21 de janeiro de 2013

REINO E OBRA DO ANTICRISTO


1.      Que é dito da ponta pequena, em comparação com as de pontas de quarto animal d Daniel 7?

Rª: “Será diferente dos primeiros, abaterá e três reis.” Dan. 7:24.

Nota: O papado, surgido das ruinas do império romano, foi diferente de todas as anteriores formas de poder romano, visto ser um despotismo eclesiástico que pretendia domínio universal tanto sobre os negócios espirituais como os temporais, especialmente aqueles. Era uma união de Igreja e Estado, dominando frequentemente a Igreja.

2.      Que atitude de rivalidade contra o Altíssimo iria assumir o papado, representado pela ponta pequena?

“E proferirá palavras contra o Altíssimo.” Dan. 7:25, 1ª frase.

3.      Falando do homem do pecado, como descreve o apóstolo Paulo esse mesmo poder?

Rª: “O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” 2ª Tes. 2:4.

Nota: as seguintes citações, vindas na maioria de autoridades fontes católicas, romanas, indicam como o papado se exaltou de modo a cumprir esse vaticano profético:

“Todos os nomes que nas Escrituras se aplicam a Cristo, por virtude dos quais é estabelecido ser Ele a cabeça da igreja, são aplicáveis ao papa.” – Belarmino, On The Authority of Councils, Livro 2, capítulo 17.

“Tu és o pastor, tu és o médico, tu és o director, tu és o lavrador; finalmente, tu és outro deus na Terra.” – Labbe and Cossart, History of the Councils, publicado em 1672, vol. 14, col. 109.

“O papa é o supremo juiz da lei na Terra. É o representante de Cristo, que é não somente um sacerdote para sempre, mas também rei dos reis e senhor dos senhores.” – Extraído de Civilitá Cattolica, de 18 de março de 1871, mencionado em Vatican Council, por Leonard Wooslay Bacon, edição da American Tract Society, pág. 220.

“O papa é coroado com uma coroa tríplice, como rei dos Céus e das regiões inferiores.” – Prompta Bibliotheca, Ferraris, Vol. 6, pag. 26, art. Papa.

“O papa é e Vigário de Cristo, ou a cabeça visível da igreja sobre a Terra. Os atributos do papa são os mesmos que os de Cristo. Este pode perdoar pecados, também, o pode o papa. O papa é o único homem que se arroga e vicariato de Cristo. A sua pretensão não encontra oposição séria, e isso lhe estabelece a autoridade.” – Rev. Jeremias Prendigast, S.J. Syracusa, N.Y., em Post-Standard, de 14 de março de 1912.

“Ensinamos e expomos ser um dogma divinamente revelado, que quando o pontífice romano fala ex cathedra, isto é quando, no desempenho do ofício e pastor e doutor de toda a cristandade, em virtude da sua suprema autoridade apostólica expõe uma doutrina de fé ou de moral a ser seguida pela igreja universal, pela divina assistência a ele prometida na pessoa do bem-aventurado de S. Pedro, se acha revestido daquela infalibilidade que é da vontade do divino Redentor que a Sua igreja possua para definir doutrina atinente à fé ou à moral; e que, portanto, tais definições do pontífice romano são imutáveis em si mesmas,  e não dependentes da aprovação da igreja.” – Petri Privilegium, em The Vatican Council and Its Definitions por Henry Edward Manning, arcebispo de Westminster (Católico, Romano), Londres, Longmans, Green & Cº., 1871, pág. 218.

“Assumiram (os papas) infalibilidade, que só a Deus pertence. Pretendem abrir e fechar o Céu, o que só a Deus pertence. Pretendem perdoar pecados, o que só a Deus pertence. Pretendem ser mais elevados que todos os reis terrestres, o que só a Deus pertence. E excedem a Deus ao pretenderem desobrigar nações inteiras do voto de fidelidade ao seu rei, quando este não for de seu agrado. E vão contra Deus, ao concederem indulgências pelos pecados. Esta é a pior de todas as blasfémias.” Adam Clarke, sobre Daniel 7:25. 

4.      Como trataria este poder o povo de Deus nos últimos dias?

Rª: “E destruirá os santos do Altíssimo.” Dan. 7:25.

