13 de outubro de 2009

APOCALIPSE: OS DOIS CAVALOS BRANCOS



“Olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vencendo, e para vencer.” (Apocalipse 6:2).

“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga a peleja com justiça.” (Apocalipse 19:11).
Desde o começo do Apocalipse somos alertados para a natureza e relatório da história revelada e os SELOS. Também, é chamada a nossa atenção para uma época que será inaugurada por um cavalo branco. Nos selos, o cavalo branco marca o início vitorioso da Igreja na terra (Ap. 6:2), porém, só cobre a primeira parte da história da mesma.
Presentemente, estamos na fase preparatória do retorno vitorioso do Cavaleiro celeste que terminará a última parte da história da terra contagiada pelo pecado, isso acontecerá com a vinda do 2º cavalo branco.
No ciclo dos selos, o cavalo branco era montado por um cavaleiro com intenções pacíficas; as armas são a Palavra de Deus, a proclamação do evangelho eterno, o evangelho na mais completa pureza a “toda a nação, tribo, língua e povo”. Agora, o cavalo branco é montado por um guerreiro que usa uma espada contra as nações e derrama sangue “Estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus. Seguiam-no os exércitos que estão no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. Da sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as nações; ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.” (Ap. 19:13-15). O primeiro cavaleiro a sua coroa era de louros (Ap. 6:2), o 2º cavaleiro tem vários diademas “Os seus olhos eram como chama de fogo; sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo.” (Ap. 19:12). Os diademas sugerem uma coroa de outro tipo, uma coroa muito mais relevante. A de louro é concedida para distinguir a vitória numa competição desportiva; o diadema exprime a permanência da realeza. O primeiro cavaleiro era proclamado. Era só uma sombra sem nome. Este, podemos distinguir os seus traços. A sua cabeça e os seus olhos (Ap. 19:12), a sua boca (Ap. 19:15), a sua coxa e as suas vestes. Há uma clara identidade, é claramente revelado.


Este cavaleiro recebe quatro nomes com um sentido progressivo, passa alternadamente da proximidade de Deus que se incarna, ao distanciamento da sua plena grandeza:
1- O primeiro nome, “Fiel e Verdadeiro” (Ap. 19:11), afirma a presença segura e constante de Deus perto de nós e a sua vinda é absolutamente fiel (Ap. 22:6; 22:1-5).
2- O segundo nome, “ninguém conhece” (Ap. 19:12), afirma os segredos do Deus invisível e por outro lado; a sua vinda como surpresa.
3- O terceiro nome, “Palavra de Deus” (Ap. 19:13), ou “Verbo de Deus”, afirma a manifestação de Deus que se revela aos homens pela sua palavra e pelos seus actos. É o Deus pessoal que entra na existência e na história.
4- O quarto nome, “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap. 19:16), afirma a suprema soberania de Deus, Rei do Universo; é o nome com que é designado especificamente o Cordeiro, Jesus Cristo (Ap. 17:14).
A transcendência e imanência de Deus são assim postas em conjunto. Deus é ao mesmo tempo distante e presente (Jeremias 23:33). A incarnação e a presença próxima de Deus, vão a par com a soberania, justiça e a grandeza de Deus. Jesus enuncia este princípio quando orou “Pai Nosso” (o Deus próximo), “que estás nos céus” (o Deus distante).
Da mesma sorte, o reino de Deus é simultaneamente presente e futuro, existencial e cósmico. Após ter afirmado aos fariseus, “o reino de Deus está dentro de vós” (Luc. 17:21), Jesus apressa-Se a acrescentar, “pois, assim como o relâmpago, fuzilando em uma extremidade do céu, ilumina até a outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia.” (Luc. 17:24).
Só uma consciência afinada na certa tensão pela sabedoria de Deus pode ter qualidade de adoração e de culto. Não é por acaso que esta reflexão intervém no momento quando João está de joelho a adorar a Deus (Ap. 19:10), é aqui que a revelação de Deus a João toca o cume, a parousia. A vinda, a vitória, a esperança de todas as esperanças. Louvado seja Deus! Glória a Deus por toda a eternidade.
Entre no louvor e Deus derrame bênçãos mil.

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