Para entender a mensagem de Daniel é importante conhecer a sua
época. Quando o leitor casual considera o livro de Daniel e o período do
cativeiro babilónico em que foi escrito, ele pode pensar que este livro se
aplica a um período muito remoto da história antiga. Mas isto não é bem
verdade. Embora Daniel se encontrasse em Babilónia, cerca de seiscentos anos
antes da era cristã, o mundo naquele tempo já era velho e podia contemplar uma
antiguidade considerável. Neste capítulo será dado um breve resumo do Antigo
Oriente na era de Daniel.
I. ANTIGA MESOPOTÂMIA
No período inicial do segundo milénio A.C. a Mesopotâmia não
estava unida sob um governo central. Várias cidades em épocas diversas
exerceram poder considerável; entre elas encontramos Ur, Isin, Babilónia e
Larsa.
A. Larsa
Aproximadamente em 1900 A.C. a cidade de Larsa veio a ser
controlada por Cudor-Mabug, rei de Elão, cujos dois filhos, Warad-Sin e Rim-Sin
governaram sucessivamente a cidade. O domínio elamita estendia-se nesta época
por uma vasta área do sul de Babilónia, e continuou até Hamurábi finalmente
conseguir o controlo.
B. Babilónia
A cidade de Babilónia não era um poder preponderante na
Mesopotâmia antes de 2000 A.C. Depois de várias lutas entre as cidades-estado a
supremacia começou a depender de uma luta entre Larsa e Babilónia. No princípio
do reinado de Rim-Sin, Hamurábi já era vassalo do rei de Larsa. Porém, sacudiu o
jugo elamita e logo depois tornou-se chefe de toda a Babilónia. Era um génio
militar notável, mas é mais conhecido pelo famoso código de leis que traz o seu
nome. O seu reino anda entre 1870-1827 A.C. Hamurábi é provavelmente o Anrafel
de Gén. 14, que aliado ao rei elamita Quedorlaomer atacou Sodoma e levou também
a Ló como cativo. Um dos fatos que se ressalta na cidade de Babilónia era o
culto ao Deus Marduque. Marduque era preeminente na Mesopotâmia por esses
tempos e tornou-se logo o chefe do panteão bíblico. O nível de vida era
altamente civilizado e o país prosperava. O templo se constituía o centro da
vida de toda a comunidade. A cidade de Babilônia enfraqueceu e em 1.700 A.C.
caiu diante dos invasores hititas. O período que se seguiu é obscuro e caótico.
Mais tarde começou a ter a aparência de seu
antigo poder, mas enquanto a Assíria existiu, houve uma luta constante com essa nação em disputa pela supremacia dos vales do Tigre e Eufrates.
antigo poder, mas enquanto a Assíria existiu, houve uma luta constante com essa nação em disputa pela supremacia dos vales do Tigre e Eufrates.
C. Cassitas
Após a queda de Babilónia diante dos hititas, os cassitas
conseguiram o domínio na Babilónia e assim permaneceram no poder cerca de 600
anos.
II. HITITAS
Os hititas habitavam na Ásia Menor. No segundo milénio antes
de cristo eles tiveram considerável preeminência. Era um povo grosseiro dado à
guerra. Seu rei Murshilish em 1700 A.C. levou a cabo uma invasão na cidade de Babilónia.
De 1650 a 1380 atravessaram um período de obscuridade e fraqueza, após o qual,
o novo império hitita se tornou um dos mais fortes do oriente. O império chegou
ao fim em 1200 A.C.. Ele foi dividido em numerosas tribos que enfraquecidas
habitaram varias cidades no norte da Síria e no sul da Ásia Menor.
III. EGITO
O Egito tornou-se uma nação de importância numa época muito
primitiva da historia. Quando as águas do dilúvio se retiraram do norte da
África e as águas do poderoso Nilo se encontravam num nível superior ao atual
de cem pés, é que se encontraram os primeiros vestígios do homem primitivo nas
praias do antigo rio. A cultura primitiva do Egito teve muitos contatos com a
cultura da Mesopotâmia que a precedeu. Mas o Egito rapidamente desenvolveu um
conjunto cultural tão brilhante que excedeu ao do oriente antigo. Houve um
admirável desenvolvimento da arquitetura, escultura, pintura e ciência, governo
e literatura. As pirâmides nos vêm do terceiro milénio A.C..
A. Império Antigo
Esta foi a era das pirâmides. Entre os poderosos faraós
desta época estão Zozer, Snefru, Quéfren e Quéops. Foi Quéops que construiu a
grande pirâmide, ao passo que a esfinge é um trabalho de Quéfren.