Nota: “A forma crueldade do duque d`Alba nos Países Baixos; os martírios sanguinários do reinado da rainha Maria; a extinção, por meio do fogo e da espada, da Reforma na Espanha e Itália, Portugal e Polónia; o massacre de S. Bartolomeu; a longa e cruel perseguição dos huguenotes, e todas as infâmias e barbaridades da revogação do Édito de Nantes, que juncou de refugiados todas as praias da Europa, Roma papal as perpetrou. Inumeráveis foram as suas vítimas. Só em Espanha, calcula Llorente, foram vítimas da Inquisição 31.912 queimados vivos, e 291.450 supostos penitentes foram forçados à submissão ´por meio de água, pesos, fogo, rodas e torniquetes e todos os aparelhos mediante os quais os nervos podiam ser entesados sem se romper, e moídos os ossos sem se quebrarem e o corpo inteiramente esmiuçado sem que perdesse a vida.´ Um milhão pereceu no massacre dos albigenses.

“Nos trinta anos que se seguiram à primeira instituição dos jesuítas, novecentos mil fiéis cristãos foram trucidados. Trinta e seis mil foram vítimas foram vitimados pelo executor ordinário nos Países Baixos, por ordem do duque D`Alba, que se vangloriava desse feito. Cinquenta mil flamengos e alemães foram enforcados, queimados ou sepultados vivos no reinado de Carlos V.” – Key to the Apocalypse, por H. Grattan, Guinness, D. D., págs. 91-94.

5.      Que mais diz a profecia que a ponta pequena faria?

Rª: “E cuidará em mudar os tempos e a lei.” Daniel 7:25, terceira parte.

Notas: “O papa é de tão grande autoridade e poder que pode modificar, explicar ou interpretar mesmo as leis divinas. … O papa pode modificar as leis divinas, visto o seu poder não porvir do homem mas de Deus, e age como substituto de Deus na Terra, com o mais amplo poder de ligar e desligar o rebanho.” – Prompta Bibliotheca, publicado em Roma, em 1900.

“O papa tem poder para mudar os tempos, ab-rogar leis e dispensar todas as coisas, mesmo os preceitos de Cristo.” – Decretal de Translat, Episcop. Cap.

“A vontade do papa representa a razão. Ele pode dispensar a lei, e fazer do errado, direito, por meio de correcções e mudanças das leis.” – Papa Nicolau, Dis. 96.

“O papa está livre de todas as leis, de maneira que não pode incorrer em nenhuma sentença de irregularidade, suspensão, excomunhão ou penalidade por qualquer crime.” – Dis. 40.

Como prova da mudança efectuada na lei de Deus pelo poder papal, e de que esse poder reconheceu a mudança e se arroga a autoridade para fazê-lo, citamos os seguintes trechos de publicações católicas romanas:

“Nós, católicos, romanos, guardamos o domingo, em lembrança da ressurreição de Cristo, e por ordem do chefe da nossa igreja, que preceituou tal ordem do sábado ser do Antigo Testamento.” – Pedro Júlio Maria, em Ataques Protestantes, pág. 81.

“Pergunta: que dia da semana a Bíblia manda santificar?

“Resposta: O sábado. Eis as passagens da Bíblia (o autor cia a seguir Êxodo 20:8-11; 31:14,15; Deut. 5:12-14).

“Pergunta: Mas a Bíblia manda observar o domingo em vez do sábado?

“Resposta: Não.

“Pergunta: Quem mudou o dia do Senhor do sábado para o domingo?

“Resposta: A Igreja Católica.

“Pergunta: Mas os protestantes observam o descanso no domingo.

“Resposta: Então neste ponto seguem a tradição católica.” – Cónego Hugo Bressane de Araújo, em Perguntas e Respostas, págs. 22 e23.

“O Decálogo preceitua guardar os sábados e não os domingos. É a igreja … que transmudou os dias.” – Padre Etiene Ignace Brasil, em O Culto das Imagens, pág. 45.

“A observância do domingo … não só não tem fundamento na Bíblia, mas está em contradição com a letra da Bíblia, que prescreve o descanso do sábado. Foi a Igreja Católica que por autoridade de Jesus Cristo transferiu esse descanso para o domingo, em memória da ressurreição de nosso Senhor.” – Monitor Paroquial, Socorro, Estado de São Paulo, 26-8-1926, Ano I, Nº 8.

