- Os 2.300 Dias de
Daniel 8 –
“Existe clara e íntima correlação
entre as duas visões (de Daniel 8 e 9). Diz-se das setenta semanas haverem elas
sido separadas para certos fins
especiais; e isso implica um período mais longo do qual elas são separadas,
seja do tempo comum geral, ou de algum período claramente revelado. Ora, o
prévio período (2300 dias) inclui dois acontecimentos – a restauração do
sacrifício, e a desolação. O primeiro deles é de carácter idêntico às setenta
semanas, que são um período da restaurada soberania política de Jerusalém; do
que se deduz que o mais lógico é referir-se a separação ao período integral da
primeira visão.” – First Elements of Prophecy, por T.R.Birks, ps. 359 e 360.
1. Que
deveria acontecer no fim das setenta semanas?
Rª: “Para expiar
a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para
ungir o Santíssimo.” Dan. 9:24, última parte do versículo.
Comentários:
“Para extinguir a transgressão.” – Ou, como diz a trad., de Figueiredo, “a
prevaricação se consuma.” Os judeus deviam encher a medida da sua iniquidade,
rejeitando e crucificando o Messias; não seriam então por mais tempo o Seu povo
particular, escolhido. Ler S. Mateus 21:38-43; 23:32-38; 27:25.
“Dar fim aos
pescados.” – A melhor explicação desta cláusula é dada em Heb. 9:26: “Agora na
consumação dos séculos uma vez Se manifestou, para aniquilar o pecado pelo
sacrifício de Si mesmo.” Ver também Romanos 8:3.
“Trazer a
justiça eterna.” – Isto deve referir-se à justiça de Cristo – aquela justiça
pela qual Ele pôde fazer expiação pelo pecado e que, pela fé pode ser imputada ao
crente penitente.
“Ungir o Santo
dos santos – Deve referir-se à unção do santuário celestial, quando Cristo Se
tornou “Mistro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor
fundou, e não o homem.” Hebreus 8:2
2. Que
parte desse período deveria ir até Cristo, o Messias, ou Ungido?
Rª: “Sabe e
entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém,
até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, …” Dan. 9:25, primeira parte.
Nota: O termo
Messias significada ungido, e Jesus foi ungido com o Espírito Santo (Atos
10:38) no Seu baptismo, o ano 27 de nossa era. S. Mat. 3:16.
3. Quando,
disse o anjo, deviam começar as setenta semanas (490 anos)?
Rª: “Sabe e
entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até
ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas
e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos.” Daniel 9:25.
Comentário:
Setenta semanas são 490 dias proféticos, e contando um dia profético como um
ano (Núm. 14:34; Ezeq. 4:6), a contagem perfaz um período de 490 anos literais.
Sessenta e nove
(7 semanas e 62 semanas) das setenta semanas deviam chegar até ao “Messias, o
Príncipe.” Messias é Cristo, “o
Ungido.” Messias é a palavra
hebraica, e Cristo a palavra grega significando
ungido. (ver João 1:41).
4. Como
foi Jesus ungido?
Rª: “Deus ungiu
a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude.” Atos 10:38.
5. Em
que ocasião recebeu Jesus a especial unção do Espirito Santo?
Rª: “E aconteceu
que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o
céu se abriu; e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como
pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me
comprazo.” Luc. 3:21, 22.
6. Que
profecia citou Jesus logo após, como se aplicando a Ele?
Rª: “O Espírito
do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me
a curar os quebrantados do coração.” Luc. 4:18. (ver Mar. 1:15).
Nota: É evidente
que as sessenta e nove semanas (483 anos) deviam chegar até ao baptismo de
Cristo, visto ser esse o tempo da Sua unção pelo Espírito Santo. João Batista
começo a sua obra no décimo quinto ano do reinado de Tibério (Lucas 3:1-3), e
isto coloca a unção de Jesus no ano 27 A. D., por ocasião do Seu baptismo.
7. Quando
foi expedido um decreto para restaurar e edificar Jerusalém?
Rª: “Este Esdras
subiu de Babilónia; e era escriba hábil na lei de Moisés, que o SENHOR Deus de
Israel tinha dado; e, segundo a mão do SENHOR seu Deus, que estava sobre ele, o
rei lhe deu tudo quanto lhe pedira.
Também subiram a
Jerusalém alguns dos filhos de Israel, dos sacerdotes, dos levitas, dos
cantores, dos porteiros e dos servidores do templo, no sétimo ano do rei Artaxerxes.
