11 de setembro de 2009

APOCALIPSE: ABERTURA DO 4º SELO, O CAVALO AMARELO

“Quando abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizer: Vem!
E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava montado nele chamava-se Morte; e o hades seguia com ele; e foi-lhe dada autoridade sobre a quarta parte da terra, para matar com a espada, e com a fome, e com a peste, e com as feras da terra.” (Ap. 6:7,8).
A abertura do quarto selo liberta um cavalo cuja cor pálida (chloros), sugere a morte e o terror. O cavalo “amarelo” é anunciado pelo quarto “ser vivente” que tem parecenças de “águia que está voando” (Ap.4:7), pronta a descer sobre a sua presa, uma imagem que evoca nas Escrituras a perseguição e ameaça de morte (Deut. 28:49; Job 9:26; Lamentações 4:19; Hab. 1:8; Mat. 24:28).
Presentemente a Igreja personifica a morte ao mais alto grau. Não somente o cavaleiro se chama “morte”, mas ele é como que acompanhado por um outro cavaleiro que se chama hades (lugar dos mortos). Por esta palavra grega, a Septuaginta (ou a Bíblia dos Setenta) traduz a palavra hebraica sheol, que quer dizer o lugar, o estado dos mortos. As duas palavras, “morte” e “lugar dos mortos”, são frequentemente associadas no Apocalipse (Ap. 1:18; 20:13,14) para significar ao mesmo tempo a morte que se aproxima e o estado da morte como resultado. Esta última praga o seu conteúdo ultrapassa todas as outras: depois da espada e da fome, a morte.
No que diz respeito às “feras da terra.”, elas não fazem outra coisa que somar-se à intensidade desta referencia que é a morte. O estado dos mortos, o sheol, é frequentemente representado, no conteúdo bíblico, por feras selvagens (Salmo 22:14-29; 91:13).
É o tempo quando a Igreja se revela portadora da morte e da opressão; ela persegue e persegue todos os que se lhe tornam suspeitos, todos os que ela julga heréticos ou infiéis. É o tempo das cruzadas, dos carrascos, da Inquisição e das guerras religiosas.
Enquanto que a conquista do mundo tinha começado pacificamente com um cavalo branco e um cavaleiro com um arco vazio, uma conquista dirigida por Jesus Cristo, a partir do segundo cavalo, a Igreja toma as rédeas e bate-se (no mau sentido) por Cristo. Já não é o Cristo que se bate por ela. Qualquer coisa mudou na mentalidade cristã e, as guerras de religião falam por si. A verdade cristã do Deus que vem e trabalha pelo e para o homem está invertida. É a Igreja que se torna defensora de Deus, é ela que age por Ele. As obras da terra (terreno), a tradição, a busca do poder, substituíram a salvação que procede do Alto. A intolerância prevalece e o testemunho pelo amor falece; o sucesso da religião tem mais valor que a proclamação da Palavra do Altíssimo e do Reino de Deus; quando os cuidados imperialistas tomam a primazia sobre o cuidado evangélico; quando as estatísticas nublam e prevalecem sobre a conversão; quando a solução é procurada nas estratégias e a orientação do Espírito Santo totalmente neglegenciada.
Quando o homem substitui Deus, deve esperar-se o abuso. A razão substitui a convicção humilde. A segurança do visível, do palpável, do imediatamente controlável da instituição (humana), substitui a simplicidade da referência e reverência do Deus invisível e que está para além das manipulações das razões humanas, daí resulta; uma convicção orgulhosa saturada de todos os germes da intolerância! A violência e a opressão são os resultados naturais. Das cruzadas às inquisições, toda a vez que o ser humano é colocado para proteger Deus (ou em lugar de) resulta em milhares de vítimas inocentes que gritam por justiça!
Amigo aceite o doce convite de Jesus: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mat. 11:28).

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