2 de maio de 2008

PROFECIAS: 08 - AS SEIS TROMBETAS



Introdução: Todos os Outonos, em tempos bíblicos, Deus tinha, para os sacerdotes que oficiavam no Templo em Jerusalém, uma tarefa especial: tocar trombetas para lembrar o povo de que deveriam preparar-se para o Dia da Expiação que se aproximava. Esse dia era também o dia anual de juízo, de introspecção e de confissão dos pecados. Em Apocalipse do capítulo 8 ao 11, Deus adverte a humanidade sobre a necessidade de arrependimento e de trilhar caminho direito, fá-lo através de 7 anjos com as suas trombetas. Este toque é para si e para mim também.

1- O “silêncio no céu” é momento de expectativa (Apocalipse 8:1). O que é que se segue a este silêncio?
Apocalipse 8:2-4.

Nota explicativa: Já nos habituámos a esta reverência que precede um momento solene junto ao trono de Deus. Imediatamente antes de ler as cartas às sete igrejas, encontrámos Jesus no Santuário, vestido como Sumo-sacerdote, caminhando entre os castiçais.

Antes da abertura dos sete selos, vimos Jesus simbolizado como um Cordeiro Pascal, em pé junto ao trono. Agora, um anjo oferece incenso sobre o altar de ouro.

A nossa expectativa seria a de ver Jesus em pé ao lado do altar de ouro, oferecendo incenso com as nossas orações. É também verdade, que a Bíblia apresenta por vezes Jesus como sendo um anjo (Êxodo 3:1-6; Génesis 48:16).

Obviamente, Jesus não é um anjo na forma em que compreendemos os anjos. Ele é Deus! A palavra anjo significa “mensageiro”, e Jesus é o supremo portador das mensagens de Deus.

2- Para onde lança o anjo o incensário e o que fazem os anjos de seguida?
Apocalipse 8:5-7.

Nota explicativa: O incenso era oferecido pelo Sumo-sacerdote no Templo de Jerusalém no Dia da Expiação. O incenso é um símbolo do próprio Jesus. Representa a doçura e bondade de Cristo, e especialmente a Sua morte sacrificial na cruz. O incenso não é para convencer Deus a amar-nos, Ele já nos ama (São João 16:27; 3:16).

São João viu, ao toque da trombeta, o incensário ser lançado sobre a Terra. Como podemos explicar tal alteração de comportamento? Porventura, Deus ama-nos e ao mesmo tempo nos fere? Será que o nosso Sumo-sacerdote, que vive “sempre para interceder” por nós (Hebreus 7:25), por vezes também nos pune? Certamente que sim!

3- Haverá razões que levem o amor a punir?
Apocalipse 3:19.

Nota explicativa: A punição é conferida normalmente para nos fazer sofrer a merecida consequência do nosso comportamento. Há, porém, outras razões que levam o amor a punir, como por exemplo:

1- O amor pode levar a punir a fim de persuadir ao arrependimento e a orientar o curso da vida num sentido melhor. Os pais que amam os filhos fazem isso. Deus também!

2- O amor pode também levar a punir os nossos inimigos, a fim de proteger os amados e fiéis de continuarem a sofrer a crueldade que estes lhes infligem.

3- Será que estamos a viver o tempo em que Deus chama ao arrependimento e conversão?
Apocalipse 8:6-12.

Nota explicativa: Como dissemos na nota de introdução, o toque convocava para a batalha e comunicava mensagens durante as guerras (Jeremias 4:19; I Coríntios 14:8). As trombetas eram tocadas dez dias antes do dia anual do julgamento “Yom Kipur”. Nas sete trombetas do Apocalipse, operações militares e juízos encontram-se expressamente combinados. “As nações se enfureceram”; “chegou... o tempo determinado para serem julgados os mortos” (Apocalipse 11:18).

4- A primeira trombeta.
Apocalipse 8:7

Nota explicativa: “saraiva”; “fogo”; “sangue”; “terça parte da vegetação”. Em linguagem bíblica erva representa povo que floresce em justiça (Isaías 44:3-4), e árvores também são símbolos do povo de Deus (Salmo 1:3; 52:8; 92:12), Jesus retratou a nação judaica dos Seus dias como um figueira que não produziu os seus frutos (São Lucas 13:6-9).

