20 de novembro de 2009

ARMAGEDOM; A BATALHA FINAL

7 Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, tanto lhe dai de tormento e de pranto; pois que ela diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e não sou viúva, e de modo algum verei o pranto.
8 Por isso, num mesmo dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será consumida no fogo; porque forte é o Senhor Deus que a julga.
11 E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque ninguém compra mais as suas mercadorias:
15 Os mercadores destas coisas, que por ela se enriqueceram, ficarão de longe por medo do tormento dela, chorando e lamentando,
19 E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamavam, chorando e lamentando, dizendo: Ai! ai da grande cidade, na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência! porque numa só hora foi assolada.” (Ap. 18:7-8,11,15,19).

O nome Armagedom tem de forma intrínseca o anúncio do destino que espera os idólatras de Babel: um “pranto” sem precedentes. Um pouco mais adiante, no capítulo 18, o Apocalipse confirma este prognóstico. A queda de Babilónia é de facto, acompanhada de um pranto extraordinário. A palavra-chave, “pranto” é repetida nos textos apresentados no cabeçalho e que pode rever.
Os rituais tradicionais do pranto são observados: em lançando pó sobre a cabeça, choro, lamentos (Ap. 18:9,10,15,19).
No Antigo Testamento, e em particular Adad Rimmon que leva a notícia do choro sobre o primogénito, Armagedom relembra também a décima praga do Egipto (Êxodo 12:29-36). A coincidência é demasiado flagrante para não ser intencional. O choro pelos primogénitos que aflige o Egipto é retido como um acontecimento absolutamente único: “Pelo que haverá grande clamor em toda a terra do Egipto, como nunca houve nem haverá jamais.” (Êxodo 11:6).
Aqui encontramos uma outra lição sobre o nome de Armagedom (via Hadad Rimon); a queda de Babel causara um choro da mesma natureza e intensidade que aquela que afligiu os egípcios no Êxodo. Para os antigos egípcios, a morte dos primogénitos representavam muito mais que a simples perda do que eles tinham de melhor, ou mesmo a ameaça de ver o seu futuro comprometido, pois não haveria mais ninguém para suceder aos pais e aos mestres do reino. Um tal choro significava fundamentalmente o fim da religião, e isto porque no Egipto o primogénito era considerado como a incarnação dos deuses. De forma significativa, o texto do Êxodo interpreta esta praga como o “julgamento contra todos os deuses do Egipto” (Êxodo 12:12).
No contexto da Bíblia, onde a noção do primogénito se aplica ao sacerdote (Num. 3:11-13,40ss; 8:14-18), a Israel (Êxodo 4:22; Jeremias 31.9), ao rei Messias (Salmo 89:27), este choro toma o sentido ainda mais dramático. Ele significa a morte da esperança.
Por um lado, esta evocação da última praga no Egipto é portadora da esperança. É a Pascoa do povo de Deus. Israel, o primogénito de Deus, é poupado. Estão todos de pé, os lombos cingidos, o cajado na mão (Êxodo 12:11). É o dia onde o “dia em que o Senhor tirou os filhos de Israel da terra do Egipto, segundo os seus exércitos.” (Êxodo 12:51). A décima praga significa para o povo de Deus o fim da miséria e a vitória sobre o inimigo, ao mesmo tempo ela sugere num horizonte próximo a terra prometida.
A batalha do Armagedom eclode na sétima praga. Pela primeira vez, o castigo vem do alto, e o seu efeito é definitivo. A voz que proclama vem do templo celeste. É a voz de Deus: “Está feito” (Apoc. 16:17). A expressão é idiomática. É reencontrada no capítulo 21:6, associada ao Deus do começo e do fim, o “Alfa e o Ómega”. O endurecimento dos inimigos de Deus chegou ao seu estado de “plenitude” do mal. Pela primeira vez, os que estão do lado de Babel declaram-se abertamente contra Deus.
As blasfémias contra Deus atingem aqui o ponto máximo, o paroxismo. A quarta praga, os homens blasfemaram contra “o nome de Deus” (Apoc. 16:9), na quinta praga contra “o Deus do céu” (Apoc. 16:11), a progressão na referência a Deus toma uma precisão e uma dimensão cada vez mais universal e absoluta. Passa-se do “nome de Deus”, uma simples abstracção, a Sua reputação, ao “Deus do céus”, do reino distante, de outro espaço, a “Deus”.
Pela primeira vez, a praga afecta a totalidade do universo e não só os homens. A natureza na sua totalidade é convulsionada. Não haverá mais ilhas, nem montanhas (Apoc. 16:20). Podemos ainda reparar num detalhe muito importante, percebemos uma alusão às pragas do Egipto cuja a extensão era também de ordem universal. A quinta era caracterizada pela violência incrível a “saraivada” (Apoc. 16:21; cf. Êxodo 9:22ss). Por duas vezes, o texto do Êxodo sublinha que cai “sobre os homens, os animais e sobre toda a erva” (Êxodo 9:22,25).
A taça da ira de Deus que até agora só se tinha anunciado (Apoc. 14:8,10) para o futuro está agora no seu presente de forma cabal: “e a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e Deus lembrou-se da grande Babilónia, para lhe dar o cálice do vinho do furor da sua ira.” (Apoc. 16:19).
Como no texto da torre de Babel, Deus desce e é a confusão sobre os todos estes construtores que ofendiam Deus. a unidade sobre a qual eles se fundavam é como que deslocada “e a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram.” (Ap. 16:19) as três forças directoras que se tinham unido na mesma visão e sob a mesma bandeira, o dragão (os poderes ocultos), a besta (o cristianismo oficial), e o falso profeta (os Estados Unidos), estão agora em implosão.
Deste rebentamento dos três poderes resulta a queda das nações (Apoc. 16:19). O acontecimento corresponde ao cenário da sexta trombeta quando os três poderes onde os três poderes eram vistos com os três reis da terra (Apoc. 16:13,14).
Esta confusão é o sinal da queda de Babel. Estará longe esse tempo? Esta é uma questão pertinente!Ninguém pode dizer exactamente “o dia ou a hora”, por outras palavras; o tempo exacto. Mas os sinais são cada vez mais, Deus apela ao ser humano a definir a sua posição, e ao seu coração apela para que se coloque do Seu lado, Ele é fiel e justo e estará com todos quantos com Ele façam uma aliança de fidelidade. Já a fez? Faça-a! Procure uma Igreja Adventista do Sétimo Dia, vai sentir a presença do Espírito Santo aquecer o seu coração e a dar-lhe a paz que vem de Cristo. Amem.

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