B. O Império Médio 2050-1780 A.C.
Este período cobre a 12a., 13ª., e 14ª dinastia. Após um
período decadente a 12ª dinastia surgiu com reis capazes e vigorosos. A capital
foi mudada de Tebas no sul do Egito para Lisht no norte. O reino de Sesóstris
III (1887-1849) foi marcado por uma série de campanhas militares vitoriosas
contra as regiões do sul do Egito e interior da Síria. Amenemhet III
(1849-1801) foi um grande construtor. Houve extensos melhoramentos no
"Fayum" e grande prosperidade no Delta. A arte, a literatura,
alcançaram o mais alto desenvolvimento.
C. O Período dos Hicsos 1750-1570 A.C.
Lá pelo ano de 1750 A.C., o Egito passou a ser governado
pelos reis hicsos. Os hicsos tinham vindo ao Egito da Ásia e por quase duzentos
anos conservaram o governo. Quase não há informações sobre as ocorrências no
Egito durante este período.
D. O Império Novo: 1580-1200 A.C.
Este é o período imperial da história egípcia. O primeiro
rei desta dinastia expulsou os hicsos, Ahmose I. Hatxepsut foi a rainha egípcia
mais famosa e provavelmente era a "filha de Faraó" do tempo de
Moisés. Tutmés III (1501-1447) foi o faraó mais poderoso do Egito. Empreendeu
uma série de campanhas militares pelas quais toda a Palestina, Síria, até o
Eufrates foram submetidas ao governo egípcio. Ele é provavelmente o faraó da
opressão. Amenhotep II (1447-1420) é, ao que tudo indica, o faraó do êxodo.
Amenhotep III (1411-1375) e Ikhnaton (1375-1358) foram os reis do período
"Amarna". O último rei estabeleceu uma nova capital em "Tell
el-Amarna", onde se encontraram as famosas cartas de Amarna, que
forneceram um quadro vivo das condições na Ásia ocidental daquele tempo. Os reis
acima pertencem todos à 18ª dinastia. Ramsés II (1292-1225) foi o principal
monarca da 19a. dinastia. Foi um grande construtor, mas era inteiramente
implacável na destruição das edificações egípcias primitivas para servir-se dos
materiais para suas próprias atividades construtoras.
E. O Declínio Final
Na 20ª dinastia (1200-1090) cortejou um período de declínio
e debilidade que só terminou com o fim da independência do Egito, completamente
dominado por poderes estrangeiros. Sob a 20ª dinastia os sacerdotes de Amon em
Tebas se enriqueceram extremamente e se encheram de poder, ao passo que os reis
eram fracos, incapazes de manter a ordem interna e precaver-se contra a entrada
de inimigos exteriores. Na 21ª dinastia (1095-945) uma ordem de sacerdotes se
estabeleceu no trono em Tebas, enquanto em Tânis governava uma categoria de
reis seculares. Os líbios estavam penetrando no Delta.
A 22ª dinastia (945-745) foi uma ordem de reis líbios. Sua
residência foi em Bubastis. O fundador desta dinastia, Sisak I (945-924) atacou
Judá no quinto ano de Roboão. A 23ª dinastia foi, sem dúvida alguma, contemporânea,
em parte, da 22ª dinastia. Muito pouco se sabe deste período. O Egito estava
extremamente fraco. Havia vários senhores governando independentemente no
Delta. Foi neste tempo que Sô rei do Egito encorajou Oseias de Israel a
rebelar-se contra a Assíria, do que resultou o fim do reino de Israel. A 24ª
dinastia consistiu num só rei, Bochorris (718-712).
A 25ª dinastia (712-663) compreendeu uma linhagem de reis
etíopes de boa capacidade. Este foi o período da supremacia Assíria. Neste
tempo Assaradão e Assurbanipal invadiram o Egito e o dominaram por algum tempo.
A 26ª dinastia (663-525) reinou durante o período do
renascimento egípcio. O comércio floresceu, os gregos tornaram parte
preeminente no Egito como comerciantes e soldados. Houve um grande renascimento
da arte e literatura. Foi Neco II (609-593) desta dinastia que matou Josias em
Megido.
No ano de 525 Cambises da Pérsia conquistou o Egito e tornou-se
o primeiro rei da 27ª dinastia (525-405). Depois dos persas o Egito foi
governado pelos gregos sob Alexandre e os Ptolomeus, e depois pelos romanos.