E no quinto mês
chegou a Jerusalém, no sétimo ano deste rei.” Esdras 7:6-8.
Nota: Três
decretos publicaram os monarcas persas para a restauração da pátria dos judeus.
São mencionados no livro de Esdras: “Porquanto és enviado da parte do rei e dos
seus sete conselheiros para fazeres inquirição a respeito de Judá e de
Jerusalém, conforme à lei do teu Deus, que está na tua mão.” Esdras 6:14.
O decreto de
Ciro dizia respeito ao templo
tão-somente, o decreto de Dario Histaspas
providenciou a continuação dessa obra, estorvada por Esmerdis; mas o
decreto de Artaxerxes restaurou por completo o governo judaico, providenciando
a vigência das suas leis. Este último decreto, portanto, é aquele que serve de
ponto de partida para o cálculo das setenta semanas, assim como, é claro, dos
2300 dias.
O decreto de
Artaxerxes foi espedido no sétimo ano do seu reinado, e de acordo com os
métodos antigos de cronologia, entrou em vigor em Jerusalém nos fins de 457
antes de Cristo. Contando 483 completos desde o primeiro dia de 457, isto nos
leva ao último dia de 26 A.D. isto se demonstra pelo fato de que são precisos
todos os 26 anos A. D., e todos os 457 anos antes de Cristo, para perfazer 483
anos.
Se o decreto
para a restauração completa de Jerusalém não entrou em efeito senão passada a
metade do ano 457 antes de Cristo (Esdras 7:8), então todo o tempo da primeira
parte daquele ano não se acha incluído no período, e deve ser acrescentado ao
último dia de 26 A.D., o que nos leva até à última parte de 27 A.D., isto é, a
ocasião do baptismo de Cristo. Isto “sela” (Dan. 9:24), ou seja, confirma a
profecia.
8. No
final dos 483 anos, em 27 A.D., uma semana, ou sete anos dos 490, restavam
ainda. Que devia acontecer ao meio da semana?
Rª: “E ele
firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o
sacrifício e a oblação.” Dan. 9:27.
Nota: Como as
sessenta e nove semanas terminaram nos fins de 27 A.D., a metade da
septuagésima semana ou os três anos e meio, terminaram perto do meado de 31
A.D., quando Cristo foi crucificado, e por Sua morte fez cessar, ou pôs fim aos
sacrifícios e oblações do santuário terrestre. Mais três anos e meio (a última
parte da septuagésima semana) terminariam perto do fim de 34 A.D. Isto nos leva
ao final dos 490 anos que foram determinados ao povo de Israel. Restam ainda
1810 anos, que, somados a 34 A.D., nos levam a 1944 A.D.
9. Que,
disse o anjo, teria lugar então?
Rª: “E ele me
disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.”
Daniel 8:14.
Nota: Por outras
palavras, começaria nesse tempo a grande obra finalizadora de Cristo para o
mundo, a expiação, ou o juízo investigativo. O típico Dia da Expiação para
Israel ocupava só um dia no ano. O juízo investigativo poderá ocupar um tempo
relativamente breve. Já há mais de século e meio que essa obra está em
prosseguimento, e logo deverá concluir-se. Quem tem o temor do Senhor logo deve
preparar-se.
10. Sob que
símbolo é acentuada a importância da mensagem da hora do juízo?
Rª: “E vi outro
anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos
que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo
com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu
juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das
águas.” Apoc. 14:6,7.
Nota: Emprega-se
aqui o símbolo de um anjo para representar a mensagem do juízo, que deve ser
pregada a todo o mundo. Visto como os anjos pregam as suas mensagens aos homens
por intermédio de instrumentos humanos, compreende-se que este símbolo de um
anjo voando no meio do céu representa um grande movimento religioso,
proclamando aos homens a mensagem da hora do juízo.
11. Em face do
juízo investigativo, que somos admoestados a fazer?
Rª: “Dizendo com
grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo.
E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.”
12. Que séria
advertência é feita pelo apóstolo Paulo?
Rª: 30 Mas Deus,
não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e
em todo o lugar, que se arrependam;
31 Porquanto tem
determinado um dia em que com justiça há-de julgar o mundo, por meio do homem
que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.
Atos 17:30,31.
José Carlos Costa,
pastor.
Sem comentários:
Enviar um comentário