“Pergunta: Tendes qualquer outra maneira de provar que a igreja tem poder de instituir festas por preceito?

“Resposta: Não tivesse ela esse poder, e não poderia haver feito aquilo em que concordam “todas” (aspas nossas) as religiões protestantes modernos – não poderia haver substituído a observância do sábado do sétimo dia da semana, pela do domingo, o primeiro dia, mudança para a qual não há autoridade escriturística.” – Keenan, A Docrinal Cathecism, pág 174.

6.      Por quanto tempo deveriam os santos, os tempos e a lei do Altíssimo ser entregue nas mãos da ponta pequena?

Rª: “E eles serão entregues na sua mão por um tempo, e temps, e metade dum tempo.” Dan. 7:25. últ., cláusula.

7.      Haverá outra profecia que faça referência a este assunto?

Rª: “E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.” Apoc. 12:14.

“E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfémias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses.” Apoc. 13:5 (cf. Apoc. 11:2).

“ E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.” Apoc. 12:6.

8.      Que período de tempo é, em profecia simbólico, representado por um dia?

Rª: “Segundo o número dos dias em que espiastes esta terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniquidades quarenta anos, e conhecereis o meu afastamento.” Núm. 14:34 (cf. Ezeq. 4:6).

Comentários: Sendo um tempo, em profecia, o mesmo que um ano (ver Daniel 11:13) três e meio tempos seriam três e meio anos, ou quarenta e dois meses, ou mil duzentos e sessenta dias, de conformidade com o ano de 360 dias, ou seja, doze meses de trinta dias cada um, usado em profecia cronológica. Visto cada dia representar um ano, o período, cujo fim deveria marcar o limite do tempo da supremacia da ponta pequena – o papado – sobre os santos, os tempos e a lei, seria, portanto de mil duzentos e sessenta anos.

O decreto do imperador Justiniano, emitido em 533 A.D., reconheceu o papa como “cabeça de todas as igrejas.” (Código de Justiniano, livro 1, Baroniu´s Anals A.D. 533.) A pesada derrota dos ostrogodos no cerco de Roma, cinco anos mais tarde, ano 538, foi um golpe mortal para a independência do poder ariano que governava a Itália, e constituiu, portanto, uma data notável no desenvolvimento da supremacia papal. Com o período de profecia, se estenderiam até ao período de 1793-1798. O ano 1793 foi o ano do Reinado do Terror na revolução francesa, e o ano em que a religião católica, romana, foi abandonada na França, e em seu lugar instituído o culto da razão. Como resultado direto da revolta contra a autoridade papal na revolução francesa, o exército francês, sob o comando de Berthier, entrou em Roma e, a 10 de Fevereiro de 1798, o papa foi aprisionado, morrendo no exilado na cidade francesa de Valença, no ano seguinte. Este ano, 1798, no qual foi infligido ao papado o golpe de morte, clara e adequadamente assinala o término do longo período profético mencionado nesta profecia.

9.      Que acontecerá finalmente ao domínio pela ponta pequena?

Rª: “Mas o juízo estabelecer-se-á, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir até ao fim.” Dan. 7:26.

10.  A quem, afinal, será dado o domínio?

Rª: “E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão.” Dan. 7:27.

Nota: Aqui, como no segundo capítulo de Daniel, o anúncio do estabelecimento do reino eterno de Deus na Terra inclui um breve esboço da história deste mundo; e as profecias de Daniel, concernentes aos poderes que se oporiam ao propósito divino, fornecem pormenores adicionais desse esboço. O cumprimento exato desse esboço na história do mundo desde o tempo de Nabucodonosor constitui um testemunho irrefutável da inspiração dessas profecias, fornecendo base para confiança de que a parte não cumprida das profecias terá cumprimento com absoluta certeza e em todos os seus pormenores.

Quando nós, seres humanos, escolhemos a Deus a sua Palavra é lâmpada (farol) suficiente para iluminar o nosso caminho. Que ela ilumine o vosso e o até ao reino eterno em Cristo. Amem!

José Carlos Costa, pastor.

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