IV. ASSÍRIA
O território Assírio ocupava a parte norte da Mesopotâmia,
ao passo que Babilônia se estendia ao sul. Mas como cada uma destas nações se
tornou forte, elas estenderam os seus domínios uma sobre a outra. Os assírios
eram másculos, dados à guerra. Eles legaram à posteridade um modelo de império
que todos copiaram com demasiado entusiasmo. Os reis assírios conservaram anais
de seus reinos de valor inestimável ao estudante de história. Suas listas epónimas
são de valor imensurável aos cronologistas.
Tiglate-pileser I (1115-1076 A.C.)
Este é o primeiro rei assírio de cujo reino temos detalhados
relatórios históricos. Foi um grande guerreiro, e é o primeiro rei da Assíria
do qual se sabe ter feito uma campanha no Mediterrâneo.
Assur-nasirpal II (884-859 A.C.)
Há valiosos relatórios completos disto rei e deste reino.
Foi um guerreiro capaz e cruel. Efetuou campanhas extensas na área do
Mediterrâneo.
Salmanasar III (859-824 A.C.)
Este rei foi contemporâneo de Acabe e Jeú de Israel. Ele
provocou a derrota de um grupo de aliados ocidentais, entre eles Acabe, na
batalha de Carcar, 853 A.C. Seu obelisco negro mostra Jeú de face voltada para
o chão, prestando homenagem diante do rei da Assíria. Empreendeu numerosas
campanhas militares até ao Mediterrâneo:
Adad-nerari III (811-783 A.C.)
Numa série de campanhas no ocidente este rei restabeleceu a
sujeição dos hititas, Fenícia, Damasco e a terra de Onri. Este reino foi
seguido por um período de grande fraqueza e dificuldade na Assíria.
Tiglate-Pileser
III (745-727 A.C.)
Um dos maiores reis assírios. Este reino marcou o início da
maior supremacia da Assíria. No tempo de Peca e Acaz ele avassalou Israel e
Judá e conquistou a Babilónia.
Salmanasar V (727-722 A.C.).
Neste tempo o Egito induziu Oseias de Israel a revoltar-se
contra a Assíria, como resultado, Samaria foi cercada por três anos, e o reino
de Israel deixou de existir.
Sargão (722-705 A.C.)
A Assíria não se encontrava no apogeu de sua força. O rei
enfrentou desapiedadamente as revoltas do oeste e deportou muitos habitantes
dos estados rebeldes para a Assíria, construiu uma grande capital em
Dur-Sarrukim. Batalhou algumas vezes contra os medos que começavam a se agitar,
e com Merodaque-Baladã que se esforçava para estabelecer-se em Babilónia. Os
reis da Assíria eram também os reis de Babilónia neste tempo.
Senaqueribe (705-681 A.C.)
Após várias revoltas este rei destruiu a cidade de Babilónia.
Invadiu Judá mas caiu ao tentar escravizar Ezequias.
Assaradão (681-669 A.C.)
Reconstruiu Babilónia. Invadiu o Egito e capturou Mênfis.
Teve, entretanto, um domínio precário na terra do Nilo de 675-673 A.C.. Houve
ameaças contra a Assíria pelos urartes, cimérios, medos e elamitas, mas
Assaradão conseguiu manter o império unido.
Assurbanipal (669-633 A.C.)
Este foi o último grande rei da Assíria. Foi um grande
construtor protetor das artes e letras. Possuía uma esplêndida biblioteca.
Durante seu reinado os cimérios invadiram o noroeste, enquanto os citas
obrigaram os medos e persas a recuarem para o sul, pois representavam uma
grande ameaça para a Assíria. Seus anais terminam abruta e misteriosamente em
636 A.C. . A Assíria achava-se diante do fim de sua carreira.
Sin-shar-ishkum
(629-612 A.C.)
Este rei aliou-se ao Egito, mas não conseguiu salvar sua
nação. Pereceu com Nínive, sua capital, diante dos medos e babilónios em 612.
Assur-Ubalit (612-608 A.C.)
Embora com a capital destruída, um remanescente assírio
ainda opôs uma brava resistência em Harã. Parece que tiveram o apoio de Neco do
Egito, mas a Assíria chegou ao fim diante das poderosas arremetidas dos
exércitos neo-babilónicos.
V. NEO-BABILÔNIA
Esta é a última época áurea de Babilónia. Com a Assíria fora
do caminho, a Babilónia tornou-se senhora do Leste.
Nabopolassar (626-605 A.C.)
Este rei iniciou a sua carreira como administrador no sul de
Babilônia. Era um guia capaz e ambicioso que aproveitava cada oportunidade para
estender seu governo às expensas do desdobramento do império assírio ao norte.
Era aliado dos medos
Nabucodonosor (605-562 A.C.)
