24 de janeiro de 2013

Os Símbolos Proféticos de Daniel 8

1. Que apareceu a Daniel no ano 538 A.C., o mesmo ano em que caiu Babilónia?
Rª: “No ano terceiro do reinado do rei Belsazar apareceu-me uma visão, a mim, Daniel, depois daquela que me apareceu no princípio.” Dan. 8:1.
2. Onde estava então Daniel?
Rª: “E vi na visão; e sucedeu que, quando vi, eu estava na cidadela de Susã, na província de Elão; vi, pois, na visão, que eu estava junto ao rio Ulai.” Dan. 8:2.
3. Que atraiu primeiramente a atenção do profeta?
Rª: “E levantei os meus olhos, e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha dois chifres; e os dois chifres eram altos, mas um era mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último.” Dan. 8:3.
4. Que poder era representado pelo carneiro de dois chifres?
Rª: “Aquele carneiro que viste com duas pontas são os reis da Média e da Pérsia.” Dan. 8:20.
5. Como são descritos o surgimento e a maneira de agir desse poder?
Rª: “Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir; nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e ele fazia conforme a sua vontade, e se engrandecia.” Dan. 8:4.
6. Que símbolo foi em seguida apresentado na visão?
Rª: “E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha um chifre insigne entre os olhos.” Dan. 8:5.
7. Que representava o bode que tinha uma ponta notável?
Rª: “Mas o bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei.” Dan. 8:21.
8. Como foi predita neste símbolo a conquista da Média-Pérsia pela Grécia?
Rª:”E vi-o chegar perto do carneiro, enfurecido contra ele, e ferindo-o quebrou-lhe os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir, e o bode o lançou por terra, e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mão.” Dan. 8:7.
9. Que aconteceu quando o bode estava “na sua maior força”? Rª: “E o bode se engrandeceu sobremaneira; mas, estando na sua maior força, aquele grande chifre foi quebrado; e no seu lugar subiram outros quatro também insignes, para os quatro ventos do céu.” Dan. 8:8.
10. Que era representado pela “ponta grande,” e que aconteceu depois dela ter sido quebrada?
Rª: “Mas o bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei. O ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro reinos se levantarão da mesma nação, mas não com a força dele.” Dan. 8:21, 22. Nota: Da interpretação dada, é claro que a “ponta” notável do bode representava Alexandre o Grande, que comandou as forças gregas na conquista da Média e da Pérsia. Por morte de Alexandre, em Babilónia, no ano 323 A.C., seguiu-se um curto período de confusão e luta pela posse do reino, mas a sucessão foi definitivamente determinada pela batalha de Ipsus, em 301 A.C. os quatro principais generais de Alexandre – Cassandro, Lisímaco, Ptolomeu e Seleuco - foram os sucessores. “O vasto império criado pelas conquistas inigualáveis de Alexandre foi ofuscado pelas contendas e guerras dos sucessores, e antes do fim do quarto século antes de cristo, já se havia dividido em muitos fragmentos. Além de estados menores, quatro bem definidas monarquias surgiram das ruínas. … Os chefes eram Lisímaco, Cassandro, Seleuco Nicator e Ptolomeu, que se tinham intitulado reis. A ´grande ponta´ estava quebrada; e no seu lugar surgiram quatro notáveis, para os quatro ventos do céu.” – História da Grécia, de Myers, p. 457, edição de 1902. “Um relato conciso da derrota do Império Persa por Alexandre é dado nos vs. 6,7. As batalhas entre os gregos e os persas foram terrivelmente ferozes. Algumas das cenas registadas na História trazem vividamente à memória a figura empregue na profecia – um carneiro junto do rio, e o bode investindo contra ele ´com todo o ímpeto da sua força.´ Alexandre venceu primeiros os generais de Dario junto ao rio Granico, na Frígia. Em seguida atacou e derrotou Dario nos desfiladeiros de Isso, na Cilicia, e depois nas planícies de Arbela, na Síria. Alexandre morreu na flor da idade. Em consequência do seu desregramento foi tomado de violenta febre, da qual morreu dentro de onze dias, a 13 de junho de 323 antes de Cristo. Assim se cumpriu o que Daniel predissera, que “estando na sua maior força, aquela grande ponta foi quebrada; e subiram no seu lugar quatro.” Quão exata é a profecia! Quão fiel aos registos da História!
11. Que quer dizer a ponta pequena, a qual cresceu muito?
Rª: “Mas, no fim do seu reinado (dos sucessores de Alexandre), quando acabarem os prevaricadores, se levantará um rei, feroz de semblante, e será entendido em adivinhações.” Dan. 8:23.