Inquestionavelmente, o evento que preenche as características desta trombeta, foi a memorável destruição da nação judaica e a queda da sua capital, Jerusalém, no ano 70 da nossa era. A nação judaica rejeitou persistentemente os profetas. Por fim eles exigiram a morte do Filho de Deus, que viera para salvar a todos nós. Deus, relutantemente, teve que permitir que colhessem os frutos das suas próprias escolhas (Mateus 23:38).

5- A segunda trombeta.
Apocalipse 8:8-9.

Nota explicativa: Em Apocalipse 17:1,15, “águas” simbolizam “povos, multidões, nações e línguas”. O “mar” da segunda trombeta é o mar da humanidade. Em 455, os Vândalos, entre muitos outros povos, pilharam Roma. Vandalizaram a cidade durante duas semanas. Roma tinha punido o povo de Deus, chegava agora a sua hora de sofrer as consequências.

6- A terceira trombeta.
Apocalipse 8:10-11.

Nota explicativa: A Igreja medieval do ocidente sucumbiu às seduções de Satanás, conformando-se progressivamente com os padrões da cultura secular e pagã. Durante este tempo a igreja perdeu a maior parte do seu poder de transformar pessoas. Na verdade, ela muitas vezes estimulou à prática do crime. A doce e efervescente fonte da vida tornou-se barrenta e amarga. “Absinto”, a estrela cadente e ardente: Satanás e os mestres cristãos que se prestaram a cumprir os satânicos propósitos. A verdadeira religião de Jesus e a verdade a Seu respeito, confiada à Igreja Cristã da Idade Média, especialmente aquela centrada em torno da Igreja de Roma, ao ser poluída pelos erros do “absinto”.

7- A quarta trombeta.
Apocalipse 8:12.

Nota explicativa: Da mesma forma como Jesus é a fonte última da vida, Ele é também o “Sol da justiça” (Malaquias 4:2), a origem de toda a verdade e luz. Por duas vezes São João ouviu Jesus dizer: “Eu sou a luz do mundo (São João 8:12; 9:5). Numa dessas ocasiões, Jesus acrescentou: “Quem Me segue não andará em trevas.”

Esta trombeta é o cumprimento solene e infeliz do que foi feito pela Igreja Católica Romana, apesar de conhecer os Dez Mandamentos (Êxodo 20:1-17). Em 1054 a Igreja Romana excomungou iradamente a Igreja Grega-Ortodoxa e milhões dos seus membros, porque, entre outras coisas insistiam em continuar a observar o Sábado do sétimo dia (Génesis 2:1-2). Por volta do ano 1500, a mesma Igreja Romana provocou um anátema escandaloso, ao impor à população da Europa mais de 150 dias santificados antibíblicos, a seu bel-prazer.

A Lei de Deus e o ministério sacerdotal de Cristo no santuário celestial, foram certamente, a “Luz” do Céu foi, “obscurecida” por um sistema terrestre de leis, sacerdotes e sacrifícios. Cumpriu-se a quarta trombeta.

8- A quinta e sexta trombeta.
Apocalipse 9:1, 14.

Nota explicativa: Lamentamos o pouco espaço que temos para analisar todo o desenvolvimento que mereciam este emocionante assunto das trombetas. Diremos de forma muito resumida que grandes expositores bíblicos como Martinho Lutero, Joseph Mede e Sir Isaac Newton, acham que estas cenas de gafanhotos são representações dos grandes exércitos muçulmanos que repetidamente guerrearam contra os cristãos durante longos séculos.

Apelo: Certamente reparou que há ainda uma outra trombeta, a sétima, estudá-la-emos no tema AS DUAS TESTEMUNHAS. Dissemos anteriormente que as sete trombetas constituir-se-iam em “juízos de advertência”. Esses juízos ocorrem em tempo de poder levar-nos ao arrependimento.

Iremos ver que vivemos o tempo da Sétima trombeta e que se aproximam as Sete últimas pragas, quando estas caírem será demasiado tarde para que alguém se arrependa verdadeiramente.

Aproxime-se de Jesus e aceite a Sua mão estendida para si, Ele é o único Caminho, Verdade e Vida. Agora, é ainda tempo. Que Deus o/a abençoe!

Pr. José Carlos Costa

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