Este foi o grande rei da Neo-Babilónia. Era um eminente
guerreiro e grande construtor. Foi ele quem pôs fim ao reino de Judá em 586
A.C.. Durante o seu reinado a Babilónia tornou-se uma das mais belas e mais bem
fortificadas cidades do mundo antigo.
Amel-Marduque (Evil-Merodaque): 562-560 A.C.
Filho de Nabucodonosor, fraco e ineficiente.
Nergal-sharusur (Neriglissar) : 560-556 Genro de Nabucodonosor.
Labashi-Marduque (Laboroso-Arcod): 556 A.C.
Reinou apenas por alguns meses.
Nabonido (Nabonidus): 556-539 A.C.
Genro de Nabucodonosor. Seu interesse especial parece ter-se
concentrado na arqueologia e nos serviços dos deuses. Ele esteve ausente da
capital do seu reino durante boa parte do tempo. Nesta ausência residiu em
Tema, norte da Arábia e seu filho Belsazar reinou em seu lugar, em Babilônia.
Foi neste período que os medos e persas uniram os seus exércitos e forjaram o
ataque diante do qual a Babilônia finalmente sucumbiu em 539.
VI. MEDO-PÉRSIA
Aproximadamente no ano 100 A.C., os medos eram um povo mal
organizado que viviam do pastoreio no leste da Assíria. No oitavo século
consolidaram-se no reino. Os persas estavam-lhes intimamente relacionados. Eles
tinham o seu reino próprio mas no primeiro período o rei da Média era também
senhor da Pérsia. Foi de Ciro em diante que os persas foram governados por um
rei persa.
MÉDIA
Ciáxares (625-585 A.C.)
Durante a última parte do sétimo século A.C., Ciáxares
transformou a Média num poder dominante no Leste. Atacou vigorosamente a
Assíria e capturou a cidade de Assur em 615 A.C.. Neste tempo aliou-se com
Nabopolassar da Babilónia. Fez extensas conquistas no nordeste e ampliou o seu
domínio por toda a região ate o rio Halis, na Ásia Menor.
Astíages (585-550 A.C.)
Este é o último rei da Média de quem há valiosos relatórios.
Durante o longo reinado de Nabucodonosor, a Média manteve relações amigáveis
com Babilónia, mas quando Nabucodonosor morreu, Astíages começou a estender o
seu reino com detrimento do seu ex-aliado. Enquanto isto, os medos e persas
estavam fortemente aliados, com a Média ainda em posição dominante. Contudo, a
situação modificou-se rapidamente sob o ambicioso Ciro a quem Astíages ficou
sujeito. Os reis da Média rapidamente chegaram ao seu fim enquanto os reis da
Pérsia continuavam a governar.
PÉRSIA
Ciro II (559-530 A.C.)
Até este tempo os reis da Pérsia eram sujeitos aos medos. Em
550 A.C. Ciro II submeteu seu tio Astíages, e desde então, os persas mantiveram
a soberania sobre os medos. Em 539 A.C um exército composto de persas e medos
capturou Babilónia. Deste ano em diante, Ciro foi o dominador do oriente, como
capital do seu reino, escolheu Babilónia. Ciro evidencia-se por sua política
bondosa e conciliatória. Foi ele quem promulgou o primeiro decreto no sentido
de permitir aos exilados judeus voltarem aos seus lares, do cativeiro babilónico.
Cambises (530-522 A.C.)
Conquistou o Egito em 525 A.C. Deste tempo em diante os reis
da Pérsia governaram como faraós do Egito.
Esmérdis (ou Bardiya): 522 A.C.
Impostor que usurpou o trono durante a permanência de
Cambises no Egito. Foi banido por Dario I.
Dario I (522-486 A.C.)
Este rei foi forçado a sufocar várias revoltas logo que
alcançou o trono. Ele preservou um relatório destas campanhas na famosa
inscrição de Behistun. No terceiro ano de seu reinado emitiu um decreto
reforçando o direito dos judeus continuarem o trabalho de reconstrução do seu
templo em Jerusalém. Dario abafou uma revolta dos gregos étnicos na Ásia Menor
e então invadiu a Europa mas foi vencido na famosa batalha de Maratona em 490
A.C.
Xerxes (486-465 A.C.)
Xerxes levou a cabo a grande invasão da Grécia na qual tomou
Atenas. Após duras perdas, foi vitoriosa a sua batalha nas Termópilas mas
perdeu a esquadra em Salamina. Por fim os persas foram expulsos do solo grego.
Esta foi uma das maiores reviravoltas da historia.
Artaxerxes (465-423 A.C.)
