6 de setembro de 2009

APOCALIPSE: ABERTURA DO 5º SELO, ATÉ QUANDO Ó SOBERANO!

APOCALIPSE 6:9-17
"Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram. E clamaram com grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?. E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda por um pouco de tempo, até que se completasse o número de seus conservos, que haviam de ser mortos, como também eles o foram." (Ap. 6:9-11) Os mártires clamavam por julgamento: "até quando... não julgas e vingas o nosso sangue?" (6:9) perguntam eles.
O seu pedido coloca-se antes do julgamento final. A primeira fase desse julgamento começou em 1844 da nossa era, no final dos 2.300 dias-anos de Daniel 8:14. Os mártires não sabiam quando teri início o julgamento e, como acabamos de ver, Deus escolheu decidiu revelar-lhes quando seria esse evento, ou seja, no final da "grande profecia profética" (Dan. 8:14).
Esta revelação divina é feita muitos séculos antes do clamor dos mártires, é feita quando Daniel ele ouviu alguém foumulor a mesma pergunta que os mártires (e Habacuque 1:2,3) fizeram: "Até quando?" Mas a resposta que Daniel ouviu, foi dada em linguagem simbólica, a linguagem dos 2.300 dias, e o profeta foi instruído a deixar o seu livro fechado - não plenamente compreendido - até que chegasse o tempo do fim (ver Daniel 12:4). Este facto ajuda a explicar porque razão os mártires não não tiveram a compreensão e levantam de novo a questão.
Já analisámos que os 1.200 dias-anos têm o seu inicio em 538 com a oficialização do bispo de Roma a papa e percorre todo o perído da idade média até 1798. Portanto, este perído termina um pouco antes de se iniciar o julgamento em 1844. Já apresentamos em estudos anteriores - não nos cansaremos de continuar o estudo sobre este tão importante assunto - a tribulação dos 1.260 dias-anos em relação com outras profecias que se cumpriram neste mesmo período - devemos ter em conta que vários periodos proféticos se cumprem neste espaço de tempo histórico; as 7 igrejas, as 7 trombetas, etc -. Creio ser de interesse relatar uma experência relacionada com os familiares de um dos milhares, quiçá, milhões de mártires e que nos darão uma ideia mais clara do sobrimento padecido pelos genuínos fiéis desta época, aproveito também para melhor compreensão dos nossos leitores a clicarem AQUI e acompanharem este BLOGUE.
W.E.H.Lecky, um historiador muito reputado e ex-membro da Academia Britânica, conta o seguinte:
"É apavorante reflectir sobre o que sofreram a mãe, a esposa, a irmã ou a filha de um herege. ... Ela via o corpo daquele que lhe era mais precioso que a própria vida, deslocar-se, tremer e contorcer-se em dor; ela contemplava o crepitante fogo brando alcançar-lhe membro após membro, até ser transformado numa peça única de agonia; quando, por fim, ... o torturado corpo alcançava o descanso, ela ainda tinha que ouvir que tudo aquilo era aceitável aos olhos de Deus que ela servia, e que a cena que acabara de transcorrer não era mais que uma pálida imagem dos sofrimentos que Ele haveria d infligir ao morto por toda a eternidade."
Abro parêntese para dizer o seguinte: Esta história passou-se em todos os países da Europa, onde a Igreja Católica instituíu o Santo Ofício, esta Europa é também Portugal, isto passou-se neste "jardim à beira mar plantado". Triste realidade! Fecho parênteses.
Com que frequencia terão clamado os familiares dos mártires: "Até quando?" "Porque me desamparaste?" Quantas vezes terão eles sentido , como C.S.Lewis, que os Céus se tinham transformado num deserto, e que a porta estava fechada como aquelas fechaduras que dão várias voltas!
Os verdadeiros mártires não vacilavam. Fixavam o olhar além das vestes com figuras de demónios com que eram vestidos; olhavam para as vestes brancas prometidas por Deus. Que bênçãos é possuir já as vestes (justiça de Cristo) celestiais e poder usá-las! Todos anelamos que os familiares dos mártires também tenham mantido os olhares nas vestes brancas. muitos deles certamente o fizeram, e somos grandemente confortados com esse pensamento.
Nas cenas de tribulação dos últimos dias, que tanto caracterizaram os dias do quinto sêlo, Deus mostrou a João os Seus mártires como estando em pé ao redor do Seu trono - tal como um dia estarão - "vestidos de vestes brancas " (lá estão novamente aquelas vestes gloriosas!), com palmas nas mãos (tal como o povo que, regozijava, na recepção a Jesus no domingo de Ramos -ver João 12:13-), com o seu coração a expressar cânticos de grande louvor (Ap. 7:9).
Enquanto João os contemplava em visão profética, um dos vinte e quatro anciãos assegurou-lhe que eles terão o privilégio de servir a Deus "de dia e de noite" (a exemplo dos quatros seres viventes), e também que eles "jamais terão fome, nunca mais terão sede", "pois o Cordeiro que Se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda a lágrima" (Ap. 7:13-17).
Os seus inimigos intentaram destrí-los, mas Jesus os protegeu da final destruição (destruição eterna). Deu-lhes roupas brancas, permitiu-lhes descansar "o sono da morte" e garantiu-lhes a vida Eterna. Louvado seja o Senhor! diga: Ámem!

Sem comentários: