 diz: "E exerce todo
o poder da primeira besta na sua presença...". Depois de seu pacífico
surgimento, essa nação teve de mudar seu caráter manso que a caracterizava
desde seu surgimento e se consolidou como a maior e mais influente potência do
mundo.
Para identificar esse poder, façamos uma breve retrospectiva
das características citadas anteriormente. É um reino ou uma nação. Surgiu numa
região distante da Europa. Surgiu de forma pacífica sem necessidade de lutar
contra outras nações. Ergueu-se em uma região onde havia poucos habitantes.
Serviu de refúgio aos protestantes que fugiram da perseguição religiosa do
papado na Europa. Consolidou-se como uma nação de princípios cristãos, que
concedeu liberdade religiosa e civil a todos os seus habitantes. Em 1798,
estava em processo de desenvolvimento e impôs sua supremacia após 1929, durante
a segunda fase do papado. Possui excelentes relações com o Vaticano e tem,
atualmente, grande influência e poder sobre todas as nações do mundo.
"Uma nação, e
somente uma, corresponde aos requisitos de datas e características desta
profecia; na há dúvida de que se trata dos Estados Unidos da América". (A
fotografia mostra o Capitólio, nos Estados Unidos).
Desde o início da sua história, o território dos Estados
Unidos foi habitado somente por pequenos grupos de indígenas e caçadores nómadas.
Permaneceu nesta condição até que no século XVI, vários navegantes franceses,
ingleses e espanhóis começaram a povoá-la.
Em 1620, um grupo de puritanos ingleses conhecidos como
"pais peregrinos" chegaram a bordo do Mayflower e fundaram a Nova Inglaterra.
A partir de então, a América se converteu em refúgio e
baluarte daqueles que eram perseguidos por questões de fé na Europa. No ano de
1642, dezasseis mil pessoas migraram para essa região.
Deram ao país o nome de Estados Unidos da América na
proclamação da independência em 4 de julho de 1776. O primeiro presidente,
George Washington, subiu ao cargo em 4 de março de 1789 (mesmo ano em que a Assembleia
Constituinte Francesa determinou o rompimento com o papado através da Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão).
Estabeleceram um governo fundamentado na liberdade civil e
religiosa. Estas convicções foram recepcionadas pela Declaração de
Independência dos Estados Unidos e permanecem na Constituição como princípios
fundamentais da nação.
A expansão territorial dos Estados Unidos ocorreu
rapidamente. Em 1803, compraram à França o território da Louisiana; em 1819,
compraram a Flórida da Espanha; em 1846, anexaram o Texas, Novo México e a
Califórnia e, em 1848, adquiriram o território do Oregon mediante um acordo com
o Canadá.
O poder político e militar desta nação foram demonstrados em
1917 através da sua bem-sucedida intervenção na Primeira Guerra Mundial a favor
dos Aliados. Em 1941, a sua participação na Segunda Guerra Mundial foi decisiva
na derrota de Hitler e para barrar as pretensões expansionistas do Japão, com o
lançamento das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki. A influência dos
Estados Unidos na política mundial refletiu-se no pós-guerra com a formação da
ONU (Organização das Nações Unidas), com a Guerra Fria com a URSS (União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas), com a formação da OTAN/NATO (Organização do
Tratado do Atlântico Norte) e com a Guerra da Coreia. De um modo geral, desde
então, os Estados Unidos intervieram em todas as questões políticas e económicas
do mundo.
Desde o início da sua história, foi um país protestante e
carregou um profundo sentimento anticatólico por causa dos maus tratos que os
seus antepassados receberam na Europa. Com o passar do tempo, as suspeitas e rancores
foram desaparecendo até que na década de 80, o presidente Ronald Reagan fez
alterações na legislação para que os Estados Unidos pudessem estabelecer
relações diplomáticas com a Santa Sé. Entre 1981 e 1982, o presidente Reagan e
João Paulo II trocaram correspondências secretas sobre os acordos de armamento
entre os soviéticos e os Estados Unidos. Reagan instruiu o diretor da CIA
William Casey que fornecesse ao Papa informações secretas que seriam utilizadas
na derrota do comunismo, que finalmente ocorreu em 25 de dezembro de 1991 com a
retirada da bandeira vermelha da cúpula verde do Kremlin. Os Estados Unidos
passavam a ser o país mais poderoso do planeta.
Gorbachev brinda com a primeira-dama dos Estados Unidos Nancy Reagan, em 1987. |
Como podemos ver, não há dúvida sobre a identidade da
segunda besta de Apocalipse 13. As características fornecidas na profecia
revelam os Estados Unidos como o país que comandará a entrega do poder mundial
ao Vaticano. No capítulo seguinte estudaremos como isso acontecerá.
Por que os Estados Unidos fazem tanta guerra?
Recomendo a leitura do site “Common Dreams”, que PROFECIAS
BÍBLICAS acompanha e recomenda. O melhor do pensamento progressista e de
vanguarda do mundo moderno está concentrado no Common Dreams.
O artigo citado é de autoria do jornalista Chidanand
Rajghatta, colunista e editor de assuntos internacionais do jornal Times, da
Índia.
Ele nota que mesmo sob um presidente em cuja plataforma a
paz era um dado importante – Obama – os Estados Unidos não deixaram de fazer
guerra sobre guerra.
O ponto de Rajghatta é simples: o país não pode viver sem
guerra. “É um país feito para a guerra. Pequeno detalhe: até 1947, o
Departamento de Defesa foi chamado Departamento de Guerra”, diz o colunista.
Ele faz uma contabilidade macabra. Os Estados Unidos fizeram
cerca de 70 guerras desde a sua independência, faz 316 anos. Pelo menos 10
delas eram grandes conflitos.
Ele cita na defesa da sua ideia o comediante George Carlin,
que há anos endereçou um olhar divertidamente devastador para a primeira guerra
do Iraque.
“Nós gostamos de guerra”, disse Carlin. “ Nós somos bons
nisso! Nós não somos bons em nada mais … não conseguimos construir um carro
decente ou uma televisão que preste, não damos uma boa educação às nossas
crianças e nem cuidados de saúde para aos idosos, mas podemos encher de bombas
qualquer país … ”
Mais recentemente, uma observação semelhante foi feita pelo colunista
americano Paul Farrel: “A economia dos Estados Unidos é uma economia de
guerra”, escreveu Farrel. “Não é uma economia industrial. Não é uma economia
agrícola. Não é uma economia de serviços. Não é nem mesmo uma economia de consumo.
No fundo, nós amamos a guerra. Queremos guerra. Precisamos dela. Saboreamo-la.
Prosperamos na guerra. A guerra está nos nossos genes, no fundo do nosso ADN/DNA.
A guerra excita o nosso cérebro económico. A guerra dirige o nosso espírito
empreendedor. A guerra emociona a alma americana. Oh, admitamos, temos um caso
de amor com a guerra.”
Preparado por José
Carlos Costa, pastor
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