A Pérsia ficou enfraquecida nestas desastrosas guerras com a
Grécia. No sétimo ano do seu reino, Artaxerxes promulgou o famoso decreto
permitindo aos judeus voltarem à Judeia sob a mão de Esdras. Mais tarde
Neemias, o seu copeiro, foi mandado à Judá como governador com autoridade para
reedificar os muros de Jerusalém.
Dario III (336-331 A.C.)
Foi o último rei da Pérsia. Organizou um imenso exército
para enfrentar Alexandre, mas falhou totalmente nos esforços para salvar o
reino. A derrota final lhe sobreveio na batalha de Arbelas em 331 A.C.. Esta
data marca o fim da Pérsia e o começo da supremacia grega no oriente.
VII. GRÉCIA
A sorte da história grega à qual nos referimos e que nos
interessa não é propriamente a época áurea, mas o último período quando a
Grécia sob Alexandre conseguiu o domínio de todo o mundo oriental.
Felipe II (359-336 A.C.).
Felipe era o hábil governador da Macedónia que se fez senhor
de toda a Grécia. Ele estava planejando uma guerra contra a Pérsia ao
sobrevir-lhe a morte.
Alexandre o Grande (336-323 A.C.)
Alexandre foi um dos maiores líderes militares da história.
Em 334 iniciou a invasão da Ásia Menor. Dario III foi derrotado na batalha de
Issos em 333 A.C.. Tomou Tiro depois de um cerco de dez meses e conquistou o
Egito sem golpe algum. Em 331 A.C., venceu as hostes persas em Arbelas e viu-se
senhor do oriente. Penetrou no coração da Ásia, e por fim voltou Babilônia onde
morreu em 323 A.C. com apenas trinta e dois anos de idade. Houve grande
confusão após a sua morte. Nenhuma provisão havia sido feita quanto ao seu
sucessor. Como resultado houve uma série de guerras. Finalmente, em 301 A.C., o
reino foi dividido entre quatro de seus generais, Ptolomeu recebeu o Egito;
Seleuco, a Síria e a Mesopotâmia; Cassandro, a Macedónia e a Grécia; Lisímaco,
tomou a Trácia e porções da Ásia Menor.
VIII. ROMA
Após a Grécia, Roma dominou o mundo oriental. As guerras
púnicas (264-146 A.C.) marcaram um grande passo para Roma dominar o mundo.
A destruição de Cartago em 146 A.C. eliminou um dos maiores
rivais de Roma. As guerras macedónicas cobriram o período que vai de 215 a 168
A.C., e o resultado foi a sujeição não só da Macedónia, mas também parte da
Ásia Menor. Em 146 A.C. foi subjugada uma revolução na Grécia e Corinto; o
centro da revolta foi completamente destruído.
Jerusalém caiu nas mãos romanas de Pompeu em 65 A.C.. Júlio
César intensificou suas conquistas na Gália e Germânia e cruzou o canal da
Mancha. Foi ditador de Roma de 48-44 A.C.. Augusto reinou de 27 A.C. até lá 14
d.C.. Isto se deu três séculos antes de Roma cair finalmente diante das
arremetidas dos bárbaros do norte.
IX. ISRAEL E JUDÁ
Após os preeminentes reinados de Saul, Davi e Salomão, a
monarquia hebraica se dividiu e continuou sua história sob dois reis, o de Judá
e Israel. Estes reinos mantinham contatos frequentes com as nações ao redor.
Houve guerras frequentes que resultaram, finalmente, no aniquilamento de ambos,
Israel e Judá. Segue uma lista dos reis das duas nações.
REIS DE ISRAEL REIS DE JUDÁ
Jeroboão I 931-910 Roboão 931-913
Nadabe 910-909 Abias 913-911
Baasa 909-886 Asa 911-870
Ela 886-885 Josafá 873-848
Zinri 885 Jorão 853-841
Tibni 885-880 Acazias 841
Onri 885-874 Atalia 841-835
Acabe 874-853 Joás 835-796
Acazias 853-852 Amazias 796-767
Jorão 852-841 Uzias 791-740
Jeú 841-814 Jotão 750-736
Joacaz 814-798 Acaz 736-716
Jeoás 798-782 Ezequias 716-687
Jeroboão II 793-753 Manassés 696-642
Zacarias 753-752 Amon 642-640
Salum 752 Josias 640-608
Menaém 752-742 Joacaz 608
Pecaías 742-740 Joaquim 608-597
Peca 752-732 Joaquim 597
Oséias 732-723 Zedequias 597-586
X.
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Woolley, C.
L., The Sumerians
Artigo -
Edwin R.Thiele
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