Nota: A ponta pequena vem de uma das pontas do bode. Perguntar-se-á: Como pode isto aplicar-se a Roma? Governos terrestres não são introduzidos na profecia antes de se tornarem em certo sentido ligados ao povo de Deus. Roma tornou-se ligada aos judeus, o povo de Deus daquele tempo, pela famosa Liga Judia de 161 antes de Cristo. Mas sete anos antes disso, isto é, em 168 antes de Cristo, Roma havia vencido Macedónia, e tornado aquele país uma parte do seu império. Roma é pois introduzida na profecia justamente quando, após a derrota da ponta macedónica do bode, saia novas conquistas em outros rumos. Pareceu ao profeta como saindo de uma das pontas do bode.” – Urias Smith, The Prophecies of Daneil and the Revelations, p. 158. “Desde o início do período histórico o desenvolvimento da civilização romana foi profundamente afectado por influências estrangeiras, em particular a etrusca e a grega. …” A.E.R.Boak, Albert Hima e Preston Slosson, The Grouth of European Civilization, Vol. 1, p. 84. “O contato com os gregos levou à introdução de divindades gregas e, o que é de muito maior importância, à identificação dos deuses italianos nativos com os do Panteon grego, com o resultado de que a mitologia grega e as formas de representação artísticas foram assimilados em grande escala pelos romanos.” Idem, p. 93.
12. Ao contemplar o profeta Daniel a obra de perseguição efectuada pela ponta pequena de Daniel 7, que viu ele realizar-se?
Rª: “Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim.” Daniel 7:26.
Nota: Na profecia do capítulo 7 traça-se a história do surgimento e queda dos quatro grandes reinos, a divisão do quarto, representada pelas dez pontas, e o estabelecimento do papado sob o símbolo da ponta pequena, perante as quais três caíram. Quando o profeta contemplava as perseguições levadas a efeito por esse poder, viu ele o Ancião de dias assentar-Se e começar o juízo. Em seguida ao juízo. Em seguida ao juízo, o reino ia ser dado aos santos do Altíssimo. O oitavo capítulo de Daniel recapitula concisamente a história dos reinos, prediz as perseguições ao povo escolhido, movidas por Roma pagã e papal, e apresenta a notável profecia sobre o santuário, localizando o princípio do juízo investigativo.
PURIFICAÇÃO DO SANTUÁRIO
13. Em que tempo, de acordo com a profecia, devia ser purificado o santuário?
Rª: “E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.” Dan. 8:14.
Nota: O Dia da Expiação, entre os judeus, era o décimo dia do sétimo mês, ocasião em que era purificado o santuário. Esse Dia da Expiação era pelos judeus considerado como o dia do juízo e era, com efeito, uma figura do juízo investigativo no Céu. O período de 2300 dias, que de conformidade com a profecia simbólica representam 2300 anos, alcança até à purificação do santuário celestial, ou seja o juízo investigativo. O estudo dos símbolos e do período profético deste capítulo, e da sua interpretação neste e no nono capítulo, proporciona compreensão clara desse período.
14. A que tempo, disse o anjo, pertence a visão?
Rª: “E veio perto de onde eu estava; e, vindo ele, me amedrontei, e caí sobre o meu rosto; mas ele me disse: Entende, filho do homem, porque esta visão acontecerá no fim do tempo. … E disse: Eis que te farei saber o que há-de acontecer no último tempo da ira; pois isso pertence ao tempo determinado do fim.” Dan. 8:17-19. Nota: Esta é a passagem da Tradução onde se lê: “tempo do fim.” Entretanto, bem analisadas ambas as expressões, nelas vemos muita semelhança.
15. Que expressões indicam que o período de tempo do versículo 14 tem também aplicações ao tempo do fim?
Rª: “E a visão da tarde e da manhã que foi falada, é verdadeira. Tu, porém, cerra a visão, porque se refere a dias muito distantes.” Dan. 8:26.
Nota: Visto como em profecia um dia simbólico representa um ano literal (Ezeq. 4:6), o período de 2300 dias se estenderia até ao tempo do fim. No capítulo precedente os 1260 anos de supremacia papal, como vimos terminaram em 1798, ocasião em que, conforme Daniel 12:4,6 e 7, devia começar o tempo do fim.
16. Quando Daniel viu perseguido e espalhado o povo de Deus, assim como a desolação da cidade santa e do santuário, como isso afetou o profeta?
Rª: “E eu, Daniel, enfraqueci, e estive enfermo alguns dias; então levantei-me e tratei do negócio do rei. E espantei-me acerca da visão, e não havia quem a entendesse.” Dan. 8:27.
Nota: As cenas apresentadas afectaram por demais as forças do idoso profeta. Não pôde suportar fisicamente o restante da interpretação profética. Desmaiou, e ficou doente por alguns dias. Neste intervalo entre a parcial interpretação da profecia, no capítulo 8, e a interpretação final no capítulo 9, teve lugar importante mudança. Esta visão foi dada no terceiro ano do reinado de Belsazar. Seguiu-se a subversão de Babilónia pelos medos e persas; e foi no primeiro ano do reinado do rei Dario que se completou a interpretação da visão, segundo o registo do rei Dario que se completou a interpretação da visão, segundo o regista o capítulo 9. A parte final da interpretação será considerada no nosso próximo estudo.
José Carlos Costa, pastor.

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