27 de outubro de 2009

AS 7 TAÇAS: O ANÚNCIO DA QUEDA DE BABILÓNIA

Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos sete pecados, e para que não incorras nas suas pragas. (Ap. 18:4)

Deus tem sempre dado aos homens advertências dos juízos por vir. Aqueles que tiveram fé na mensagem por ele enviada para o seu tempo, e agiram segundo a sua fé, em obediência aos Seus mandamentos, escaparam aos juízos que caíram sobre os desobedientes e incrédulos.” (D.T.N., 634)

Este apelo já tinha sido registado pelo profeta Jeremias. Visava naquela época os israelitas exilados em Babilónia, para os exortar a deixar a cidade (Jer. 51:45). As razões dadas então, reportavam-se ao futuro e ao presente. Era uma exortação para escapar à cólera de Deus e permitir o retorno ao país (Jer. 50:9, cf. Isaías 48:20); aplicava-se igualmente ao presente, para os proteger da influência nefasta e corruptora da idolatria (Jer. 51:47,52).
O mesmo apelo tinha ressoado por várias vezes durante a história de Israel. Abraão o tinha ouvido em Ur da Caldeia (Gén. 12:1), Lot em Sodoma (Gén. 19:12), os Israelitas no Egipto (Ex. 12:31). No Novo Testamento, os cristãos forma igualmente interpelados (2Cor. 6:14; Ef. 5:11; 1Tim. 5:21). É a mensagem para soltar as estacas e de caminhar para novos horizontes.
O grito do céu, que ressoa sobre a praça de Babilónia, está emprenhado da mesma inquietação e da mesma súplica de Deus. não se trata de abandonar um lugar e imigrar para outro lugar.
Desde a queda de Babilónia histórica, o apelo de sair de Babilónia não é necessariamente acompanhado de se transferir para um outro lugar, de comprar um bilhete de avião e ir para outro país.
Babilónia está em todo o lugar. Trata-se de uma instituição religiosa que marcou com o seu selo gerações de cristãos. Não é o facto de se ter deixado a Igreja católica que se deixou Babilónia. Babilónia, é, está para além dos seus limites físicos, é uma mentalidade, é uma cultura de hábitos e de erros que se transmitiram e se herdaram nos diversos meios religiosos.
Sair de Babilónia significa cessar de fazer da porta de Deus (Babel), de substituir Deus pela organização eclesiástica, e de suplantar a fé por negociações de carácter político/comercial.
Sair de Babilónia, é ao mesmo tempo desembaraçar-se de todos os preconceitos e orgulho. É por exemplo curar-se da crítica aos outros e centrar-se em si mesmo. Sair de Babilónia, é para o cristão lembrar-se das bases fundamentais da fé bíblica.
Sair de Babilónia, é ter a coragem de colocar em causa as suas ideias recebidas das tradições; é ser capaz de abrir-se à verdade eterna de Deus, mesmo se ela entra em conflito com os seus próprios interesses; é correr o risco de crer noutra coisa bem diferente daquela que se recebeu de forma natural pela educação ou nascimento.
Sair de Babilónia, é pois, todo um programa de conversão. Isto é importante, está em jogo a nossa salvação. Sair de Babilónia impõem-se como a única saída possível para escapar ao massacre, mas também para redescobrir a sua própria identidade no país da promessa.
É um apelo à esperança que é lançado nas ruas de Babilónia, quando a cidade ainda se agita com todas as fibras da vida, um apelo que nos concerne a todos.

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